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ÓPTICA FISIOLÓGICA 4

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Sumário 
O Professor 5
1Unidade IV
1Emetropias e Ametropias 7
1.1 Hipermetropia 7
1.2 Hipermetropia e acomodação 11
1.3 Miopia 12
1.4 Astigmatismo 17
1.5 Conoide de Sturm 20
1.6 Evolução e tipos de astigmatismo 23
1.7 Sintomas 24
Referências 26
Objetivos da Disciplina:
• Estudar sobre a hipermetropia e acomodação;
• Aprender sobre a miopia e astigmatismo;
• Entender a Conoide de Sturm, a evolução e tipos de astigmatismo.
5
 O Professor
Prof. Marcelo Santana
Sou o professor Marcelo Santana. Tenho formação 
técnica em Óptica pelo Senac – SP (2005), sou gradua-
do em Óptica e Optometria pela Brazcubas (2009), 
onde também realizei pós-graduação em Optometria 
Avançada (2013), e estou terminando a pós-gradua-
ção em Ortóptica e Ciência da Visão pelo Centro Uni-
versitário Celso Lisboa, no Rio de Janeiro (2017).
Trabalhei em óptica desde 1999, após a formação 
em optometria, atuei em gabinete e hospital em São 
 Paulo. Sou docente da Brazcubas há quase 7 anos, 
onde ministro aulas de: Anatomia Ocular, Patolo-
gia Ocular, Avaliação de Saúde Ocular, Semiologia 
 Ocular, Optometria Prática e estágios.
Será um prazer compartilhar com você o fantástico 
conhecimento sobre a visão!
Emetropias e Ametropias 7
1 Unidade IV
1 Emetropias e Ametropias
1.1 Hipermetropia
Agora, trabalharemos a hipermetropia. A propósito, o termo é derivado das 
palavras gregas hipér, metro e opía, que signifi cam “excesso da medida da visão”. 
1Comando 
Tabela
Unidade IV
8 Emetropias e Ametropias
A hipermetropia pode ocorrer por: tamanho axial do olho (tamanho 
curto), curvatura (córnea e cristalina), distância excessiva da córnea e cristalino, 
por ausência do cristalino ou por índice de refração (em alguns casos, quando 
emetropia aumenta de forma considerável e rápida, podemos suspeitar de um 
tumor, por exemplo). 
A imagem no hipermétrope, quando chega à retina, será menor que o 
normal, e quando for corrigido, alegará que a imagem fi cou maior que sem a 
correção prescrita.
A grande maioria da população possui essa emetropia, porém, como 
existem ajustes de foco por parte do cristalino (acomodação, que veremos 
mais à frente), não é comum o uso de correção (óculos ou lentes de contato). 
Entretanto, na quarta década de vida, essa hipermetropia que estava latente 
se manifestará pela diminuição da amplitude de acomodação. Serão aqueles 
pacientes que alegarão nunca terem usado óculos e não aceitam a ideia de 
usarem um para longe, mas apenas para perto.
Apesar de não ser a regra, toda criança nasce hipermétrope. O olho do 
recém-nascido estará em desenvolvimento, ou seja, a tendência é ser menor em 
relação ao do adulto. No decorrer do crescimento, essa hipermetropia diminuirá 
(porque o olho crescerá em seu tamanho axial) e haverá alteração acomodativa, 
chegando à fase adulta sem vício refrativo. Uma criança nasce com três de hiper-
metropia; aos 7 anos diminui para uma dioptria, chegando emétrope na juventude. 
A hipermetropia é de origem genética, 
tendo em vista que as baixas são de caráter 
dominante e as altas, de caráter reces-
sivo. São raras as de origem patológicas, 
porém, quando ocorrem, são secundárias às 
se guintes patologias: edema macular, tumor 
ou qualquer alteração do tamanho axial do 
olho (HERRANZ e ANTOLÍNEZ, 2010). 
