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3a edição
Atualizada até 3 de julho de 2020
Eleições
Coletânea de legislação
SENADO FEDERAL
Mesa
Biênio 2019 – 2020
Senador Davi Alcolumbre
PRESIDENTE
Senador Antonio Anastasia
PRIMEIRO-VICE-PRESIDENTE
Senador Lasier Martins
SEGUNDO-VICE-PRESIDENTE
Senador Sérgio Petecão
PRIMEIRO-SECRETÁRIO
Senador Eduardo Gomes
SEGUNDO-SECRETÁRIO
Senador Flávio Bolsonaro
TERCEIRO-SECRETÁRIO
Senador Luis Carlos Heinze
QUARTO-SECRETÁRIO
SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Marcos do Val
Senador Weverton
Senador Jaques Wagner
Senadora Leila Barros
Brasília – 2020
Eleições
Coletânea de legislação
3a edição
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas
Coordenação de Edições Técnicas
Senado Federal, Bloco 08, Mezanino, Setor 011
CEP: 70165-900 – Brasília, DF
E-mail: livros@senado.leg.br
Alô Senado: 0800 61 2211
Eleições : coletânea de legislação. – 3. ed. – Brasília, DF : Senado Federal, Coordenação 
de Edições Técnicas, 2020.
153 p.
Conteúdo: Dispositivos constitucionais pertinentes – Código Eleitoral – Lei de 
Inelegibilidade – Lei dos Partidos Políticos – Lei das Eleições.
ISBN: 978-85-528-0074-3 (Impresso)
ISBN: 978-85-528-0075-0 (PDF)
ISBN: 978-85-528-0076-7 (ePub)
1. Eleição, coletânea, Brasil. 2. Partido político, legislação, Brasil. 3. Legislação eleitoral, 
Brasil.
CDDir 341.28
Edição do Senado Federal
Diretora-Geral: Ilana Trombka
Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho
Impressa na Secretaria de Editoração e Publicações
Diretor: Fabrício Ferrão Araújo
Produzida na Coordenação de Edições Técnicas
Coordenador: Aloysio de Brito Vieira
Organização, atualização e revisão técnica: Serviço de Pesquisa
Projeto gráfico e editoração: Serviço de Publicações Técnico-Legislativas
Atualizada até 3 de julho de 2020.
As normas aqui apresentadas não substituem as publicações do Diário Oficial da União.
Sumário
7 Apresentação
Dispositivos constitucionais pertinentes
10 Constituição da República Federativa do Brasil
20 Emenda Constitucional no 91/2016
Altera a Constituição Federal para estabelecer a possibilidade, excepcional e em período determinado, 
de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato.
21 Emenda Constitucional no 97/2017
Altera a Constituição Federal para vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais, 
estabelecer normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo […]
22 Emenda Constitucional no 107/2020
Adia, em razão da pandemia da Covid-19, as eleições municipais de outubro de 2020 e os prazos 
eleitorais respectivos.
Código Eleitoral
26 Índice sistemático da Lei no 4.737/1965
28 Lei no 4.737/1965
Institui o Código Eleitoral.
Lei de Inelegibilidade
88 Lei Complementar no 64/1990
Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9o, da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de 
cessação e determina outras providências.
Lei dos Partidos Políticos
98 Índice sistemático da Lei no 9.096/1995
99 Lei no 9.096/1995
Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, § 3o, inciso V, da Constituição Federal.
Lei das Eleições
114 Índice sistemático da Lei no 9.504/1997
115 Lei no 9.504/1997
Estabelece normas para as eleições.
O conteúdo aqui apresentado está atualizado até a data de fechamento da edição. Eventuais 
notas de rodapé trazem informações complementares acerca dos dispositivos que compõem 
as normas compiladas.
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Apresentação
As obras de legislação do Senado Federal visam a permitir o acesso do cidadão 
à legislação em vigor relativa a temas específicos de interesse público.
Tais coletâneas incluem dispositivos constitucionais, códigos ou leis principais 
sobre o tema, além de normas correlatas e acordos internacionais relevantes, a 
depender do assunto. Por meio de compilação atualizada e fidedigna, apresenta-
se ao leitor um painel consistente para estudo e consulta.
O índice temático, quando apresentado, oferece verbetes com tópicos de relevo, 
tornando fácil e rápida a consulta a dispositivos de interesse mais pontual.
Na Livraria Virtual do Senado (livraria.senado.leg.br), além das obras impressas 
disponíveis para compra direta, o leitor encontra e-books para download 
imediato e gratuito.
Sugestões e críticas podem ser registradas na página da Livraria e certamente 
contribuirão para o aprimoramento de nossos livros e periódicos.
Dispositivos constitucionais 
pertinentes
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Constituição 
da República Federativa do Brasil
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TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais
Art. 1o A República Federativa do Brasil, for-
mada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos:
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V – o pluralismo político�
Parágrafo único� Todo o poder emana do 
povo, que o exerce por meio de representan-
tes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição�
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TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias 
Fundamentais
CAPÍTULO I – Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos
Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem dis-
tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País 
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos 
e obrigações, nos termos desta Constituição;
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VIII – ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção fi-
losófica ou política, salvo se as invocar para 
eximir-se de obrigação legal a todos imposta 
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei;
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XVI – todos podem reunir-se pacificamente, 
sem armas, em locais abertos ao público, inde-
pendentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convo-
cada para o mesmo local, sendo apenas exigido 
prévio aviso à autoridade competente;
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XLIV – constitui crime inafiançável e im-
prescritível a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e 
o Estado Democrático;
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CAPÍTULO III – Da Nacionalidade
Art. 12. São brasileiros:
I – natos:
a) os nascidos na República Federativa do 
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que 
estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai bra-
sileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa 
do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai bra-
sileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente 
ou venham a residir na República Federativa 
do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois 
de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira;
II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacio-
nalidade brasileira, exigidas aos originários de 
países de língua portuguesa apenas residência 
por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade 
residentes na República Federativa do Brasil 
há mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a na-
cionalidade brasileira�
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§ 3o São privativos de brasileiro nato os 
cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da Re-
pública;
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II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;��������������������������������������������������������������������������������
CAPÍTULO IV – Dos Direitos Políticos
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo 
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, 
com valor igual para todos, e, nos termos da 
lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular�
§ 1o O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito 
anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos�
§ 2o Não podem alistar-se como eleitores 
os estrangeiros e, durante o período do serviço 
militar obrigatório, os conscritos�
§ 3o São condições de elegibilidade, na for-
ma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vi-
ce-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Go-
vernador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, 
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador�
§ 4o São inelegíveis os inalistáveis e os anal-
fabetos�
§ 5o O Presidente da República, os Governa-
dores de Estado e do Distrito Federal, os Prefei-
tos e quem os houver sucedido ou substituído 
no curso dos mandatos poderão ser reeleitos 
para um único período subsequente�
§ 6o Para concorrerem a outros cargos, o 
Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem 
renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito�
§ 7o São inelegíveis, no território de jurisdi-
ção do titular, o cônjuge e os parentes consanguí-
neos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, 
do Presidente da República, de Governador de 
Estado ou Território, do Distrito Federal, de 
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro 
dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já ti-
tular de mandato eletivo e candidato à reeleição�
§ 8o O militar alistável é elegível, atendidas 
as seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço, 
deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passará automaticamente, no ato da diplomação, 
para a inatividade�
§ 9o Lei complementar estabelecerá outros 
casos de inelegibilidade e os prazos de sua ces-
sação, a fim de proteger a probidade administra-
tiva, a moralidade para o exercício do mandato, 
considerada a vida pregressa do candidato, e a 
normalidade e legitimidade das eleições contra 
a influência do poder econômico ou o abuso 
do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta�
§ 10� O mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze 
dias contados da diplomação, instruída a ação 
com provas de abuso do poder econômico, cor-
rupção ou fraude�
§ 11� A ação de impugnação de mandato 
tramitará em segredo de justiça, responden-
do o autor, na forma da lei, se temerária ou de 
manifesta má-fé�
Art. 15. É vedada a cassação de direitos polí-
ticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos 
casos de:
I – cancelamento da naturalização por sen-
tença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em jul-
gado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos 
imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art� 5o, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos 
do art� 37, § 4o�
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Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral 
