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3a edição Atualizada até 3 de julho de 2020 Eleições Coletânea de legislação SENADO FEDERAL Mesa Biênio 2019 – 2020 Senador Davi Alcolumbre PRESIDENTE Senador Antonio Anastasia PRIMEIRO-VICE-PRESIDENTE Senador Lasier Martins SEGUNDO-VICE-PRESIDENTE Senador Sérgio Petecão PRIMEIRO-SECRETÁRIO Senador Eduardo Gomes SEGUNDO-SECRETÁRIO Senador Flávio Bolsonaro TERCEIRO-SECRETÁRIO Senador Luis Carlos Heinze QUARTO-SECRETÁRIO SUPLENTES DE SECRETÁRIO Senador Marcos do Val Senador Weverton Senador Jaques Wagner Senadora Leila Barros Brasília – 2020 Eleições Coletânea de legislação 3a edição Secretaria de Editoração e Publicações Coordenação de Edições Técnicas Coordenação de Edições Técnicas Senado Federal, Bloco 08, Mezanino, Setor 011 CEP: 70165-900 – Brasília, DF E-mail: livros@senado.leg.br Alô Senado: 0800 61 2211 Eleições : coletânea de legislação. – 3. ed. – Brasília, DF : Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2020. 153 p. Conteúdo: Dispositivos constitucionais pertinentes – Código Eleitoral – Lei de Inelegibilidade – Lei dos Partidos Políticos – Lei das Eleições. ISBN: 978-85-528-0074-3 (Impresso) ISBN: 978-85-528-0075-0 (PDF) ISBN: 978-85-528-0076-7 (ePub) 1. Eleição, coletânea, Brasil. 2. Partido político, legislação, Brasil. 3. Legislação eleitoral, Brasil. CDDir 341.28 Edição do Senado Federal Diretora-Geral: Ilana Trombka Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho Impressa na Secretaria de Editoração e Publicações Diretor: Fabrício Ferrão Araújo Produzida na Coordenação de Edições Técnicas Coordenador: Aloysio de Brito Vieira Organização, atualização e revisão técnica: Serviço de Pesquisa Projeto gráfico e editoração: Serviço de Publicações Técnico-Legislativas Atualizada até 3 de julho de 2020. As normas aqui apresentadas não substituem as publicações do Diário Oficial da União. Sumário 7 Apresentação Dispositivos constitucionais pertinentes 10 Constituição da República Federativa do Brasil 20 Emenda Constitucional no 91/2016 Altera a Constituição Federal para estabelecer a possibilidade, excepcional e em período determinado, de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato. 21 Emenda Constitucional no 97/2017 Altera a Constituição Federal para vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais, estabelecer normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo […] 22 Emenda Constitucional no 107/2020 Adia, em razão da pandemia da Covid-19, as eleições municipais de outubro de 2020 e os prazos eleitorais respectivos. Código Eleitoral 26 Índice sistemático da Lei no 4.737/1965 28 Lei no 4.737/1965 Institui o Código Eleitoral. Lei de Inelegibilidade 88 Lei Complementar no 64/1990 Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9o, da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências. Lei dos Partidos Políticos 98 Índice sistemático da Lei no 9.096/1995 99 Lei no 9.096/1995 Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, § 3o, inciso V, da Constituição Federal. Lei das Eleições 114 Índice sistemático da Lei no 9.504/1997 115 Lei no 9.504/1997 Estabelece normas para as eleições. O conteúdo aqui apresentado está atualizado até a data de fechamento da edição. Eventuais notas de rodapé trazem informações complementares acerca dos dispositivos que compõem as normas compiladas. 7 A pr es en ta çã o Apresentação As obras de legislação do Senado Federal visam a permitir o acesso do cidadão à legislação em vigor relativa a temas específicos de interesse público. Tais coletâneas incluem dispositivos constitucionais, códigos ou leis principais sobre o tema, além de normas correlatas e acordos internacionais relevantes, a depender do assunto. Por meio de compilação atualizada e fidedigna, apresenta- se ao leitor um painel consistente para estudo e consulta. O índice temático, quando apresentado, oferece verbetes com tópicos de relevo, tornando fácil e rápida a consulta a dispositivos de interesse mais pontual. Na Livraria Virtual do Senado (livraria.senado.leg.br), além das obras impressas disponíveis para compra direta, o leitor encontra e-books para download imediato e gratuito. Sugestões e críticas podem ser registradas na página da Livraria e certamente contribuirão para o aprimoramento de nossos livros e periódicos. Dispositivos constitucionais pertinentes 10 E le iç õe s Constituição da República Federativa do Brasil �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais Art. 1o A República Federativa do Brasil, for- mada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: �������������������������������������������������������������������������������� V – o pluralismo político� Parágrafo único� Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representan- tes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição� �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem dis- tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; �������������������������������������������������������������������������������� VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção fi- losófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; �������������������������������������������������������������������������������� XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, inde- pendentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convo- cada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; �������������������������������������������������������������������������������� XLIV – constitui crime inafiançável e im- prescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO III – Da Nacionalidade Art. 12. São brasileiros: I – natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai bra- sileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai bra- sileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; II – naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacio- nalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a na- cionalidade brasileira� �������������������������������������������������������������������������������� § 3o São privativos de brasileiro nato os cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da Re- pública; 11 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s II – de Presidente da Câmara dos Deputados; III – de Presidente do Senado Federal;�������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO IV – Dos Direitos Políticos Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular� § 1o O alistamento eleitoral e o voto são: I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II – facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos� § 2o Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos� § 3o São condições de elegibilidade, na for- ma da lei: I – a nacionalidade brasileira; II – o pleno exercício dos direitos políticos; III – o alistamento eleitoral; IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; V – a filiação partidária; VI – a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vi- ce-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Go- vernador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- -Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador� § 4o São inelegíveis os