Resumo CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde)

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VICTORIA MESSAGE FUENTES 
2022 
 
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) possui 
uma família de classificações internacionais. 
Essas famílias estão classificadas em: 
• Referências; 
• Derivadas; 
• Secundárias. 
A CIF e a CID (Classificação Internacional de 
Doenças) são classificações de referências. 
A CIF é parte da Família de Classificações 
Internacionais da OMS, assim como a CID 
(Classificação Estatística Internacional de 
Doenças e Problemas Relacionadas à Saúde). 
A CIF se tornou uma classificação de 
referência apenas em 2001, mas a sua primeira 
versão foi publicada para testes em 1980, 
chamada International Classification of 
Impairments Disabilities and Handcaps 
(ICIDH) e era uma classificação de 
consequências de doenças. 
No processo de construção (1980-2001), a CIF 
deixou de ser uma classificação de 
consequências de doenças e passou a ser uma 
classificação de componentes da saúde. 
A CIF é uma classificação de componentes da 
saúde, considerando a existência de seis 
componentes, sendo que quatro componentes 
podem ser transformados em códigos da CIF. 
Além disso, a CIF está embasada no modelo 
biopsicossocial. Um dos seis componentes 
existentes na CIF está a condição de saúde, 
como um transtorno/doença/enfermidade. 
Outro componente é o fator pessoal, como 
etnia/idade/profissão. 
Esses dois itens não são codificados pela CIF, o 
componente condição de saúde é classificado 
pela CID e o componente fatores pessoais não 
está codificado em nenhuma das duas 
classificações. 
Os outros quatro componentes: funções e 
estruturas do corpo, atividade, participação e 
fatores ambientais são os componentes da 
saúde classificáveis pela CIF. 
A CIF não é um instrumento de avaliação, tais 
como escalas, questionários e outros métodos. 
No entanto, a CIF ainda é confundida com 
escalas e com métodos de avaliação, porém, a 
CIF é uma classificação e não um instrumento 
de avaliação. 
Os resultados dos instrumentos de avaliação 
(escalas, questionários, exames) são 
classificáveis pela CIF, são apresentados por 
meio de uma linguagem comum que a CIF 
oferece. 
Instrumentos de avaliação e instrumentos de 
classificação estão em dimensões diferentes. 
 
 
 
 
A codificação dos estados de saúde servem 
para que os sistemas de informação sejam 
capazes de ler a situação de saúde de uma 
população. 
Quando falamos de funcionalidade humana, a 
codificação é fundamental, pois hoje a 
descrição da funcionalidade ou incapacidade 
ocorrem de uma maneira que os sistemas de 
informação não conseguem ler. Portanto, a 
transformação do que é descrito nos 
prontuários em relação a funcionalidade e 
incapacidade em códigos, permite que o 
sistema de informação realize a leitura, 
organização e tratamento estatístico dessas 
INSTRUMENTOS DE 
AVALIAÇÃO 
• Exames (raio 
x, tomografia, 
exames 
laboratoriais) 
 
INSTRUMENTOS DE 
CLASSIFICAÇÃO 
• Condição de 
Saúde (Exemplo: 
Pneumonia) – 
classificada pela 
CID. 
INTRODUÇÃO A CIF 
 
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informações, oferecendo um diagnóstico 
situacional da funcionalidade/incapacidade 
da população de um Estado, de um município e 
de um país, podendo comparar países e 
continentes num sistema mundial de 
informação sobre funcionalidade humana. 
 
 
 
