Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Por muito tempo, a educação e o acesso a “escola” foi benefício de pessoas de classes econômicas superiores, em sua maioria, brancas, com posses, e com nível. Analisando o momento histórico social dos anos de 1950, temos claramente a visão escravagista, onde as pessoas negras eram tidas como posses, sendo vistas apenas como meros serviçais. Antigamente a educação era algo privado a pessoas ricas ou mais bem sucedidas da sociedade, onde pessoas menos favorecidas social e economicamente, deixavam de frequentar a escola. A educação, por décadas, foi considerada luxo de poucos, onde as pessoas de classes econômicas inferiores, tinham a cultura de ver a “escola” como algo muito difícil ou quase impossível de alcançar. A realidade de Dona Jacira como a de muitas pessoas da época, relata claramente a crença costumeira das pessoas de classe baixa e negras, onde além da ignorância e falta de informações da época, havia ainda o entendimento de que a educação era desnecessária para suas realidades. A ignorância do pensar machista, atrelada à posição e função social da pessoa negra vivida nessa época, contribuía para o distanciamento dessas pessoas da educação, onde, uma menina negra, deveria então ajudar seus pais nas tarefas domésticas, cozinhando, limpando, servindo, sem se importar com mais nada além dessas funções. A crença social das pessoas de classes baixas, negras, já pré-dispostas a não terem perspectivas diferentes das já conhecidas, atreladas ao momento social machista, contribuía com tais pensamentos. Embora atualmente vemos melhores condições de vida da população negra, políticas públicas que ignorem a questão racial não ajudam a superar a expressão real do preconceito e da discriminação. O mesmo se dá no acesso à saúde ou no aproveitamento das oportunidades educacionais. Na área da educação, por exemplo, é possível comemorar as reduções das diferenças entre negros e brancos em relação ao número de anos de estudo formal ou nos índices de analfabetismo. A taxa de analfabetismo em 1992 era de 10,6% para brancos e 25,7% para negros; em 2009, 5,94% para brancos e 13,42% para negros. Nesse período, embora tenha caído a desigualdade, a taxa dos negros permaneceu mais que duas vezes maior que a taxa da população branca, de acordo com dados do IBGE compilados pelo Ipea. Considerando todos esses aspectos, temos claramente a visão da importância da mudança de pensamento ocorrida ao longo dos anos, onde pessoas como a dona Jacira que antes não possuíam perspectivas pelas condições de vida que viviam, passaram a ter oportunidades de acesso à igualdade, podendo constatar a importância do acesso à educação e detenção do saber para qualquer pessoa independente de idade, cor da pele, gênero, crença ou classe social. Referências Bibliográficas INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. TAXA DE Analfabetismo Funcional. Disponível em: <http:// seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=4&op=0&vcodigo=P- D386&t=taxa-analfabetismo-funcional-sexo>. Acesso em: 05 de abril de 2022 https://www.infoescola.com/pedagogia/historia-da-educacao/> acesso em 05 de abril de 2022 http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=4&op=0&vcodigo=P- https://www.infoescola.com/pedagogia/historia-da-educacao/
Compartilhar