entrará em vigor na data de sua publicação, não 
se aplicando à eleição que ocorra até um ano da 
data de sua vigência�
CAPÍTULO V – Dos Partidos Políticos
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação 
e extinção de partidos políticos, resguardados 
a soberania nacional, o regime democrático, 
o pluripartidarismo, os direitos fundamentais 
da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos 
financeiros de entidade ou governo estrangeiros 
ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo 
com a lei�
§ 1o É assegurada aos partidos políticos 
autonomia para definir sua estrutura interna 
e estabelecer regras sobre escolha, formação e 
duração de seus órgãos permanentes e provisó-
rios e sobre sua organização e funcionamento e 
para adotar os critérios de escolha e o regime de 
suas coligações nas eleições majoritárias, vedada 
a sua celebração nas eleições proporcionais, sem 
obrigatoriedade de vinculação entre as candida-
turas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus estatutos estabelecer 
normas de disciplina e fidelidade partidária�
§ 2o Os partidos políticos, após adquirirem 
personalidade jurídica, na forma da lei civil, 
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior 
Eleitoral�
§ 3o Somente terão direito a recursos do 
fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à 
televisão, na forma da lei, os partidos políticos 
que alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara 
dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) 
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 
um terço das unidades da Federação, com um 
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos 
em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze De-
putados Federais distribuídos em pelo menos 
um terço das unidades da Federação�
§ 4o É vedada a utilização pelos partidos 
políticos de organização paramilitar�
§ 5o Ao eleito por partido que não preencher 
os requisitos previstos no § 3o deste artigo é 
assegurado o mandato e facultada a filiação, 
sem perda do mandato, a outro partido que os 
tenha atingido, não sendo essa filiação conside-
rada para fins de distribuição dos recursos do 
fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo 
de rádio e de televisão�
TÍTULO III – Da Organização do Estado
CAPÍTULO I – Da Organização Político-
Administrativa
Art. 18. A organização político-administrativa 
da República Federativa do Brasil compreende 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
nicípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição�
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CAPÍTULO II – Da União
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Art. 22. Compete privativamente à União le-
gislar sobre:
I – direito civil, comercial, penal, processual, 
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espa-
cial e do trabalho;
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CAPÍTULO III – Dos Estados Federados
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Art. 27. O número de Deputados à Assembleia 
Legislativa corresponderá ao triplo da represen-
tação do Estado na Câmara dos Deputados e, 
atingido o número de trinta e seis, será acrescido 
de tantos quantos forem os Deputados Federais 
acima de doze�
§ 1o Será de quatro anos o mandato dos De-
putados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras 
desta Constituição sobre sistema eleitoral, invio-
labilidade, imunidades, remuneração, perda de 
mandato, licença, impedimentos e incorporação 
às Forças Armadas�
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Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-
-Governador de Estado, para mandato de quatro 
anos, realizar-se-á no primeiro domingo de ou-
tubro, em primeiro turno, e no último domingo 
de outubro, em segundo turno, se houver, do 
ano anterior ao do término do mandato de seus 
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de 
janeiro do ano subsequente, observado, quanto 
ao mais, o dispostono art� 77�
§ 1o Perderá o mandato o Governador que 
assumir outro cargo ou função na administração 
pública direta ou indireta, ressalvada a posse 
em virtude de concurso público e observado o 
disposto no art� 38, I, IV e V�
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CAPÍTULO IV – Dos Municípios
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgâ-
nica, votada em dois turnos, com o interstício 
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços 
dos membros da Câmara Municipal, que a pro-
mulgará, atendidos os princípios estabelecidos 
nesta Constituição, na Constituição do respec-
tivo Estado e os seguintes preceitos:
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e 
dos Vereadores, para mandato de quatro anos, 
mediante pleito direto e simultâneo realizado 
em todo o País;
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito 
realizada no primeiro domingo de outubro do 
ano anterior ao término do mandato dos que 
devam suceder, aplicadas as regras do art� 77 
no caso de Municípios com mais de duzentos 
mil eleitores;
III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito 
no dia 1o de janeiro do ano subsequente ao da 
eleição;
IV – para a composição das Câmaras Mu-
nicipais, será observado o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de 
até 15�000 (quinze mil) habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 15�000 (quinze mil) habitantes e de até 
30�000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios 
com mais de 30�000 (trinta mil) habitantes e de 
até 50�000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 50�000 (cinquenta mil) habitantes e 
de até 80�000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 80�000 (oitenta mil) habitantes e de 
até 120�000 (cento e vinte mil) habitantes;
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Muni-
cípios de mais de 120�000 (cento e vinte mil) 
habitantes e de até 160�000 (cento e sessenta 
mil) habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 160�000 (cento e sessenta mil) 
habitantes e de até 300�000 (trezentos mil) ha-
bitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 300�000 (trezentos mil) habitan-
tes e de até 450�000 (quatrocentos e cinquenta 
mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 450�000 (quatrocentos e 
cinquenta mil) habitantes e de até 600�000 (seis-
centos mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 600�000 (seiscentos mil) habi-
tantes e de até 750�000 (setecentos e cinquenta 
mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 750�000 (setecentos e cinquenta 
mil) habitantes e de até 900�000 (novecentos 
mil) habitantes;
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 900�000 (novecentos mil) habi-
tantes e de até 1�050�000 (um milhão e cinquenta 
mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 1�050�000 (um milhão e 
cinquenta mil) habitantes e de até 1�200�000 
(um milhão e duzentos mil) habitantes;
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 1�200�000 (um milhão e 
duzentos mil) habitantes e de até 1�350�000 (um 
milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Mu-
nicípios de 1�350�000 (um milhão e trezentos 
e cinquenta mil) habitantes e de até 1�500�000 
(um milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 1�500�000 (um milhão e 
quinhentos mil) habitantes e de até 1�800�000 
(um milhão e oitocentos mil) habitantes;
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q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 1�800�000 (um milhão e 
oitocentos mil) habitantes e de até 2�400�000 
(dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 2�400�000 (dois milhões e 
quatrocentos mil) habitantes e de até 3�000�000 
(três milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 3�000�000 (três milhões) 
de habitantes e de até 4�000�000 (quatro milhões) 
de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 4�000�000 (quatro milhões) 
de habitantes e de até 5�000�000 (cinco milhões) 
de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 5�000�000 (cinco milhões) 
de habitantes e de até 6�000�000 (seis milhões) 
de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 6�000�000 (seis milhões) de 
habitantes e de até 7�000�000 (sete milhões) de 
habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 7�000�000 (sete milhões) 
de habitantes e de até 8�000�000 (oito milhões) 
de habitantes;
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 8�000�000 (oito milhões) 
de habitantes;
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CAPÍTULO V – Do Distrito Federal e dos 
Territórios
SEÇÃO I – Do Distrito Federal
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divi-
são em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, 
votada em dois turnos com interstício mínimo 
de dez dias, e aprovada por dois terços da Câ-
mara Legislativa, que a promulgará, atendidos 
os princípios estabelecidos nesta Constituição�
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§ 2o A eleição do Governador e do Vice-
-Governador, observadas as regras do art� 77, 
e dos Deputados Distritais coincidirá com a 
dos Governadores e Deputados Estaduais, para 
mandato de igual duração�
§ 3o Aos Deputados Distritais e à Câmara 
Legislativa aplica-se o disposto no art� 27�
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SEÇÃO II – Dos Territórios
Art. 33. ���������������������������������������������������������������
§ 1o Os Territórios poderão ser divididos 
em Municípios, aos quais se aplicará, no que 
couber, o disposto no Capítulo IV deste Título�
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§ 3o Nos Territórios Federais com mais de 
cem mil habitantes, além do Governador no-
meado na forma desta Constituição, haverá ór-
gãos judiciários de primeira e segunda instância, 
membros do Ministério Público e defensores 
públicos federais; a lei disporá sobre as eleições 
para a Câmara Territorial e sua competência 
deliberativa�
CAPÍTULO VI – Da Intervenção
Art. 34. A União não intervirá nos Estados 
nem no Distrito Federal, exceto para:
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VII – assegurar a observância dos seguintes 
princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo 
e regime democrático;
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CAPÍTULO VII – Da Administração 
Pública
SEÇÃO I – Disposições Gerais
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Art. 38. Ao servidor público da administração 
direta, autárquica e fundacional, no exercício 
de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes 
disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, 
estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, 
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será 
afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe 
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, ha-
vendo compatibilidade de horários, perceberá 
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, 
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sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, 
e, não havendo compatibilidade, será aplicada 
a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamen-
to para o exercício de mandato eletivo, seu tem-
po de serviço será contado para todos os efeitos 
legais, exceto para promoção por merecimento;
V – na hipótese de ser segurado de regime 
próprio de previdênciasocial, permanecerá filia-
do a esse regime, no ente federativo de origem�
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TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes
CAPÍTULO I – Do Poder Legislativo
SEÇÃO I – Do Congresso Nacional
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo 
Congresso Nacional, que se compõe da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal�
Parágrafo único� Cada legislatura terá a du-
ração de quatro anos�
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se 
de representantes do povo, eleitos, pelo sistema 
proporcional, em cada Estado, em cada Terri-
tório e no Distrito Federal�
§ 1o O número total de Deputados, bem 
como a representação por Estado e pelo Distrito 
Federal, será estabelecido por lei complementar, 
proporcionalmente à população, procedendo-
-se aos ajustes necessários, no ano anterior às 
eleições, para que nenhuma daquelas unidades 
da Federação tenha menos de oito ou mais de 
setenta Deputados�
§ 2o Cada Território elegerá quatro Depu-
tados�
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de re-
presentantes dos Estados e do Distrito Federal, 
eleitos segundo o princípio majoritário�
§ 1o Cada Estado e o Distrito Federal elege-
rão três Senadores, com mandato de oito anos�
§ 2o A representação de cada Estado e do 
Distrito Federal será renovada de quatro em 
quatro anos, alternadamente, por um e dois 
terços�
§ 3o Cada Senador será eleito com dois su-
plentes�
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SEÇÃO II – Das Atribuições do Congresso 
Nacional
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Art. 49. É da competência exclusiva do Con-
gresso Nacional:
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XV – autorizar referendo e convocar ple-
biscito;
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SEÇÃO V – Dos Deputados e dos Senadores
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invio-
láveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas 
opiniões, palavras e votos�
§ 1o Os Deputados e Senadores, desde a ex-
pedição do diploma, serão submetidos a julga-
mento perante o Supremo Tribunal Federal�
§ 2o Desde a expedição do diploma, os mem-
bros do Congresso Nacional não poderão ser 
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável� 
Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 
vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, 
pelo voto da maioria de seus membros, resolva 
sobre a prisão�
§ 3o Recebida a denúncia contra Senador ou 
Deputado, por crime ocorrido após a diploma-
ção, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à 
Casa respectiva, que, por iniciativa de partido 
político nela representado e pelo voto da maioria 
de seus membros, poderá, até a decisão final, 
sustar o andamento da ação�
§ 4o O pedido de sustação será apreciado 
pela Casa respectiva no prazo improrrogável 
de quarenta e cinco dias do seu recebimento 
pela Mesa Diretora�
§ 5o A sustação do processo suspende a pres-
crição, enquanto durar o mandato�
§ 6o Os Deputados e Senadores não serão 
obrigados a testemunhar sobre informações 
recebidas ou prestadas em razão do exercício 
do mandato, nem sobre as pessoas que lhes 
confiaram ou deles receberam informações�
§ 7o A incorporação às Forças Armadas de 
Deputados e Senadores, embora militares e 
ainda que em tempo de guerra, dependerá de 
prévia licença da Casa respectiva�
§ 8o As imunidades de Deputados ou Se-
nadores subsistirão durante o estado de sítio, 
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só podendo ser suspensas mediante o voto de 
dois terços dos membros da Casa respectiva, 
nos casos de atos praticados fora do recinto do 
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis 
com a execução da medida�
Art. 54. Os Deputados e Senadores não po-
derão:
I – desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa 
jurídica de direito público, autarquia, empre-
sa pública, sociedade de economia mista ou 
empresa concessionária de serviço público, 
salvo quando o contrato obedecer a cláusulas 
uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou em-
prego remunerado, inclusive os de que sejam 
demissíveis ad nutum, nas entidades constantes 
da alínea anterior;
II – desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou direto-
res de empresa que goze de favor decorrente de 
contrato com pessoa jurídica de direito público, 
ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam 
demissíveis ad nutum, nas entidades referidas 
no inciso I, “a”;
c) patrocinar causa em que seja interessada 
qualquer das entidades a que se refere o inciso 
I, “a”;
d) ser titulares de mais de um cargo ou man-
dato público eletivo�
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou 
Senador:
I – que infringir qualquer das proibições 
estabelecidas no artigo anterior;
II – cujo procedimento for declarado incom-
patível com o decoro parlamentar;
III – que deixar de comparecer, em cada 
sessão legislativa, à terça parte das sessões or-
dinárias da Casa a que pertencer, salvo licença 
ou missão por esta autorizada;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos 
políticos;
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos 
casos previstos nesta Constituição;
VI – que sofrer condenação criminal em 
sentença transitada em julgado�
§ 1o É incompatível com o decoro parla-
mentar, além dos casos definidos no regimento 
interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a 
membro do Congresso Nacional ou a percepção 
de vantagens indevidas�
§ 2o Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda 
do mandato será decidida pela Câmara dos 
Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria 
absoluta, mediante provocação da respectiva 
Mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa�
§ 3o Nos casos previstos nos incisos III a 
V, a perda será declarada pela Mesa da Casa 
respectiva, de ofício ou mediante provocação 
de qualquer de seus membros, ou de partido 
político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa�
§ 4o A renúncia de parlamentar submeti-
do a processo que vise ou possa levar à perda 
do mandato, nos termos deste artigo, terá seus 
efeitos suspensos até as deliberações finais de 
que tratam os §§ 2o e 3o�
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado 
ou Senador:
I – investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, 
do Distrito Federal, de Território, de Prefeitu-
ra de Capital ou chefe de missão diplomática 
temporária;
II – licenciado pela respectiva Casa por moti-
vo de doença, ou para tratar, sem remuneração, 
de interesse particular, desde que, neste caso, o 
afastamento não ultrapasse cento e vinte dias 
por sessão legislativa�
§ 1o O suplente será convocado nos casos de 
vaga, de investidura em funções previstas neste 
artigo ou de licença superior a cento e vinte dias�
§ 2o Ocorrendo vaga e não havendo suplente, 
far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem 
mais de quinze meses para o término do man-
dato�
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SEÇÃO VIII – Do Processo Legislativo
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SUBSEÇÃO II – Da Emenda à Constituição
Art. 60. ���������������������������������������������������������������
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§ 4o Não será objeto de deliberação a pro-
posta de emenda tendente a abolir:
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II – o voto direto, secreto, universal e pe-
riódico;
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SUBSEÇÃO III – Das Leis
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e 
ordinárias cabe a qualquer membro ou Comis-
são da Câmara dos Deputados, do Senado Fe-
deral ou do Congresso Nacional, ao Presidente 
da República, ao Supremo Tribunal Federal,aos 
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da 
República e aos cidadãos, na forma e nos casos 
previstos nesta Constituição�
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§ 2o A iniciativa popular pode ser exercida 
pela apresentação à Câmara dos Deputados de 
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por 
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo 
menos por cinco Estados, com não menos de 
três décimos por cento dos eleitores de cada 
um deles�
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Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo 
Presidente da República, que deverá solicitar a 
delegação ao Congresso Nacional�
§ 1o Não serão objeto de delegação os atos de 
competência exclusiva do Congresso Nacional, 
os de competência privativa da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal, a matéria 
reservada à lei complementar, nem a legislação 
sobre:
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II – nacionalidade, cidadania, direitos indi-
viduais, políticos e eleitorais;
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CAPÍTULO II – Do Poder Executivo
SEÇÃO I – Do Presidente e do Vice-
Presidente da República
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Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-
-Presidente da República realizar-se-á, simul-
taneamente, no primeiro domingo de outubro, 
em primeiro turno, e no último domingo de 
outubro, em segundo turno, se houver, do ano 
anterior ao do término do mandato presidencial 
vigente�
§ 1o A eleição do Presidente da República 
importará a do Vice-Presidente com ele regis-
trado�
§ 2o Será considerado eleito Presidente o 
candidato que, registrado por partido político, 
obtiver a maioria absoluta de votos, não com-
putados os em branco e os nulos�
§ 3o Se nenhum candidato alcançar maio-
ria absoluta na primeira votação, far-se-á nova 
eleição em até vinte dias após a proclamação 
