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1 
 
 
 
2 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
- DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (ART. 5º) Pág.4 
- DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ART. 37°) Pág.10 
- DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES 
DEMOCRÁTICAS, DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO 
DE SÍTIO (ART. 136° AO 141°) Pág.15 
- DA SEGURANÇA PÚBLICA (ART.144°) Pág.17 
DIREITO PENAL 
- DO CRIME. (ART. 13° AO 25°) Pág.19 
- DAS PENAS (ART. 32° AO 52°) Pág.22 
- DOS CRIMES CONTRA A HONRA (ART. 138° AO 145°) 
Pág.29 
- DOS CRIMES CONTRA A PESSOA (ART. 121° AO 154°) 
Pág.31 
- DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL (ART. 
146° AO 150°) Pág.49 
- DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (ART. 155° AO 
180°) Pág.53 
- DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL (ART. 312° AO 
327°) Pág.66 
DIREITOS HUMANOS 
- DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (ART. 1 AO 4) Pág.70 
- DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (ART. 5) 
Pág.71 
- DOS DIREITOS SOCIAIS (ART. 6° AO 8°) Pág.77 
- DA NACIONALIDADE (ART. 12° AO 13°) Pág.80 
- DOS DIREITOS POLÍTICOS (ART. 14° AO 16°) Pág.81 
- DA SEGURANÇA PÚBLICA (ART. 144°) Pág.83 
- CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS. Pág.85 
- PROPÓSITOS E PRINCÍPIOS. Pág.86 
- DOS MEMBROS. Pág.87 
- ÓRGÃOS. Pág.87 
- ASSEMBLÉIA GERAL. Pág.88 
- CONSELHO DE SEGURANÇA. Pág.90 
- SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS. Pág.92 
 
3 
 
- AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA PAZ E 
ATOS DE AGRESSÃO. Pág.93 
 
- ACORDOS REGIONAIS. Pág.96 
 
- COOPERAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL INTERNACIONAL. 
Pág.97 
 
- LEI FEDERAL Nº9.455/97 (DEFINE OS CRIMES DE 
TORTURA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS). Pág.99 
 
- LEI FEDERAL Nº11.343/06 (SISTEMA NACIONAL DE 
POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS – SISNAD). Pág.100 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
- DIREITOS, DEVERES E REGIME DISCIPLINAR DOS 
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E CIVIS DO ESTADO DO 
CEARÁ (LEI ESTADUAL N°9.826, DE 14 DE MAIO DE 1974) 
Pág.104 
- LEI N°14.582, DE 21/12/09 (D.O.E de 28/12/09) E SUAS 
ALTERAÇÕES, REDENOMINA A CARREIRA GUARDA 
PENITENCIÁRIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Pág.189 
- REGIMENTO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS 
PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ. Pág.193 
 - SISTEMA DE REVISTAS NOS ESTABELECIMENTOS 
PENAIS DO ESTADO DO CEARÁ (DECRETO ESTADUAL 
N°25.050, DE 14 DE JULHO DE 1998. Pág.242 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
 
- LEI FEDERAL N°10.826, DE 22/12/2003 (DISPÕE SOBRE 
REGISTRO, POSSE E COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS DE 
FOGO E MUNIÇÃO, SOBRE O SISTEMA NACIONAL DE 
ARMAS – SINARM). Pág.243 
- LEI ESTADUAL N.º 15.455, DE 08/11/13 (D.O. 21.11.13) 
Pág.256 
- LEI FEDERAL N°7.210/84 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL) 
Pág.257 
- LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990. Pág.273 
- LEI Nº 8.930, DE 06 DE SETEMBRO DE 1994. Pág.275 
- LEI FEDERAL N°9.455/97. Pág.275 
- LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Pág.277 
 
 
 
4 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
(ARTIGO 5º) 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos 
termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, 
além da indenização por dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo 
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, 
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas 
liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença 
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as 
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, 
científica e de comunicação, independentemente de censura ou 
licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em 
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, 
ou, durante o dia, por determinação judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
 
5 
 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício 
profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de 
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, 
permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em 
locais abertos ao público, independentemente de autorização, 
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada 
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, 
vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de 
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a 
interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente 
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão 
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a 
permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente 
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados 
judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação 
por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, 
mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados 
os casos previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade 
competente poderá usar de propriedade particular, assegurada 
ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, 
desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora 
para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade 
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento; 
 