A condição de saúde significa uma doença ou 
enfermidade, qualquer um dos itens (função e 
estrutura do corpo, atividade, participação 
fatores ambientais e fatores pessoais) podem 
ter alteração ou não. 
A condição de saúde é classificada pela CID 
(mais recente CID-10) e os fatores pessoais 
(etnia/profissão) não são classificados em 
nenhuma das duas classificações, os outros 
itens (função e estrutura do corpo, atividade, 
participação fatores ambientais e fatores 
pessoais) fazem parte da CIF. 
O modelo é multidirecional (setas saem de 
todos os itens e chegam de todos os itens), 
portanto, não é possível identificar um modelo 
de partida no modelo da CIF. Além disso, é um 
modelo multidimensional, pois há diferentes 
dimensões relacionadas. 
A dimensão biológica (função e estrutura do 
corpo) está relacionada com a dimensão 
patológica (doença ou enfermidade), que está 
relacionada também com os fatores 
ambientais, culturais (fatores pessoais) e 
social (participação). 
O conteúdo de funcionalidade humana e 
incapacidade está no centro do modelo, 
representado por funções e estrutura do 
corpo, atividades e participação. Os fatores 
ambientais e pessoais representam o contexto 
da vida humana. E por fim, a condição de 
saúde representa uma doença ou enfermidade. 
O modelo multidirecional é um modelo que faz 
parte da CIF, foi publicado em conjunto com a 
CIF, não se trata de um modelo da CIF, mas sim 
um modelo no qual o uso das classificações 
internacionais de referências (CID e CIF) está 
embasado. 
Na primeira versão da CIF, lançada em 1980, 
era um modelo linear, que começava pela 
doença, ou seja, para que o indivíduo fosse 
classificado em relação a sua funcionalidade e 
incapacidade, deveria ser classificado pela 
CID antes, então, a partir de uma doença o 
estado de funcionalidade e incapacidade era 
classificado. 
A classificação inicial era de consequências de 
doenças, com o passar do tempo, a 
classificação se tornou uma classificação de 
componentes de saúde, ou seja, a doença pode 
ser a causa dos problemas de funcionalidade, 
mas também pode ser o resultado desses 
problemas. 
Os fatores pessoais, embora não faça parte 
nem da CID e nem da CIF, devem ser 
considerados ao classificar utilizando a CIF. 
MODELO BIOPSICOSSOCIAL 
 
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Cada um desses componentes é identificado 
por uma letra minúscula. Portanto, os quatros 
componentes da CIF são divididos em 
categorias, tendo quatro categorias presentes 
na CIF. 
Exemplo: b1344 – qualidade do sono – faz 
parte das funções mentais. 
s75012 – músculos da perna. 
d450 – andar – faz parte da mobilidade. 
e1 – produtos e tecnologia 
 
Do ponto de vista clínico, a CIF oferece uma 
lista de categorias, pode ajudar os 
profissionais na determinação dos objetivos de 
tratamento. Porém, a CIF pode ser usada sem 
a codificação, as categorias da CIF precisam 
ser complementadas por qualificadores. 
Portanto, a CIF não contém códigos e sim 
categorias que são transformadas em códigos 
quando o profissional completa uma categoria 
com um ou mais qualificadores. 
 
 
 
s73020 
 
 
 
 
 
Os qualificadores indicam a magnitude ou 
gravidade de um problema, podendo indicar 
também topografia ou natureza de uma lesão. 
No componente de Fatores Ambientais, 
indicam facilitadores e barreiras. Os 
qualificadores servem para dar significado as 
categorias, ou seja, transformar a categoria 
em um código. 
O qualificador neutro é o qualificador 0, para 
completar uma categoria da CIF com 0 é só 
separar a categoria do qualificador com um 
ponto. 
Exemplo: b730 – função da força muscular – 
se tem um paciente que não tem alteração da 
função da força muscular, irá escrever b730.0 
– sem alterações da força muscular. 
 
Exemplo: b5105.3 – alteração de grau 3 (grave 
ou entre 50% e 95%) na deglutição – se as 
funções da deglutição receberam o 
qualificador 3, essas funções têm problemas, 
significando um problema grave, quando 
avalia ou usa um instrumento qualitativo, se o 
profissional usar um instrumento quantitativo, 
irá se referir a CIF utilizando a escala 
quantitativa, onde o 3 significa uma alteração 
entre 50% e 95%. Portanto, esse código nos 
COMPONENTES E CATEGORIAS DA CIF 
CÓDIGO = categoria + qualificadores 
QUALIFICADORES DA CIF 
Funções do corpo 
(body)Estruturas do corpo 
(structure) 
Atividade e 
Participação (domain) 
Fatores ambientais 
(environment) 
Componente 
Capítulo 
2º nível 3º nível 
4º nível 
 