do resultado, concorrendo os dois candidatos 
mais votados e considerando-se eleito aquele 
que obtiver a maioria dos votos válidos�
§ 4o Se, antes de realizado o segundo turno, 
ocorrer morte, desistência ou impedimento 
legal de candidato, convocar-se-á, dentre os 
remanescentes, o de maior votação�
§ 5o Se, na hipótese dos parágrafos anterio-
res, remanescer, em segundo lugar, mais de um 
candidato com a mesma votação, qualificar-se-á 
o mais idoso�
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Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e 
Vice-Presidente da República, far-se-á eleição 
noventa dias depois de aberta a última vaga�
§ 1o Ocorrendo a vacância nos últimos dois 
anos do período presidencial, a eleição para 
ambos os cargos será feita trinta dias depois 
da última vaga, pelo Congresso Nacional, na 
forma da lei�
§ 2o Em qualquer dos casos, os eleitos deve-
rão completar o período de seus antecessores�
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CAPÍTULO III – Do Poder Judiciário
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SEÇÃO VI – Dos Tribunais e Juízes 
Eleitorais
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I – o Tribunal Superior Eleitoral;
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II – os Tribunais Regionais Eleitorais;
III – os Juízes Eleitorais;
IV – as Juntas Eleitorais�
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral com-
por-se-á, no mínimo, de sete membros, esco-
lhidos:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supre-
mo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Supe-
rior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da Repúbli-
ca, dois juízes dentre seis advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo Supremo Tribunal Federal�
Parágrafo único� O Tribunal Superior Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente 
dentre os Ministros do Supremo Tribunal Fede-
ral, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros 
do Superior Tribunal de Justiça�
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Elei-
toral na Capital de cada Estado e no Distrito 
Federal�
§ 1o Os Tribunais Regionais Eleitorais com-
por-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores 
do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, 
escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal 
com sede na Capital do Estado ou no Distrito 
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, esco-
lhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional 
Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da Re-
pública, de dois juízes dentre seis advogados 
de notável saber jurídico e idoneidade moral, 
indicados pelo Tribunal de Justiça�
§ 2o O Tribunal Regional Eleitoral elegerá 
seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os 
desembargadores�
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a 
organização e competência dos tribunais, dos 
juízes de direito e das juntas eleitorais�
§ 1o Os membros dos tribunais, os juízes 
de direito e os integrantes das juntas eleitorais, 
no exercício de suas funções, e no que lhes for 
aplicável, gozarão de plenas garantias e serão 
inamovíveis�
§ 2o Os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, 
no mínimo, e nunca por mais de dois biênios 
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos 
na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria�
§ 3o São irrecorríveis as decisões do Tribunal 
Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem 
esta Constituição e as denegatórias de habeas 
corpus ou mandado de segurança�
§ 4o Das decisões dos Tribunais Regionais 
Eleitorais somente caberá recurso quando:
I – forem proferidas contra disposição ex-
pressa desta Constituição ou de lei;
II – ocorrer divergência na interpretação de 
lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III – versarem sobre inelegibilidade ou ex-
pedição de diplomas nas eleições federais ou 
estaduais;
IV – anularem diplomas ou decretarem a per-
da de mandatos eletivos federais ou estaduais;
V – denegarem habeas corpus, mandado de 
segurança, habeas data ou mandado de injunção�
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CAPÍTULO IV – Das Funções Essenciais à 
Justiça
SEÇÃO I – Do Ministério Público
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Art. 128. �������������������������������������������������������������
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§ 5o Leis complementares da União e dos 
Estados, cuja iniciativa é facultada aos respec-
tivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a or-
ganização, as atribuições e o estatuto de cada 
Ministério Público, observadas, relativamente 
a seus membros:
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II – as seguintes vedações:
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e) exercer atividade político-partidária;
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TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das 
Instituições Democráticas
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CAPÍTULO II – Das Forças Armadas
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela 
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são 
instituições nacionais permanentes e regulares, 
organizadas com base na hierarquia e na disci-
plina, sob a autoridade suprema do Presidente 
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, 
à garantia dos poderes constitucionais e, por 
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem�
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§ 3o Os membros das Forças Armadas são 
denominados militares,aplicando-se-lhes, além 
das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes 
disposições:
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V – o militar, enquanto em serviço ativo, não 
pode estar filiado a partidos políticos;
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TÍTULO IX – Das Disposições 
Constitucionais Gerais
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Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação 
de Estado, serão observadas as seguintes nor-
mas básicas:
I – a Assembleia Legislativa será composta de 
dezessete Deputados se a população do Estado 
for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte 
e quatro, se igual ou superior a esse número, até 
um milhão e quinhentos mil;
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Emenda Constitucional no 91/2016
Altera a Constituição Federal para estabelecer a possibilidade, excepcional e em período determinado, 
de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-
nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da 
Constituição Federal, promulgam a seguinte 
Emenda ao texto constitucional:
Art. 1o É facultado ao detentor de mandato 
eletivo desligar-se do partido pelo qual foi eleito 
nos trinta dias seguintes à promulgação desta 
Emenda Constitucional, sem prejuízo do man-
dato, não sendo essa desfiliação considerada 
para fins de distribuição dos recursos do Fundo 
Partidário e de acesso gratuito ao tempo de 
rádio e televisão.
Art. 2o Esta Emenda Constitucional entra em 
vigor na data de sua publicação.
Brasília, em 18 de fevereiro de 2016.
Publicada no DOU de 19/2/2016.
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Emenda Constitucional no 97/2017
Altera a Constituição Federal para vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais, 
estabelecer normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo 
de propaganda gratuito no rádio e na televisão e dispor sobre regras de transição.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-
nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da 
Constituição Federal, promulgam a seguinte 
Emenda ao texto constitucional:
Art. 1o A Constituição Federal passa a vigorar 
com as seguintes alterações:
................................................................................
Art. 2o A vedação à celebração de coligações 
nas eleições proporcionais, prevista no § 1o do 
art. 17 da Constituição Federal, aplicar-se-á a 
partir das eleições de 2020.
Art. 3o O disposto no § 3o do art. 17 da Cons-
tituição Federal quanto ao acesso dos partidos 
políticos aos recursos do fundo partidário e 
à propaganda gratuita no rádio e na televisão 
aplicar-se-á a partir das eleições de 2030.
Parágrafo único. Terão acesso aos recursos 
do fundo partidário e à propaganda gratuita no 
rádio e na televisão os partidos políticos que:
I – na legislatura seguinte às eleições de 2018:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos 
Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio por 
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo 
menos um terço das unidades da Federação, 
com um mínimo de 1% (um por cento) dos 
votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos nove Depu-
tados Federais distribuídos em pelo menos um 
terço das unidades da Federação;
II – na legislatura seguinte às eleições de 2022:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara 
dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por cento) 
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 
um terço das unidades da Federação, com um 
mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos 
em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos onze Depu-
tados Federais distribuídos em pelo menos um 
terço das unidades da Federação;
III – na legislatura seguinte às eleições de 
2026:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara 
dos Deputados, no mínimo, 2,5% (dois e meio 
por cento) dos votos válidos, distribuídos em 
pelo menos um terço das unidades da Federa-
ção, com um mínimo de 1,5% (um e meio por 
cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos treze Depu-
tados Federais distribuídos em pelo menos um 
terço das unidades da Federação.
Art. 4o Esta Emenda Constitucional entra em 
vigor na data de sua publicação.
Brasília, em 4 de outubro de 2017.
Publicada no DOU de 5/10/2017.
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Emenda Constitucional no 107/2020
Adia, em razão da pandemia da Covid-19, as eleições municipais de outubro de 2020 e os prazos 
eleitorais respectivos.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-
nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da 
Constituição Federal, promulgam a seguinte 
Emenda ao texto constitucional:
Art. 1o As eleições municipais previstas para 
outubro de 2020 realizar-se-ão no dia 15 de 
novembro, em primeiro turno, e no dia 29 de 
novembro de 2020, em segundo turno, onde 
houver, observado o disposto no § 4o deste ar-
tigo.