6 
 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, 
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e 
à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas 
atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das 
obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos 
intérpretes e às respectivas representações sindicais e 
associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais 
privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às 
criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de 
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o 
interesse social e o desenvolvimentotecnológico e econômico 
do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País 
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos 
filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei 
pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do 
consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de 
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para 
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse 
pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização 
que lhe der a lei, assegurados: 
 
7 
 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra 
a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena 
sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos 
e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de 
graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de 
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre 
outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do 
art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
 
8 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, 
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do 
apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física 
e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que 
possam permanecer com seus filhos durante o período de 
amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, 
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou 
de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime 
político ou de opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem 
o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e 
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por 
meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em 
julgado de sentença penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a 
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, 
se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por 
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime 
propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre 
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à 
família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o 
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da 
família e de advogado; 
 
9 
 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por 
sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela 
autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a 
lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do 
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de 
obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém 
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em 
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de 
poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou 
"habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso 
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado 
por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um 
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta 
de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à 
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de 
dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo 
por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita 
aos que comprovarem insuficiência de recursos; 
 
10 
 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, 
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na 
sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na 
forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-
data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da 
cidadania. 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são 
assegurados a razoável duração do processoe os meios que 
garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não 
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. (Atos aprovados na forma deste parágrafo: 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal 
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 
 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, 
assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas 
e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo 
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois 
anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
 
11 
 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de 
convocação, aquele aprovado em concurso público de provas 
ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre 
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na 
carreira; 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em 
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos 
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento; 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre 
associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites 
definidos em lei específica; 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos 
para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios 
de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que 
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados 
por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada 
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data 
e sem distinção de índices; 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas 
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não 
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos 
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito 
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder 
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no 
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa 
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos 
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos 
Defensores Públicos; 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do 
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo 
Poder Executivo; 
 
12 
 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público; 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor 
público não serão computados nem acumulados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores; 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e 
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos 
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, 
III, e 153, § 2º, I; 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado 
em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e 
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e 
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder 
público; 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais 
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, 
precedência sobre os demais setores administrativos, na forma 
da lei; 
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, 
neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a 
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso 
anterior, assim como a participação de qualquer delas em 
empresa privada; 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as 
obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade 
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente 
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao 
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras 
específicas, terão recursos prioritários para a realização de 
 
13 
 
suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o 
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na 
forma da lei ou convênio. 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará 
a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos 
termos da lei. 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na 
administração pública direta e indireta, regulando 
especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos 
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de 
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e 
interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a 
informações sobre atos de governo, observado o disposto no 
art. 5º, X e XXXIII; 
III - a disciplina da representaçãocontra o exercício negligente 
ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração 
pública. 
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a 
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na 
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal 
cabível. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos 
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem 
prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de 
ressarcimento. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito 
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao 
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e 
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos 
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá 
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus 
administradores e o poder público, que tenha por objeto a 
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, 
cabendo à lei dispor sobre: 
 
14 
 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, 
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e 
às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que 
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou 
de custeio em geral. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de 
aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com 
a remuneração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta 
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão 
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites 
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, 
as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste 
artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em 
seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e 
Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos 
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos 
Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser 
readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e 
responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que 
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto 
permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e 
o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, 
mantida a remuneração do cargo de origem. 
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de 
contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, 
inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o 
rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de 
contribuição. 
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de 
servidores públicos e de pensões por morte a seus 
dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 
16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga 
regime próprio de previdência social. 
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, 
individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação das 
 
15 
 
políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser 
avaliado e dos resultados alcançados, na forma da lei. 
DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES 
DEMOCRÁTICAS, DO ESTADO DE DEFESA E DO 
ESTADO DE SÍTIO (ARTIGOS 136 AO 141) 
 
 Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente 
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem 
pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente 
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de 
grandes proporções na natureza. 
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o 
tempo de sua duração, especificará as áreas a serem 
abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas 
coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na 
hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos 
danos e custos decorrentes. 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será 
superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por 
igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua 
decretação. 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo 
executor da medida, será por este comunicada imediatamente 
ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado 
ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade 
policial; 
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela 
autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de 
sua autuação; 
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser 
superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder 
Judiciário; 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o 
Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, 
 