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mostra que existe uma alteração de grau 3 nas 
funções da deglutição. 
Os qualificadores em funções do corpo são: 0, 
1, 2, 3, 4, 8 e 9, sendo o 0 significando 
completamente normal e o 4 alteração 
completa. O 1, 2 e 3 significam uma escala de 
gravidade de um problema que vai do 0 até o 
4. O qualificador 8 é um qualificador que 
mostra a existência de um problema, mas sem 
a especificação da gravidade desse problema, 
significa que uma categoria não está normal, 
mas o classificador não consegue identificar a 
magnitude do problema. O qualificador 9 é 
utilizado em categorias que não são aplicáveis 
ao caso do paciente, como por exemplo a 
estrutura da próstata que não se aplica em 
mulheres ou a menstruação que não se aplica 
em idosas. 
Exemplo: s75000.452 – fratura completa de 
fêmur esquerdo. 
• 4 – magnitude do problema 
• 5 – o 5 significa descontinuidade na 
CIF, ou seja, uma ruptura de um tecido. 
• 2 – topografia do problema – lado 
esquerdo. 
O primeiro qualificador após o ponto significa 
a magnitude do problema, o segundo 
qualificador após o ponto significa a natureza 
da lesão (o tipo de lesão ou alteração na 
estrutura) e o terceiro qualificador após o 
ponto significa a topografia do problema (lado 
direito/esquerdo, ambos os lados, proximal, 
distal). 
Na lista de natureza e topografia existem 10 
qualificadores (0 ao 9), esses qualificadores 
chegam no 8 e 9 que são, respectivamente, não 
especificado e não aplicado. Para existir uma 
padronização do não especificado e não 
aplicado, o 8 e o 9 foram utilizados com esses 
significados nos outros componentes da CIF, 
que vão até o 4. Portanto, em funções do 
corpo, atividades e participação, fatores 
ambientais terá os qualificadores 0, 1, 2, 3, 4, 
8 e 9. 
Exemplo: d510.24 e115+8 – dificuldade 
completa para lavar-se, atenuada por 
produtos e tecnologias para uso pessoal na 
vida diária. 
Em atividades e participação utiliza-se os 
qualificadores da mesma maneira (0, 1, 2, 3, 4, 
8 e 9) para identificar a dificuldade ou o grau 
de dificuldade que uma pessoa tem para 
realizar uma determinada atividade. O 
qualificador 0 significa que não existe 
nenhuma dificuldade e o 4 significa que o 
indivíduo não consegue realizar a atividade. 
24 – nesse exemplo está sendo usado dois 
qualificadores para a magnitude do problema, 
pois o qualificador 2 se refere ao desempenho, 
que irá considerar os fatores ambientais (a 
influência positiva ou negativa) e o 
qualificador 4 se refere a capacidade, sem 
interferência dos fatores ambientais (positiva 
ou negativa). Em relação ao desempenho a 
dificuldade é moderada e em relação a 
capacidade a dificuldade é completa. 
A dificuldade no desempenho é menor em 
relação a capacidade, pois tem o código 
e115+8, que significa a existência de 
tecnologias para uso pessoal na vida diária 
que facilitam o lavar-se. Portanto, os fatores 
ambientais identificados no código e115 
tornam a atividade de lavar-se mais fácil, 
como por exemplo a presença de dispositivos 
dentro do banheiro que facilitam o banho. No 
entanto, o qualificador 4 está presente pois se 
esse indivíduo não tivesse o auxílio de 
tecnologias para lavar-se, o indivíduo não 
conseguiria executar a tarefa. 
 
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Nos códigos da CIF quando identificamos 
apenas as categorias, existem categorias 
formadas por uma letra e um número, uma 
letra e três números, uma letra e quatro 
números, uma letra e cinco números. Essa 
diferença reflete os níveis que a classificação 
oferece. 
Por exemplo, s7 é uma categoria do primeiro 
nível, que significa estruturas de movimento; 
s750 é uma categoria do segundo nível, que 
significa estrutura do membro inferior; s7501 
é uma categoria do terceiro nível, que significa 
estrutura da perna; s75011 é uma categoria 
do quarto nível, que significa articulações do 
joelho. Esses níveis dão maior profundidade ou 
menor profundidade ao que quer se referir em 
relação ao paciente. 
A categoria de quarto nível é uma categoria 
mais detalhada e a categoria de primeiro nível 
é uma categoria menos detalhada. Isso irá 
permitir que profissionais de diferentes níveis 
utilizem a CIF na prática clínica. 
 