§ 1o Ficam estabelecidas, para as eleições de 
que trata o caput deste artigo, as seguintes datas:
I – a partir de 11 de agosto, para a vedação às 
emissoras para transmitir programa apresentado 
ou comentado por pré-candidato, conforme 
previsto no § 1o do art. 45 da Lei no 9.504, de 
30 de setembro de 1997;
II – entre 31 de agosto e 16 de setembro, para 
a realização das convenções para escolha dos 
candidatos pelos partidos e a deliberação sobre 
coligações, a que se refere o caput do art. 8o da 
Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997;
III – até 26 de setembro, para que os parti-
dos e coligações solicitem à Justiça Eleitoral o 
registro de seus candidatos, conforme disposto 
no caput do art. 11 da Lei no 9.504, de 30 de 
setembro de 1997, e no caput do art. 93 da Lei 
no 4.737, de 15 de julho de 1965;
IV – após 26 de setembro, para o início da 
propaganda eleitoral, inclusive na internet, 
conforme disposto nos arts. 36 e 57-A da Lei 
no 9.504, de 30 de setembro de 1997, e no caput 
do art. 240 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 
1965;
V – a partir de 26 de setembro, para que a 
Justiça Eleitoral convoque os partidos e a repre-
sentação das emissoras de rádio e de televisão 
para elaborarem plano de mídia, conforme 
disposto no art. 52 da Lei no 9.504, de 30 de 
setembro de 1997;
VI – 27 de outubro, para que os partidos polí-
ticos, as coligações e os candidatos, obrigatoria-
mente, divulguem o relatório que discrimina as 
transferências do Fundo Partidário e do Fundo 
Especial de Financiamento de Campanha, os 
recursos em dinheiro e os estimáveis em dinhei-
ro recebidos, bem como os gastos realizados, 
conforme disposto no inciso II do § 4o do art. 28 
da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997;
VII – até 15 de dezembro, para o encami-
nhamento à Justiça Eleitoral do conjunto das 
prestações de contas de campanha dos candi-
datos e dos partidos políticos, relativamente 
ao primeiro e, onde houver, ao segundo turno 
das eleições, conforme disposto nos incisos III 
e IV do caput do art. 29 da Lei no 9.504, de 30 
de setembro de 1997.
§ 2o Os demais prazos fixados na Lei 
no 9.504, de 30 de setembro de 1997, e na Lei 
no 4.737, de 15 de julho de 1965, que não tenham 
transcorrido na data da publicação desta Emen-
da Constitucional e tenham como referência a 
data do pleito serão computados consideran-
do-se a nova data das eleições de 2020.
§ 3o Nas eleições de que trata este artigo 
serão observadas as seguintes disposições:
I – o prazo previsto no § 1o do art. 30 da Lei 
no 9.504, de 30 de setembro de 1997, não será 
aplicado, e a decisão que julgar as contas dos 
candidatos eleitos deverá ser publicada até o 
dia 12 de fevereiro de 2021;
II – o prazo para a propositura da represen-
tação de que trata o art. 30-A da Lei no 9.504, 
de 30 de setembro de 1997, será até o dia 1o de 
março de 2021;
III – os partidos políticos ficarão autorizados 
a realizar, por meio virtual, independentemente 
de qualquer disposição estatutária, convençõesou reuniões para a escolha de candidatos e a 
formalização de coligações, bem como para 
a definição dos critérios de distribuição dos 
recursos do Fundo Especial de Financiamento 
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de Campanha, de que trata o art. 16-C da Lei 
no 9.504, de 30 de setembro de 1997;
IV – os prazos para desincompatibilização 
que, na data da publicação desta Emenda Cons-
titucional, estiverem:
a) a vencer: serão computados consideran-
do-se a nova data de realização das eleições 
de 2020;
b) vencidos: serão considerados preclusos, 
vedada a sua reabertura;
V – a diplomação dos candidatos eleitos ocor-
rerá em todo o País até o dia 18 de dezembro, 
salvo a situação prevista no § 4o deste artigo;
VI – os atos de propaganda eleitoral não po-
derão ser limitados pela legislação municipal ou 
pela Justiça Eleitoral, salvo se a decisão estiver 
fundamentada em prévio parecer técnico emiti-
do por autoridade sanitária estadual ou nacional;
VII – em relação à conduta vedada prevista 
no inciso VII do caput do art. 73 da Lei no 9.504, 
de 30 de setembro de 1997, os gastos liquidados 
com publicidade institucional realizada até 15 de 
agosto de 2020 não poderão exceder a média dos 
gastos dos 2 (dois) primeiros quadrimestres dos 
3 (três) últimos anos que antecedem ao pleito, 
salvo em caso de grave e urgente necessidade 
pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
VIII – no segundo semestre de 2020, poderá 
ser realizada a publicidade institucional de atos e 
campanhas dos órgãos públicos municipais e de 
suas respectivas entidades da administração in-
direta destinados ao enfrentamento à pandemia 
da Covid-19 e à orientação da população quanto 
a serviços públicos e a outros temas afetados 
pela pandemia, resguardada a possibilidade 
de apuração de eventual conduta abusiva nos 
termos do art. 22 da Lei Complementar no 64, 
de 18 de maio de 1990.
§ 4o No caso de as condições sanitárias de 
um Estado ou Município não permitirem a 
realização das eleições nas datas previstas no 
caput deste artigo, o Congresso Nacional, por 
provocação do Tribunal Superior Eleitoral, ins-
truída com manifestação da autoridade sanitária 
nacional, e após parecer da Comissão Mista de 
que trata o art. 2o do Decreto Legislativo no 6, 
de 20 de março de 2020, poderá editar decreto 
legislativo a fim de designar novas datas para a 
realização do pleito, observada como data-limite 
o dia 27 de dezembro de 2020, e caberá ao Tri-
bunal Superior Eleitoral dispor sobre as medidas 
necessárias à conclusão do processo eleitoral.
§ 5o O Tribunal Superior Eleitoral fica au-
torizado a promover ajustes nas normas refe-
rentes a:
I – prazos para fiscalização e acompanha-
mento dos programas de computador utiliza-
dos nas urnas eletrônicas para os processos de 
votação, apuração e totalização, bem como de 
todas as fases do processo de votação, apura-
ção das eleições e processamento eletrônico da 
totalização dos resultados, para adequá-los ao 
novo calendário eleitoral;
II – recepção de votos, justificativas, audi-
toria e fiscalização no dia da eleição, inclusive 
no tocante ao horário de funcionamento das 
seções eleitorais e à distribuição dos eleitores 
no período, de forma a propiciar a melhor segu-
rança sanitária possível a todos os participantes 
do processo eleitoral.
Art. 2o Não se aplica o art. 16 da Constituição 
Federal ao disposto nesta Emenda Constitu-
cional.
Art. 3o Esta Emenda Constitucional entra em 
vigor na data de sua publicação.
Brasília, em 2 de julho de 2020.
Publicada no DOU de 3/7/2020.
Código Eleitoral
Índice sistemático da 
Lei no 4.737/1965
28 Parte Primeira – Introdução
29 Parte Segunda – Dos Órgãos da Justiça Eleitoral
30 Título I – Do Tribunal Superior
32 Título II – Dos Tribunais Regionais
35 Título III – Dos Juízes Eleitorais
36 Título IV – Das Juntas Eleitorais
37 Parte Terceira – Do Alistamento
37 Título I – Da Qualificação e Inscrição
39 Capítulo I – Da Segunda Via
40 Capítulo II – Da Transferência
41 Capítulo III – Dos Preparadores
41 Capítulo IV – Dos Delegados de Partido perante o Alistamento
41 Capítulo V – Do Encerramento do Alistamento
42 Título II – Do Cancelamento e da Exclusão
43 Parte Quarta – Das Eleições
43 Título I – Do Sistema Eleitoral
43 Capítulo I – Do Registro dos Candidatos
46 Capítulo II – Do Voto Secreto
46 Capítulo III – Da Cédula Oficial
46 Capítulo IV – Da Representação Proporcional
47 Título II – Dos Atos Preparatórios da Votação
48 Capítulo I – Das Seções Eleitorais
48 Capítulo II – Das Mesas Receptoras
50 Capítulo III – Da Fiscalização perante as Mesas Receptoras
51 Título III – Do Material para a Votação
51 Título IV – Da Votação
51 Capítulo I – Dos Lugares da Votação
52 Capítulo II – Da Polícia dos Trabalhos Eleitorais
52 Capítulo III – Do Início da Votação
53 Capítulo IV – Do Ato de Votar
55 Capítulo V – Do Encerramento da Votação
56 Título V – Da Apuração
56 Capítulo I – Dos Órgãos Apuradores
56 Capítulo II – Da Apuração nas Juntas
56 Seção I – Disposições Preliminares
57 Seção II – Da Abertura da Urna
58 Seção III – Das Impugnações e dos Recursos
59 Seção IV – Da Contagem dos Votos
62 Seção V – Da Contagem dos Votos pela Mesa Receptora
63 Capítulo III – Da Apuração nos Tribunais Regionais
66 Capítulo IV – Da Apuração no Tribunal Superior
67 Capítulo V – Dos Diplomas
67 Capítulo VI – Das Nulidades da Votação
68 Capítulo VII – Do Voto no Exterior
70 Parte Quinta – Disposições Várias
70 Título I – Das Garantias Eleitorais
71 Título II – Da Propaganda Partidária
72 Título III – Dos Recursos
72 Capítulo I – Disposições Preliminares
74 Capítulo II – Dos Recursos perante as Juntas e Juízos Eleitorais
74 Capítulo III – Dos Recursos nos Tribunais Regionais
76 Capítulo IV – Dos Recursos no Tribunal Superior
77 Título IV – Disposições Penais
77 Capítulo I – Disposições Preliminares
77 Capítulo II – Dos Crimes Eleitorais
82 Capítulo III – Do Processo das Infrações
83 Título V – Disposições Gerais e Transitórias
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Lei no 4.737/1965
Institui o Código Eleitoral.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que sanciono a seguinte Lei, aprovada 
pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 4o, 
caput, do Ato Institucional, de 9 de abril de 1964.