16 
 
submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso 
Nacional, que decidirá por maioria absoluta. 
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será 
convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. 
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez 
dias contados de seu recebimento, devendo continuar 
funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. 
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de 
defesa. 
SEÇÃO II 
DO ESTADO DE SÍTIO 
 Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o 
estado de sítio nos casos de: 
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de 
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o 
estado de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão 
armada estrangeira. 
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar 
autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, 
relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o 
Congresso Nacional decidir por maioria absoluta. 
 Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as 
normas necessárias a sua execução e as garantias 
constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, 
o Presidente da República designará o executor das medidas 
específicas e as áreas abrangidas. 
§ 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser 
decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada 
vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado 
por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada 
estrangeira. 
§ 2º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio 
durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado 
Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o 
Congresso Nacional para se reunir dentrode cinco dias, a fim 
de apreciar o ato. 
§ 3º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento 
até o término das medidas coercitivas. 
 Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com 
fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as 
pessoas as seguintes medidas: 
 
17 
 
I - obrigação de permanência em localidade determinada; 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou 
condenados por crimes comuns; 
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao 
sigilo das comunicações, à prestação de informações e à 
liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da 
lei; 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
V - busca e apreensão em domicílio; 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
VII - requisição de bens. 
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a 
difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em 
suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva 
Mesa. 
SEÇÃO III 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes 
partidários, designará Comissão composta de cinco de seus 
membros para acompanhar e fiscalizar a execução das 
medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. 
 Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, 
cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da 
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores 
ou agentes. 
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o 
estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão 
relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao 
Congresso Nacional, com especificação e justificação das 
providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e 
indicação das restrições aplicadas. 
 
DA SEGURANÇA PÚBLICA (ARTIGO 144) 
 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da 
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, 
através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
 
18 
 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se a: 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou 
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de 
suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como 
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual 
ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se 
dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação 
fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas 
de competência; 
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de 
fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária 
da União. 
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado 
e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na 
forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado 
e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na 
forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de 
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as 
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, 
exceto as militares. 
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a 
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros 
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a 
execução de atividades de defesa civil. 
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador 
do sistema penal da unidade federativa a que pertencem, cabe 
a segurança dos estabelecimentos penais. 
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, 
forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se, 
juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais 
e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Territórios. 
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos 
órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a 
garantir a eficiência de suas atividades. 
 
19 
 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais 
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, 
conforme dispuser a lei. 
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos 
órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º 
do art. 39. 
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da 
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu 
patrimônio nas vias públicas: 
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de 
trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que 
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; 
e 
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e 
seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma 
da lei. 
 
DIREITO PENAL 
 
TÍTULO II 
DO CRIME 
Relação de causalidade 
Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se 
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido. (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Superveniência de causa independente 
§ 1º. A superveniência de causa relativamente independente 
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os 
fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
Relevância da omissão 
§ 2º. A omissão é penalmente relevante quando o omitente 
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir 
incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o 
resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência 
do resultado. (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
 
20 
 
Art. 14. Diz-se o crime: (NR dada pela Lei nº 7209 de 
11/07/1984) 
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de 
sua definição legal; 
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por 
circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a 
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, 
diminuída de um a dois terços. (NR dada ao artigo pela Lei nº 
7209 de 11/07/1984) 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz (NR dada pela 
Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir 
na execução ou impede que o resultado se produza, só 
responde pelos atos já praticados. (NR dada pela Lei nº 7209 
de 11/07/1984) 
Arrependimento posterior 
Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça 
à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o 
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do 
agente, a pena será reduzida de um a dois terços. (NR dada 
pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Crime impossível 
Art. 17. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta 
do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível 
consumar-se o crime. (NR dada pela Lei nº 7209 de 
11/07/1984) 
Art. 18. Diz-se o crime: 
Crime doloso (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco 
de produzi-lo; 
Crime culposo 
II - culposo,quando o agente deu causa ao resultado por 
imprudência, negligência ou imperícia. 
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém 
pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o 
pratica dolosamente. (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Agravação pelo resultado 
 
21 
 
Art. 19. Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só 
responde o agente que o houver causado ao menos 
culposamente. (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Erro sobre elementos do tipo 
Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de 
crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, 
se previsto em lei. (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Descriminantes putativas 
§ 1º. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado 
pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, 
tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro 
deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. 
Erro determinado por terceiro 
§ 2º. Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. 
Erro sobre a pessoa 
§ 3º. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado 
não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as 
condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra 
quem o agente queria praticar o crime. (NR dada pela Lei nº 
7209 de 11/07/1984) 
Erro sobre a ilicitude do fato 
Art. 21. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre 
a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, 
poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
Parágrafo único. Considera-se evitável o erro se o agente atua 
ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe 
era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa 
consciência. (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Coação irresistível e obediência hierárquica 
Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em 
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de 
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da 
ordem. (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Exclusão de ilicitude 
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício 
regular de direito. 
Excesso punível 
 
