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CÁLCULOS DETALHES FATORES DE RISCO 
SAIS DE CÁLCIO (+ 
frequêntes) 
Mais comum: oxalato de 
cálcio. 
Hipercalciúria idiopática 
(sem hipercalcemia). 
ESTRUVITA (fosfato de 
amônio magnesiano) 
O que tem a maior 
capacidade de crescimento. 
Se crescer a ponto de ocupar 
toda a pelve renal, 
chamamos de cálculo 
coraliforme (quando 
aparece, o mais provável é 
que seja de estruvita). 
Aponta infecção do trato 
urinário, pois precisa da 
presença de urease para se 
formar. 
- ITU (urease): Proteus, 
Klebisiella. 
- Urina alcalina. 
(Bactérias produzem urease, 
o que deixa a urina alcaline e 
permite a junção de forfato + 
amônio + magnésio, 
formando o cálculo). 
ÁCIDO ÚRICO Se puro: radiotransparente 
(não aparece no raio X de 
abdome). 
- Hiperuricosúria. 
- Urina ácida. 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Hematúria (lesão do trato urinário). 
• Cólica nefrética (dor lombar com irradiação- grandes lábios, bolsa escrotal): pode ser pela 
dificuldade de eliminação da urina dilatando a cápsula renal, contração da musculatura lisa do 
ureter para expulsar o cálculo. 
 
COMPLICAÇÕES 
 
• Pior prognóstico por menor fluxo: 
- Nefrolitíase que cursa ao mesmo tempo que uma infecção. Bactéria tem dificuldade de ser 
eliminada pela urina e tem risco de sepse. 
- Cálculo que provoca obstrução total: risco de IRA pós renal. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• TC sem contraste (padrão ouro), USG (bom para gestante). 
- Cálculo na TC: imagem hiperdensa (branca) no trato urinário. 
- Cálculo na USG: imagem hiperecogênica (branca) com sombra acústica posterior (sombra). 
 
TRATAMENTO 
 
• Tratamento agudo: 
- Analgesia: AINE (indometacina, cetorolaco...) + opióide (se mais grave). 
- Tamanho: 
* < 10 mm: terapia médica expulsiva (alfa-bloqueador – tansulosina ou BCC – nifedipina). 
* > 10 mm ou < 10 mm refratários: intervenção urológica. 
UROLOGIA (14/03/2022) 
NEFROLITÍASE 
LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA (LECO) 
Ondas mecânicas que fragmentam o cálculo 
para ser eliminado em partes menores. 
 
O cálculo deve ser proximal e < 2 cm 
(pelve/ureter proximal). 
 
Não fazer: gestante, aneurisma de aorta. 
NEFROLITOTRIPSIA PERCUTÂNEA O cálculo deve ser proximal e > 2 cm 
(pelve/ureter proximal). 
 
URETEROSCOPIA 
Endoscopia do trato urinário. 
Cálculos no ureter médio e proximal. 
 
- Caso complicado: 
* 1ª conduta: desobstrução. Passagem de cateter duplo J ou stent ureteral ou nefrostomia 
percutanea (drenagem da pelve renal para um local fora do corpo). 
• Tratamento crônico (prevenção): 
- Hidratação: > 2,5 L por dia (para dilução da urina). 
- O resto vai depender do tipo de cálculo: 
* Sais de cálcio: objetivo é reduzir a hipercalciúria idiopática. Não precisa restringir o cálcio na 
dieta para diminuir a calciúria, pois é idiopática. Restringir sódio e proteína + diurético tiazídico 
(diminui a reabsorção de Na no TCD, reabsorvendo entao o Ca). 
*Estruvita: antibiótico. 
 > Refratário – bactéria ainda está colonizando o trato urinário: ácido acetohidroxâmico 
(inibe a urease). 
*Ácido úrico: restringir a ingesta de purinas (carne), alcalinizar urina (citrato de potássio). 
 > Refratário: alopurinol (diminui a síntese endógena de ácido úrico). 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
• Aumento de receptores de androgênios na próstata. Esse processo faz parte do processo de 
envelhecimento. 
• Componentes de obstrução: 
- Componente estático: obstrução mecânica pelo tecido hiperplásico (ação de androgênio- 
tratado com inibidores de 5-alfa-redutase, como a finasterida). 
- Componente dinânico: obstrução por maior tônus de músculo liso (ação alfa-adrenérgica- 
tradado com alfa-bloqueador). Pode se modificar ao longo do dia (mais ou menos tônus). 
• Hipertrofia do músculo detrusor (bexiga): espessamento da parede da bexiga, menor 
capacidade de armazenamento (ação colinérgica- tratado com anticolínergicos). 
CLÍNICA (PROSTATISMO) 
• Sintomas obstrutivos: jato fraco/intermitente, gotejamento terminal. 
• Sintomas irritativos (de armazenamento): noctúria, incontinência, urgência urinária. 
TRATAMENTO 
• Baseado em sintomas: I – PSS 
- I-PSS < 8 (leve): acompanhamento regular (vigilância ativa). 
- I-PSS > 8 (moderado/grave): opção de tratar. 
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 
*Alfa-bloqueador: tansulosina. Opção mais utilizada (diminui o tônus prostático rapidamente – 
horas ou dias). 
*Inibidor 5-alfa-redutase: finasterida. Reduz a produção de androgênios. Demora de 4 a 6 
meses para ter efeito. Se beneficia o paciente que tem a próstata muito grande. 
*Anticolinérgico: oxibutinina. Só faz se o paciente tiver sintomas graves de armazenamento. 
• Ressecção transuretral de próstata (RTU de próstata): pacientes não responsivos/refratários 
ou complicações (insuficiência renal, ITU de repetição). 
 