Unidade IV
9Emetropias e Ametropias
Vamos ao AVA!
Muito importante entendermos bem as hipermetropias, pois as corrigi-
remos no nosso dia a dia clínico.
Quando a luz penetra no olho, refl etida pelo objeto no infi nito óptico (seis 
metros), a imagem não será formada na retina. Pelos fatores já citados (tamanho 
axial, curvatura e índice de refração), os raios de luz, para formarem a imagem, 
se prolongarão atrás da retina (forma didática para descrever o processo). 
Com isso, o cristalino “puxará” esse foco na retina (ocorrerá à acomodação, 
que terá como consequências os sintomas: cefaleia, síndromes acomodativas, 
pseudomiopia ou até um estrabismo convergente acomodativo). O hiperme-
trope ainda poderá ter como sintomas: ardência, cansaço visual e até blefarite 
por falta de uso de óculos. Ao olhar para o infi nito (ou seis metros), o emétrope 
tem os raios de luz formando a imagem na retina, com isso, não haverá acomo-
dação, mas ocorrerá quando a imagem estiver se aproximando. 
No hipermetrope, ao olhar para o infi nito, ocorrerá a acomodação para o 
ajuste do foco, quando o objeto se aproximar, ocorrerá o aumento da acomo-
dação. Neste caso, o esforço será maior!
Tabela 1.1 – Sinais clínicos na hipermetropia
Sinais clínicos Ocorrência 
Estrabismos 
convergentes
Haverá acomodação ao olhar para longe; quando olhar 
para perto, acomodará ainda mais (excesso de acomo-
dação), causando o desvio.
Blefarites ou 
conjuntivites
Congestão dos vasos do polo anterior por causa do esforço 
acomodativo constante.
Câmara anterior 
menor
Pode ocorrer glaucoma de ângulo fechado. Importante 
observar sinéquias, anatomia da íris, cataratas intumes-
centes e evitar o uso de midriáticos.
Unidade IV
10 Emetropias e Ametropias
Sinais clínicos Ocorrência 
Ambliopia bilateral
Se a criança não for corrigida em seu desenvolvimento 
visual, poderá ser baixo.
Pseudoneurite óptica
Papila com cor vermelha acinzentada, bordas não tão 
bem defi nidas.
Tortuosidades 
vasculares
Aspecto dos vasos de uma retinopatia hipertensiva.
Fonte: HERRANZ e ANTOLÍNEZ (2010).
Importante!
Na clínica optométrica, pacientes entre a segunda e terceira décadas de 
vida poderão manifestar alguma hipermetropia, porém sem sintomas. 
Recomenda-se apenas a prescrição dos óculos para pacientes que apre-
sentam baixas de acuidade visual, sintomas, distúrbios binoculares não 
estrábicos (que podem ser cuidados com os óculos) e que psicologica-
mente sintam necessidade de óculos (ELDER’S, 1997). Com isso, pequenas 
hipermetropias que não estão afetando o paciente (como descrito ante-
riormente) não devem ser prescritas.
Outros podem ter uma visão ótima, mas apresentar sintomas. Recomendo 
explicar para o paciente o motivo da prescrição de óculos. Dessa forma, 
fi cará ciente da prescrição, usará os óculos e se benefi ciará deles.
Tabela 1.2 – Sintomas na hipermetropia
Sintomas Características 
Baixa de 
acuidade visual 
para longe
Hipermetropias acima de três dioptrias.
Baixa de 
acuidade visual 
para perto
Depende da quantidade da hipermetropia e amplitude de acomo-
dação, piorando no cansaço e lendo com baixa iluminação.
Cefaleia frontal
Comum em pacientes que trabalham para perto, pois acomo-
darão intensamente. Piorando no fi nal da tarde (se trabalhou pela 
manhã e à tarde). Quando não trabalham, para perto os sintomas 
são mínimos ou até não ocorrem.
