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48 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Implicações da transferência A Transferência não é um termo da psicanálise. É um vocábulo utilizado em diversos campos, denota-se, sempre uma idéia de transporte, de deslocamento, de substituição de um lugar para o outro. Freud aponta-o como um fenômeno psíquico que se encontra presente em todos os âmbitos das relações com nossos semelhantes. Ele reconheceu a possibilidade de que a transferência acontecia na relação professor-aluno. Na relação professor-aluno, está implicada uma relação de amor, uma relação afetiva. Uma relação de confiança de valorização do conhecimento, da revelação das habilidades e potencialidades do outro, só é possível através da afetividade. Com o afeto a criança se redescobre, se percebe, se valoriza, aprende a se amar transferindo este afeto em suas vivências e consequentemente na aprendizagem escolar. A noção de transferência pode contribuir para entender esta relação que envolve interesses e intenções, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros das espécies humanas. Becker, (1997,111-112), afirma que na transferência, constituir uma identificação simbólica é uma forma de desenvolver ao adolescente sua posição discursiva. Verificar-se, que o aluno precisa admitir estar numa relação transferencial com o professor que não estar ali só para transferir informações, mais para considerar cada aluno singularmente. O sujeito do qual ocupa a psicanálise é o sujeito do inconsciente enquanto manifestação única e singular. Para o aluno ser tomado como sujeito é necessário que o educador também o seja, que envolva sua prática com aquilo que lhe é peculiar, o estilo. Logo a relação professor-aluno depende fundamentalmente do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Do Ponto de vista da psicanalista Melaine Klein (1.926), as crianças desenvolvem a transferência de suas mais intensas fantasias, ansiedades e defesas em casa, na creche, na escola, nos diferentes momentos do dia, no convívio escolar e durante as aulas. O educador deve estar atento às manifestações da criança, ele precisa envolver-se com esta criança e procurar levá-la a se perceber, estimular a manifestar, encorajá-la, a tentar experimentar, elogiar suas primeiras tentativas, permitindo-lhe a personificação de papéis sociais presentes em sua realidade, estimulando a criar situações e reproduzi-las a brincar. O educador sendo o mediador fora de sua convivência familiar torna-se um grande interventor para o desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos. Quando é possível ver o afeto nas ações dos alunos diante das propostas dos educadores, constata-se que houve transferência positiva à aprendizagem, há possibilidades de superação dos conflitos internos, será possível aprender e crescer. Conforme Melaine Klein(1926), só o contato direto da criança com a sua realidade psíquica – impulsos, dores, fantasias inconscientes – poderia ajudá- la a encontrar melhores formas de aceitação da realidade e a renunciar a determinadas defesas contra as angustias.A psicopedagoga Leila Sarah Chamat (1997), afirma que um bloqueio na afetividade impede um vínculo saudável ou afetivo entre o ser que ensina e o ser que aprende, seja na família ou escola. Com o trabalho centrado no vínculo pode-se trabalhar os medos, desejos e ansiedades, auxiliados pela transferência de papéis quando a criança pode desenvolver e “buscar sua comidinha”, ou seja, o vínculo com a mãe. Seria bom, se todos os professores conhecessem o conceito de transferência, para melhor entender a sua relação com o aluno. Pois ele pode ser um suporte dos investimentos de seu aluno, porque é objeto de uma transferência. Privilegiar a singularidade do aluno é um aspecto que deve merecer atenção central. Fontes: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/558/ as-informacoes-preciosas-das-fichas-de-matricula-dos- alunos // http://www.apr.org.br/Matr%C3%ADcula-por- transfer%C3%AAncia/ // https://meuartigo.brasilescola. uol.com.br/psicologia/conceito-transferencia-relacao- professoraluno.htm REGRAS BÁSICAS DE COMPORTAMENTO PROFISSIONAL PARA O TRATO DIÁRIO COM O PÚBLICO INTERNO, EXTERNO E COLEGAS DE TRABALHO. RELAÇÕES INTERPESSOAIS E A ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO. Falar