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RESUMO DE PODERES ADMINISTRATIVOS (Direito Administrativo)

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PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
USO E ABUSO DE PODER 
 
ABUSO DE PODER: EXCESSO DE PODER e DESVIO DE PODER 
Inclui condutas comissivas e omissivas. 
 
EXCESSO DE PODER: extrapola a competência legal. É um vício que atinge o 
elemento competência. 
Exemplo: remoção com intuito de punição. 
 
DESVIO DE PODER: (= Desvio de Finalidade) Visando uma finalidade diversa. 
Enseja a nulidade do ato, em razão de vício no elemento finalidade. 
Duas situações diferentes: 
1ª) Visando interesses individuais 
2ª) Respeitando a busca pelo interesse público, mas não respeitando a finalidade 
específica por lei para aquele determinado ato. 
 
(CESPE/2017/TRE-PE) O não exercício de poderes adm. não resulta necessariamente 
em conduta omissiva legal, sobretudo em hipóteses em que a RESERVA DO 
POSSÍVEL justifique a impossibilidade de um agir estatal. 
 
(CESPE/2015/TRE-MT) Mas a regra é que a simples OMISSÃO da Adm. quanto à 
prática de um ato de interesse do administrado já configura Abuso de Poder. 
 
PODER VINCULADO X PODER DISCRICIONÁRIO 
 
Poder Discricionário: cabe um juízo de conveniência e oportunidade, dentro dos 
limites legais (MÉRITO ADM.). Deve respeitar limites de competência, finalidade e 
forma. 
 
A Doutrina aponta que a redação legal ultrapassada ou insatisfatória não enseja 
discricionariedade, mas mera interpretação. 
 
CONTROLE JUDICIAL DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA DISCRICIONÁRIA 
 
O Poder Judiciário somente pode analisar os atos administrativos no que tange aos 
aspectos de legalidade. Ainda que o ato seja discricionário, ele fica sujeito ao controle 
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jurisdicional no que diz respeito à sua adequação com a lei. Além disso, o juiz pode 
controlar os limites do mérito administrativo, uma vez que são impostos pela lei. 
 
PODER NORMATIVO OU PODER REGULAMENTAR 
 
É um poder geral conferido às autoridades públicas de editarem normas gerais e 
abstratas, com efeitos erga omnes. (ex. deliberações, instruções normativas, 
resoluções). 
 
(FCC/2012/TRF2) Contém determinações gerais, incidindo sobre todos os fatos sou 
situações enquadrados nas hipóteses que abstratamente preveem. 
 
OBS. Poder Normativo é = a Poder Regulamentar em sentido amplo. (Já o Poder 
Regulamentar em sentido estrito diz respeito ao poder de expedir regulamentos para 
fiel execução da lei). 
 
(FCC/2015/TJ-GO/Juiz) O Poder Normativo não se restringe ao Poder Regulamentar, 
abarcando também atos originários relativos a matéria de organização adm. 
 
(AOCP/2016/CASAN) O Poder Regulamentar da Adm. Pública pode ser expresso por 
meio de Resoluções, Portarias, Deliberações e Instruções. (ou seja, entendeu como 
o Poder Regulamentar em sentido amplo, = Poder Normativo) 
 
(CESPE/2017/SEDF) É exemplo de Poder Regulamentar quando o chefe do setor de 
RH de um órgão público edita ato adm. disciplinando as regras para a participação 
de servidores em concurso de promoção. (ou seja, entendeu como o Poder 
Regulamentar em sentido amplo, = Poder Normativo) 
 
(CESPE/2017/TRE-PE) Determinada Agência Reguladora, atuando em sua esfera de 
atribuições, editou ato normativo de apurada complexidade técnica com vistas a 
elucidar conceitos legais e regular determinado segmento de atividades consideradas 
estratégias e de interesse público. Nesse caso, a atuação da agência configurou 
exercício do Poder Regulamentar. (ou seja, entendeu como o Poder Regulamentar 
em sentido amplo, = Poder Normativo) 
 
(FCC/2017/TST/TJAA) O Poder Normativo pode ter natureza originária nas situações 
expressamente previstas constitucionalmente, fora das quais fica restrito a hipóteses 
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de prévia existência de leis que demandem a disciplina e explicitação da forma de 
aplicação das mesmas às situações concretas. 
 