inalistáveis e os anal- fabetos� § 5o O Presidente da República, os Governa- dores de Estado e do Distrito Federal, os Prefei- tos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente� § 6o Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito� § 7o São inelegíveis, no território de jurisdi- ção do titular, o cônjuge e os parentes consanguí- neos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já ti- tular de mandato eletivo e candidato à reeleição� § 8o O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade� § 9o Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua ces- sação, a fim de proteger a probidade administra- tiva, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta� § 10� O mandato eletivo poderá ser impug- nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, cor- rupção ou fraude� § 11� A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, responden- do o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé� Art. 15. É vedada a cassação de direitos polí- ticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I – cancelamento da naturalização por sen- tença transitada em julgado; II – incapacidade civil absoluta; III – condenação criminal transitada em jul- gado, enquanto durarem seus efeitos; IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art� 5o, VIII; V – improbidade administrativa, nos termos do art� 37, § 4o� 12 E le iç õe s Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência� CAPÍTULO V – Dos Partidos Políticos Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I – caráter nacional; II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III – prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei� § 1o É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisó- rios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candida- turas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária� § 2o Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral� § 3o Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou II – tiverem elegido pelo menos quinze De- putados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação� § 4o É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar� § 5o Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3o deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação conside- rada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão� TÍTULO III – Da Organização do Estado CAPÍTULO I – Da Organização Político- Administrativa Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu- nicípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO II – Da União �������������������������������������������������������������������������������� Art. 22. Compete privativamente à União le- gislar sobre: I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espa- cial e do trabalho; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO III – Dos Estados Federados �������������������������������������������������������������������������������� Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da represen- tação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze� § 1o Será de quatro anos o mandato dos De- putados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, invio- labilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas� �������������������������������������������������������������������������������� 13 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s Art. 28. A eleição do Governador e do Vice- -Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de ou- tubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o dispostono art� 77� § 1o Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art� 38, I, IV e V� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO IV – Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgâ- nica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a pro- mulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respec- tivo Estado e os seguintes preceitos: I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art� 77 no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1o de janeiro do ano subsequente ao da eleição; IV – para a composição das Câmaras Mu- nicipais, será observado o limite máximo de: a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15�000 (quinze mil) habitantes; b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15�000 (quinze mil) habitantes e de até 30�000 (trinta mil) habitantes; c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30�000 (trinta mil) habitantes e de até 50�000 (cinquenta mil) habitantes; d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50�000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80�000 (oitenta mil) habitantes; e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80�000 (oitenta mil) habitantes e de até 120�000 (cento e vinte mil) habitantes; f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Muni- cípios de mais de 120�000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160�000 (cento e sessenta mil) habitantes; g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 160�000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300�000 (trezentos mil) ha- bitantes; h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 300�000 (trezentos mil) habitan- tes e de até 450�000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 450�000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600�000 (seis- centos mil) habitantes; j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 600�000 (seiscentos mil) habi- tantes e de até 750�000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes; k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 750�000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900�000 (novecentos mil) habitantes; l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 900�000 (novecentos mil) habi- tantes e de até 1�050�000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 1�050�000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1�200�000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 1�200�000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1�350�000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Mu- nicípios de 1�350�000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1�500�000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 1�500�000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1�800�000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; 14 E le iç õe s q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 1�800�000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2�400�000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 2�400�000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3�000�000 (três milhões) de habitantes; s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3�000�000 (três milhões) de habitantes e de até 4�000�000 (quatro milhões) de habitantes; t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 4�000�000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5�000�000 (cinco milhões) de habitantes; u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 5�000�000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6�000�000 (seis milhões) de habitantes; v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 