em relações humanas é considerar todo tipo de ralação social ou interação entre os indivíduos. Esta é uma questão abordada por diversas ciências, dentre elas, a sociologia, a antropologia, a biologia, a política, economia, as ciências naturais, enfim, aquilo que envolve o homem ai estão as relações humanas. Dentro do campo das relações humanas há variações para cada área especificamente, como por exemplo, as relações humanas no trabalho, as relação humanas na saúde, na educação, relação humana social, etc. As Relações humanas no trabalho são necessárias pelo fato de que todos os setores da vida exigem trabalho em grupo, o homem já não pode trabalhar sozinho. A divisão do trabalho cada vez maior torna o dia a dia da empresa mais dependente do grupo, e dos indivíduos que o compõe. No trabalho, estas relações são necessárias, pois toda empresa, seja ela de grande, médio ou pequeno porte, tem como principio de funcionamento a trabalho em conjunto, a coletividade, pois a maioria das tarefas são realizadas por grandes grupos de pessoas, onde cada um tem sua função. Este processo de divisão do trabalho se deu ao longo de tempo e teve seu auge quando foi iniciada a revolução 49 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola industrial e o a inserção do sistema capitalista de produção, que visa o lucro a produtividade, ou seja, cada pessoa fazendo exclusivamente determinada tarefa aumentaria a produtividade e minimizaria o tempo gasto no processo de produção. Vale lembrar que as relações humanas não estão estritamente ligadas apenas as relações entre as pessoas, mas ao também ambiente de trabalho, ou de atuação, ou seja, na escola entre os alunos, em casa, coma família, e também a relação do empregado com a empresa, visto que desta relação é que será ditado a produtividade daquela empresa. Pesquisas apontam que um dos problemas para a falta de produtividade no trabalho muitas vezes está relacionado a insatisfação do trabalhador com o ambiente de trabalho e as vezes também com as pessoas que ali estão, esta foi uma experiência feita por Elton Mayo que segundo ele, para se chegar a solução dos problemas de relações humanas foi preciso fazer experiências, que ligou a produtividade à satisfação dos trabalhadores mudando o ambiente de trabalho e conhecendo cada individuo. Isso fez com que ele chegasse à conclusão de que os indivíduos não podem ser tratados isoladamente, mas sim como um grupo. O objetivo de cada indivíduo é o bem-estar, já o da empresa é a eficiência, e isso acaba gerando conflitos, portanto, a função dela é estabelecer um equilíbrio entre a produtividade e a satisfação dos trabalhadores. Outras experiências também foram realizadas como, por exemplo, a de Hawthorne, que visavam detectar de que modo fatores ambientais - como a iluminação do ambiente de trabalho influenciava a produtividade dos trabalhadores. Entretanto a tentativa foi frustrada, os pesquisadores não conseguiram provar a existência de qualquer relação simples entre a intensidade de iluminação e o ritmo de produção, mas foi possível constatar que os resultados da experiência eram influenciados por fatores de natureza psicológica. A experiência em Hawthorne permitiu o delineamento dos princípios básicos da Teoria das Relações Humanas que veio a se formar logo em seguida, e um novo vocabulário é incorporado ao dicionário administrativo: fala-se, desde então, em motivação,liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo etc. É necessário conhecer o individuo para conhecer suas qualificações, suas necessidades e limitações para que ele seja utilizado para ser útil dentro da empresa e que também possa está realizado fazendo determinado trabalho, para a satisfação da empresa e do trabalhador estarem sempre produzindo qualitativamente. Foi publicado numa revista sobre RH no trabalho que dizia: RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO: As seis palavras mais importantes: “ADMITO QUE O ERRO FOI MEU” As cinco palavras mais importantes: “VOCÊ FEZ UM BOM TRABALHO” As quatro palavras mais importantes: “QUAL A SUA OPINIÃO” As três palavras mais importantes: “FAÇA O FAVOR” As duas palavras mais importantes: “MUITO OBRIGADO” A palavra mais importante: “NÓS”. Assim, relações humanas está interligada com diversos fatores da vida social e individual