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O Trabalho insalubre

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O Trabalho insalubre 
Atividades insalubres são aquelas que expõem os empregados diariamente a agentes nocivos à 
saúde acima dos limites legais permitidos (Limites de ação e tolerância), conforme está exposto no 
artigo 189, da CLT. 
As condições de trabalho insalubres encontram-se na NR-15, a qual descreve quais agentes 
químicos, físicos e biológicos são prejudiciais a saúde do trabalhador, e estabelece os limites de 
tolerância. Conforme a NR-15, são considerados como trabalho insalubre as atividades sob as 
seguintes condições: ruído contínuo ou intermitente, ruídos de impacto, exposição ao calor, 
radiações ionizantes, trabalho sob condições hiperbáricas, radiações não ionizantes, vibrações, frio, 
umidade, agentes químicos os compostos, produtos ou substâncias possíveis de penetração no 
organismo por contato ou ingestão, como é o caso de poeira, vapores, névoas e fumos, agentes 
biológicos os micro-organismos diversos, tais como vírus, bactérias, parasitas e fungos. O trabalho 
em condições insalubres garante ao trabalhador a percepção do adicional de insalubridade 
equivalente a 40% (grau máximo), 20% (grau médio) e 10% (grau mínimo), No caso de incidência do 
trabalhador a mais de um fator insalubre, apenas será considerado o de grau mais elevado para 
efeito de acréscimo salaria. 
O Trabalho perigoso 
O trabalho considerado perigoso é aquele onde o empregado desenvolve uma atividade perigosa, e 
causa risco a sua vida ou a sua integridade física. As atividade e operações perigosas são 
encontradas na NR-16. 
Além do adicional de periculosidade previsto na CLT, a Lei 7.369/85, institui, aos trabalhadores que 
atuam em setor de energia elétrica, com sistema elétrico de potência ou com equipamentos e 
instalações elétricas similares, contato inflamáveis ou explosivos, motoboy, moto taxista, moto frete 
e de serviço comunitário de rua que evidenciam condições de risco, garantido ao adicional de 
periculosidade 30%, sobre o salário base. 
Diferente do adicional de insalubridade, que em regra, a insalubridade tem como base de cálculo o 
salário mínimo e a periculosidade o salário base, é impossível receber cumulativamente estes 
adicionais. 
Conclusão 
As relações de trabalho no Brasil são dinâmicas e complexas. Contudo, os mecanismos legais e 
fiscalizadores de proteção ao trabalhador não acompanham essa dinâmica, deixando, em muitos 
casos, o trabalhador desamparado. As lacunas de proteção ao trabalhador procuram ser supridas 
por meio de pagamentos, a título de indenização, de adicionais de insalubridade e periculosidade. 
Algo que é nocivo ao trabalhador sob a perspectiva de proteção à vida. A dinâmica das relações de 
trabalho e a forma como são pagos esses adicionais, levam alguns trabalhadores a encararem o 
pagamento desses adicionais como um “bônus” incorporado ao seu salário e ao qual eles não estão 
dispostos a abandonar. Isso alimenta um ciclo em que não é interesse do trabalhador, tampouco do 
empregador, sanar esse tipo de situação. Para o trabalhador, os riscos significam um maior salário; 
para o empregador, o pagamento desses adicionais o desobriga a investir na minimização de riscos, 
se isso for muito oneroso para ele, e, assim, se constrói as relações de trabalho no Brasil. A isso, 
junte-se a ineficácia do Estado em cobrar, fiscalizar e fazer cumprir o que a lei determina na sua 
integralidade. Diante disso, temos armada uma realidade na qual todos os anos centenas de 
trabalhadores urbanos e rurais são vítimas de acidentes de trabalho responsáveis por deixá-los em 
situação de invalidez temporária e definitiva, além daqueles que perdem a própria vida. 
Fontes: 
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/insalubre_perigoso.htm 
https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=45199&chapterid=365 
https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/secao/1198086378/art-13-secao-i-da-carteira-de-
trabalho-e-previdencia-social-clt-comentada-ed-2021#a-C.I_TIT.II_AST.1-1 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm 
 
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/insalubre_perigoso.htm
https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=45199&chapterid=365
https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/secao/1198086378/art-13-secao-i-da-carteira-de-trabalho-e-previdencia-social-clt-comentada-ed-2021#a-C.I_TIT.II_AST.1-1
https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/secao/1198086378/art-13-secao-i-da-carteira-de-trabalho-e-previdencia-social-clt-comentada-ed-2021#a-C.I_TIT.II_AST.1-1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm

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