Unidade IV
11Emetropias e Ametropias
Sintomas Características 
Astenopia Conjunto de sintomas: dor de cabeça, hiperemia, ardência e visão 
borrada esporádica. 
Fotofobia Apesar de não ser muito comum, a fotofobia é uma sensibilidade 
à luz.
Espasmos 
acomodativos Serão explicados na unidade IV.
Fonte: HERRANZ e ANTOLÍNEZ (2010).
1.2 Hipermetropia e acomodação
Como vimos sobre a acomodação e o quanto esse processo aumenta a dioptria 
do cristalino para o momento em que enxergamos para perto, pensando que o foco 
estará atrás da retina, podemos imaginar que o cristalino terá o seu processo de 
acomodação constante, com isso, em alguns casos, há correção da hipermetropia.
Existem vários tipos de hipermetropias, que veremos no quadro a seguir. 
Tabela 1.3 – Tipos de hipermetropias
Latente (HL)
Hipermetropia corrigida (tônus da musculatura ciliar 
componente acomodativo).
Manifesta (HM) Hipermetropia não corrigida. 
Total (HT) Hipermetropia latente com a manifesta.
Facultativa (HF) É a diferença entre a hipermetropia manifesta e a absoluta.
Absoluta (HÁ) Hipermetropia que a acomodação não corrige.
Espasmosacomodativos
Serão explicados na unidade IV.
Fonte: ELDER’S (1997) e RÍO (1972).
Unidade IV
12 Emetropias e Ametropias
Conheça mais:
Correção da hipermetropia é feita com lentes esféricas positivas. Mas é 
importante entendermos a prescrição conforme a idade.
Abaixo dos 6 anos – período de desenvolvimento do sistema visual. Se 
houver baixa de acuidade visual, estrabismo convergente com astenopia, 
anisometropia e acompanhar a acuidade visual. 
Acima dos 6 até os 20 anos – normalmente, diminui a hipermetropia, porém, 
se for alta, deve ser corrigida, ainda mais se houver estrabismo (endotropia) 
ou distúrbios binoculares não estrábicos. Sintomas são um importante indi-
cativo de correção.
Acima dos 20 anos até a quarta década de idade – nesse período, a ampli-
tude de acomodação diminui, expondo a hipermetropia que estava sendo 
corrigida com a acomodação. Costuma ter sintomas.
Acima dos 40 anos – apresenta alterações fi siológicas do cristalino e perda 
da amplitude da acomodação. Com isso, usará lentes positivas para longe e 
para corrigir a presbiopia.
Podemos dizer que existem mais hipermetropes do que outras ametropias. 
Porém, por “enxergar” bem para longe, não faz uso de óculos. Explicar para 
o paciente que seus óculos o ajudarão a evitar sintomas e ter melhor produ-
tividade durante o dia fará com que ele se sensibilize para o uso (HERRANZ 
e ANTOLÍNEZ, 2010; ALVES, 2014; ELDER’S, 1997; RÍO, 1972).
1.3 Miopia
Unidade IV
13Emetropias e Ametropias
Você já observou alguém com miopia olhar para algo longe? Percebeu que a 
pessoa fecha um pouco mais os olhos, com um aspecto de uma leve “careta”, para 
tentar enxergar? Pois bem, o termo miopia, que vem do grego My + opía, quer dizer 
“fechar o olho” (HERRANZ e ANTOLÍNEZ, 2010; ELDER’S, 1997). 
A miopia pode ser classifi cada por: tamanho axial, índice de refração e de curvatura. 
Os raios luminosos se encontrarão e formarão a imagem à frente da retina, 
porém, quando os raios de luz chegarem à retina, estarão mais dispersos, provo-
cando um borrão na retina. 
O sintoma signifi cativo da miopia é uma visão borrada para longe. Dependendo 
da dioptria desse paciente, o ponto mais nítido será bem próximo. Exemplo: paciente 
que usa três dioptrias negativas, se tirar os seus óculos, seu ponto mais distante 
para enxergar longe será, aproximadamente, 33 centímetros de distância.
