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Herpes: Características e Tratamento

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Maria Luiza Peixoto FMT-LXII 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
• Genoma DNA 
• Capsídeo Icosaédrico Envelopado 
• Família herpesviridae 
• Não sobrevivem muito tempo fora do 
hospedeiro → requer contato próximo 
• 90% dos adultos foram infectadas com pelo 
menos um deles (permanece na maioria das 
pessoas de forma latente) 
Nas pessoas com infecção latente, o vírus pode se 
reativar e provocar sintomas. Em alguns indivíduos o vírus 
pode se reativar sem provocar sintomas; nesses casos, 
ocorre a disseminação assintomática e as pessoas podem 
transmitir a infecção. 
 
HHV 1 OU HSV1 E HHV2 OU HSV-2 
Faz infecção em células epiteliais e latência nos 
gânglios nervosos 
Transmissão: 
 
Produção de vesículas ou úlceras rasas, contendo 
vírus infecciosos 
Sintomas: vermelhidão, ardor, aparecimento de 
pequenas bolhas nos lábios e nos genitais 
HSV-1 
• Mais encontrado nas lesões da parte 
superior do corpo 
• Causam infecções na região orofaríngea, a 
frequência de recidivas orofaríngeas 
sintomáticas é variável 
HSV-2 
• Mais comum no trato genital 
• Reativação das infecções genitais ocorre 
com frequência e muitas vezes é 
assintomárica, mas resulta em 
disseminação viral 
O vírus de herpes humano pode permanecer latente 
no organismo e provocar recidivas de tempos em tempos. 
HERPES ORAL 
• Causado por HSV-1 ou HSV-2 
• Vesículas e úlceras rasas 
 →Boca, faringe, gengivas, mucosas bucal e 
língua 
• Febre, mal-estar e mialgia (sistêmicos_ 
• Se curam sem deixar cicatriz em 8 a 10 dias 
EM CRIANÇAS 
• Conhecida como estomatite herpética ou 
gengivoestomatite 
• Lesões dolorosas 
• HSV-1 
 
HERPES GENITAL 
O HSV-2, por outro lado, é o principal responsável 
pelo quadro de herpes genital. 
Em geral, o primeiro contato com o vírus ocorre na 
adolescência ou início da vida adulta e as lesões podem ser 
intensas a ponto de provocar ardor para urinar e 
desconforto que impede as relações sexuais. 
Sintomas: vermelhidão, ardor e pequenas bolhas 
com líquido claro na região da vulva, pênis ou ânus. Ou 
ainda em regições como nádegas e virilha. 
Apesar da transmissão ser mais importante durante 
o contato direto com as lesões, relações sexuais sem 
preservativo com pessoas portadoras, mesmo sem lesões, 
também podem causar infecção. 
LESÕES DE INFECÇÕES PRIMÁRIAS DO TRATO 
GENITAL 
Similares àquelas da orofaringe, porém a maioria é 
assintomática. 
Quando sintomática (herpes genital), os sintomas 
locais incluem lesões vesico ulcerativas dolorosas 
 
➔ Há ativação de vírus latente sem manifestação 
clínica! 
 
Maria Luiza Peixoto FMT-LXII 
LATÊNCIA 
O vírus se aloja em um neurônio e lá pode 
permanecer durante toda a vida do indivíduo sem causar 
qualquer sintoma, em um estado chamado de latência. 
Entretanto, ele pode reativar e voltar a provocar 
sintomas, principalmente em casos de queda da imunidade. 
• HSV-1 → trigeminal 
• HSV-2 → sacral 
REATIVAÇÃO 
Fatores como, estresse, alterações hormonais, febre 
e lesão física aos neurônios induzem a reativação e 
replicação do vírus latente. 
Os sintomas como dor e formigamento 
frequentemente precedem o surgimento das lesões. 
Lesões recorrentes são mais localizadas e de duração 
mais curta devido à natureza de disseminação e à 
existência de respostas imunes de memória. 
PREVENÇÃO 
• Evitar contato com lesões com potencial de 
disseminar vírus 
• Ter práticas sexuais seguras 
• Lesões evidentes na mão → cesárea para evitar 
infecção neonatal 
→ A terapia profilática da mãe e do recém-
nascido com aciclovir pode ser empregada se 
a presença do HSV for detectada antes ou no 
momento do nascimento. 
EPIDEMIOLOGIA 
• O HSV-1 é transmitido por contato oral ou 
compartilhamento de objetos contaminados com 
saliva. 
• O HSV-2 é transmitido por contato sexual (oral, 
vaginal ou anal). 
• O HSV-2 é transmitido da mãe para o recém-
nascido durante a passagem pelo canal de parto. 
HERPES NEONATAL 
Ocorre durante a passagem no canal de parto, 
ocorre uma infecção disseminada, frequentemente 
envolvendo o SNC, podendo causar sequelas neurológicas. 
 
ECZEMA HERPÉTICO 
• Infecção viral descontrolada, extensa e grave 
• Acomete pacientes com alguma patologia cutânea 
de base 
• Maioria das vezes causada pelo vírus HSV-1 
 
HERPES OCULAR 
A auto inoculação pode causar a infecção dos olhos. 
 