PARTE PRIMEIRA – Introdução
Art. 1o Este Código contém normas destina-
das a assegurar a organização e o exercício de 
direitos políticos precipuamente os de votar e 
ser votado.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleito-
ral expedirá Instruções para sua fiel execução.
Art. 2o Todo poder emana do povo e será exer-
cido, em seu nome, por mandatários escolhidos, 
direta e secretamente, dentre candidatos indi-
cados por partidos políticos nacionais, ressal-
vada a eleição indireta nos casos previstos na 
Constituição e leis específicas.
Art. 3o Qualquer cidadão pode pretender in-
vestidura em cargo eletivo, respeitadas as con-
dições constitucionais e legais de elegibilidade 
e incompatibilidade.
Art. 4o São eleitores os brasileiros maiores de 18 
(dezoito) anos que se alistarem na forma da lei.
Art. 5o Não podem alistar-se eleitores:
I – os analfabetos;
II – os que não saibam exprimir-se na língua 
nacional;
III – os que estejam privados, temporária ou 
definitivamente, dos direitos políticos.
Parágrafo único. Os militares são alistáveis, 
desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-
-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos 
ou alunos das escolas militares de ensino supe-
rior para formação de oficiais.
Art. 6o O alistamento e o voto são obrigatórios 
para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os que se encontrem fora do país;
II – quanto ao voto:
a) os enfermos;
b) os que se encontrem fora do seu domi-
cílio;
c) os funcionários civis e os militares, em 
serviço que os impossibilite de votar.
Art. 7o O eleitor que deixar de votar e não se 
justificar perante o juiz eleitoral até trinta dias 
após a realização da eleição incorrerána multa 
de três a dez por cento sobre o salário mínimo 
da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada 
na forma prevista no art. 367.
§ 1o Sem a prova de que votou na última 
eleição, pagou a respectiva multa ou de que se 
justificou devidamente, não poderá o eleitor:
I – inscrever-se em concurso ou prova para 
cargo ou função pública, investir-se ou empos-
sar-se neles;
II – receber vencimentos, remuneração, 
salário ou proventos de função ou emprego 
público, autárquico ou paraestatal, bem como 
fundações governamentais, empresas, institutos 
e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou 
subvencionadas pelo governo ou que exerçam 
serviço público delegado, correspondentes ao 
segundo mês subsequente ao da eleição;
III – participar de concorrência pública ou 
administrativa da União, dos Estados, dos Ter-
ritórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, 
ou das respectivas autarquias;
IV – obter empréstimos nas autarquias, so-
ciedades de economia mista, caixas econômicas 
federais ou estaduais, nos institutos e caixas de 
previdência social, bem como em qualquer es-
tabelecimento de crédito mantido pelo governo, 
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ou de cuja administração este participe, e com 
essas entidades celebrar contratos;1
V – obter passaporte ou carteira de iden-
tidade;
VI – renovar matrícula em estabelecimento 
de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
VII – praticar qualquer ato para o qual se 
exija quitação do serviço militar ou imposto 
de renda.
§ 2o Os brasileiros natos ou naturalizados, 
maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos 
arts. 5o e 6o, no I, sem prova de estarem alistados 
não poderão praticar os atos relacionados no 
parágrafo anterior.
§ 3o Realizado o alistamento eleitoral pelo 
processo eletrônico de dados, será cancelada a 
inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) 
eleições consecutivas, não pagar a multa ou 
não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a 
contar da data da última eleição a que deveria 
ter comparecido.
§ 4o O disposto no inciso V do § 1o não se 
aplica ao eleitor no exterior que requeira novo 
passaporte para identificação e retorno ao Brasil.
Art. 8o O brasileiro nato que não se alistar até 
os dezenove anos ou o naturalizado que não se 
1 Nota do Editor (NE): a Medida Provisória 
no 958/2020, publicada no DOU de 27/4/2020, esta-
belece que, até 30 de setembro de 2020, as instituições 
financeiras públicas, inclusive as suas subsidiárias, 
ficam dispensadas de observar, em suas contratações 
e renegociações de operações de crédito realizadas 
diretamente ou por meio de agentes financeiros, entre 
outras disposições, o inciso IV do § 1o do art. 7o da 
Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Elei-
toral. A Lei no 13.999/2020, publicada no DOU de 
19/5/2020, estabelece que, para fins de concessão de 
crédito no âmbito do Programa Nacional de Apoio 
às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 
(Pronampe), as instituições financeiras participantes 
ficam dispensadas de observar, entre outras dispo-
sições, o inciso IV do § 1o do art. 7o da Lei no 4.737, 
de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral. A Medi-
da Provisória no 975/2020, publicada no DOU de 
2/6/2020, estabelece que, até 31 de dezembro de 2020, 
nas operações de crédito contratadas no âmbito do 
Programa Emergencial de Acesso a Crédito, os agen-
tes financeiros ficam dispensados de observar, entre 
outras disposições, o inciso IV do § 1o do art. 7o da Lei 
no 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.
alistar até um ano depois de adquirida a nacio-
nalidade brasileira incorrerá na multa de três a 
dez por cento sobre o valor do salário mínimo 
da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato 
da inscrição eleitoral através de selo federal 
inutilizado no próprio requerimento.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao 
não alistado que requerer sua inscrição elei-
toral até o centésimo primeiro dia anterior à 
eleição subsequente à data em que completar 
dezenove anos.
Art. 9o Os responsáveis pela inobservância do 
disposto nos arts. 7o e 8o incorrerão na multa 
de 1 (um) a 3 (três) salários mínimos vigentes 
na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar 
até 30 (trinta) dias.
Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não 
votarem por motivo justificado e aos não alista-
dos nos termos dos arts. 5o e 6o, no I, documento 
que os isente das sanções legais.
Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar 
a multa, se se encontrar fora de sua zona e ne-
cessitar documento de quitação com a Justiça 
Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante 
o Juízo da zona em que estiver.
§ 1o A multa será cobrada no máximo previs-
to, salvo se o eleitor quiser aguardar que o juiz da 
zona em que se encontrar solicite informações 
sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição.
§ 2o Em qualquer das hipóteses, efetuado o 
pagamento através de selos federais inutilizados 
no próprio requerimento, o juiz que recolheu 
a multa comunicará o fato ao da zona de ins-
crição e fornecerá ao requerente comprovante 
do pagamento.
PARTE SEGUNDA – Dos Órgãos da Justiça 
Eleitoral
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I – o Tribunal Superior Eleitoral, com sede na 
Capital da República e jurisdição em todo o País;
II – um Tribunal Regional, na Capital de cada 
Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta 
do Tribunal Superior, na Capital de Território;
III – juntas eleitorais;
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IV – juízes eleitorais.
Art. 13. O número de juízes dos Tribunais 
Regionais não será reduzido, mas poderá ser 
elevado até nove, mediante proposta do Tribunal 
Superior, e na forma por ele sugerida.
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, 
salvo motivo justificado, servirão obrigatoria-
mente por dois anos, e nunca por mais de dois 
biênios consecutivos.
§ 1o Os biênios serão contados, ininterrupta-
mente, sem o desconto de qualquer afastamento, 
nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou 
licença especial, salvo no caso do § 3o.