A sensação de um míope após a correção com óculos é que as imagens dimi-
nuem (depende da dioptria e da sensibilidade de cada paciente), enquanto que, 
antes da correção, ou seja, sem o uso dos óculos, a percepção visual será de imagens 
maiores. Com as lentes de contato (inclusive com lentes intraoculares implantadas após 
cirurgia de catarata), a imagem é preservada, ou seja, a percepção é que elas conti-
nuam maiores. Por isso, míopes, inclusive com dioptrias maiores, preferem as lentes de 
contato (HERRANZ e ANTOLÍNEZ, 2010; ALVES, 2014; ELDER’S, 1997; RÍO, 1972). 
Tabela 1.4 – Ocorrência da miopia
Miopia Ocorrência 
Congênita
A criança nasce com a miopia e, consequentemente, atingirá 
uma miopia acima de nove dioptrias.
Infância
Ocorre no sétimo ano de vida, aumenta na adolescência (fase de 
crescimento).
Precoce no 
adulto
Ocorre entre 20 e 40 anos, sendo, em algumas regiões do mundo, 
até 32% na quarta década de vida.
Tardio no 
adulto
Costuma ocorrer por causa de patologias.
Fonte: HERRANZ e ANTOLÍNEZ (2010); ALVES (2014); ELDER’S (1997); RÍO (1972) e GROSVENOR (2004).
Unidade IV
14 Emetropias e Ametropias
O míope costuma ser um paciente mais 
introvertido, exigente e bem informado, pois ele 
se sente à vontade com objetos próximos (ao olhar 
para longe e enxergar desfocado, o cristalino com 
o seu mecanismo de acomodação não ajudará a 
focar a imagem na retina) por isso, para alguns, é 
mais confortável o hábito da leitura.
Mesmo sendo privilegiado para perto (de-
pendendo da dioptria), o uso dos óculos evitará 
esforço visual e promove o reestabelecimento do 
padrão da função visual.
Apesar de não serem unânimes a respeito 
da etiologia da miopia, algumas considerações são 
importantes de serem observadas. Para nós, da 
área de Optometria, uma ótima anamnese dará 
boa noção da possível origem refrativa. Por isso 
é importante saber se o paciente não enxerga há 
muito tempo (possível problema visual, portanto, 
possibilidade de uso de óculos) ou se passou a ter o 
problema mais recente ou repentinamente (possi-
velmente em decorrência de um problema ocular, 
portanto, deve-se indicá-lo a outro especialista).
Unidade IV
15Emetropias e Ametropias
A tabela a seguir descreverá o assunto de forma resumida:
Tabela 1.5 – Etiologia da miopia
Miopia
Tipos de 
miopia
Etiologias 
M
io
pi
a 
co
ng
ên
it
a Sintomática
Congênita. 
Costuma ser grave e afeta a acuidade visual. 
Ocorre por problemas no feto, genética 
ou prematuridade. 
Está relacionada a: toxoplasmose, sífi lis, albinismo, 
síndrome de Down, entre outros fatores. 
Constitucional
Hereditário.
Surge no nascimento e está relacionada aos pais. 
São miopias altas, mas que precisará de 
pequenos ajustes.
M
io
pi
a 
ad
qu
ir
id
a
Ambiente
Surge na época normal de crescimento, porém, 
pode progredir durante a vida inteira. Está ligado 
diretamente a exageros para serviços próximos 
(computador, tablet, celular) residências (pequenas 
moradias). Seu mecanismo ainda não foi bem 
explicado (alguns a chamam de miopia maligna).
Acomodação e convergência para sustentarem 
a distância de trabalho são diretamente afetadas. 
Patologias 
oculares
Cataratas pelo aumento do índice de refração; 
ceratocone, pois aumenta a potência corneana.