da pessoas, conceitos que escutamos desde que somos educados pela família, dentre eles estão: educação, ética, moral, cultura, política, economia, modo de vida, condições de trabalho, respeito mútuo, conscientização, solidariedade, trabalho em grupo, coletividade e também a individualidade de cada ser humano, entre outros conceitos que sempre ouvimos falar, mas que nem sempre são colocados em prática. (Texto adaptado: Ruth Rodrigues) COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL A palavra Comunicação deriva do latim communicare, cujo significado é tornar comum, partilhar, associar, trocar opiniões, conferenciar. Tem o sentido de participação, em interação, em troca de mensagem, em emissão ou recebimento de informação nova. Assim, como se vê, implica participação. Comunicação é o processo de transmitir informação de uma pessoa para outra. Se não houver esta compreensão, não houve comunicação. Se uma pessoa transmitir uma mensagem e esta não for compreendida por quem recebeu a mensagem, a comunicação não se efetivou. Essa ação pode ser verbal, ou, não verbal. E também, pode ser por diversos meios. Assim, comunicação não é aquilo que o remetente fala. Mas, sim, aquilo que o destinatário entende. Portanto, só há comunicação, se o receptor compreender a mensagem enviada pelo emissor. Chiavenato define comunicação como troca de informações entre indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação. Há para isso, o processo de comunicação, que é composto de três etapas subdivididas: 1 - Emissor: é a pessoa que pretende comunicar uma mensagem, pode ser chamada de fonte ou de origem. a) Significado: corresponde à ideia, ao conceito que o emissor deseja comunicar. b) Codificador: é constituído pelo mecanismo vocal para decifrar a mensagem. 2 - Mensagem: é a ideia em que o emissor deseja comunicar. a) Canal: também chamado de veículo, é o espaço situado entre o emissor e o receptor. b) Ruído: é a perturbação dentro do processo de comunicação. 3 - Receptor: é a etapa que recebe a mensagem, a quem é destinada. a) Descodificador: é estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a mensagem, para que o receptor a compreenda. b) Compreensão: é o entendimento da mensagem pelo receptor. c) Feedback: o receptor confirmar a mensagem recebida do emissor, representa a volta da mensagem enviada pelo emissor. 50 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Exemplo: Uma pessoa (emissor) tem uma ideia (significado) que pretende comunicar. Para tanto se vale de seu mecanismo vocal (codificador), que expressa sua mensagem em palavras. Essa mensagem, veiculada pelo ar (canal) é interpretada pela pessoa a quem se comunica (receptor), após sua decifração por seu mecanismo auditivo (descodificador). O receptor, após constatar que entendeu a mensagem (compreensão), esclarece a fonte acerca de seu entendimento (feedback). Pode-se, portanto, dizer que a comunicação só pode ser considerada eficaz quando a compreensão de receptor coincide com o significado pretendido pelo emissor. O processo de comunicação nunca é perfeito. No decorrer de suas etapas sempre ocorrem perturbações que prejudicam o processo, no qual são denominados ruídos. Ruído é uma perturbação indesejável em qualquer processo de comunicação, que atrapalha a efetivação da comunicação e pode provocar perdas ou desvios na mensagem. Ele é identificado na comunicação como o conjunto de barreiras, obstáculos, acréscimos, erros e distorções que prejudicam a compreensão da mensagem em seu fluxo. Isto significa que nem sempre aquilo que o emissor deseja informar é precisamente aquilo que o receptor compreende. Assim, ruído é qualquer fonte de erro, distúrbio ou deformação de uma mensagem, que atrapalha e age contrário à eficácia da informação. Por isso, o atendente deve trabalhar com a Comunicação de forma que haja menos ruídos possíveis. Isso, através de solicitações de feedbacks constantes, mensagens claras, objetivas e concisas. Como diria Rivaldo Chinem, Comunicação é como o futebol, todo mundo pensa que entende e dá palpite. Nesse campo, quando a confusão se instala, quebram-se as regras, e os atores, ao entrar em cena, dão caneladas, e o jogo passa a ser um completo vale-tudo. Já comunicabilidade é o ato comunicativo otimizado, no qual a mensagem é transferida integral, correta, rápida