22 
 
Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste 
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. (NR dada 
pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Estado de necessidade 
Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica 
o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua 
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou 
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável 
exigir-se. 
§ 1º. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o 
dever legal de enfrentar o perigo. 
§ 2º. Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito 
quando ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois 
terços. (NR dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
Legítima defesa 
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (NR 
dada pela Lei nº 7209 de 11/07/1984) 
 
TÍTULO V 
DAS PENAS 
CAPÍTULO I 
DAS ESPÉCIES DE PENA 
 
 Art. 32 - As penas são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 I - privativas de liberdade; 
 II - restritivas de direitos; 
 III - de multa. 
 
SEÇÃO I 
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
 
 Reclusão e detenção 
 Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime 
fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime 
semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a 
regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
23 
 
 § 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 a) regime fechado a execução da pena em 
estabelecimento de segurança máxima ou média; 
 b) regime semiaberto a execução da pena em colônia 
agrícola, industrial ou estabelecimento similar; 
 c) regime aberto a execução da pena em casa de 
albergado ou estabelecimento adequado. 
 § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser 
executadas em forma progressiva, segundo o mérito do 
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as 
hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá 
começar a cumpri-la em regime fechado; 
 b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 
4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o 
princípio, cumpri-la em regime semiaberto; 
 c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou 
inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em 
regime aberto. 
 § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da 
pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 
deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 § 4o O condenado por crime contra a administração 
pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena 
condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução 
do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 
(Incluído pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) 
 Regras do regime fechado 
 Art. 34 - O condenado será submetido, no início do 
cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação 
para individualização da execução. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período 
diurno e a isolamento durante o repouso noturno. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 § 2º - O trabalho será em comum dentro do 
estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações 
anteriores do condenado, desde que compatíveis com a 
execução da pena.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 § 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, 
em serviços ou obras públicas. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 Regras do regime semiaberto 
 
24 
 
 Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, 
ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime 
semiaberto. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum 
durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 § 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a 
frequência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução 
de segundo grau ou superior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 Regras do regime aberto 
 Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e 
senso de responsabilidade do condenado. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 § 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e 
sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra 
atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o 
período noturno e nos dias de folga. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 § 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se 
praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da 
execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente 
aplicada. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Regime especial 
 Art. 37 - As mulheres cumprem pena em estabelecimento 
próprio, observando-se os deveres e direitos inerentes à sua 
condição pessoal, bem como, no que couber, o disposto neste 
Capítulo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Direitos do preso 
 Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos 
pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o 
respeito à sua integridade física emoral. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Trabalho do preso 
 Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, 
sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência Social. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Legislação especial 
 Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista 
nos arts. 38 e 39 deste Código, bem como especificará os 
deveres e direitos do preso, os critérios para revogação e 
transferência dos regimes e estabelecerá as infrações 
disciplinares e correspondentes sanções. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Superveniência de doença mental 
 
25 
 
 Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental 
deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Detração 
 Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e 
na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no 
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de 
internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no 
artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
SEÇÃO II 
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
 
 Penas restritivas de direitos 
 Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação 
dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 I - prestação pecuniária; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 
1998) 
 II - perda de bens e valores; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 
1998) 
 III - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
 IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades 
públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998) 
 V - interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº 
9.714, de 25.11.1998) 
 VI - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 
9.714, de 25.11.1998) 
 Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e 
substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação dada 
pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a 
quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave 
ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o 
crime for culposo;(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 II – o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação 
dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do condenado, bem como os motivos e as 
circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 
(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 1o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 
26 
 
 § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a 
substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva 
de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade 
pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa 
ou por duas restritivas de direitos. (Incluído pela Lei nº 9.714, 
de 1998) 
 § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar 
a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a 
medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se 
tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído 
pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa 
de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da 
restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a 
executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de 
direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção 
ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de 
liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá 
sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível 
ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. (Incluído 
pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 Conversão das penas restritivas de direitos 
 Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo 
anterior, proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. 
(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em 
dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou 
privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, 
não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 
(trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será 
deduzido do montante de eventual condenação em ação de 
reparação civil, se coincidentes os beneficiários. (Incluído pela 
Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 2o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação 
do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em 
prestação de outra natureza. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 
1998) 
 § 3o A perda de bens e valores pertencentes aos 
condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em 
favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como 
teto – o que for maior – o montante do prejuízo causado ou do 
provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência 
da prática do crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 Prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas 
 Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a 
entidades públicas é aplicável às condenações superiores a 
 
