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Advocacia Privada - roteiro

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SEMINÁRIO 
Teoria Geral do Processo 
DIREITO PRIVADO
· CONCEITO – Ana Luísa de Araujo 
Advocacia é a área técnica que conecta a pessoa com o estado e defende os interesses do indivíduo, visando a manutenção e aplicação da ordem jurídica utilizando de embasamentos jurídicos e decisões judiciais. Há também outras visões acerca da advocacia, como o ponto de vista material, que afirma que a advocacia se trata de uma atividade de provocação no caso processual, e outros entendimentos que a veem por uma perspectiva de mediação e conciliação, de consultoria, assessoria, e também de fiscalização que é exercida por aqueles que são inscritos na ordem dos advogados brasileiros. 
No caso da advocacia privada têm-se uma ramificação da advocacia em que há uma maior liberdade no seu trabalho, onde se exerce a profissão mediante honorários acertados com o cliente. Não desobriga as questões éticas ou em relação a sua presença, a sua ampla liberdade se deve aos seus valores e contratações. 
· CONTEXTO HISTÓRICO – Josylanne Victoria e Mariana da Silva
O Direito Romano teve grande influência nos códigos que deram origem ao corpo normativo que vigoram até os dias atuais. Percebe -se uma mudança contínua no caráter do direito, de acordo com a evolução das civilizações, com as alterações políticas, econômicas e sociais. 
A maior parte das inovações e aperfeiçoamentos do direito, no período clássico, foi fruto da atividade dos magistrados e dos jurisconsultos que introduziram as mais revolucionárias modificações para atender às exigências práticas de seu tempo. O resultado dessas experiências foi um corpo estratificado de regras, aceitas e copiadas pelos pretores que se sucediam, e que, finalmente, por volta de 130 d. C., foram codificadas pelo jurista Sálvio Juliano, por ordem do Imperador Adriano.
No Brasil, herdamos o Direito Romano Germânico, também conhecido sistema de “Civil Law”, impetrado por normas de caráter positivista - limitada, no entanto pela sua própria natureza, - sob esse prisma há de se entender que para melhor atender a sociedade, maior precisa ser o número de dispositivos legais a fim de evitar lacunas. 
De acordo com Ruy Barbosa apud Elcias Ferreira da Costa, “o primeiro advogado foi o primeiro homem que, com a influência da razão e da palavra, defendeu os seus semelhantes contra a injustiça, a violência e a fraude”. (COSTA, 2002, p.79). Assim, várias pessoas fizeram esse papel, tais como: Moisés, quando se insurgiu contra as discriminações impostas na terra do Egito; Daniel, na defesa de Suzana, entre outros. 
Já para Luiz Lima Langaro, professor de Deontologia Jurídica, o orador ateniense que se pode, historicamente, afirmar ter sido o primeiro advogado da Grécia foi Demóstenes (sec. IV), pelo fato de que se dedicou ao estudo das leis, demonstrando vocação extraordinária para a interpretação e a comparação de textos de leis da época”. (LANGARO, 1996, p.40). Langaro menciona que apesar das origens históricas da advocacia serem situadas em Atenas, na Grécia, foi em Roma que a profissão adquiriu individualidade e autonomia, uma vez que nesta, em vez da eloquência grega, originou-se a técnica pela ciência, e o discurso foi substituído pelo parecer jurídico, a forma verbal pela escrita, originando-se o processo. (LANGARO, 1996, p. 40).
Retomando a advocacia brasileira, no período colonial era feita de uma forma mais ou menos livre, pois as pessoas aprendiam e então exerciam a advocacia. Com o advento das Ordenações Filipinas no Brasil, a advocacia se tornou regrada, tornando este conhecimento restrito à Corte devido à necessidade de que o pretendente deveria cursar direito na Universidade de Coimbra, escolhendo áreas de direito civil ou católico, ou as duas. Somente em 11 de agosto de 1827, o imperador D. Pedro I sancionou e promulgou a lei que criava dois cursos de ciências jurídicas e sociais: um em Olinda, que deu origem à Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco, e outro em São Paulo, que deu origem à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Em meados do século XIX (1850), o Brasil começou a se codificar. E, somente em 18 de novembro de 1930, ocorreu a criação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por meio do Decreto nº 19.408, em seu art. 17, no governo de Getúlio Vargas. Tal órgão já era sonhado há muito tempo pelos profissionais da área. A partir disso, o Direito foi evoluindo até chegar nos dias de hoje, em que existem diversas áreas, onde tanto a advocacia pública quanto a privada atuam.
· CARACTERISTICAS – Ellen de Souza
As características são elementos que regem a atuação do advogado, diferenciando a profissão das demais, por ser essencial à justiça, com bases de proteção do Estado Democrático de Direito São elas: Indispensabilidade; Inviolabilidade; Perenidade; Ramificação tripartite; Parcialidade. Operacionalidade; Independência; Objetividade; Submissão à ordem ética e jurídica; Inatingibilidade; Onerosidade mínima obrigatória; Onerosidade mínima presumida; Exclusividade; Privatividade. Na sua essência, essas características são é exercida por um profissional liberal que é contratado por um cliente ou empregado por pessoas jurídicas de Direito Privado.