e economicamente. Ou seja, é fazer com que a comunicação realmente obtenha seu objetivo, que é fazer com que o receptor entenda justamente aquilo que o emissor intencionava. No atendimento, a comunicação tem o papel essencial. Pois, o atendimento se concretiza através da troca de informações. O atendente deve ouvir e solicitar feedbak ao cliente, visando entender, sem ruídos, aquilo que está sendo solicitado. É de interesse do cliente e do atendente que a informação seja recebida de forma clara. Porém, sabemos que nem sempre isso é possível. Assim, o atendente tem o dever de fazer com que o processo de comunicação aconteça da melhor forma, através, de questionamentos que leve à recepção da mensagem. É importante que primeiramente, o atendente entenda a linguagem do cliente, e estabeleça para si mesmo o mesmo nível. Tudo isso, para que o público em questão, também consiga compreender o que o atendente está dizendo. Ter o mesmo nível de linguagem não quer dizer utilizar-se da forma incorreta da língua portuguesa. E sim, dispensar de termos técnicos e palavras difíceis nas quais não podem ser de entendimento do cliente. Esse desnível de linguagem também caracteriza-se como ruídos, E atrapalham o processo de comunicação. Fazer esse diagnóstico de qual linguagem deve ser utilizada, auxilia no processo de acolhimento das mensagens. Pois, torna a comunicação clara e objetiva, que é um dos fatores essenciais para a qualidade no atendimento. É muito complexo falar sobre a linguagem adequada utilizada em uma mensagem. Há dois tipos de variações: - As variações de uso regional de acordo com o espaço geográfico, na qual denominamos de dialeto. - As variações que dever ser ajustadas de acordo com o destinatário, tais como: a língua falada, a escrita, a jurídica, dos economistas, dos internautas, etc. A essas variações denominamos registros. Ressaltamos que as variações são usadas para distinção social, qualificando em grupos de origem, formação profissional, escolaridade, etc. 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Língua Falada Língua Escrita vulgar coloquial despreocupada coloquial culta formal vulgar despreocupada formal literária Falada vulgar: não existe preocupação com a norma gramatical. Falada coloquial despreocupada: usada na conversação corrente, com gírias e expressões familiares. Falada culta: linguagem usada em sala de aula, reuniões, palestras, sem fugir da naturalidade. Falada formal: imita em tudo a escrita, por isso mesmo, soa artificial. Escrita vulgar: usada por pessoas sem escolaridade e contém vários erros. Escrita despreocupada: usada em bilhetes ou correspondências íntimas. Escrita formal: usada em correspondência empresarialcom norma gramatical. Escrita literária: respeita a norma gramatical e utiliza recursos estilísticos de forma inovadora. Como se pode ver há várias maneiras de expressar as ideias e cada qual é exigida em determinada situação. O saber se comportar e a aparência são questões cada vez mais exigidas para o executivo moderno. Ele chegou com uma hora de atraso ao almoço de negócios, na pressa deixou de fazer a barba, foi deselegante com uma funcionária, subiu pelo elevador falando ao celular e deu boas tragadas onde se lia “é proibido fumar”. Detalhe: é formado em Administração, Economia, fala três línguas e tem MBA. Apesar do currículo, seu negócio foi por água abaixo após a reunião. Comportamentos como o do jovem executivo em compromissos de trabalho, que, para alguns, podem significar um mero jeito de ser, seja por displicência ou desvalorização de delicadezas, impossibilitam uma carreira promissora. Antes restritas ao mundo social, as boas maneiras, hoje, são ferramentas essenciais à vida profissional. Prova disso é a grande procura pelos cursos de etiqueta empresarial, que atraem não só empresários, mas executivos, políticos, profissionais liberais e da área de vendas, gerentes, secretárias, administradores, aspirantes à carreira diplomática e pessoas em busca de recolocação no mercado. Parceira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a empresa Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting, com atuação no eixo Rio/São Paulo, programa para este mês (maio) um curso e uma palestra para ensinar bons modos a profissionais mineiros. O primeiro trabalho da empresa no Estado