(FCC/2016/TRT20) Os atos normativos não poderão criar direitos não previstos em 
lei, por submissão ao Princípio da Legalidade. 
 
REGULAMENTOS (Poder Regulamentar em sentido estrito) 
 
Regulamento é ato normativo privativo do Chefe do Poder Executivo e Decreto é a 
sua forma. 
 
(CESPE/2017/Prefeitura de Fortaleza-CE) O exercício do Poder Regulamentar é 
privativo do chefe do Poder Executivo da União, dos Estados, DF e dos Municípios. 
 
(CESPE/2015/TRE-MT) No exercício do Poder Regulamentar é vedado restringir 
preceitos da Lei regulamentada. 
 
(FCC/2016/TRT20/AJAA) I. O regulamento de execução é hierarquivamente 
subordinado a uma lei prévia, além de ser ato de competência privativa do Chefe do 
Poder Executivo. 
II. O Poder Regulamentar da Adm. Pública, também denominado de Poder 
Normativo, não abrange exclusivamente os regulamentos, ele também se expressa 
por outros atos, tais como por meio de instruções, dentre outros. 
III. Os atos pelos quais a Adm. Pública exerce o seu poder regulamentar, assim como 
a lei, também emanam atos com efeitos gerais e abstratos. 
IV. O ato normativo não poderá criar direitos não previstos em lei, o que implicaria 
ofensa ao princípio da legalidade. 
 
Espécies de regulamentos: 
 
Regulamentos executivos: para fiel execução da lei, não pode inovar o 
ordenamento jurídico, mas somente complementar a lei. 
 
Regulamentos autônomos: atuam substituindo a lei, e têm o condão de inovar o 
ordenamento jurídico, determinando normas sobre matérias não disciplinadas em lei. 
A doutrina entende que só existem duas únicas hipóteses de regulamentos 
autônomos constitucionalmente admitidos, que estão no art. 84, inciso IV, da CF: 
 
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Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VI. dispor, mediante decreto, sobre: 
a) Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 
 
OBS. Art. 49, V, CF: Compete ao Congresso Nacional sustar os atos administrativos 
normativos que extrapolem ou exorbitem o poder regulamentar, retirando-lhes sua 
eficácia. 
 
PODER HIERÁRQUICO 
 
Poder que a Adm. tem de se estruturar internamente, determinando relação de 
hierarquia e subordinação entre seus órgãos e agentes. Somente dentro da mesma 
pessoa jurídica. 
 
OBS. Entre a adm direta e a indireta não há hierarquia e subordinação, mas sim 
vinculação. 
 
OBS. A disciplina funcional tem ligação tanto com o Poder Disciplinar quanto com o 
Poder Hierárquico. 
 
(FCC/2018/SEFAZ-SC) O Poder Hierárquico pode implicar viés disciplinar, a exemplo 
da apuração de infrações cometidas por servidores públicos integrantes dos quadros 
da Adm. Direta. (Comentário QC: A prerrogativa da Adm. impor sanções aos seus 
servidores decorre IMEDIATAMENTE do Poder Disciplinar e MEDIATAMENTE do Poder 
Hierárquico. 
 
(CESPE/2017/TRE-PE) Decorre do Poder Hierárquico o poder de revisão, por superior, 
dos atos praticados por subordinado. 
 
Avocação: desde que as atribuições não sejam de competência exclusiva do órgão 
subordinado. O chefe poderá chamar para si, de forma temporária, a atribuição. 
 
Delegação: é a extensão de atribuições de um órgão para outro de mesma 
hierarquia ou de hierarquia inferior, desde que não exclusivas. Não se admite ato 
genérico de delegação. A responsabilidade pelo ato é atribuída aquele que o praticou. 
 
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NÃO cabe Delegação: 
- competência exclusiva 
- decisão de recurso hierárquico 
- edição de atos normativos. 
 