 
 
 
RESUMO 
• bxxx._ - apenas 1 qualificador é 
utilizado para identificar a magnitude 
do problema em função do corpo. 
• sxxx.___ - 3 qualificadores são 
utilizados para identificar a magnitude, 
natureza e a topografia do problema. 
• dxxx.__ - 2 qualificadores são utilizados 
para identificar o desempenho e a 
capacidade da execução da atividade. 
Muitas vezes o desempenho e a 
capacidade terão qualificadores 
diferentes, pois se o ambiente 
influência de forma positiva o 
desempenho tende a ser melhor que a 
capacidade, e se o ambiente influência 
de forma negativa o desempenho tende 
a ser pior que a capacidade. E em 
alguns outros casos, o desempenho e a 
capacidade terão o mesmo 
qualificador, pois mesmo com a 
influência do ambiente não existe 
diferença entre o desempenho e a 
capacidade. 
• exxx._ - 1 qualificador é utilizado para 
identificar as barreiras presentes no 
fator ambiental. 
• exxx+_ - 1 qualificador é utilizado para 
identificar os facilitadores presentes no 
fator ambiental. 
 
 
 
Na CIF, pode-se classificar a situação de um 
indivíduo utilizando entre 3 e 18 códigos. A 
situação do indivíduo pode ser classificada 
com todas as categorias da CIF, mas para 
expressar as principais alterações que um 
paciente tem pode usar um grupo pequeno de 
códigos, entre 3 e 18 códigos. 
Na CID, cada doença é representada com 
apenas um código. Já na CIF o caso de um 
paciente pode ser expressado por vários 
códigos. A expressão do problema de alguém 
irá ser feita utilizando componentes 
diferentes, ou seja, entre 3 e 18 códigos de 
diferentes componentes da CIF, sendo que a 
informação mais importante está em 
atividades e participação, pois é nesse 
componente que expressa o desempenho e a 
capacidade do indivíduo. O desempenho está 
relacionado com os fatores ambientais e a 
CASOS CLASSIFICADOS 
 
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capacidade está relacionada apenas com 
funções e estruturas do corpo. 
Exemplo: Deficiência que não resulta em 
limitação da capacidade nem em problemas de 
desempenho → problema no b ou no s que não 
resulta em problema no d. 
s8300.12 → unha (criança nasce sem unha) 
→ ausência da unha (nesse exemplo, o 
terceiro qualificador é opcional) 
b7202.0 → mobilidade óssea do carpo → sem 
alteração da mobilidade óssea do carpo 
d9200.00 → jogar, incluindo brincadeiras de 
criança → não tem limitação de capacidade 
ou desempenho 
As mesmas doenças em diferentes pessoas 
podem gerar problemas diferentes nas funções 
e estruturas do corpo, da mesma forma que 
alterações em função e estrutura do corpo 
podem gerar diferentes limitações em relação 
a atividades e participação. Pode-se ocorrer 
também limitações iguais em pacientes que 
tem alterações funcionais diferentes, assim 
como pode-se ocorrer também alterações 
funcionais iguais em pacientes com doenças 
diferentes. 
Essa relação pode ser identificada pelos 
códigos, relacionando os qualificadores que 
dão a magnitude do problema nas funções, 
estruturas, atividades e participação em 
separado. 
Os profissionais podem encontrar dois 
pacientes diferentes com o mesmo código da 
CID, mas com códigos diferentes da CIF. Por 
exemplo, um paciente com código na CID de 
gonartrose, mas na CIF um paciente apresenta 
dificuldade de subir a escada do ônibus e o 
outro paciente apresenta dificuldade leve de 
subir a escada do ônibus. Portanto, pode-seter o mesmo código da CID, mas os 
qualificadores da CIF serão diferentes. 
Exemplo: Deficiência anterior que não resulta 
em limitação da capacidade, mas mesmo assim 
causa problemas de desempenho → indivíduo 
que se recuperou de um episódio psicótico 
agudo, mas que carrega o estigma de ter sido 
um paciente mental. 
b1304.0 → controle de impulsos → não existe 
problemas nessa função 
d8451.80 → manter um emprego* → não é 
possível especificar a magnitude da limitação 
do desempenho, apenas que ela existe (por 
conta das barreiras ambientais) → não 
apresenta limitação na capacidade 
d719.80 → interações interpessoais básicas* 
→ não é possível especificar a magnitude da 
limitação do desempenho, apenas que ela 
existe (por conta das barreiras ambientais) → 
não apresenta limitação na capacidade 
*Por conta das atitudes negativas das pessoas 
ao seu redor, o indivíduo enfrenta problemas, 
ou seja, existe uma barreira social que fazem 
com que o desempenho seja pior que a 
capacidade. 
Esse indivíduo tem a presença de barreiras nos 
fatores ambientais (influência negativa), o seu 
desempenho fica pior que a sua capacidade. 
Exemplo: Paciente anda com a prótese 
especialmente concebida para a perna direita, 
sem dificuldades, após a amputação e 
acompanhamento. 
s7501.411 → ausência completa da perna 
direita 
d450.04 → anda sem dificuldades com a 
prótese* → em relação ao desempenho não 
possui dificuldade e em relação a capacidade 
possui dificuldade completa 
 
