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Emergências e cuidados intensivos 
Triagem do paciente, estrutura e equipamentos

Triagem 
A triagem é o setor que irá direcionar o paciente, 
determinando para qual setor ele será encaminhado e se é um 
caso de emergência ou não. Esse sistema é importante, pois 
para o tutor, que é leigo, qualquer caso é uma emergência.. 
A triagem pode acontecer também por telefone, onde o tutor 
ligará para o hospital e o atendente questionará o que está 
acontecendo. Algumas condições são mandatórias de solicitar 
visita ao hospital como: dispnéia, convulsões, dificuldade para se 
levantar de forma súbita, trauma e intoxicação. 
É importante obter informações básicas sobre o animal como 
peso, raça, idade, etc., além de orientar o tutor com relação ao 
manejo: 
- Convulsões: afastar o animal de objetos ou moveis que 
possam machuca-lo. 
- Intoxicação: induzir êmese 
- Trauma com hemorragia: comprimir área ou realizar garrote. 
- Sempre orientar quanto ao transporte em casos de trauma. 
Pode-se por exemplo orientar que o tutor posicione o animal 
sobre um cobertor para ser utilizado como uma maca, 
evitando movimentos bruscos. 
A triagem também pode ocorrer no hospital, onde se deve 
categorizar os animais de acordo com a urgência de 
atendimento: 
- Classe I / Vermelho: Atendimento imediato. Animal em 
parada cardiorrespiratória, inconsciente, em apneia ou padrão 
respiratória agônico, ausência de pulso ou pulso não 
detectável, hipotermia, midríase, ausência de choque 
cardíaco ou não detectável. 
- Classe 2 / Laranja: Muito urgente, até 10 minutos para iniciar 
o atendimento. Animal e/ou ventila mal. Instabilidade cardio 
vascular, possibilidade de obstrução de vias aéreas dispneia 
inspiraria inspiratório, expiatória ou mista. 
- Classe 3 /Amarelo: Urgente, até 60 minutos para iniciar o 
atendimento. Paciente com possível instabilidade respiratória, 
mas com comprometimento hemodinâmico; possível 
presença de choque mecânico ou oculto; Lesões mais 
aparente (por trauma principalmente). 
- Verde: Normal, até 120 minutos para atendimento. 
- Classe 4 / Azul: Não urgente, 240 ou mais para 
atendimento. Paciente em que o proprietário percebe que 
algo não anda bem, mas não define exatamente a queixa 
(vômito, diarréia, anorexia, etc.). Importante não subestimar a 
classe 4 pois pode ser um futuro classe 1. 
Protocolo da triagem: 
- Breve histórico 
- Apresentação 
- Queixa principal 
- Inspeção visual 
- Exame físico: respiratório, cardiovascular, neurológico 
Anamnese “CAPUM"de urgência: 
- Cena: descrição do acontecimento. Como, quando, onde, 
com quem? 
- Alergia: O paciente tem alergia a algum fármaco? 
- Passado/Prenhez: Há histórico de doenças? Maternidade? 
Internações prévias? 
- Última refeição: O que e quando o animal se alimentou pela 
última vez? 
- Medicação em uso: Há algum fármaco que possa interagir 
com a medicação utilizada ou que possa causar o quadro 
atual? 
Abordagem inicial da triagem: 
ABCDE do cuidado intensivo: 
A - airway (vias aéreas) 
�1
Classe 4 / Azul: 
Classe 3 / Amarelo:
Verde
Classe 2/ Laranja
Classe 1 / Vermelho
B - breathing (respiração) 
C - circulation (circulação) 
D - dysfunction of central nervous system (disfunção do sistema 
nervoso central) 
E - exame 
Respiração/ Vias respiratórias (A e B): 
- Apneia 
- Dispnéia 
- Respiração ruidosa 
- Redução dos ruídos respiratórios 
- Cianose 
Diagnóstico realizado através da inspeção, auscultação e 
palpação. 
- Padrão respiratório: ortopedia, respiração paradoxal, 
movimento abdominal. 
- Mucosas: cianose, palidez 
- Palpar tórax: enfisema subcutâneo, lesões. 
Dependendo da situação será necessária intervenção imediata: 
liberação de vias aéreas, entubado ortotraqueal, traqueostomia, 
cricotireoideotomia, oxigênio, toracocentese. 