 
• Tipo histológico: adenocarcinoma. 
 
RASTREIO (SCREENING) 
 
• Não é consensual: dividir a decisão com o paciente. MS não indica o rastreio populacional. 
• Pode ser indicado para: 
- > 50 anos ou > 45 anos com fator de risco (história familiar, negro). 
• Como fazer: toque retal e PSA. Os exames se complementam. 
- Basta que um deles venha alterado para indicar a biópsia (guiada por USG transretal). 
*Toque retal: nódulo, induração. 
*PSA: > 4-10 ng/mL (4 ou 10 dependendo da referência). 
 > Se < 60 anos: > 2,5. 
- Refinamentos do PSA: 
*Velocidade de crescimento anual do PSA > 0,75 ng/mL. 
*Densidade > 0,15. 
*Fração livre < 25%. 
 
ESTADIAMENTO 
 
• PSA + GLEASON + TNM 
- PSA (ng/mL): 
* < 10 = baixo risco. 
* 10 – 20: médio risco. 
* > 20 = alto risco. 
- Escore de Gleason: soma das duas histologias mais frequêntes. 
* 1: células bem diferenciadas. 
* 5: células mal indiferenciadas. 
 > Quando menor o número, mais “tranquilo” é o câncer. 
* < 6: diferenciado (baixo risco). 
* 7: intermediário (médio risco). 
* 8-10: indiferenciado (alto risco). 
- TNM: 
* T: vê pela RM. 
* N: vê pela RM. 
* M: o principal foco de metástase do câncer de próstada é o osso. Se médio e alto risco, fazer 
cintilografia óssea. 
 
CÂNCER DE PRÓSTATA 
TRATAMENTO 
 
DOENÇA ESTRATÉGIAS 
LOCALIZADA - Prostatectomia radical. 
- Radioterapia. 
- Vigilância ativa: se baixo risco (PSA < 10 + 
Gleason < 6). 
METASTÁTICA - Terapia de deprivação androgênica: 
*Orquiectomia bilateral (pouco feita pois 
normalmente o homem é resistente ao 
tratamento). 
*Agonista de GnRH: gaserelina, leuprolide. 
*Resistentes: quimioterapia (docetaxel). 
 
 
 
• Causa mais comum de hematúria macroscópica em indivíduos com 60 anos ou mais. 
 
FATORES DE RISCO 
 
• Tabagismo (50% dos casos nos homens e 40% dos casos nas mulheres). 
• Abuso de alalgésicos derivados da fenacetina (paracetamol). 
• Idade avançada (> 60 anos). 
• Raça branca. 
• Sexo masculino. 
• Cistites crônicas (Eschistossoma hematobium- comum em países endêmicos, como Egito. 
• Cálculo vesical. 
• Exposição ocupacional (exposição à aminas aromáticas- tinta, couro, borracha, indústria textil, 
indústria gráfica). 
• Dieta rica em carnes e gorduras. 
 
PATOLOGIA 
 
• Carcinoma de células transicionais (carcinoma urotelial): 90-95% dos casos. 
• Carcinoma escamoso: 3-5% dos casos. 
• Adenocarcinoma: 2% dos casos. 
• Outros: < 1%. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
• Hematúria macroscópica indolor (80% - 90%). 
• Sintomas irritativos vesicais (20%)- incontinência, ardência, noctúria... 
• Massa pélvica + obstrução urinária. 
• Edema de MMII (envolvimento linfonodal). 
• Achado incidental. 
 
DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO 
CÂNCER DE BEXIGA 
 
• História típica de hematúria e presença de fatores de risco. 
• USG de vias urinárias -> UROTC ou RNM de abdome e pelve -> radiografia de tórax (possibilidade 
de metástase e linfonodomegalia) . 
• Aumentou a suspeita: exames confirmatórios -> cistoscopia com biópsia (padrão ouro) + 
citologia urinária. 
 