Patologias 
sistêmicas
Diabetes acima de 150 mmHg, que provocará 
aumento de dioptria negativa (aumentando o índice 
de refração do cristalino por alterações eletrolíticas).
Cirurgias
Cerclagem para tratamento de descolamento de 
retina fará com que o eixo anteroposterior do olho 
alongue, provocando a miopia.
Fármacos
Estimulantes da acomodação, antibióticos 
(sulfamidas) e psicofármacos.
Fontes: HERRANZ e ANTOLÍNEZ (2010); ALVES (2014); ELDER’S (1997) e RÍO (1972).
Unidade IV
16 Emetropias e Ametropias
Existem muitas formas para a 
classifi cação da miopia. São elas:
1. Miopias simples e patológicas;
2. Miopias congênitas, associadas a 
anomalias oculares, integradas a 
anomalias sistêmicas e evolutivas.
Existem miopias que não devem ser corri-
gidas com óculos:
Pseudomiopias: em testes acomodativos, 
encontramos a amplitude de acomodação 
menor que a idade, o resultado fi nal da avaliação 
(testes objetivos) será mais negativo que a reti-
noscopia. Com isso, podemos desconfi ar de espasmos 
acomodativos (serão vistos posteriormente). Uma solução viável é 
deixar o paciente com lentes positivas e orientá-lo sobre exercícios para relaxar 
a acomodação, prescrevendo os óculos apenas se as duas ações aconselhadas 
anteriormente falharem (lentes positivas e exercícios para relaxar a acomodação); 
Miopia espacial: profi ssionais que olham para o céu sem um ponto específi co 
acabam se comportando como olho míope de uma dioptria;
Miopia instrumental: profi ssionais que usam microscópios ópticos, inconscien-
temente, ajustam a acomodação para focar próximo, tendo em vista que o foco 
da imagem estará no infi nito óptico.
Miopia noturna: por fatores fi siológicos (pupila em midríase, defi ciência de vita-
mina A, degeneração na retina, retinose pigmentar, glaucoma, opacidades de 
meios ou, ainda, pós-cirúrgico refrativo), o paciente poderá se queixar de baixa 
de acuidade visual noturna. Na necessidade da prescrição, fazer retinoscopia 
com o gabinete totalmente escuro. Porém, o mais adequado é encaminhar para 
outro profi ssional médico;
Pseudomiopias: 
encontramos a amplitude de acomodação 
menor que a idade, o resultado fi nal da avaliação 
(testes objetivos) será mais negativo que a reti-
noscopia. Com isso, podemos desconfi arde espasmos 
Unidade IV
17Emetropias e Ametropias
Conheça mais:
A miopia é vista ao redor do mundo como um problema sério e grave. Várias 
pesquisas multidisciplinares sugerem uma epidemia global. Muito impor-
tante para a optometria, não apenas a prescrição, mas também a prevenção.
Acredita-se que metade da população do globo poderá ter miopia até 
2050, e a consequência disso são as patologias que podem ser desenvol-
vidas pela ametropia (HOLDEN et al., 2015). 
Muitos são os fatores que poderiam aumentar o problema. Além dos já 
citados (genética, patologias congênitas e ambientes), os ritmos circa-
dianos infl uenciados pela luz (CHAKRABORTY et al., 2018), biomecânica 
da esclera (LEVY et al., 2018), efeito Stiles-Crawford (MARTINS e VOHNSEN, 
2018), entre outras causas.
A optometria tem procurado meios para possíveis tratamentos dessa 
epidemia da miopia. Indicando óculos, lentes de contato, terapia visual 
e até mudanças de hábitos e ambientes. Porém, são necessários mais 
estudos e pesquisas (LOGAN et al., 2018).
Vamos estudar e pesquisar?
1.4 Astigmatismo
Você já percebeu como a imagem através de um vidro quebrado parece um 
quebra-cabeça mal montado? O astigmatismo gera uma distorção visual levando o indi-
víduo a trocar letras ou a se confundir na leitura. Conheceremos o princípio do problema.