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e1151+8 → prótese como fator ambiental 
facilitador completo → com a prótese o 
indivíduo não tem dificuldades para andar (e 
sem a prótese, ele não consegue andar) 
*O primeiro qualificador é com a prótese e o 
segundo qualificador é sem a prótese. 
 
 
 
 
 
Existem diversas maneiras de utilizar a CIF, 
pode-se utilizar através do livro da CIF, um 
formulário já com as categorias da CIF ou 
meios eletrônicos. 
Alguns artigos já demonstram a importância 
da utilização da CIF na atenção primária à 
saúde (APS). Estudos já compararam a 
utilização da CIF (classificação de referência) 
com a CIAP (classificação secundária e ligada 
com CID-10). Além disso, é possível realizar a 
aplicação da CIF sem a utilização dos códigos 
e qualificadores. 
Existe uma Portaria Conjunta do INSS/MDS que 
fala sobre a aplicação da CIF para a 
concessão do benefício de prestação 
continuada. Há instrumentos classificadores 
com categorias expressas no formulário e o 
profissional só preenche para ver qual o 
qualificador que classifica o indivíduo. 
 
 
A CIF é aplicável a todas as pessoas, ou seja, 
pode-se classificar a situação de todas as 
pessoas, independente da idade, gênero, 
saúde, entre outros. 
A CIF classifica a situação de uma pessoa e não 
a pessoa, por exemplo: uma pessoa que utiliza 
cadeira de rodas mora em uma cidade que os 
pontos de ônibus e os ônibus são adaptados, 
porém, esse indivíduo pode mudar de cidade e 
nessa cidade não têm os pontos de ônibus e os 
ônibus não são adaptados. Dessa forma, a 
dificuldade de utilização de transporte público 
é maior na segunda cidade e isso é qualificado 
pela CIF, portanto, a mesma pessoa em cidades 
diferentes terá qualificadores diferentes dessa 
categoria. 
As alterações em funções do corpo não 
indicam, necessariamente, a presença de 
doença. 
O uso da CIF pode ajudar na construção de 
políticas intersetoriais, já que a funcionalidade 
humana depende de outros setores, como: 
transporte público, segurança pública, 
educação, esporte, cultura, tralho, entre 
outros. 
 
 
 
 
 
 
Com a influência dos fatores ambientais, seja 
positiva ou negativa, irá olhar para as 
atividades e participação e irá nomear como 
desempenho. Porém, se desconsidera os fatores 
ambientais, seja positivo ou negativo, irá 
classificar/qualificar a capacidade. 
PONTOS IMPORTANTES 
A CIF pode fazer a diferença na qualidade de vida 
das pessoas, pois possibilita diagnóstico da 
situação de saúde de uma população de uma forma 
melhor.