ENCEFALITE E MENINGITE HERPÉTICA 
Meningite Infecção ou inflamação das meninges. 
Acometimento do cérebro e vasos meningoencefálicos 
(HSV 2) 
Encefalite Infecção ou inflamação do parênquima cerebral 
com disfunção local ou difusa (HSV1) 
TRATAMENTO 
Fármacos que têm atividade contra o herpes-vírus 
incluem aciclovir, cidofovir, fanciclovir, fomivirseno, 
foscarnet, ganciclovir, idoxuridina, penciclovir, trifluridina, 
valaciclovir, valganciclovir e vidarabina. 
HHV 3 E VARICELA ZOSTER VÍRUS 
O vírus varicela-zoster (VZV) é um agente causador 
de infecções altamente contagiosas: a varicela e o herpes 
zoster. 
A infecção primária, chamada varicela, também 
conhecida como catapora, tem prevalência na infância. 
➔ O PNI disponibiliza vacina aos 15 meses e reforço 
aos 4 anos. 
 
TRANSMISSÃO 
• Contato direto 
• Secreções respiratórias 
• Lesões de pele (Raro) 
• Altamente transmissível → principalmente em 
crianças 
HERPES ZOSTER 
Depois que a pessoa se contamina com HHV 3 e 
desenvolve a catapora, esse mesmo vírus pode ficar latente 
por anos, nos gânglios do sistema nervoso. 
Em algum momento ele pode reativar, causando o 
herpes zoster. 
A principal diferença entre a catapora e herpes 
zoster é que a primeira apresenta lesões, polimórficas, ou 
seja, de diferentes formas, em todo o corpo; enquanto a 
segunda apresenta lesões vesiculares, numa parte 
específica, correspondente a um nervo onde o vírus está 
alojado. 
Enquanto a catapora costuma ocorrer na infância, o 
herpes-zóster aparece principalmente nos adultos e idosos, 
pois é quando o vírus apresenta uma reativação. 
➔ Entretanto, vem crescendo o número de registros 
de pessoas mais jovens desenvolvendo herpes 
Maria Luiza Peixoto FMT-LXII 
zoster, por uma queda na imunidade, associada a 
fatores como o estresse do dia a dia 
 
HHV 4 EPSTEIN BARR VÍRUS 
• Mononucleose infecciosa = doença do beijo 
• Infecção: ocorre pela transferência oral de saliva 
• Sintomas: fadiga, mal-estar, dor de cabeça, dor de 
garganta, febre, surgimento de íngua e uma 
hepatite leve. 
• Sintomas menos comuns: são o aumento do 
fígado e do baço, e em cerca de 5% das infecções 
ocorre o aparecimento de manchas na pele, que 
lembram o sarampo 
LINFOMA DE BURKITT 
O Linfoma de Burkitt (anteriormente denominado 
Linfoma Não-Hodgkin) é uma neoplasia de células B, 
altamente agressiva. 
Existe associação entre a infecção pelo vírus Epstein-
Barr (EBV) e o desenvolvimento do linfoma de Burkitt. 
 
HHV 5 CITOMEGALOVÍRUS 
O citomegalovírus pode ser transmitido das seguintes 
formas: 
• Por via respiratória. Tosse, espirro, fala, saliva, 
secreção brônquica e da faringe servem de veículo 
para a transmissão do vírus; 
• Por transfusão de sangue; 
• Por transmissão vertical da mulher grávida para o 
feto ou durante o parto; 
• Por via sexual; 
• Por objetos como xícaras e talheres. Embora esse 
tipo de transmissão seja pouco comum, ele é 
possível porque o citomegalovírus não é destruído 
pelas condições ambientais. 
 
Sintomas: Desde nenhum sintoma a febre e cansaço 
até sintomas graves envolvendo os olhos, cérebro ou 
outros órgãos internos 
Complicações: Hepatoesplenomegalia, deficiência 
mental, microcefalia, lesões cerebrais generalizadas, atraso 
no desenvolvimento psicomotor e retardo mental. 
HHV 6 E HHV 7 
HERPESVÍRUS HUMANO TIPO 6 (HHV6) 
• Transmissão: saliva 
• Infecção Primária: Roséola ou exantema 
súbito. 
• Reativação: Pneumonia, hepatite 
 
HERPESVÍRUS HUMANO TIPO 7 (HHV7) 
• Transmissão: saliva 
• Infecção: Roséola do lactente 
ROSÉOLA INFANTIL 
• Também chamada de exantema súbito ou 
sexta doença. 
• Virose extremamente comumdurante a 
infância 
• Erupções cutâneas que surgem após alguns 
dias de febre alta 
• Benigna, de curta duração e com baixissima 
taxa de complicações. 
• HHV-6. Porém, a roséola também pode ser 
provocada por outros vírus, tais como, 
herpesvírus humano 7 (HHV-7), alguns 
enterovírus (coxsackievirus A, 
coxsackievirus B e echovirus), adenovírus e 
parainfluenza tipo 1. 
TRANSMISSÃO 
A transmissão da roséola é feita habitualmente de 
pessoa para pessoa através do contato com secreções das 
vias respiratórias, principalmente pela saliva. 
Espirros, tosse, beijos, contato com perdigotos ou 
brinquedos que vão à boca e são compartilhados com 
outras crianças são fontes potenciais de contágio. 
HHV 8 
• Transmitido por via sanguínea e sexual. 
• Outras DSTs provavelmente aumentam o 
risco de infecção. 
• Associado à AIDS 
• Herpesvirus associado ao Sarcoma de 
Kaposi (KSHV) 
 
Sarcoma de Kaposi é um câncer de pele que causa 
múltiplas placas planas róseas, avermelhadas ou roxas ou 
inchaços na pele. Ele é causado por infecção pelo 
herpesvírus humano tipo 8.

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