PODER DISCIPLINAR 
 
É o poder de aplicar sanções àqueles que estejam subordinados à disciplina do ente 
estatal (à todos aqueles que tenham vínculo de natureza especial com o Estado). 
 
(AOCP/2012/TCE-PA/AUDITOR) O Poder Disciplinar decorre do Poder Hierárquico. 
 
(FCC/2017/TJSC) O Poder Disciplinar é extensível a sujeitos que tenham vínculo de 
natureza especial com a Adm, sejam ou não funcionários públicos. 
 
OBS. A Doutrina entende os contratos adm são hipóteses de vínculo especial 
ensejador de sanções disciplinares. 
 
Em regra, é discricionário, mas não é uma discricionariedade ampla no que se refere 
à opção de sancionar ou não o agente infrator. 
 
A discricionariedade fica limitada à extensão das sanções, à intensidade da 
penalidade, de acordo com a gravidade da infração cometida, respeito o Princípio da 
Proporcionalidade. 
 
Também se verifica a discricionariedade em relação aos conceitos jurídicos 
indeterminados. 
 
PODER DE POLÍCIA 
 
Função da Adm de limitar ou disciplinar direito, regulando a prática de ato ou 
abstenção de fatos em razão do interesse da coletividade. 
 
Sentido Amplo: toda e qualquer atuação restritiva do Estado, abrangendo tanto 
atos do Poder Executivo quanto do Legislativo, onde se condiciona a liberdade e 
propriedade em prol dos cidadãos. 
Para fins de prova, é considerado o sentido amplo, abarcando normas gerais e atos 
concretos, de natureza preventiva ou repressiva na limitação do exercício de direitos. 
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Sendo Estrito: é o que se chama de Polícia Administrativa. Cabe ao Poder Executivo. 
Em suma, trata-se da restrição do exercício de garantias privadas, em razão da busca 
do interesse coletivo. A Polícia Administrativa pode ser preventiva, repressiva e 
fiscalizadora. 
 
Preventiva: Disposições genéricas e abstratas. (ex. atos que disciplinam horário 
para funcionamento de determinado estabelecimento, proibição de desmatar área de 
proteção ambiental). 
 
Repressiva: Atos específicos (ex. dissolver passeata tumultuosa). 
 
Fiscalizadora: Previne eventuais lesões. (ex. vistoria de veículos, fiscalização de 
pesos e medidas). 
 
(CONSULPLAN/2015/TRE-MG) É uma competência estatal que autoriza o agente 
público a restringir a liberdade e a propriedade em nome do interesse público, desde 
que sejam observadas a proporcionalidade e a razoabilidade. 
 
(FCC/2016) Pode limitar os direitos individuais com algum grau de discricionariedade, 
mas sempre deve ter previsão legal. 
 
(CESPE/2017/Prefeitura de Fortaleza-CE) O exercício do oder de Polícia reflete o 
sentido objetivo da Adm. Pública, o qual se refere à própria atividade adm. exercida 
pelo Estado. 
 
(CESPE/2013/TRE-MS) O Poder de Polícia sofre limitação territorial de acordo com a 
divisão de competências (U, E, M). 
 
(CESPE/2017/TRE-BA) A linha que reflete a junção entre o poder restritivo da Adm, 
e a intangibilidade dos direitos assegurados aos indivíduos, tais como liberdade e 
propriedade, é insuscetível de ser ignorada pelo agente público, visto que atuar 
aquém dessa linha equivale a renunciar aos poderes públicos e agir além dela 
representa arbítrio e abuso de poderes. 
 
(AOCP/2012/TCE-PA/Auditor) É errado afirmar que o Poder de Polícia retira um 
direito pessoal do administrado em nome do interesse público. (Na verdade, ele não 
retira, não limita, não restringe, mas disciplina a forma de exercer esses direitos, por 
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esse motivo que não há o dever de indenizar, pois o Poder de Polícia não incide para 
restringir o direito em si, mas sim para condicionar o seu exercício). 
 