Unidade IV
18 Emetropias e Ametropias
O signifi cado da palavra 
astigmatismo é: doença 
do ponto, ou seja, não há 
ponto focal defi nido. 
Você percebeu que a miopia e a hipermetropia são assim classifi cadas porque 
os pontos focais estão dentro ou fora do olho. No astigmatismo existirão dois 
pontos focais distintos e que podem estar em pontos distintos dentro do olho, 
pontos focais fora do olho ou um ponto e outro dentro do olho.
Pense que uma lente para a correção do míope quanto hipermetrope possui 
uma curva (um meridiano). Para a lente que corrigirá o astigmata teremos dois 
(principais) meridianos (duas curvas).
Todo astigmata terá dois meridianos (que chamei de pontos focais) distintos. 
Isso pode ocorrer por erro de curvatura, centralização ou índice de refração. 
Tabela 1.6 – Características do astigmatismo
Astigmatismo Características 
Com a regra
Meridiano vertical (90°) mais curvo. Comum em jovens e adultos, 
sua ocorrência está associada ao ato de piscar, que infl uenciará na 
curvatura da córnea (tônus muscular da pálpebra).
Contra a regra
Meridiano horizontal (180°) mais curvo. Costuma ocorrer após a 
quinta década de vida (fl acidez do tônus palpebral). 
Oblíquo
Estarão fora dos eixos a 90° ou 180°. Costuma estar entre 30° e 60°, 
ou 120° a 160°. Não são comuns.
Fonte: HERRANZ e ANTOLÍNEZ (2010); ALVES (2014); ELDER’S (1997) e RÍO (1972). 
Lembrando-se de que na prescrição colocamos o eixo da curvatura mais 
plana entre os meridianos encontrados. Portanto, quando você encontra o eixo a 
180°, será a favor da regra, e a 90° será contra a regra.
Unidade IV
19Emetropias e Ametropias
O erro de curvatura pode estar associado à córnea, ao cristalino e à retina. 
Por causa do tônus do músculo palpebral, no ato de piscar, infl uenciará 
na curvatura da córnea (gerando de 0,25 a 0,75 dioptrias). Conhecido 
como astigmatismo segundo a regra (que pode mudar no decorrer da 
vida por causa da fl acidez do músculo da pálpebra). 
Ou ainda, falando sobre cristalino, podemos pensar que as curvas 
(anterior e posterior) podem ser diferentes. O astigmatismo menos 
importante é o de retina, mas em míopes elevados, em que o eixo ante-
roposterior é mais alongado, a retina poderá ter curvas distintas. Quando 
você aprender sobre oftalmoscopia, perceberá que a papila oval, muitas 
vezes, estará associada a pacientes com astigmatismo.
A característica da córnea é que sua curvatura horizontal é menor que a 
vertical. Quando o astigmatismo for associado ao cristalino, ocorre que 
ele pode estar levemente inclinado em relação ao seu eixo (se você usar 
óculos e incliná-los, talvez perceba que a imagem se modifi ca levemente). 
A descentralização pode ocorrer pelo cristalino. Imagine que a acomo-
dação é constante e que, em cada ação acomodativa (onde o músculo 
ciliar e suas fi bras tracionarão o cristalino), será deslocado o centro dele 
em relação ao sistema óptico do olho. Essa descentralização promoverá 
o astigmatismo. E o astigmatismo de índice, comum no cristalino, terá 
modifi cações de intensidade baixa fi siologicamente. 
Unidade IV
20 Emetropias e Ametropias
1.5 Conoide de Sturm
Johann Christoph Sturm (1663-1703) é quem estudou e descobriu 
esse efeito. São os raios de luz que transpassam um sistema astigmá-
tico e se modifi cam. É o fundamento teórico do Cilíndrico Cruzado (CCr). 