6�000�000 (seis milhões) de habitantes e de até 7�000�000 (sete milhões) de habitantes; w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7�000�000 (sete milhões) de habitantes e de até 8�000�000 (oito milhões) de habitantes; x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8�000�000 (oito milhões) de habitantes; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO V – Do Distrito Federal e dos Territórios SEÇÃO I – Do Distrito Federal Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divi- são em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câ- mara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição� �������������������������������������������������������������������������������� § 2o A eleição do Governador e do Vice- -Governador, observadas as regras do art� 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração� § 3o Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art� 27� �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO II – Dos Territórios Art. 33. ��������������������������������������������������������������� § 1o Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título� �������������������������������������������������������������������������������� § 3o Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador no- meado na forma desta Constituição, haverá ór- gãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa� CAPÍTULO VI – Da Intervenção Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: �������������������������������������������������������������������������������� VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO VII – Da Administração Pública SEÇÃO I – Disposições Gerais �������������������������������������������������������������������������������� Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III – investido no mandato de Vereador, ha- vendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, 15 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso que exija o afastamen- to para o exercício de mandato eletivo, seu tem- po de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V – na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdênciasocial, permanecerá filia- do a esse regime, no ente federativo de origem� �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes CAPÍTULO I – Do Poder Legislativo SEÇÃO I – Do Congresso Nacional Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal� Parágrafo único� Cada legislatura terá a du- ração de quatro anos� Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Terri- tório e no Distrito Federal� § 1o O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo- -se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados� § 2o Cada Território elegerá quatro Depu- tados� Art. 46. O Senado Federal compõe-se de re- presentantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário� § 1o Cada Estado e o Distrito Federal elege- rão três Senadores, com mandato de oito anos� § 2o A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços� § 3o Cada Senador será eleito com dois su- plentes� �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO II – Das Atribuições do Congresso Nacional �������������������������������������������������������������������������������� Art. 49. É da competência exclusiva do Con- gresso Nacional: �������������������������������������������������������������������������������� XV – autorizar referendo e convocar ple- biscito; �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO V – Dos Deputados e dos Senadores Art. 53. Os Deputados e Senadores são invio- láveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos� § 1o Os Deputados e Senadores, desde a ex- pedição do diploma, serão submetidos a julga- mento perante o Supremo Tribunal Federal� § 2o Desde a expedição do diploma, os mem- bros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável� Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão� § 3o Recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diploma- ção, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação� § 4o O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora� § 5o A sustação do processo suspende a pres- crição, enquanto durar o mandato� § 6o Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações� § 7o A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva� § 8o As imunidades de Deputados ou Se- nadores subsistirão durante o estado de sítio, 16 E le iç õe s só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida� Art. 54. Os Deputados e Senadores não po- derão: I – desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empre- sa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou em- prego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior; II – desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou direto- res de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, “a”; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”; d) ser titulares de mais de um cargo ou man- dato público eletivo� Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II – cujo procedimento for declarado incom- patível com o decoro parlamentar; III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões or- dinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado� § 1o É incompatível com o decoro parla- mentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas� § 2o Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa� § 3o Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa� § 4o A renúncia de parlamentar submeti- do a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2o e 3o� Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I – investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitu- ra de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; II – licenciado pela respectiva Casa por moti- vo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa� § 1o O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias� § 2o Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do man- dato� �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO VIII – Do Processo Legislativo �������������������������������������������������������������������������������� 17 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s SUBSEÇÃO II – Da Emenda à Constituição Art. 60. ��������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������� § 4o Não será objeto de deliberação a pro- posta de emenda tendente a abolir: �������������������������������������������������������������������������������� II – o voto direto, secreto, universal e pe- riódico; �������������������������������������������������������������������������������� SUBSEÇÃO III – Das Leis Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comis- são da Câmara dos Deputados, do Senado Fe- deral ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal,aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição� �������������������������������������������������������������������������������� § 2o A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles� �������������������������������������������������������������������������������� Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional� § 1o Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: �������������������������������������������������������������������������������� II – nacionalidade, cidadania, direitos indi- viduais, políticos e eleitorais; �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO II – Do Poder Executivo SEÇÃO I – Do Presidente e do Vice- Presidente da República �������������������������������������������������������������������������������� Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice- -Presidente da República realizar-se-á, simul- taneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente� § 1o A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele regis- trado� § 2o Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não com- putados os em branco e os nulos� § 3o Se nenhum candidato alcançar maio- ria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos� § 4o Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação� § 5o Se, na hipótese dos parágrafos anterio- res, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso� �������������������������������������������������������������������������������� Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga� § 1o Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei� § 2o Em qualquer dos casos, os eleitos deve- rão completar o período de seus antecessores� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO III – Do Poder Judiciário �������������������������������������������������������������������������������� SEÇÃO VI – Dos Tribunais e Juízes Eleitorais Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I – o Tribunal Superior Eleitoral; 18 E le iç õe s II – os Tribunais Regionais Eleitorais; III – os Juízes Eleitorais; IV – as Juntas Eleitorais� Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral com- por-se-á, no mínimo, de sete membros, esco- lhidos: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supre- mo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Supe- rior Tribunal de Justiça; II – por nomeação do Presidente da Repúbli- ca, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal� Parágrafo único� O Tribunal Superior Elei- toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Fede- ral, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça� Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Elei- toral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal� § 1o Os Tribunais Regionais Eleitorais com- por-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, esco- lhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III – por nomeação, pelo Presidente da Re- pública, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça� § 2o O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores� Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais� § 1o Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis� § 2o Os juízes dos tribunais eleitorais, sal- vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria� § 3o São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança� § 4o Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I – forem proferidas contra disposição ex- pressa desta Constituição ou de lei; II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III – versarem sobre inelegibilidade ou ex- pedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; IV – anularem diplomas ou decretarem a per- da de mandatos eletivos federais ou estaduais; V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção� �������������������������������������������������������������������������������� CAPÍTULO IV – Das Funções Essenciais à Justiça SEÇÃO I – Do Ministério Público �������������������������������������������������������������������������������� Art. 128. ������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������� § 5o Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respec- tivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a or- ganização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: �������������������������������������������������������������������������������� II – as seguintes vedações: �������������������������������������������������������������������������������� e) exercer atividade político-partidária; �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas �������������������������������������������������������������������������������� 19 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s CAPÍTULO II – Das Forças Armadas Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disci- plina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem� �������������������������������������������������������������������������������� § 3o Os membros das Forças Armadas são denominados militares,aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: �������������������������������������������������������������������������������� V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; �������������������������������������������������������������������������������� TÍTULO IX – Das Disposições Constitucionais Gerais �������������������������������������������������������������������������������� Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes nor- mas básicas: I – a Assembleia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil; �������������������������������������������������������������������������������� 20 E le iç õe s Emenda Constitucional no 91/2016 Altera a Constituição Federal para estabelecer a possibilidade, excepcional e em período determinado, de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Art. 1o É facultado ao detentor de mandato eletivo desligar-se do partido pelo qual foi eleito nos trinta dias seguintes à promulgação desta Emenda Constitucional, sem prejuízo do man- dato, não sendo essa desfiliação considerada para fins de distribuição dos recursos do Fundo Partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. Art. 2o Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, em 18 de fevereiro de 2016. Publicada no DOU de 19/2/2016. 21 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s Emenda Constitucional no 97/2017 Altera a Constituição Federal para vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais, estabelecer normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda gratuito no rádio e na televisão e dispor sobre regras de transição. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Art. 1o A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações: ................................................................................ Art. 2o A vedação à celebração de coligações nas eleições proporcionais, prevista no § 1o do art. 17 da Constituição Federal, aplicar-se-á a partir das eleições de 2020. Art. 3o O disposto no § 3o do art. 17 da Cons- tituição Federal quanto ao acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão aplicar-se-á a partir das eleições de 2030. Parágrafo único. Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que: I – na legislatura seguinte às eleições de 2018: a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou b) tiverem elegido pelo menos nove Depu- tados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação; II – na legislatura seguinte às eleições de 2022: a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou b) tiverem elegido pelo menos onze Depu- tados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação; III – na legislatura seguinte às eleições de 2026: a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% (dois e meio por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federa- ção, com um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou b) tiverem elegido pelo menos treze Depu- tados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação. Art. 4o Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, em 4 de outubro de 2017. Publicada no DOU de 5/10/2017. 22 E le iç õe s Emenda Constitucional no 107/2020 Adia, em razão da pandemia da Covid-19, as eleições municipais de outubro de 2020 e os prazos eleitorais respectivos. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Art. 1o As eleições municipais previstas para outubro de 2020 realizar-se-ão no dia 15 de novembro, em primeiro turno, e no dia 29 de novembro de 2020, em segundo turno, onde houver, observado o disposto no § 4o deste ar- tigo. § 1o Ficam estabelecidas, para as eleições de que trata o caput deste artigo, as seguintes datas: I – a partir de 11 de agosto, para a vedação às emissoras para transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato, conforme previsto no § 1o do art. 45 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997; II – entre 31 de agosto e 16 de setembro, para a realização das convenções para escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações, a que se refere o caput do art. 8o da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997; III – até 26 de setembro, para que os parti- dos e coligações solicitem à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos, conforme disposto no caput do art. 11 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, e no caput do art. 93 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965; IV – após 26 de setembro, para o início da propaganda eleitoral, inclusive na internet, conforme disposto nos arts. 36 e 57-A da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, e no caput do art. 240 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965; V – a partir de 26 de setembro, para que a Justiça Eleitoral convoque os partidos e a repre- sentação das emissoras de rádio e de televisão para elaborarem plano de mídia, conforme disposto no art. 52 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997; VI – 27 de outubro, para que os partidos polí- ticos, as coligações e os candidatos, obrigatoria- mente, divulguem o relatório que discrimina as transferências do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinhei- ro recebidos, bem como os gastos realizados, conforme disposto no inciso II do § 4o do art. 28 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997; VII – até 15 de dezembro, para o encami- nhamento à Justiça Eleitoral do conjunto das prestações de contas de campanha dos candi- datos e dos partidos políticos, relativamente ao primeiro e, onde houver, ao segundo turno das eleições, conforme disposto nos incisos III e IV do caput do art. 29 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997. § 2o Os demais prazos fixados na Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, e na Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965, que não tenham transcorrido na data da publicação desta Emen- da Constitucional e tenham como referência a data do pleito serão computados consideran- do-se a nova data das eleições de 2020. § 3o Nas eleições de que trata este artigo serão observadas as seguintes disposições: I – o prazo previsto no § 1o do art. 30 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, não será aplicado, e a decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos deverá ser publicada até o dia 12 de fevereiro de 2021; II – o prazo para a propositura da represen- tação de que trata o art. 30-A da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, será até o dia 1o de março de 2021; III – os partidos políticos ficarão autorizados a realizar, por meio virtual, independentemente de qualquer disposição estatutária, convençõesou reuniões para a escolha de candidatos e a formalização de coligações, bem como para a definição dos critérios de distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento 23 D is po si tiv os c on st itu ci on ai s pe rt in en te s de Campanha, de que trata o art. 16-C da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997; IV – os prazos para desincompatibilização que, na data da publicação desta Emenda Cons- titucional, estiverem: a) a vencer: serão computados consideran- do-se a nova data de realização das eleições de 2020; b) vencidos: serão considerados preclusos, vedada a sua reabertura; V – a diplomação dos candidatos eleitos ocor- rerá em todo o País até o dia 18 de dezembro, salvo a situação prevista no § 4o deste artigo; VI – os atos de propaganda eleitoral não po- derão ser limitados pela legislação municipal ou pela Justiça Eleitoral, salvo se a decisão estiver fundamentada em prévio parecer técnico emiti- do por autoridade sanitária estadual ou nacional; VII – em relação à conduta vedada prevista no inciso VII do caput do art. 73 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, os gastos liquidados com publicidade institucional realizada até 15 de agosto de 2020 não poderão exceder a média dos gastos dos 2 (dois) primeiros quadrimestres dos 3 (três) últimos anos que antecedem ao pleito, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral; VIII – no segundo semestre de 2020, poderá ser realizada a publicidade institucional de atos e campanhas dos órgãos públicos municipais e de suas respectivas entidades da administração in- direta destinados ao enfrentamento à pandemia da Covid-19 e à orientação da população quanto a serviços públicos e a outros temas afetados pela pandemia, resguardada a possibilidade de apuração de eventual conduta abusiva nos termos do art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. § 4o No caso de as condições sanitárias de um Estado ou Município não permitirem a realização das eleições nas datas previstas no caput deste artigo, o Congresso Nacional, por provocação do Tribunal Superior Eleitoral, ins- truída com manifestação da autoridade sanitária nacional, e após parecer da Comissão Mista de que trata o art. 2o do Decreto Legislativo no 6, de 20 de março de 2020, poderá editar decreto legislativo a fim de designar novas datas para a realização do pleito, observada como data-limite o dia 27 de dezembro de 2020, e caberá ao Tri- bunal Superior Eleitoral dispor sobre as medidas necessárias à conclusão do processo eleitoral. § 5o O Tribunal Superior Eleitoral fica au- torizado a promover ajustes nas normas refe- rentes a: I – prazos para fiscalização e acompanha- mento dos programas de computador utiliza- dos nas urnas eletrônicas para os processos de votação, apuração e totalização, bem como de todas as fases do processo de votação, apura- ção das eleições e processamento eletrônico da totalização dos resultados, para adequá-los ao novo calendário eleitoral; II – recepção de votos, justificativas, audi- toria e fiscalização no dia da eleição, inclusive no tocante ao horário de funcionamento das seções