(AOCP/2017/CODEM-PA) Ainda que seja aparentemente paradoxal, o Poder de Polícia 
constitui limitação à liberdade individual, e, ao mesmo tempo, é o garantidor dessas 
mesmas liberdades. 
 
(FCC/2016/SEGEP-MA) A atividade de polícia nem sempre é prestada de forma 
gratuita pela Adm., havendo situações que impliquem onerosidade de seu exercício. 
(Taxas, expressa previsão no art. 145, II, CF) 
(CESPE/2012/TRE-BA) O Poder de Polícia é a atividade estatal limitadora do exercício 
dos direitos individuais em benefício do interesse público, atribuído com exclusividade 
ao Poder Executivo. (Ou seja, entendeu o Poder de Polícia em seu sentido estrito). 
 
(FCC/2016/TRT23) O objeto da medida de polícia, ou seja, o meio de ação, sofre 
limitações, mesmo quando a lei lhe dá várias alternativas possíveis. 
 
(CESPE/2016/TRE-PI) Quando a autoridade sanitária, após apuração da infração, em 
processo adm., aplica a uma farmácia a pena de apreensão e inutilização de 
medicamentos que haviam sido colocados à venda, sem licença do órgão 
competente, (...) é Poder de Polícia. 
 
(FCC/2015/TRTSP/JUIZ) É a legislação que promove a essencial limitação e 
condicionamento aos direitos e garantias individuais, cabendo ao exercício da função 
de polícia a correta aplicação dessas disposições. 
 
DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO DOS ATOS DE POLÍCIA 
 
A Discricionariedade é uma característica do Poder de Polícia. No entanto, embora o 
administrador possa definir a melhor atuação nos limites e contornos autorizados 
pela lei, NÃO se pode dizer que o Poder de Polícia é sempre discricionária, porque ele 
também se pode manifestar por atos vinculados. 
 
(CESPE/2015/TRE-MT) A discricionariedade NÃO é característica fundamental do 
exercício do Poder de Polícia. 
 
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(CESPE/2012/TRE-RJ) O Poder de Polícia, que decorre da discricionariedade que 
caracteriza a Adm. Pública, é limitado pelo princípio da razoabilidade ou 
proporcionalidade. 
 
(FCC/2014/TRTSP/AJAJ) O Poder de Polícia demanda previsão normativa para sua 
utilização, embora possa permitir margem de apreciação discricionária no seu 
desempenho. 
 
Obs. Decisão administrativa que determina a demolição de obra irregular erguia em 
área pública (ex. na calçada) emana do Poder de Polícia e da autoexecutoriedade 
conferida à Adm. Pública. Independe de autorização judicial (regra). Mas precisa se 
for uma casa habitada (STJ/2013). 
 
NATUREZA DOS ATOS DE POLÍCIA. 
 
Doutrina tradicional: poder negativo (exigência de abstenção à particulares). 
 
Modernamente: atos positivos (com previsão legal expressa, o Poder Público 
determina obrigações de fazer aos particulares). 
 
DELEGAÇÃO DOS ATOS DE POLÍCIA 
 
Regra: não cabe delegação, pois é considerado atividade típica do Estado, somente 
podendo ser exercido pelas pessoas jurídicas de direito público da Adm. Direta e 
Indireta. 
 
No entanto, segundo recente entendimento do STF (2020), “é constitucional a 
delegação de Poder de Polícia, por meio de LEI, a pessoa jurídica de DIREITO 
PRIVADO, integrante da ADM INDIRETA, de CAPITAL SOCIAL MAJORITARIAMENTE 
PÚBLICO,que PRESTEM EXCLUSIVAMENTE SERVIÇO PÚBLICO de ATUAÇÃO PRÓPRIA 
DE ESTADO e em REGIME NÃO CONCORRENCIAL. 
 
(CESPE/2009/TRE-PR) O Poder de Polícia não poderá ser delegado às 
concessionárias, no âmbito das parcerias público-privadas. 
 