27 
 
seis meses de privação da liberdade. (Redação dada pela Lei 
nº 9.714, de 1998) 
 § 1o A prestação de serviços à comunidade ou a 
entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas 
ao condenado. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em 
entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros 
estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou 
estatais. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas 
conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à 
razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de 
modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. (Incluído 
pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 § 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é 
facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor 
tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de 
liberdade fixada. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 Interdição temporária de direitos (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade 
pública, bem como de mandato eletivo; (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984) 
 II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício 
que dependam de habilitação especial, de licença ou 
autorização do poder público;(Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 III - suspensão de autorização ou de habilitação para 
dirigir veículo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 IV – proibição de frequentar determinados lugares. 
(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou 
exame públicos. (Incluído pela Lei nº 12.550, de 2011) 
 Limitação de fim de semana 
 Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na 
obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 
(cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro 
estabelecimento adequado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser 
ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas 
atividades educativas.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
 
 
28 
 
SEÇÃO III 
DA PENA DE MULTA 
 MultaArt. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo 
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em 
dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 
(trezentos e sessenta) dias-multa. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não 
podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo 
mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) 
vezes esse salário. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da 
execução, pelos índices de correção monetária. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Pagamento da multa 
 Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias 
depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do 
condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir 
que o pagamento se realize em parcelas mensais. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 § 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante 
desconto no vencimento ou salário do condenado quando: 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 a) aplicada isoladamente; (Incluído pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de 
direitos; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 c) concedida a suspensão condicional da pena. 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 § 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos 
indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Conversão da Multa e revogação (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a 
multa será executada perante o juiz da execução penal e será 
considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à 
dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às 
causas interruptivas e suspensivas da prescrição. 
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 § 1º - (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
 § 2º - (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
 Suspensão da execução da multa 
 
29 
 
 Art. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se 
sobrevém ao condenado doença mental. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
 
 Calúnia 
 Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato 
definido como crime: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a 
imputação, a propala ou divulga. 
 § 2º - É punível a calúnia contra os mortos. 
 Exceção da verdade 
 § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
 I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, 
o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível 
 II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas 
no nº I do art. 141; 
 III - se do crime imputado, embora de ação pública, o 
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. 
 Difamação 
 Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à 
sua reputação: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 Exceção da verdade 
 Parágrafo único - A exceção da verdade somente se 
admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa 
ao exercício de suas funções. 
 Injúria 
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo lhe a dignidade ou o 
decoro: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
 I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou 
diretamente a injúria; 
 
 
30 
 
 II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra 
injúria. 
 § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, 
que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem 
aviltantes: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além 
da pena correspondente à violência. 
 § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos 
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de 
pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada 
pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído 
pela Lei nº 9.459, de 1997) 
 Disposições comuns 
 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-
se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: 
 I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de 
governo estrangeiro; 
 II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
 III - na presença de várias pessoas, ou por meio que 
facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. 
 IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou 
portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído 
pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa 
de recompensa, aplica-se a pena em dobro. (Redação 
dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 § 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer 
modalidades das redes sociais da rede mundial de 
computadores, aplica-se em triplo a pena. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
 Exclusão do crime 
 Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: 
 I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, 
pela parte ou por seu procurador; 
 II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou 
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou 
difamar; 
 III - o conceito desfavorável emitido por funcionário 
público, em apreciação ou informação que preste no 
cumprimento de dever do ofício. 
 Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela 
injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. 
 
 
31 
 
 Retratação 
 Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata 
cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena. 
 Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha 
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de 
comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o 
ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. 
(Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015) 
 Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere 
calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode 
pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a 
critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. 
 Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se 
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 
2º, da violência resulta lesão corporal. 
 Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do 
Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 
deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso 
do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 
140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.033. de 
2009) 
 
TÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 
 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
 
 Homicídio simples 
 Art. 121. Matar alguém: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 Caso de diminuição de pena 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de 
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz 
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 Homicídio qualificado 
 § 2° Se o homicídio é cometido: 
 I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por 
outro motivo torpe; 
 II - por motivo fútil; 
 
 
32 
 
 III - com empregode veneno, fogo, explosivo, asfixia, 
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa 
resultar perigo comum; 
 IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação 
ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido; 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade 
ou vantagem de outro crime: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função 
ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro 
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido: 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo 
feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 
13.104, de 2015) 
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 
13.104, de 2015) 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 Homicídio culposo 
 § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 
1965) 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 Aumento de pena 
 § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 
(um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica 
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar 
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as 
consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em 
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 
14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada 
pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá 
deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração 
atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção 
 