ESTADIAMENTO: T 
TA PAPILAR NÃO INVASIVO 
TIS CARCINOMAIN SITU (CRESCIMENTO PLANO) 
T1 LÂMINA PRÓPRIA 
T2 MUSCULAR (DETRUSOR) 
T2A INVASÃO SUPERFICIAL 
T2B INVASÃO PROFUNDA 
 
- A partir de T2 o prognóstico é pior e o tratamento tem que ser mais agressivo. 
 
TRATAMENTO 
 
• Não músculo invasivo: RTU de bexiga. Mitomicina C intravesival para tumores menos agressivos 
e BCG intravesical para tumores mais agressivos para prevenir recorrência do tumor (3-4 
semanas pós RTU e não pode estar em vigência de infecção urinária). 
• Músculo invasivo: cistectomia radical. 
- Homens: bexiga, próstata, vesícula seminal e parte da uretra (se tiver acometida). 
- Mulheres: bexiga, uretra, útero, trompas e parede vaginal anterior. 
 
 
 
CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS/CARCINOMA DE CÉLULAS CLARAS 
• Fatores de risco: 
- Tabagismo. 
- Obesidade. 
- Exposição ocupacional (asbesto e cádmio e derivados de petróleo). 
- Síndromes genéticas. 
* Von-Hippel Lindau: doença genética autossômina dominante com tumores vasculares do SNC, 
hemangioma de retina, hemangioblastoma de cerebelo e medula espinhal, feocromocitoma e 
carcinoma de células renais (precoce- antes dos 30-40 anos e bilateral). 
* Esclerose tuberosa: manchas hipomelanóticas na face que parecem espinhas (angiofibroma 
facial), hamartoma de SNC, cistos pulmonares e hepáticos, alteração mental, altismo, afecções 
mentais, distúrbio de aprendizado. Muito relacionada ao angiomiolipoma (tumor benigno de 
rim). 
> Angiomiolipoma: dependendo do tamanho (> 7cm), precisa de intervenção por conta 
do risco de sangramento. 
- Uso prolongado de AINES. 
• Clínica: tríade clássica de hematúria, massa abdominal, dor em flanco (a grande maioria 
apresente apenas hematúria e dor em flanco). 
• Varicocele aguda: em 10% dos casos, é a primeira manifestação do carcinoma de células renais. 
CÂNCER DE RIM E CISTO RENAL 
 
- É a dilatação das veias do plexo pampiniforme. Mais comum à esquerda. 
• Síndromes paraneoplásicas: 
- Anemia. 
- Febre e perda ponderal. 
- Policitemia. 
- Hipercalcemia. 
- Síndrome de Stauffer: disfunção hepática reversível na ausência de metástase hepática. 
- Amiloidose. 
• Laboratório: anemia, aumento do VHS, policitemia, hipercalcemia, aumento da FA, aumento de 
LDH. 
• Diagnóstico: é um achado incidental em mais de 50% das vezes. 
- Para fechar o diagnóstico, TC com contraste. 
 
CISTOS RENAIS 
 
CLASSIFICAÇÃO DE BOSNIAK 
BOSNIAK I – Conteúdo homogêneo sem septações, calcificações ou captação pelo meio de 
contraste. Alta. 
BOSNIAK II – Finas septções (1 mm), pequenas calcificações e < 3 cm. Alta. 
BOSNIAK IIF – Várias septações finas, calcificações espessas e > 3 cm. Acompanhamento. 
BOSNIAK III E IV – Massa multiloculada com septações espessas ou grosseiras, realce pelo 
contraste, calcificações espessas. Cirurgia (nefrectomia). 
*Total se grande (>7-10 cm), mais endofítico, se envolve o sistema coletor. 
*Doença avançada (T4 e/ou M1): citorredutora. 
 
 
 
 
HEMÁCIAS NO EAS (URINA TIPO I) 
 
• Normal: 
- Adultos: até 1-2 hemácias por campo. 
- Crianças: até 1-4 hemácias por campo. 
*Exercício físico, febre, primeira urina da manhã: podem dar hematúria transitória (benigna). 
*Hematúria macroscópica e EAS com > 100 hemácias por campo falam a favor de causa 
patológica. 
 
CAUSAS NEFROLÓGICAS 
 
GLOMERULAR 
 
URINA MARROM E SEM COÁGULOS 
CILINDROS HEMÁTICOS 
HEMÁCIAS DISMÓRFICAS 
CILINDROS LEUCOCITÁRIOS 
PROTEINÚRIA > 500 MG/DIA 
TUBULOINTERSTICIAL 
 
PROTEINÚRIA > 500 MG/DIA 
CILINDROS LEUCOCITÁRIOS E RARAMENTE 
HEMÁTICOS 
 
 
 
HEMATÚRIA 
CAUSAS UROLÓGICAS 
 
• História: trauma, nefrolitíase, ITU baixa (prostatite), neoplasias urológicas, HPB. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• USG, UROTC, cistoscopia.

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