Você aprenderá este método em técnicas refrativas, mas é importante 
entender o princípio. 
Quando o feixe luminoso transpassa uma lente esferocilíndrica, 
ocorrerão dois pontos focais (há algo familiar para você? Sim! O astigma-
tismo!). Imagine uma receita de óculos com a seguinte medida em um 
olho: +3,00DE –1,00 x 90. Teremos um olho mais refringente no meri-
diano vertical, o feixe de luz terá formas ovais e horizontais dentro do 
olho, assim, o meridiano a 90 entra em foco como uma linha horizontal.
Para o meridiano a 180 (menos refringente), que será horizontal, o 
feixe de luz terá formas ovais e verticais dentro do olho, assim, o meri-
diano a 180 entra em foco como uma linha vertical. Isso ocorre com 
os dois meridianos simultaneamente, com isso, teremos dois pontos 
(meridianos). A distância entre os dois meridianos será o intervalo focal, 
conhecido como Conoide de Sturm. Haverá um momento em que, no 
ponto do intervalo focal, ocorrerá o círculo de menor difusão ou o círculo 
de menor confusão. Esse é o único lugar onde a lente astigmática tem a 
forma de um círculo perfeito (e não oval), ou seja, um corte circular igual 
a uma lente esférica.
Unidade IV
21Emetropias e Ametropias
Figura 1.1 – Meridiano a 90 em foco como 
linha horizontal
Figura 1.2 – Meridiano a 180 em foco 
como linha vertical
Meridiano 
Vertical
em foco
Círculo
de menor
confuso
Meridiano 
Horizontal
em foco
CA B
Horizontal
Meridiano 
Horizontal
em foco
Meridiano 
Vertical
em foco
Vertical
Círculo
de menor
confuso
Fonte: ALVES (2014). 
Observando bem o desenho, veremos cortes elípticos, em que o afastamento 
do centro se torna uma linha (horizontal ou vertical). Podemos afi rmar que o círculo 
de menor confusão nunca alterará a sua distância em relação aos meridianos, ainda 
que os valores sejam iguais com sinais diferentes (sempre na mesma distância entre 
um meridiano e outro). 
Figura 1.3 – Cortes elípticos
Fonte: ALVES (2014). 
Unidade IV
22 Emetropias e Ametropias
As lentes convergentes ou divergentes não alteram o espaço focal do conoide e 
ainda colocam o círculo de menor confusão na retina. Chamamos essa lente esférica 
de equivalente esférico.
Para descobrir, calculamos:
EE – Equivalente Esférico
D1 – Meridiano 1 (mais positivo)
D2 – Meridiano 2 
Resultado de D1 e D2 dividido por dois.
EE = D1 + D2/2
O cilindro tem correção total sobre a linha focal paralela ao seu eixo, tanto 
convergente quanto divergente. Exemplo na próxima imagem.
A correção do astigmatismo (a lente que corrigirá o astigmatismo) é projetada 
para causar o colapso do intervalo de Sturm.
Figura 1.4 – Pontos focais
Eixo
Fonte: ALVES (2014). 
A acomodação atua sobre o conoide para obter o melhor foco, colocando uma 
das linhas focais na retina ou o círculo de menor confusão, sem alterar o intervalo 
focal (o mesmo princípio das lentes esféricas). Lembrando que a astigmata de diop-
tria alta não será corrigida, portanto, o paciente enxergará de forma turvada.
Unidade IV
23Emetropias e Ametropias
Com isso, podemos adiantar que no atendimento optométrico será importante 
tomar cuidado com os pequenos astigmatismos.
1.6 Evolução e tipos de astigmatismo
A evolução do astigmatismo ocorre na infânciaA maioria dos recém-nascidos tem astig-
matismo contra a regra, abaixo de uma dioptria. 