33 
 
penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 
24.5.1977) 
 § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade 
se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de 
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de 
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a 
metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 
13.104, de 2015) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao 
parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 
(sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças 
degenerativas que acarretem condição limitante ou de 
vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº 
13.771, de 2018) 
III - na presença física ou virtual de descendente ou de 
ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 
2018) 
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência 
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 
11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, 
de 2018) 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação 
(Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar 
automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça: 
(Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação 
dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta 
lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos 
dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei 
nº 13.968, de 2019) 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta 
morte: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei 
nº 13.968, de 2019) 
§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; 
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
 
34 
 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, 
a capacidade de resistência. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada 
por meio da rede de computadores, de rede social ou 
transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou 
coordenador de grupo ou de rede virtual. (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em 
lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra 
menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade 
ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para 
a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode 
oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no 
§ 2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido 
contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde 
o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste 
Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 Infanticídio 
 Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o 
próprio filho, durante o parto ou logo após: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 Aborto provocado pela gestante ou com seu 
consentimento 
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que 
outrem lhe provoque: (Vide ADPF 54) 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 Aborto provocado por terceiro 
 Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da 
gestante: 
 Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da 
gestante: (Vide ADPF 54) 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a 
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil 
mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave 
ameaça ou violência 
 
 
35 
 
 Forma qualificada 
 Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores 
são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto 
ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre 
lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por 
qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
 Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: 
(Vide ADPF 54) 
 Aborto necessário 
 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
 II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido 
de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu 
representante legal. 
CAPÍTULO II 
DAS LESÕES CORPORAIS 
 
 Lesão corporal 
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de 
outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Lesão corporal de natureza grave 
 § 1º Se resulta: 
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 
trinta dias; 
 II - perigo de vida; 
 III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
 IV - aceleração de parto: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2° Se resulta: 
 I - Incapacidade permanentepara o trabalho; 
 II - enfermidade incurável; 
 III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
 IV - deformidade permanente; 
 V - aborto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 Lesão corporal seguida de morte 
 
 
36 
 
 § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que 
o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-
lo: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Diminuição de pena 
 § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de 
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz 
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 Substituição da pena 
 § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda 
substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil 
réis a dois contos de réis: 
 I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
 II - se as lesões são recíprocas. 
 Lesão corporal culposa 
 § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 Aumento de pena 
 § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer 
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste 
Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
 § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 
121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 
 Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 
2004) 
 § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, 
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem 
conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o 
agente das relações domésticas, de coabitação ou de 
hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
(Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se 
as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, 
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 
10.886, de 2004) 
 § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será 
aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa 
portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) 
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente 
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, 
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de 
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência 
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
 
37 
 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a 
pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 
13.142, de 2015) 
§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da 
condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 
deste Código: (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos). (Incluído pela 
Lei nº 14.188, de 2021) 
 
CAPÍTULO III 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
 
 Perigo de contágio venéreo 
 Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou 
qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que 
sabe ou deve saber que está contaminado: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 § 2º - Somente se procede mediante representação. 
 Perigo de contágio de moléstia grave 
 Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem 
moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir 
o contágio: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 Perigo para a vida ou saúde de outrem 
 Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo 
direto e iminente: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
 Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um 
terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo 
decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços 
em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com 
as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998) 
 Abandono de incapaz 
 Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, 
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, 
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
 Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
 
 
38 
 
 § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza 
grave: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Aumento de pena 
 § 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de 
um terço: 
 I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
 II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, 
irmão, tutor ou curador da vítima. 
 III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído 
pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Exposição ou abandono de recém-nascido 
 Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar 
desonra própria: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 Omissão de socorro 
 Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível 
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, 
ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e 
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da 
autoridade pública: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da 
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, 
se resulta a morte. 
 Condicionamento de atendimento médico-hospitalar 
emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou 
qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de 
formulários administrativos, como condição para o atendimento 
médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de 
2012). 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
(Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 
 
39 
 
 Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da 
negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza 
grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 
12.653, de 2012). 
 Maus-tratos 
 Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob 
sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, 
ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação 
ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho 
excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de 
correção ou disciplina: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 § 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é 
praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. 
(Incluído pela Lei nº 8.069, de 1990) 
 
CAPÍTULO IV 
DA RIXA 
 
 Rixa 
 Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os 
contendores: 
 Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
 Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de 
natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a 
pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
 
 Calúnia 
 Art. 138 - Caluniar alguém,

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