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Farmacologia dos sedativos, hipnóticos e anticonvulsivantes

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Sedativos, Hipnóticos e Anticonvulsivantes
Fármacos: 
• Sedativos → estado de inconsciência 
✓ Diminui a atividade, modera a 
excitação e acalma a pessoa que o 
recebe 
✓ Produz sedação (com alívio 
concomitante da ansiedade) 
✓ Induz o sono com diminuição das 
funções psicomotoras e cognitivas 
✓ Não pode ser facilmente despertado 
• Hipnóticos → sonolência farmacológica 
✓ Facilita o início e a manutenção do 
sono que se assemelha ao natural em 
suas características 
eletroencefalográficas 
✓ Indivíduo pode ser facilmente 
despertado 
Uso clínico: 
• Insônia (condição patológica no qual o 
indivíduo não consegue descansar a 
mente); 
✓ Principais fármacos para induzir o 
sono: Rivotril ® - Clonazepam 
• Ansiedade (sintomas relacionados a 
tremores); 
• Anestesia; 
Pré-anestésico principal: Midazolam 
(adjuvante na anestesia). 
Principais classes de fármacos: 
• Benzodiazepínicos (BDZ); 
✓ Antagonista: Flumazenil 
✓ Terminação: -zepam 
✓ Principais efeitos colaterais: depressão 
respiratória, sonolência diurna 
• Barbitúricos; 
✓ Não possuem antagonistas 
✓ Manejo em caso de intoxicação: 
carvão ativado e noradrenalina 
✓ Aumento do tempo de abertura do 
receptor GABAA 
• Compostos Z. 
 
 
Sono 
• Estado de inconsciência no qual a pessoa 
pode ser despertada por estímulo sensorial 
ou outro fator; 
• Função: restaurar o balanço natural entre 
os centros neurais. 
 
Tipos: 
• Sono de ondas lentas 
✓ Profundo e restaurador 
Fases (eletroencefalograma – grande 
amplitude e baixa frequência): 
Vigília – Estado de consciência → atividade 
perceptivo-sensorial 
1. Sonolência → baixa atividade muscular 
2. Sono leve (onde atuam os BDZ, que 
prolongam o tempo de sono nesse 
estágio) → diminuição da frequência 
cardíaca e respiratória, bem como da 
temperatura do corpo 
3. Inicio do sono profundo → ondas 
cerebrais lentas e sincronizadas 
4. Sono profundo → redução da 
frequência cardíaca e pressão arterial 
(ocorre apenas nos primeiros minutos 
do sono) 
Em pacientes em uso de BDZ para insônia, 
passam do estado de vigília direto para a fase 2 
• Movimentos rápidos dos olhos (REM) 
✓ Sonho → estimula o SARA (Sistema 
Ativador Reticular Ascendente) que 
estimula vias serotoninérgicas, 
dopaminérgicas e colinérgicas para 
que a atividade neural não reduza 
muito 
✓ Associado à maior atividade muscular 
corporal 
✓ Possui curta duração, sendo 
caracterizado com movimentos 
rápidos dos olhos, apesar de a pessoa 
ainda estar dormindo 
✓ Ondas cerebrais rápidas, músculos 
relaxam e batimentos cardíacos 
aumentam 
 
 
Estado de vigília 
• Estado de consciência 
• Atividade perceptivossensorial 
Teorias básicas do sono 
Processo inibitório ativo 
Teoria passiva do sono 
• Áreas excitatórias da parte superior do 
tronco cerebral (Sistema Ativador Reticular 
Ascendente – SARA) simplesmente se 
fadigavam durante o dia de vigília, 
tornando-se inativas. 
Lesões em centros promotores de sono 
podem causar vigília intensa – insônia. 
 
Sono REM 
• Hiperatividade da acetilcolina 
• Bradicardia 
• Maior peristatismo 
• Pupilas contraídas (miose) 
• Bradipneia 
Cortisol e Melatonina → ciclo circadiano 
• Pico de cortisol → alta atividade cerebral 
Fármacos Sedativos-Hipnóticos 
• Capazes de deprimir a função do SNC e 
produzir calma e sonolência (sedação) 
• Efeito depressor: dependente de dose 
• Produz sedação banda, coma e, até 
mesmo a morte 
• Metabolizados pelo sistema microssomal 
hepático 
Benzodiazepínicos (BDZ) 
• São uma classe de medicamentos 
utilizados como moduladores de 
receptores Gabaérgicos 
• Ação depressora do SNC, potencializando 
a ação do neurotransmissor inibitório 
Gama-aminobutírico (GABA) 
Mecanismo de ação: 
• Envolvido na neurotransmissão Gabaérgica 
• Neurotransmissor: Ácido Gama-
aminobutírico (principal neurotransmissor 
inibitório SNC) 
• Ligação alostérica (subunidade ) aos 
receptores de GABA do subtipo GABAA 
• Aumento da potência do GABA (menor 
concentração para atingir seu efeito) 
• Atua em receptor ionotrópico: íon Cloreto 
(promove um influxo de Cloreto, deixando 
o potencial negativo, reduzindo o potencial 
de ação – ddp - e causando um efeito 
inibitório e depressor) 
• BDZ aumenta a frequência de abertura do 
receptor GABAA, aumentando o influxo de 
Cloreto 
 