eleitorais e à distribuição dos eleitores no período, de forma a propiciar a melhor segu- rança sanitária possível a todos os participantes do processo eleitoral. Art. 2o Não se aplica o art. 16 da Constituição Federal ao disposto nesta Emenda Constitu- cional. Art. 3o Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, em 2 de julho de 2020. Publicada no DOU de 3/7/2020. Código Eleitoral Índice sistemático da Lei no 4.737/1965 28 Parte Primeira – Introdução 29 Parte Segunda – Dos Órgãos da Justiça Eleitoral 30 Título I – Do Tribunal Superior 32 Título II – Dos Tribunais Regionais 35 Título III – Dos Juízes Eleitorais 36 Título IV – Das Juntas Eleitorais 37 Parte Terceira – Do Alistamento 37 Título I – Da Qualificação e Inscrição 39 Capítulo I – Da Segunda Via 40 Capítulo II – Da Transferência 41 Capítulo III – Dos Preparadores 41 Capítulo IV – Dos Delegados de Partido perante o Alistamento 41 Capítulo V – Do Encerramento do Alistamento 42 Título II – Do Cancelamento e da Exclusão 43 Parte Quarta – Das Eleições 43 Título I – Do Sistema Eleitoral 43 Capítulo I – Do Registro dos Candidatos 46 Capítulo II – Do Voto Secreto 46 Capítulo III – Da Cédula Oficial 46 Capítulo IV – Da Representação Proporcional 47 Título II – Dos Atos Preparatórios da Votação 48 Capítulo I – Das Seções Eleitorais 48 Capítulo II – Das Mesas Receptoras 50 Capítulo III – Da Fiscalização perante as Mesas Receptoras 51 Título III – Do Material para a Votação 51 Título IV – Da Votação 51 Capítulo I – Dos Lugares da Votação 52 Capítulo II – Da Polícia dos Trabalhos Eleitorais 52 Capítulo III – Do Início da Votação 53 Capítulo IV – Do Ato de Votar 55 Capítulo V – Do Encerramento da Votação 56 Título V – Da Apuração 56 Capítulo I – Dos Órgãos Apuradores 56 Capítulo II – Da Apuração nas Juntas 56 Seção I – Disposições Preliminares 57 Seção II – Da Abertura da Urna 58 Seção III – Das Impugnações e dos Recursos 59 Seção IV – Da Contagem dos Votos 62 Seção V – Da Contagem dos Votos pela Mesa Receptora 63 Capítulo III – Da Apuração nos Tribunais Regionais 66 Capítulo IV – Da Apuração no Tribunal Superior 67 Capítulo V – Dos Diplomas 67 Capítulo VI – Das Nulidades da Votação 68 Capítulo VII – Do Voto no Exterior 70 Parte Quinta – Disposições Várias 70 Título I – Das Garantias Eleitorais 71 Título II – Da Propaganda Partidária 72 Título III – Dos Recursos 72 Capítulo I – Disposições Preliminares 74 Capítulo II – Dos Recursos perante as Juntas e Juízos Eleitorais 74 Capítulo III – Dos Recursos nos Tribunais Regionais 76 Capítulo IV – Dos Recursos no Tribunal Superior 77 Título IV – Disposições Penais 77 Capítulo I – Disposições Preliminares 77 Capítulo II – Dos Crimes Eleitorais 82 Capítulo III – Do Processo das Infrações 83 Título V – Disposições Gerais e Transitórias 28 E le iç õe s Lei no 4.737/1965 Institui o Código Eleitoral. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que sanciono a seguinte Lei, aprovada pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 4o, caput, do Ato Institucional, de 9 de abril de 1964. PARTE PRIMEIRA – Introdução Art. 1o Este Código contém normas destina- das a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleito- ral expedirá Instruções para sua fiel execução. Art. 2o Todo poder emana do povo e será exer- cido, em seu nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indi- cados por partidos políticos nacionais, ressal- vada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas. Art. 3o Qualquer cidadão pode pretender in- vestidura em cargo eletivo, respeitadas as con- dições constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade. Art. 4o São eleitores os brasileiros maiores de 18 (dezoito) anos que se alistarem na forma da lei. Art. 5o Não podem alistar-se eleitores: I – os analfabetos; II – os que não saibam exprimir-se na língua nacional; III – os que estejam privados, temporária ou definitivamente, dos direitos políticos. Parágrafo único. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas- -marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino supe- rior para formação de oficiais. Art. 6o O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo: I – quanto ao alistamento: a) os inválidos; b) os maiores de setenta anos; c) os que se encontrem fora do país; II – quanto ao voto: a) os enfermos; b) os que se encontrem fora do seu domi- cílio; c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar. Art. 7o O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até trinta dias após a realização da eleição incorrerána multa de três a dez por cento sobre o salário mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367. § 1o Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor: I – inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empos- sar-se neles; II – receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição; III – participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Ter- ritórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias; IV – obter empréstimos nas autarquias, so- ciedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer es- tabelecimento de crédito mantido pelo governo, 29 C ód ig o E le ito ra l ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;1 V – obter passaporte ou carteira de iden- tidade; VI – renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; VII – praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda. § 2o Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos arts. 5o e 6o, no I, sem prova de estarem alistados não poderão praticar os atos relacionados no parágrafo anterior. § 3o Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido. § 4o O disposto no inciso V do § 1o não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil. Art. 8o O brasileiro nato que não se alistar até os dezenove anos ou o naturalizado que não se 1 Nota do Editor (NE): a Medida Provisória no 958/2020, publicada no DOU de 27/4/2020, esta- belece que, até 30 de setembro de 2020, as instituições financeiras públicas, inclusive as suas subsidiárias, ficam dispensadas de observar, em suas contratações e renegociações de operações de crédito realizadas diretamente ou por meio de agentes financeiros, entre outras disposições, o inciso IV do § 1o do art. 7o da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Elei- toral. A Lei no 13.999/2020, publicada no DOU de 19/5/2020, estabelece que, para fins de concessão de crédito no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), as instituições financeiras participantes ficam dispensadas de observar, entre outras dispo- sições, o inciso IV do § 1o do art. 7o da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral. A Medi- da Provisória no 975/2020, publicada no DOU de 2/6/2020, estabelece que, até 31 de dezembro de 2020, nas operações de crédito contratadas no âmbito do Programa Emergencial de Acesso a Crédito, os agen- tes financeiros ficam dispensados de observar, entre outras disposições, o inciso IV do § 1o do art. 7o da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral. alistar até um ano depois de adquirida a nacio- nalidade brasileira incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o valor do salário mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio requerimento. Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição elei- toral até o centésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar dezenove anos. Art. 9o Os responsáveis pela inobservância do disposto nos arts. 7o e 8o incorrerão na multa de 1 (um) a 3 (três) salários mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar até 30 (trinta) dias. Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por motivo justificado e aos não alista- dos nos termos dos arts. 5o e 6o, no I, documento que os isente das sanções legais. Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e ne- cessitar documento de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o Juízo da zona em que estiver. § 1o A multa será cobrada no máximo previs- to, salvo se o eleitor quiser aguardar que o juiz da zona em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição. § 2o Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento através de selos federais inutilizados no próprio requerimento, o juiz que recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de ins- crição e fornecerá ao requerente comprovante do pagamento. PARTE SEGUNDA – Dos Órgãos da Justiça Eleitoral Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral: I – o Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País; II – um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território; III – juntas eleitorais; 30 E le iç õe s IV – juízes eleitorais. Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoria- mente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. § 1o Os biênios serão contados, ininterrupta- mente, sem o desconto de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3o. § 2o Os juízes afastados por motivo de li- cença, férias e licença especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo cor- respondente, exceto quando, com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento de alistamento. § 3o Da homologação da respectiva con- venção partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente con- sanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candi- dato a cargo eletivo registrado na circunscrição. § 4o No caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura. Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. TÍTULO I – Do Tribunal Superior Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Elei- toral: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de três juízes, dentre os Ministros do Su- premo Tribunal Federal; e b) de dois juízes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos; II – por nomeação do Presidente da Repú- blica de dois dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. § 1o Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegí- timo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. § 2o A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privi- légio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. Art. 17. O Tribunal SuperiorEleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Su- premo Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral um dos seus membros. § 1o As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. § 2o No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos: I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral; II – a pedido dos Tribunais Regionais Elei- torais; III – a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral; IV – sempre que entender necessário. § 3o Os provimentos emanados da Corre- gedoria Geral vinculam os Corregedores Re- gionais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento. Art. 18. Exercerá as funções de Procurador- -Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador-Geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal. Parágrafo único. O Procurador-Geral poderá designar outros membros do Ministério Público da União, com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para 31 C ód ig o E le ito ra l auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento. Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o substituto ou o respec- tivo suplente. Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qual- quer interessado poderá arguir a suspeição ou impedimento dos seus membros, do Procura- dor-Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento. Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do arguido. Art. 21. Os Tribunais e juízes inferiores de- vem dar imediato cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral. Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: I – processar e julgar originariamente: a) o registro e a cassação de registro de par- tidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República; b) os conflitos de jurisdição entre Tribu- nais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes; c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador-Geral e aos funcio- nários da sua Secretaria; d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais; e) o habeas corpus ou mandado de seguran- ça, em matéria eleitoral, relativos a atos do Pre- sidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração;2 f) as reclamações relativas a obrigações im- postas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presi- dente da República; h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada; i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos; j) a ação rescisória, nos casos de inelegibi- lidade, desde que intentada dentro do prazo de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado; II – julgar os recursos interpostos das de- cisões dos Tribunais Regionais nos termos do art. 276 inclusive os que versarem matéria ad- ministrativa. Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis, salvo nos casos do art. 281. Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: I – elaborar o seu regimento interno; II – organizar a sua Secretaria e a Correge- doria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, pro- vendo-os na forma da lei; 2 NE: ver Resolução do Senado Federal no 132, de 1984. 32 E le iç õe s III – conceder aos seus membros licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos; IV – aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regio- nais Eleitorais; V – propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; VI – propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento; VII – fixar as datas para as eleições de Presi- dente e Vice-Presidente da República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei; VIII – aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; IX – expedir as instruções que julgar conve- nientes à execução deste Código; X – fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em dili- gência fora da sede; XI – enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do art. 25; XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por auto- ridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político; XIII – autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa pro- vidência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; XIV – requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o soli- citarem, e para garantir a votação e a apuração; XV – organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência; XVI – requisitar funcionário da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria; XVII – publicar um boletim eleitoral; XVIII – tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral. Art. 24. Compete ao Procurador-Geral, como Chefe do Ministério Público Eleitoral: I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões; II – exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de competência origi- nária do Tribunal; III – oficiar em todos os recursos encami- nhados ao Tribunal; IV – manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se entender necessário; V – defender a jurisdição do Tribunal; VI – representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme em todo o País; VII – requisitar diligências, certidões e es- clarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições; VIII – expedir instruções aos órgãos do Mi- nistério Público junto aos Tribunais Regionais; IX – acompanhar, quando solicitado, o Cor- regedor Geral, pessoalmente ou por intermédio de Procurador que designe, nas diligências a serem realizadas. TÍTULO II – Dos Tribunais Regionais Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunalde Justiça; e b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e III – por nomeação do Presidente da Repú- blica de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. § 1o A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça será enviada ao Tribunal Superior Eleitoral. § 2o A lista não poderá conter nome de ma- gistrado aposentado ou de membro do Minis- tério Público. 33 C ód ig o E le ito ra l § 3o Recebidas as indicações o Tribunal Su- perior divulgará a lista através de edital, poden- do os partidos, no prazo de cinco dias, impug- ná-la com fundamento em incompatibilidade. § 4o Se a impugnação for julgada procedente quanto a qualquer dos indicados, a lista será devolvida ao Tribunal de origem para com- plementação. § 5o Não havendo impugnação, ou despre- zada esta, o Tribunal Superior encaminhará a lista ao Poder Executivo para a nomeação. § 6o Não podem fazer parte do Tribunal Regional pessoas que tenham entre si parentes- co, ainda que por afinidade, até o 4o grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso a que tiver sido escolhida por último. § 7o A nomeação de que trata o no II deste artigo não poderá recair em cidadão que tenha qualquer das incompatibilidades mencionadas no art. 16, § 4o.3 Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional serão eleitos por este dentre os três desembargadores do Tribunal de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional da Justiça Eleitoral. § 1o As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir. § 2o No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos: I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral; II – a pedido dos juízes eleitorais; III – a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional; IV – sempre que entender necessário. Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Pro- curador da República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for de- signado pelo Procurador-Geral da República. 3 NE: em razão das alterações determinadas pelo Decreto-lei no 441/1969 e pela Lei no 7.191/1984, a matéria constante no art. 16, § 4o, passou a ser objeto do art. 16, § 2o. § 1o No Distrito Federal, serão as funções de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal. § 2o Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou impedimentos, o seu substituto legal. § 3o Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do Procurador-Geral. § 4o Mediante prévia autorização do Procu- rador-Geral, podendo os Procuradores Regio- nais requisitar, para auxiliá-los nas suas funções, membros do Ministério Público local, não tendo estes, porém, assento nas sessões do Tribunal. Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. § 1o No caso de impedimento e não existindo quorum, será o membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituição. § 2o Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para o Tribunal Superior qualquer interessado poderá arguir a suspeição dos seus membros, do Procurador Regional, ou de funcionários da sua Secretaria, assim como dos juízes e escrivães eleitorais, nos casos pre- vistos na lei processual civil e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento. § 3o No caso previsto no parágrafo anterior será observado o disposto no parágrafo único do art. 20. § 4o As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassação de registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. § 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o suplente da mesma classe. Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais: I – processar e julgar originariamente: a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governa- dor, Vice-Governadores, e membro do Con- gresso Nacional e das Assembleias Legislativas; 34 E le iç õe s b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo Estado; c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros, ao Procurador Regional e aos funcio- nários da sua Secretaria assim como aos juízes e escrivães eleitorais; d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais; e) o habeas corpus ou mandado de segu- rança, em matéria eleitoral, contra ato de au- toridades que respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas cor- pus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; f) as reclamações relativas a obrigações im- postas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formu- lados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada, sem prejuí- zo das sanções decorrentes do excesso de prazo; II – julgar os recursos interpostos: a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas eleitorais; b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do art. 276. Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: I – elaborar o seu regimento interno; II – organizar a sua Secretaria e a Corregedo- ria Regional, provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior, a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos; III – conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias, assim como afastamen- to do exercício dos cargos efetivos, submetendo, quanto àqueles, a decisão à aprovação do Tri- bunal Superior Eleitoral; IV – fixar a data das eleições de Governa- dor e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal; V – constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição; VI – indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora; VII – apurar, com os resultados parciais en- viados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador, de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo, dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos; VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político; IX – dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior; X – aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio; XI – (Revogado); XII – requisitar a força necessária ao cumpri- mento de suas decisões e solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal; XIII
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