Circulação (C): 
- Mucosas: pálidas, cianótica, hipocoradas, ictéricas 
- TPC elevado (maior que 2 segundos) 
- Taquicardia (maior que 160bpm em cães e maior que 
200bpm em gatos) ou bradicardia (menor que 60bpm e 
140bpm em gatos) 
- Auscultação cardiopulmonar: sopros, ritmo irregular 
(recomendado auscultar enquanto palpa o pulso femural) 
- Pulso fraco 
- Extremidades frias 
- Redução do nível de consciência 
Caso necessário controlar hemorragias e fazer a reposição 
volêmica (transfusão). Caso haja dor, haverá vasoconstrição 
gerando palidez de mucosa. Ideal rodar hematócrito. 
Disfunção de sistema nervoso (D) : 
- Nível de consciência: redução devido a menor oferta de O2 
ou trauma; alerta, depressão, estupor, coma 
- Convulsões: causas intra ou extracraniais 
- Postura: se possível mante-lo em maca 
- Reflexo pupilar á luz 
- Resposta ao estimulo doloroso. 
Escala de Glasgow: Paciente está bem quando tem soma de 18. 
Soma-se a pontuação de cada categoria (Atividade motora + 
Nervos crânianos + Estado mental). 
Abordagem primária e secundária: 
�2
Abordagem Secundária: 
Realizar sempre em seguida ao “ABC"e estabilização do 
paciente. 
- A: Ar (checar novamente e constantemente as vias 
respiratórias) 
- B: Boa respiração (garantir ventilação e oxigenação sempre) 
- O: Oxigenação (confira a relação CO2/FiO2) 
- R: Retroperitôneo (sempre suspeite de hemorragias, use o 
FAST em todos os traumas). 
- D: Desidratação e dor (avaliar resposta volêmica e manter 
analgesia) 
- A: Abdome (ausculte, palpe, percuta) 
- G: Gânglios e glicemia (avalia linfonodos e cheque nível 
glicêmico) 
- E: Encéfalo (exame neurológico completo, manter escala de 
Glasgow maior que 17) 
- M: Membros (painel radiológico completo e exame 
ortopédico) 
Centros de Tratamento Intensivo: 
Categorias: 
- Nível 1: Serviço 24 horas com UTI completa (ventilação 
mecânica, suporte de imagem, laboratório, diálise e cirurgia) - 
Hospitais. 
- Nível 2: Serviço 24 horas com unidade semi-intensiva 
(monitorização completa, laboratório, imagem e cirurgia) - 
Hospitais ou Clínicas. 
- Nível 3: Serviço não 24 horas, mas com equipamento de 
urgência avançado, capaz de atender urgências complexas 
até a abordagem secundária (monitorização, laboratório de 
emergência, suporte básico de imagem e cirurgia) - Clínicas. 
- Nível 4: Serviço não 24 horas, com equipamento de 
urgência básico, capaz de atender somente as urgências 
menos complexas até a abordagem primária. Funcionam 
como entrepostos, similar a um atendimento pré-hospitalar 
(comparado às funções de um SAMU - Serviço de 
Atendimento Médico de Urgências - da medicina humana, 
por exemplo). Esse serviço deve realizar a estabilização 
primária e solicitar remoção especializada para um centro de 
nível 1 ou 2 – Consultórios e Ambulatórios. 
Infraestrutura: 
- Estacionamento com segurança 
- Recepção 
- Sala de espera que ofereça conforto aos tutores 
- Sala de apoio para o veterinário ou psicologo conversar com 
o tutor 
- Sala do administrador (setor de contratos) 
- Banheiros 
- Almoxarifado 
- Sala de descanso para veterinários 
- Consultório 
- Sala de triagem 
- Sala de atendimento/ tratamento 
- Sala de internação - limpa/ doenças infecciosas 
- Sala de RX 
- Sala de US 
- Laboratório 
- Esterilização/ lavanderia 
- Centro cirúrgico 
- Antesala de cirurgia 
Área de atendimento: 
Nessa área o tempo é determinante, por isso deve estar tudo 
organizado e etiquetado. A mesa de atendimento, se possível, 
deve ter balança embutida, armário e carrinho para 
medicamentos, foco de luz, sistema de aquecimento, fonte de 
O2 e suporte ventilatório, aparelho para mensuração de PA, 
monitor cardíaco, desfibrilador. 
Equipamentos: 
- Aparelhos Raio x e US 
- Microscópio, centrifuga, aparelhos para bioquímica, 
gasometria, eletrólitos e contagem de celular 
- Eletrocardiograma ou monitor 
- Oxímetro de pulso 
- Desfibrilador 
�3
- Aparelho de pressão 
- Bombas de infusão 
- O2 por gaiola, cilindros, tubos, mascaras, etc 
- Sugador 
- Suporte térmico 
- Aparelho de anestesia 
- Sistema para registro dos pacientes�4

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