aconteceu no Hotel Ouro Minas, em maio de 2002, onde 300 pessoas assistiram ao curso de Etiqueta Empresarial, definida como o conjunto de normas que regem o comportamento no mundo dos negócios. Há 20 anos treinando profissionais, a professora Maria Aparecida Araújo diz que pontualidade, aparência bem cuidada e saber portar-se bem à mesa, além de ser elegante ao telefone, são atitudes imprescindíveis. Nas aulas, ela ensina desde formas corretas de cumprimento, apresentação, vestuário e comportamento, sem contar orientações sobre como usufruir de recursos eletrônicos, como telefone, videoconferência e e-mail. “O treinamento também faz com que as pessoas aprimorem a comunicação, aprendendo a ouvir e falar na hora certa e com a entonação adequada”, cita o economista Cláudio Pelizari, diretor da Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting. Quem faz o curso aprende ainda a criticar com resultados positivos, transformar reclamações em vendas e lidar com colegas e clientes de temperamento difícil, apresentar ideias e projetos com eficiência, conduzir reuniões e, até mesmo, contornar situações mais graves como o assédio sexual. E em tempos de globalização, os empresários recebem conhecimentos para transitar com desenvoltura em qualquer parte do mundo, respeitando as diferenças culturais. Mas por que as regras de boa conduta, antes ensinadas na infância pelos pais ou nos colégios frequentados por filhos de famílias tradicionais, chegam hoje a um curso voltado para adultos, muitos já até pós-graduados? Para Cláudio Pelizari, as causas estão na migração das mulheres do papel de educadoras integrais dos filhos para o trabalho fora de casa. “Desde que as mulheres foram obrigadas a deixar seus lares para buscar posições no mercado de trabalho, a educação chamada de berço passou a ser delegada a outras pessoas, trazendo como consequência a falta quase total de conhecimento das regras mais básicas de boas maneiras e polidez. As escolas também substituíram as aulas dessa disciplina, muito valorizadas no Brasil até a década de 60, por conteúdos que julgavam mais importantes», acredita o economista. Cláudio e Maria Aparecida contam que muitos profissionais, após deixarem as universidades, chegam ao mundo corporativo e percebem que essas competências fazem falta. “Os erros se tornam visíveis na aparência pessoal, nos gestos, na entonação e no palavreado, passando depois para os modos, apertos de mão, troca de cartões de visita, conduta em elevadores e restaurantes e uso do telefone e do celular”, diz o consultor, lembrando que as pessoas nem se dão conta das gafes que cometem, prejudicando sua carreira e arranhando a imagem das empresas onde trabalham. Cláudio Pelizari relata que há grande procura de profissionais mineiros pelo curso. Na visão dos dois especialistas, os mineiros em geral tratam com mais cuidado o quesito aparência. Muitos os procuram com dúvidas quanto à maneira correta de se vestir e se comportar. “Valorizam também o ato de receber pessoas em casa, decoração de ambientes profissionais e domésticos e boas maneiras à mesa”, destaca Cláudio, cuja empresa conta também com dinâmicas de grupo, atividades de psicomotricidade laboral e oficina de memória. 52 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Dicas de Etiqueta Empresarial Expressar-se verbalmente: jamais fale palavrões. Escrever cartas, cartões, memorandos ou bilhetes: dê sempre um cunho elegante e positivo nos textos. Manter amizades: lembre-se de sempre ser gentil com os amigos e familiares nas datas importantes. Respeitar os ausentes: pessoas elegantes não perdem seu tempo com fofocas e comentários sobre a vida alheia. Tratar com pessoas socialmente carentes: não descon- siderar os menos favorecidos, tratar a todos com respeito independentemente da hierarquia. Conduzir os negócios conservando a ética e a hones- tidade em suas relações com clientes, empregados forne- cedores. Dirigir e estacionar o carro: quem é grosseiro no trânsi- to, certamente será grosseiro em outras situações. Ceder espontaneamente o seu lugar para idosos, ges- tantes ou deficientes físicos. Cumprimentar e agradecer os profissionais que o transportaram. Entrar ou sair do táxi: cumprimentando o motorista ao embarcar, agradecendo ao sair e não fazendo questão de trocos irrisórios. No elevador: sabendo que