Intoxicação por benzodiazepínicos 
• Depressão respiratória 
• Carvão ativado: impede a absorção 
(chegada na corrente sanguínea) no lúmen 
intestinal, adsorvendo o fármaco 
Propriedades farmacológicas 
Principais efeitos agonistas 
• Sedação 
• Hipnose (diminui o tempo de vigília) 
• Ansiolítico 
• Amnésia (doses pré-anestésicas) 
• Anticonvulsivantes (meia-vida longa) 
• Relaxamento muscular (bloqueio 
neuromuscular → doses altas) 
• Vasodilatação coronariana (administração 
coronariana) → Hipotensão 
• Sonolência diurna → principalmente os de 
ação intermediária e longa 
• BDZ mais indicado para insônia → 
Flurazepam (tempo de meia vida longo) 
Obs: Grande parte dos efeitos produzidos pelos 
BDZ são revertidos ou prevenidos pelo 
antagonista Flumazenil. 
Compostos Z 
• Atuam como agonista do sítio do BDZ no 
receptor GABAérgico 
• 1ª linha de tratamento de insônia (mais 
específico) – Zolpidem 
✓ Suficiente para durar as 8h de sono 
✓ Início rápido de ação (30 a 45 min 
antes de dormir – farmacocinética) 
✓ Dose única de 10 mg 
• Outro exemplo: Zalaplona 
• Pouca ação anticonvulsivante 
• Relaxante muscular 
• Possibilidade de causar dependência 
• Mesmo mecanismo de ação dos 
Benzodiazepínicos 
Congênere da Melatonina 
Ramelteona 
• Comprimido de 8 mg 30 min antes de 
dormir 
• Análogo tricíclico da melatonina 
• Utilizado no tratamento de insônia 
• Baixa atividade neural 
• Atua em receptores metabotrópicos 
associados a proteína Gi 
• Hiperpolarização neuronal → reduzindo o 
potencial de ação → redução da atividade 
metabólica do SNC 
• Promoção do início do sono 
• Pouco prescrito no Brasil 
Absorção, distribuição e excreção: 
• Possuem alto coeficiente de distribuição 
lipídio-água na sua forma não ionizada 
• Todos são completamente absorvidos, 
exceto o Clorazepato 
• Metabolismo hepático 
Categorias: 
• Ação ultrarrápida 
• Ação curta 
✓ Tempo de meia vida 6h → 
Clonazepam*, Triazolam, Zolpidem, 
Zopiclona 
• Ação intermediária (insônia) 
✓ Tempo de meia vida 6-24h → 
Estazolam, Temazepam, Lorazepam 
• Ação longa (insônia, ação anticonvulsivante) 
✓ Tempo de meia vida > 24h → 
Flurazepam, Diazepam*, Quazepam 
Principais relações metabólicas dos BDZ 
• BDZ (pro-fármacos) – metabolização 
hepática, convertendo-os em produtos 
ativos 
Obs: BDZ de meia-vida longa → 
Contraindicados em pacientes idosos (dificuldade 
de metabolização), podendo causar acúmulo de 
metabólitos ativos, causando toxicidade 
Melhor para pacientes idosos → BDZ de meia 
vida curta → tempo de ação mais curto (ex: 
Clonazepam) 
Efeitos adversos dos BDZ: 
Doses hipnóticas dos BDZ podem causar: 
• Graus variáveis de delírio; 
• Fadiga; 
• Aumento dos tempos de reação (letargia); 
• Falta de coordenação motora 
(principalmente em idosos); 
• Comprometimento das funções mentais 
• Amnésia; 
• Sonolência diurna (principalmente os de 
tempo de meia vida longa); 
• Náuseas, vômito e diarreia; 
• Dependência e uso abusivo (ocorre 
principalmente nos medicamentos de 
meia-vida longa) 
Obs: Todos esses efeitos podem comprometer 
a capacidade de conduzir veículos e outras 
habilidade psicomotoras, especialmente quando 
combinados aos efeitos do etanol. 
Ao combinar álcool e fármacos depressores, há 
o aumento da biodisponibilidade desses 
fármacos, uma vez que o metabolismo 
hepático é direcionado para o álcool. 
Aumento da toxicidade, potencializando os 
efeitos colaterais 
Barbitúricos 
• Classe de medicamentos que reduzem a 
excitabilidade neuronal ao aumentar a 
inibição mediada peloGABA através dos 
receptores GABAa; 
• Aumento da hiperpolarização 
• Gardenal ® - Fenobarbital; Tiopental 
• Não possuem antagonista 
Mecanismo de ação: 
• Intensificar a eficácia do GABA ao 
aumentar o tempo de abertura dos canais 
de Cl- 
• Maior eficácia que os BDZ 
• Efeito polarizante elevado 
• Tratamento de crises convulsivas, 
principalmente em crianças 
• Efeito Anestésico (bloqueio do potencial de 
ação) → Tiopental (início de ação rápido 
e meia-vida curta) 
• Classificados como ácidos fracos 
Obs: Para eliminar o barbitúrico: 
• Administrar uma substância alcalina; 
• Induzir a diurese (ex: administrar 
Furosemida → estimula a redução da 
pressão arterial – atua a nível renal) 
✓ Contraindicado em pacientes com 
problemas renais 
• Alcalinizar o sangue (administração de 
Bicarbonato) → impedir a absorção 
Propriedades farmacológicas 
• Promovem depressão reversível do SNC 
→ intensificação da inibição ocorre 
principalmente nas sinapses onde a 
neurotransmissão é mediada pelo GABA 
• Em concentrações subanestésicas, podem 
reduzir as despolarizações produzidas pelo 
Glutamato (AMPA) → principal 
neurotransmissor excitatório 
• Em concentrações mais altas, produzem 
anestesia 
• Atividade anticonvulsivante (Fenobarbital e 
Mefobarbital) 
Absorção, distribuição e excreção 
• Altamente lipossolúveis 
• Atravessam a placenta 
• Rápida redistribuição pelos tecidos 
• Metabolização hepática por processos de 
oxidação N-glicosilação 
• Indução do sistema microssomal dos 
fármacos (prejudica a ação de fármacos 
que forem administrados 
concomitantemente) 
• Excreção: pode ser aumentada por 
diurese osmótica e/ou pela alcalinização da 
urina 
BDZ x Barbitúricos 
Entrada de Cl- : eficácia 
Avalia a influência dos BDZ e dos Barbitúricos 
no processo de entrada de Cl- na célula e 
hiperpolarização 
A: 
Os Barbitúricos são mais eficazes que os BDZ, 
uma vez que o influxo de Cl- é maior 
Potência 
Quantidade de medicamento necessária para 
produzir seu efeito considerando a Ec50 
BDZ são mais potentes que os Barbitúricos 
(conseguem produzir efeito com menor 
quantidade de dose) 
 