§ 2o Os juízes afastados por motivo de li-
cença, férias e licença especial, de suas funções 
na Justiça comum, ficarão automaticamente 
afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo cor-
respondente, exceto quando, com períodos de 
férias coletivas, coincidir a realização de eleição, 
apuração ou encerramento de alistamento.
§ 3o Da homologação da respectiva con-
venção partidária até a diplomação e nos feitos 
decorrentes do processo eleitoral, não poderão 
servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou 
como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente con-
sanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candi-
dato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
§ 4o No caso de recondução para o segundo 
biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades 
indispensáveis à primeira investidura.
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos 
dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na 
mesma ocasião e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria.
TÍTULO I – Do Tribunal Superior
Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Elei-
toral:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de três juízes, dentre os Ministros do Su-
premo Tribunal Federal; e
b) de dois juízes, dentre os membros do 
Tribunal Federal de Recursos;
II – por nomeação do Presidente da Repú-
blica de dois dentre seis advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 1o Não podem fazer parte do Tribunal 
Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre 
si parentesco, ainda que por afinidade, até o 
quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegí-
timo, excluindo-se neste caso o que tiver sido 
escolhido por último.
§ 2o A nomeação de que trata o inciso II 
deste artigo não poderá recair em cidadão que 
ocupe cargo público de que seja demissível ad 
nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio 
de empresa beneficiada com subvenção, privi-
légio, isenção ou favor em virtude de contrato 
com a administração pública; ou que exerça 
mandato de caráter político, federal, estadual 
ou municipal.
Art. 17. O Tribunal SuperiorEleitoral elegerá 
para seu presidente um dos ministros do Su-
premo Tribunal Federal, cabendo ao outro a 
vice-presidência, e para Corregedor Geral da 
Justiça Eleitoral um dos seus membros.
§ 1o As atribuições do Corregedor Geral 
serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
§ 2o No desempenho de suas atribuições o 
Corregedor Geral se locomoverá para os Estados 
e Territórios nos seguintes casos:
I – por determinação do Tribunal Superior 
Eleitoral;
II – a pedido dos Tribunais Regionais Elei-
torais;
III – a requerimento de Partido deferido pelo 
Tribunal Superior Eleitoral;
IV – sempre que entender necessário.
§ 3o Os provimentos emanados da Corre-
gedoria Geral vinculam os Corregedores Re-
gionais, que lhes devem dar imediato e preciso 
cumprimento.
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador-
-Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o 
Procurador-Geral da República, funcionando, 
em suas faltas e impedimentos, seu substituto 
legal.
Parágrafo único. O Procurador-Geral poderá 
designar outros membros do Ministério Público 
da União, com exercício no Distrito Federal, 
e sem prejuízo das respectivas funções, para 
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auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, 
onde não poderão ter assento.
Art. 19. O Tribunal Superior delibera por 
maioria de votos, em sessão pública, com a 
presença da maioria de seus membros.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal 
Superior, assim na interpretação do Código 
Eleitoral em face da Constituição e cassação 
de registro de partidos políticos, como sobre 
quaisquer recursos que importem anulação geral 
de eleições ou perda de diplomas, só poderão 
ser tomadas com a presença de todos os seus 
membros. Se ocorrer impedimento de algum 
juiz, será convocado o substituto ou o respec-
tivo suplente.
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qual-
quer interessado poderá arguir a suspeição ou 
impedimento dos seus membros, do Procura-
dor-Geral ou de funcionários de sua Secretaria, 
nos casos previstos na lei processual civil ou 
penal e por motivo de parcialidade partidária, 
mediante o processo previsto em regimento.
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição 
quando o excipiente a provocar ou, depois de 
manifestada a causa, praticar ato que importe 
aceitação do arguido.
Art. 21. Os Tribunais e juízes inferiores de-
vem dar imediato cumprimento às decisões, 
mandados, instruções e outros atos emanados 
do Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
I – processar e julgar originariamente:
a) o registro e a cassação de registro de par-
tidos políticos, dos seus diretórios nacionais e 
de candidatos à Presidência e Vice-Presidência 
da República;
b) os conflitos de jurisdição entre Tribu-
nais Regionais e juízes eleitorais de Estados 
diferentes;
c) a suspeição ou impedimento aos seus 
membros, ao Procurador-Geral e aos funcio-
nários da sua Secretaria;
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes 
forem conexos cometidos pelos seus próprios 
juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais;
e) o habeas corpus ou mandado de seguran-
ça, em matéria eleitoral, relativos a atos do Pre-
sidente da República, dos Ministros de Estado 
e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas 
corpus, quando houver perigo de se consumar 
a violência antes que o juiz competente possa 
prover sobre a impetração;2
f) as reclamações relativas a obrigações im-
postas por lei aos partidos políticos, quanto à 
sua contabilidade e à apuração da origem dos 
seus recursos;
g) as impugnações à apuração do resultado 
geral, proclamação dos eleitos e expedição de 
diploma na eleição de Presidente e Vice-Presi-
dente da República;
h) os pedidos de desaforamento dos feitos 
não decididos nos Tribunais Regionais dentro de 
trinta dias da conclusão ao relator, formulados 
por partido, candidato, Ministério Público ou 
parte legitimamente interessada;
i) as reclamações contra os seus próprios 
juízes que, no prazo de trinta dias a contar da 
conclusão, não houverem julgado os feitos a 
eles distribuídos;
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibi-
lidade, desde que intentada dentro do prazo 
de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, 
possibilitando-se o exercício do mandato eletivo 
até o seu trânsito em julgado;
II – julgar os recursos interpostos das de-
cisões dos Tribunais Regionais nos termos do 
art. 276 inclusive os que versarem matéria ad-
ministrativa.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal 
Superior são irrecorríveis, salvo nos casos do 
art. 281.
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao 
Tribunal Superior:
I – elaborar o seu regimento interno;
II – organizar a sua Secretaria e a Correge-
doria Geral, propondo ao Congresso Nacional a 
criação ou extinção dos cargos administrativos 
e a fixação dos respectivos vencimentos, pro-
vendo-os na forma da lei;
2 NE: ver Resolução do Senado Federal no 132, de 
1984.
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III – conceder aos seus membros licença e 
férias, assim como afastamento do exercício 
dos cargos efetivos;
IV – aprovar o afastamento do exercício dos 
cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regio-
nais Eleitorais;
V – propor a criação de Tribunal Regional 
na sede de qualquer dos Territórios;
VI – propor ao Poder Legislativo o aumento 
do número dos juízes de qualquer Tribunal 
Eleitoral, indicando a forma desse aumento;
VII – fixar as datas para as eleições de Presi-
dente e Vice-Presidente da República, senadores 
e deputados federais, quando não o tiverem 
sido por lei;
VIII – aprovar a divisão dos Estados em zonas 
eleitorais ou a criação de novas zonas;
IX – expedir as instruções que julgar conve-
nientes à execução deste Código;
X – fixar a diária do Corregedor Geral, dos 
Corregedores Regionais e auxiliares em dili-
gência fora da sede;
XI – enviar ao Presidente da República a lista 
tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça 
nos termos do art. 25;
XII – responder, sobre matéria eleitoral, às 
consultas que lhe forem feitas em tese por auto-
ridade com jurisdição federal ou órgão nacional 
de partido político;
XIII – autorizar a contagem dos votos pelas 
mesas receptoras nos Estados em que essa pro-
vidência for solicitada pelo Tribunal Regional 
respectivo;
XIV – requisitar força federal necessária ao 
cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou 
das decisões dos Tribunais Regionais que o soli-
citarem, e para garantir a votação e a apuração;
XV – organizar e divulgar a Súmula de sua 
jurisprudência;
XVI – requisitar funcionário da União e do 
Distrito Federal quando o exigir o acúmulo 
ocasional do serviço de sua Secretaria;
XVII – publicar um boletim eleitoral;
XVIII – tomar quaisquer outras providências 
que julgar convenientes à execução da legislação 
eleitoral.
Art. 24. Compete ao Procurador-Geral, como 
Chefe do Ministério Público Eleitoral:
I – assistir às sessões do Tribunal Superior e 
tomar parte nas discussões;
II – exercer a ação pública e promovê-la até 
final, em todos os feitos de competência origi-
nária do Tribunal;
III – oficiar em todos os recursos encami-
nhados ao Tribunal;
IV – manifestar-se, por escrito ou oralmente, 
em todos os assuntos submetidos à deliberação 
do Tribunal, quando solicitada sua audiência 
por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, 
se entender necessário;
V – defender a jurisdição do Tribunal;
VI – representar ao Tribunal sobre a fiel 
observância das leis eleitorais, especialmente 
quanto à sua aplicação uniforme em todo o País;
VII – requisitar diligências, certidões e es-
clarecimentos necessários ao desempenho de 
suas atribuições;
VIII – expedir instruções aos órgãos do Mi-
nistério Público junto aos Tribunais Regionais;
IX – acompanhar, quando solicitado, o Cor-
regedor Geral, pessoalmente ou por intermédio 
de Procurador que designe, nas diligências a 
serem realizadas.