· ARTIGOS 1- 8, CÓDIGO DA OAB – Pollyana Vasconcelos e Laís França
Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da moral individual, social e profissional.
Ser compatível com os preceitos deste código, quer dizer que o advogado deve ser, assíduo é pontual ao serviço; tratar com urbanidade as pessoas, representar contra a ilegalidade, omissão ou abuso do poder.
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce.
A advocacia não pode ter obstáculos para cuidar dos interesses de seus clientes e quem impõe barreiras, está violando uma de suas prerrogativas.
Parágrafo único. São deveres do advogado:
I – Preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade;
II – Atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;
III – Velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – Empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – Contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; 
VI – Estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;
VII – Aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial;
Ou seja, o advogado não pode estimular seu cliente a ingressar com ações judiciais sem nenhuma chance de sucesso.
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atue;
c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso;
d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana;
Significa dizer: auxiliar a qualquer terceiro a mentir, forjar provas, falsificar documentos, subordinar agentes públicos, enfim, usar seu conhecimento sobre ciência do direito para o mal. 
e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste.
Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.
Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, integrante de departamento jurídico, ou órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.
Parágrafo único. 
É legítima a recusa,pelo advogado, do patrocínio de pretensão concernente a lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressa orientação sua, manifestada anteriormente. Ou seja, é direito do advogado recusar causas, nas quais ele não queira atuar.
Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.
O Advogado não pode fazer mercadoria dos seus serviços, a sua publicidade tem que ser discreta e moderada.
Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé.
O Advogado tem que expor os fatos sem falsificar a verdade para o sei benéfico e benefício do seu cliente.
Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela.
A publicidade do advogado não pode ser exagerada, ela tem que estar dentro dos limites do código de ética da OAB.
Art. 8º O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda.
O advogado tem que explicar ao seu cliente de forma clara e sem duplos sentidos os ricos que ele vem a ter no ato do processo.
· FUNÇÃO SOCIAL – Fernanda Regina 
A função social do Advogado é primeiramente na busca de uma sociedade mais justa onde ele assume um papel fundamental na sociedade como um todo. Atuar na advocacia ou advogar significa representar os interesses de uma parte determinada. Na esfera privada, o advogado é nomeado mandatário (ou procurador) por meio de um instrumento escrito de procuração e um contrato de prestação de serviços assinado com o cliente.
Em suma, o profissional Advogado Privado é aquele que exerce a advocacia como profissional liberal, serve para aqueles que não tem direito a advocacia gratuita, ou não querem, ou precisam, recorrer à defensoria pública, e precisam de um acesso imediato a justiça. Ele trabalha para si em função de outras pessoas, inclui-se também na categoria de advogado privado o advogado empregado por pessoas jurídicas da iniciativa privada.
Mesmo o advogado que exerce advocacia privada presta serviço público na sua atuação, porque contribui para a tutela do Estado Democrático de Direito por delegação estatal, como diz o órgão competente que no caso é a Ordem dos Advogados do Brasil, que afirma: o advogado deve também funcionar como agente nas transformações sociais agindo na defesa do que representa o melhor para a sociedade. 
· QUEM ATUA NA ADVOCACIA PRIVADA PODE ATUAR NA PÚBLICA? – Esterffany de Souza
A Advocacia Geral da União (AGU) optou por proibir advogados públicos de participar de resolução de conflitos paralelamente ao exercício de cargos no Serviço Público. Os membros da AGU também estão proibidos de atuar em causas particulares de arbitragem, mediação, conciliação e compliance. 
“Entende-se que a pratica de tais atividades é incompatível com o exercício das funções de procurador público federal, e dado o alto potencial de interferência indevida no serviço público prestado pela AGU, o uso de informações privilegiadas obtidas pode estar dentro da competência da agencia, especialmente em decorrência da natureza inerente e relevante do direito público e das atividades relacionadas a arbitragem, mediação, conciliação, negociação e compliance.” – Parecer de André Mendonça 
· DIFERENÇA ENTRE ADVOCACIA PÚBLICA E PRIVADA – Bruno Maia 
A diferença entre ambos se dá tanto nas áreas de atuação, quanto no código que rege a conduta do profissional. Os advogados privados se sujeitam ao Código de Ética do Estatuto da OAB (Lei 8.906/04). Já os defensores públicos estão sujeitos às regras do regime jurídico diferenciado dos servidores públicos e à Corregedoria-Geral da Defensoria Pública.
Em relação a atuação há uma maior liberdade para o advogado privado em suas decisões acerca dos horários, com quem trabalha, e os valores dos serviços. Já para o advogado público, além do salário mensal fixo, há também horários e os demais atuantes não sendo definidos pelo mesmo.

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