em seu interior não se fuma, não se conversa nem se fala ao celular. Fundamental é cumprimentar o ascensorista ao entrar e agradecer ao sair. Ser bem-educado é: Adotar práticas corretas de conduta e caráter. Cuidar da linguagem corporal, dos gestos, da expres- são facial, da postura quando em pé ou sentado. Saber sentar, levantar-se, comer, apresentar correta- mente as pessoas, usar cartões de visita, cumprimentar, presentear e ser presenteado, pedir licença, agradecer, dizer não, criticar sem ofender, ser pontual, conversar de forma agradável, ser um bom ouvinte e, principalmente, ter autocrítica e perceber quando deve desculpar-se. A apresentação pessoal diz muito da nossa persona- lidade, daí ser tão precioso vestir-se bem. Sabemos que somos julgados o tempo todo e se não nos apresentamos conforme a situação pede, podemos ser mal interpretados. Se você gosta de usar roupas que não dizem muito com sua profissão, por exemplo, saiba que pode estar sendo visto com “maus olhos” pelas pessoas que convivem no seu ambiente de trabalho. Dicas de apresentação pessoal Gestos: O gesto é um complemento discreto para ilustrar a ideia, e não para impor a palavra. Gesticular em excesso não tornará o interlocutor mais atento ao que você tem a dizer. Todo gesto deve ser comedido e harmonioso. Evite a mímica e o excesso de gesticulação. É deselegante ao conversar: Roer unhas ou morder os lábios; Torcer as mãos ou gesticular nervosamente; Segurar o rosto ou o queixo, mexer no cabelo ou fazer cachinhos; Colocar as mãos na cabeça ou nos bolsos, brincar com joias (anel, brinco, colar, etc); O gesto diz muito da pessoa. Quanto mais educada e segura de si, menos uso ela faz da gesticulação. A voz: A voz deve ter clareza e simpatia. Quanto ao tom, não pode ser muito alto a ponto de incomodar as pessoas, nem tão baixo a ponto de não ouvirem. A palavra: Antes de falar sempre reflita sobre, veja se isso não será considerado como uma ofensa. O bom vocabuláriotambém é importante. Para isso, leia, adquira novas ideias, atualize-se. Aprenda a falar, calar e tornar a falar num instante pre- ciso. Diga a palavra certa, na hora exata e cale-se no mo- mento oportuno. É falta de ética ao conversar: Elogiar persistentemente; Uso de gírias; Empregar sempre a primeira pessoa do singular (EU); Usar chavões como “entende”, “compreende”, “eu não disse”. A maledicência: Falar mal das pessoas revela falta de assunto e falta de cultura, não devendo ser tema de conversação. As interrupções: Quando interromper alguém volte atrás e desculpe-se. É importante deixar que as pessoas concluam seus pensamentos. Apresentações: O sorriso é fundamental quando nos apresentamos. Cara fechada fecha as portas para o sucesso. Com bom humor e um sorriso, o relacionamento com as pessoas melhora. A primeira impressão que temos de uma pessoa, é normalmente formada no momento em que você o cumprimenta com um aperto de mãos. O aperto de mãos é um gesto simbólico de satisfação, portanto, dar a mão mole ou só com a ponta dos dedos significa displicência e pouco caso. Ao apresentar-se, utilize as palavras: Como vai?/Tudo bem?/Como está? Aparência Pessoal: A aparência pessoal é de fundamental importância para o sucesso social e profissional. Valorizem a aparência pessoal cuidando com carinho de seus cabelos, pele e mãos; Fiquem sempre atentos quanto ao vestuário (meias, sapatos, bolsa, pasta, etc); 53 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Mantenham o equilíbrio visual, ou seja, sejam distintos e discretos. Noções de Boa Postura O mais importante para obtermos uma boa postura é manter a coluna reta. Para isso é preciso lembrar o seguinte: Manter a cabeça levantada com o queixo paralelo ao chão. Levantar o tórax sem forçar os ombros, estes devem ficar naturalmente relaxados. Levantar os quadris, projetando-os um pouco para frente, evitando assim descansar o corpo sobre as pernas. Braços: Devemos deixá-los relaxados e caídos ao lado do corpo com os cotovelos esticados e as mãos em perfil. Ao andar, os braços devem se mover como pêndulos, tocando o corpo. Só os braços devem se mexer a partir da junta dos ombros, estes não se movimentam. Pernas: Ao andar não as cruze. Os joelhos devem dar os passos flexionando e esticando as pernas. Não deixá-los flexionados no final dos passos. Pés: Devem pisar no