TÍTULO II – Dos Tribunais Regionais
Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais 
compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes, dentre os desembargadores 
do Tribunalde Justiça; e
b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo 
Tribunal de Justiça;
II – do juiz federal e, havendo mais de um, 
do que for escolhido pelo Tribunal Federal de 
Recursos; e
III – por nomeação do Presidente da Repú-
blica de dois dentre seis cidadãos de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo Tribunal de Justiça.
§ 1o A lista tríplice organizada pelo Tribunal 
de Justiça será enviada ao Tribunal Superior 
Eleitoral.
§ 2o A lista não poderá conter nome de ma-
gistrado aposentado ou de membro do Minis-
tério Público.
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§ 3o Recebidas as indicações o Tribunal Su-
perior divulgará a lista através de edital, poden-
do os partidos, no prazo de cinco dias, impug-
ná-la com fundamento em incompatibilidade.
§ 4o Se a impugnação for julgada procedente 
quanto a qualquer dos indicados, a lista será 
devolvida ao Tribunal de origem para com-
plementação.
§ 5o Não havendo impugnação, ou despre-
zada esta, o Tribunal Superior encaminhará a 
lista ao Poder Executivo para a nomeação.
§ 6o Não podem fazer parte do Tribunal 
Regional pessoas que tenham entre si parentes-
co, ainda que por afinidade, até o 4o grau, seja 
o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se 
neste caso a que tiver sido escolhida por último.
§ 7o A nomeação de que trata o no II deste 
artigo não poderá recair em cidadão que tenha 
qualquer das incompatibilidades mencionadas 
no art. 16, § 4o.3
Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do 
Tribunal Regional serão eleitos por este dentre 
os três desembargadores do Tribunal de Justiça; 
o terceiro desembargador será o Corregedor 
Regional da Justiça Eleitoral.
§ 1o As atribuições do Corregedor Regional 
serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral 
e, em caráter supletivo ou complementar, pelo 
Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.
§ 2o No desempenho de suas atribuições 
o Corregedor Regional se locomoverá para as 
zonas eleitorais nos seguintes casos:
I – por determinação do Tribunal Superior 
Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;
II – a pedido dos juízes eleitorais;
III – a requerimento de Partido, deferido 
pelo Tribunal Regional;
IV – sempre que entender necessário.
Art. 27. Servirá como Procurador Regional 
junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Pro-
curador da República no respectivo Estado e, 
onde houver mais de um, aquele que for de-
signado pelo Procurador-Geral da República.
3 NE: em razão das alterações determinadas pelo 
Decreto-lei no 441/1969 e pela Lei no 7.191/1984, a 
matéria constante no art. 16, § 4o, passou a ser objeto 
do art. 16, § 2o.
§ 1o No Distrito Federal, serão as funções 
de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo 
Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal.
§ 2o Substituirá o Procurador Regional, em 
suas faltas ou impedimentos, o seu substituto 
legal.
§ 3o Compete aos Procuradores Regionais 
exercer, perante os Tribunais junto aos quais 
servirem, as atribuições do Procurador-Geral.
§ 4o Mediante prévia autorização do Procu-
rador-Geral, podendo os Procuradores Regio-
nais requisitar, para auxiliá-los nas suas funções, 
membros do Ministério Público local, não tendo 
estes, porém, assento nas sessões do Tribunal.
Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam 
por maioria de votos, em sessão pública, com 
a presença da maioria de seus membros.
§ 1o No caso de impedimento e não existindo 
quorum, será o membro do Tribunal substituído 
por outro da mesma categoria, designado na 
forma prevista na Constituição.
§ 2o Perante o Tribunal Regional, e com 
recurso voluntário para o Tribunal Superior 
qualquer interessado poderá arguir a suspeição 
dos seus membros, do Procurador Regional, ou 
de funcionários da sua Secretaria, assim como 
dos juízes e escrivães eleitorais, nos casos pre-
vistos na lei processual civil e por motivo de 
parcialidade partidária, mediante o processo 
previsto em regimento.
§ 3o No caso previsto no parágrafo anterior 
será observado o disposto no parágrafo único 
do art. 20.
§ 4o As decisões dos Tribunais Regionais 
sobre quaisquer ações que importem cassação 
de registro, anulação geral de eleições ou perda 
de diplomas somente poderão ser tomadas com 
a presença de todos os seus membros.
§ 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento 
de algum juiz, será convocado o suplente da 
mesma classe.
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:
I – processar e julgar originariamente:
a) o registro e o cancelamento do registro 
dos diretórios estaduais e municipais de partidos 
políticos, bem como de candidatos a Governa-
dor, Vice-Governadores, e membro do Con-
gresso Nacional e das Assembleias Legislativas;
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s
b) os conflitos de jurisdição entre juízes 
eleitorais do respectivo Estado;
c) a suspeição ou impedimentos aos seus 
membros, ao Procurador Regional e aos funcio-
nários da sua Secretaria assim como aos juízes 
e escrivães eleitorais;
d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes 
eleitorais;
e) o habeas corpus ou mandado de segu-
rança, em matéria eleitoral, contra ato de au-
toridades que respondam perante os Tribunais 
de Justiça por crime de responsabilidade e, em 
grau de recurso, os denegados ou concedidos 
pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas cor-
pus, quando houver perigo de se consumar a 
violência antes que o juiz competente possa 
prover sobre a impetração;
f) as reclamações relativas a obrigações im-
postas por lei aos partidos políticos, quanto à 
sua contabilidade e à apuração da origem dos 
seus recursos;
g) os pedidos de desaforamento dos feitos 
não decididos pelos juízes eleitorais em trinta 
dias da sua conclusão para julgamento, formu-
lados por partido, candidato, Ministério Público 
ou parte legitimamente interessada, sem prejuí-
zo das sanções decorrentes do excesso de prazo;
II – julgar os recursos interpostos:
a) dos atos e das decisões proferidas pelos 
juízes e juntas eleitorais;
b) das decisões dos juízes eleitorais que 
concederem ou denegarem habeas corpus ou 
mandado de segurança.
Parágrafo único. As decisões dos Tribunais 
Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do 
art. 276.
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos 
Tribunais Regionais:
I – elaborar o seu regimento interno;
II – organizar a sua Secretaria e a Corregedo-
ria Regional, provendo-lhes os cargos na forma 
da lei, e propor ao Congresso Nacional, por 
intermédio do Tribunal Superior, a criação ou 
supressão de cargos e a fixação dos respectivos 
vencimentos;
III – conceder aos seus membros e aos juízes 
eleitorais licença e férias, assim como afastamen-
to do exercício dos cargos efetivos, submetendo, 
quanto àqueles, a decisão à aprovação do Tri-
bunal Superior Eleitoral;
IV – fixar a data das eleições de Governa-
dor e Vice-Governador, deputados estaduais, 
prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de 
paz, quando não determinada por disposição 
constitucional ou legal;
V – constituir as juntas eleitorais e designar 
a respectiva sede e jurisdição;
VI – indicar ao Tribunal Superior as zonas 
eleitorais ou seções em que a contagem dos votos 
deva ser feita pela mesa receptora;
VII – apurar, com os resultados parciais en-
viados pelas juntas eleitorais, os resultados finais 
das eleições de Governador e Vice-Governador, 
de membros do Congresso Nacional e expedir 
os respectivos diplomas, remetendo, dentro 
do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, 
ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus 
trabalhos;
VIII – responder, sobre matéria eleitoral, 
às consultas que lhe forem feitas, em tese, por 
autoridade pública ou partido político;
IX – dividir a respectiva circunscrição em 
zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim 
como a criação de novas zonas, à aprovação do 
Tribunal Superior;
X – aprovar a designação do Ofício de Justiça 
que deva responder pela escrivania eleitoral 
durante o biênio;
XI – (Revogado);
XII – requisitar a força necessária ao cumpri-
mento de suas decisões e solicitar ao Tribunal 
Superior a requisição de força federal;
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