Isto diminuirá até os 6 anos, no processo de 
emetropização, passando a ser a favor da regra. Na 
adolescência ocorre aumento da dioptria. A próxima 
modifi cação ocorrerá entre os 50 e 60 anos de vida, tornando o astigmatismo 
contra regra (em decorrência da perda do tônus muscular da pálpebra).
Isto diminuirá até os 6 anos, no processo de 
emetropização, passando a ser a favor da regra. Na 
adolescência ocorre aumento da dioptria. A próxima 
Pense em uma cruz. 
Nessa cruz teremos 
um meridiano vertical 
e outro horizontal. 
Quando os meridianos 
se cruzarem (vamos 
dizer que eles estão 
perpendiculares), 
produzirão um ângulo 
de 90° (ou ângulo reto). 
No caso do astigma-
tismo regular, os dois 
principais meridianos 
formarão um ângulo 
reto. Estarão com 
um intervalo de 
90° de um meridiano 
a outro.
Quando não ocorrer 
esse intervalo de 90° 
de um meridiano em 
relação ao outro, não 
ocorrerá correção 
com óculos, sendo 
chamado de astigma-
tismo irregular.
Unidade IV
24 Emetropias e Ametropias
Nos astigmatismos regulares teremos a classifi cação da seguinte maneira:
Tabela 1.7 – Classificação dos astigmatismos
Tipos de 
astigmatismo
Foco em relação 
à retina
Foco à frente 
da retina
Foco atrás 
da retina
Astigmatismo 
simples.
Um dos focos 
está na retina.
Astigmatismo 
miópico simples.
Astigmatismo 
hipermetrópico 
simples.
Astigmatismo 
composto.
Nenhum foco 
está na retina.
Astigmatismo 
miópico 
composto.
Astigmatismo 
hipermetrópico 
composto.
Astigmatismo 
misto.
Um foco estará 
atrás e o outro 
estará à frente 
da retina.
Fonte: ELDER’S (1997) e RÍO (1972).
1.7 Sintomas
Figura 1.5 – Olho com astigmatismo hipermetrópico simples
Disponível em: <https://goo.gl/MFcn5M>. Acesso em: 07/02/2018.
Unidade IV
25Emetropias e Ametropias
Como possui dois meridianos, ajustará o foco em um meridiano que o permita 
enxergar melhor. No decorrer do ajuste, a preferência será sempre pelo meridiano 
vertical que distorcerá menos no seu dia a dia. 
Quando os meridianos estão afastados e o esforço visual não melhorará em 
nada a visão, o único sintoma será o ato de enxergar. Porém, quando o esforço visual 
conseguir ajustar melhor a visão, o sistema estará em constante tensão (acomo-
dação) para manter o foco na retina da 
melhor forma possível, gerando sintomas 
como dor de cabeça (cefaleia), tontura, 
neurastenia (perda pelo interesse nas 
atividades), irritabilidade, fotofobia, blefa-
rite, hiperemia e cansaço visual. 
Os sintomas são mais intensos 
nos astigmatismos hipermetrópicos por 
causa da acomodação.
Tabela 1.8 – Sinais e sintomas dos astigmatismos
Astigmatismos Sinais e sintomas
Leves (0,25 a 0,75 e, em 
alguns casos, até 1,00)
Fotofobia, lacrimejamento, vertigem, náuseas e 
cefaleia frontal.
Relata trocar as letras (Ex.: “C” pelo “O”), cansaço 
ao fi m do dia e troca as linhas na leitura. Sintomas 
podem piorar com o tempo, pois o poder de 
ajuste do foco diminuirá.
Altos (acima de 1,25)
Baixa de acuidade visual (sombras ou duplicada).
Torcicolo (comum em astigmatismos oblíquos).
Diminuição da fenda palpebral, ocasionando des -
conforto ao redor dos olhos pela tensão dos 
músculos adjacentes das pálpebras. 
Infl exibilidade
Fonte: HERRANZ e ANTOLÍNEZ (2010); ALVES (2014); ELDER’S (1997) e RÍO (1972).
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