 
B: 
Ao utilizar BDZ, aumenta-se a potência do 
GABA (Ec50 diminui) 
Ao utilizar Barbitúrico, aumenta-se mais ainda a 
potência do GABA 
Anticonvulsivantes 
Estados de atividade cerebral 
Epilepsia 
• Aumento da atividade do SNC de forma 
excessiva e da despolarização neuronal 
• Aumento da descarga de 
neurotransmissores 
• Estado convulsivo – caracterizada por 
atividade excessiva descontrolada de 
qualquer parte ou de todo Sistema 
Nervoso Central (SNC) 
Tipos: 
• Grande mal 
→ Alta voltagem e frequência (extremas 
em todas as áreas do encéfalo) 
→ Consequências: cianose, micção e 
defecação 
→ Obs: Pentilenotetrazol (antagonista de 
GABA; agente convulsivante) – 
interrupção inibição ativa/fadiga 
neuronal 
• Pequeno mal 
→ Padrão ponta-onda 
→ Sistema ativador talamocortical 
→ Caracterizada pela contração dos 
músculos da cabeça e aumenta da 
frequência de piscar os olhos 
→ Origem: neurônios inibitórios e 
excitatórios 
• Focal (psicomotor) 
→ Lesões orgânicas 
→ Tecido cicatricial/tumor – confinado 
em uma só área do cérebro 
→ Caracterizada por um curto período 
de amnésia, raiva, ansiedade e medo 
Farmacologia da epilepsia 
Mecanismo de ação de fármacos 
anticonvulsivantes 
• Redução das deflagrações repetitivas e 
persistentes dos neurônios 
• Efeito mediado pela inativação dos canais 
de Na+ mediados por voltagem 
✓ Fenitoína e Carbomazepina 
• Redução das despolarizações 
• Aumento da inibição pré ou pós-sináptica 
mediada pelo GABA (aumento da potência 
GABAérgica) 
✓ Benzodiazepínicos (Diazepam e 
Norazepam) 
✓ Barbitúricos (Fenobarbital) 
• Inibição dos canais de Ca2+ ativados por 
voltagem 
✓ Pregabalina 
✓ Gabapentina 
 
Fenitoína (Hidantal) 
• Posologia: 100mg - 3x ao dia 
Canabidiol 
• Tratamento de crises convulsivas e 
epiléticas

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