chão por inteiro, a ponta e o calcanhar, um ao lado do outro e retos. O conceito de qualidade é amplo e permite várias interpretações. As mais expressivas se referem, por um lado, à definição de qualidade como busca da satisfação do cliente, e, por outro, à busca da excelência para todas as atividades de um processo, através da transformação no modo como a organização se relaciona com seus clientes, agregando valor aos serviços a ele destinados, como por exemplo a eficiência, a eficácia, a ética profissional, a agilidade no atendimento, entre outros. O QUE É ATENDIMENTO? Conceitos: • Atendimento é o ato ou efeito de atender. • Atendimento é a maneira como habitualmente são atendidos os usuários de determinado serviço. • Atendimento é prestar assessoria, consultoria, sanar dúvidas. • Atender é acolher. • Atender é receber com atenção e cortesia. Atender é dar ou prestar atenção a algo. O atendimento pressupõe uma ajuda de uma pessoa à outra. Sempre que você atende, você está relacionando-se com outra pessoa. O atendimento tem por objetivo assistir o cliente em suas necessidades que geraram a procura pelo serviço. • Na atualidade, o objetivo principal do atendimento é encantar o cliente, permitindo torná-lo um parceiro da instituição, capaz de agregar desenvolvimento e aprimoramento. Aspectos necessários para um bom atendimento: • Preparo: Conhecimento do seu serviço e do funcionamento da instituição em suas partes e no todo. • Dedicação: O atendente deve estar sempre atualizado nas informações que possui e que sua função exige. • Presença de espírito: Permite que o atendente seja criativo e assertivo em sua conduta, em especial nas situações de conflito e tensão. • Intuição: Deve basear-se na observação atenta das necessidades do cliente, as verbalizadas e as não- verbalizadas, mas que podem ser percebidas. Por exemplo, quando o cliente não compreender com clareza a informação, mas não tem coragem de dizer ao atendente; ou quando o cliente chega à instituição e não tem certeza do que quer. DIFERENÇA ENTRE PRODUTOS E SERVIÇOS. • Produto: é definido como os bens de consumo com característica tangível, ou seja, podem ser produzidos, examinados, como colocados em estoque, transportados; • Serviços: são intangíveis, isto é, não é possível ver suas características antes dos mesmos serem adquiridos e usados pelos usuários. Não podem ser colocados em “estoque” ou seja, devem ser produzidos e usados no momento da transação. Obs.: Alguns autores definem produtos como tudo aquilo que pode ser adquirido. Em função de sua tangibilidade (características como dimensões físicas ou poder de serem discerníveis pelos sentidos), podem ser classificados como bens ou serviços Uma instituição pode existir apenas em função do serviço que oferece. Mas, a instituição que oferece produto não sobrevive sem o serviço agregado. Aspectos Essenciais na Prestação de um Serviço Equilíbrio oferta-procura Gestão do Pessoal Relacionamento com os Clientes Comunicação Princípios Básicos para o Bom Atendimento Pessoal 1. Ser cortês – atender bem a qualquer clientela que se dirija a empresa. Para isso, o funcionário precisa suplantar seus próprios preconceitos ou eventual má impressão inicial que tenha do cliente. 2. Dar boas vindas - Cumprimentar a todos com um sorriso natural e espontâneo, facilitando o contato com o cliente. Sempre que possível chamá-lo pelo nome, pronunciando corretamente. E nunca diga que o nome do seu cliente é horrível, estranho, engraçado e etc. 3. Atender de imediato – O cliente deve ser priorizado em qualquer atendimento, lembre-se que para quem chega a sua empresa você é o responsável pela primeira impressão e um minuto de espera pode representar uma eternidade. 4. Mostre boa vontade - Mesmo fora de sua área de trabalho, o funcionário pode cumprimentar a todos e tentar ajudar, na medida do possível, a gentileza não precisa ficar restrita ao setor de trabalho ou às pessoas que conhece. É sempre gratificante para o cliente ser atendido ou cumprimentado por um funcionário da empresa que o reconheça. 5. Dispensar atenção ao cliente – Dar tempo para o cliente explicar o que deseja. Escutá-lo e não apenas ouvir. Lembre-se de manter uma atitude agradável buscando principalmente respeitar a opinião de seu cliente.
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