(CESPE/2017/TRE-PE) O Poder de Polícia pode ser delegado em sua dimensão 
fiscalizatória a PJ de Direito Privado da Adm. Pública. 
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Máquina de escrever
MUITO 
IMPORTANTE!
OBS. É admitida a delegação das atividades de execução material das ordens postas 
pela Adm. Pública. (atividades de mera execução). São poderes de fiscalizar e de 
emanar atos de consentimentos, não podendo legislar acerca da matéria ou aplicar 
sanções a particulares. 
 
CICLOS DE POLÍCIA E DELEGAÇÃO 
 
CICLOS: ORDEM > CONSENTIMENTO > FISCALIZAÇÃO > SANÇÃO 
 
1º) ORDEM DE POLÍCIA – Decorre da imperatividade, impondo restrições aos 
particulares, dentro dos limites da lei, independentemente de sua concordância. 
INDELEGÁVEL. 
 
2º) CONSENTIMENTO DE POLÍCIA – Está presente nas hipóteses em que a lei 
autoriza o exercício de determinada atividade condicionada à aceitabilidade estatal 
(ex. autorizações e licenças). DELEGÁVEL. 
 
3º) FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA – Possibilidade de controlar as atividades 
submetidas ao poder de polícia, com intuito de verificar seu cumprimento (ex. 
inspeções, análise de documentos, etc). DELEGÁVEL 
 
4º) SANÇÃO DE POLÍCIA – Aplicação de penalidades pelo descumprimento das 
normas impostas, justificando a cominação de sanções. (ex. multas e embargos de 
obras). INDELEGÁVEL 
 
ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA 
 
Não são absolutos. Não estão presentes em todos os atos de polícia. 
 
DISCRICIONARIEDADE – Somente quando o Poder de Polícia for entendido em 
sentido amplo. 
 
AUTOEXECUTORIEDADE (Executoriedade/Exigibilidade) – A Adm. pode executar 
suas próprias decisões sem interferência do Poder Judiciário. Somente quando houver 
lei permitindo e situação de urgência. 
 
(FCC/2013/TRT4) A Autoexecutoriedade no exercício do poder de polícia deve ocorrer 
somente quando se mostrar imprescindível na situação concreta para o atendimento 
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Máquina de escrever
Para PJ D. Privado da Adm Indireta.
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Máquina de escrever
Para PJ D. Privado da Adm Indireta
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Salvo aquela nova EXCEÇÃO que o STF entendeu.
do interesse público e desde que não infrinja garantias constitucionais dos 
administrados, como a inviolabilidade do domicílio. 
 
(AOCP/2018/SUSIPE-PA) A Autoexecutoriedade é uma prerrogativa de praticar atos 
e coloca-los em imediata execução, sem dependência à manifestação judicial. 
 
OBS. NÃO tem Autoexecutoriedade: 
- Cobrança de Multas 
- Cobrança de Tributos 
- Desapropriação 
- Servidão Adm. 
 
COERCIBILIDADE – Torna o ato obrigatório, devendo ser obedecido independente 
da vontade do administrado. A Adm. pode usar de meios indiretos de coerção para 
cumprir a determinação. 
 
(AOCP/2018/SUSIPE-PA) A Coercibilidade é o poder que a Adm. tem de usar a força, 
caso necessário para vencer eventual recalcitrância. 
 
OBS. São inseparáveis a Autoexecutoriedade e a Coercibilidade. 
 
PRESCRIÇÃO DAS SANÇÕES DE POLÍCIA 
 
É de 5 anos. Ressalvados quando constituir crime, prazo previsto na lei penal. 
 
Art. 1º, Lei 9873/99 – Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Adm. Pública 
Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar 
infração à legislação em vigor, contados da prática do ato ou, no caso de infração 
permanente ou continuidade, do dia em que tiver cessado. Possibilidade de 
prescrição intercorrente trienal, em caso de inércia da Adm. Pública no julgamento 
do processo adm. 
 
A prescrição será INTERROMPIDA pela NOTIFICAÇÃO ou citação do indiciado ou 
acusado, inclusive por meio de edital, por qualquer ato inequívoco, que importe 
apuração do fato, pela decisão condenatória recorrível ou por qualquer ato inequívoco 
que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no 
âmbito interno da adm. pública federal. 
 
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