Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hemorragia Subaracnóide Espontânea Sangramento que acontece no espaço subaracnóideo devido a qualquer etiologia que não seja o TCE. A principal causa de HSA é a ruptura de aneurismas intracranianos que, além de ser responsável por mais de 50% dos casos, é também, motivo de alta morbidade e mortalidade. Corresponde a 3% dos AVC. Incidência global 7,9/100.000 pessoas/ano. Prevalência estimada de aneurisma não rotos em autópsias : 5%. Idade média: 50-55 anos Principais Etiologias Aneurisma cerebral Hemorragia Perimesencefálica Malformação Arteriovenosa Angiopatia amiloide Síndrome de Vasoconstrição Reversível Trombose Venosa Vasculites (altera a permeabilidade do vaso) Fatores de Risco História familiar Hipertensão Tabagismo e etilismo -> geralmente, paciente terá baixa aderência ao tratamento Sexo feminino Descendência africana, japonesa ou finlandesa. Doenças do tecido conjuntivo: Ehler-Danlos, Marfan, NFI, rins policísticos Quadro Clínico Cefaleia intensa e súbita: pico de intensidade de até 1 minuto. Pode vir acompanhada de vômitos e verdade de consciência transitória e geralmente está associada a esforços físicos ou a distúrbios emocionais. Cefaleia sentinela: 10-40% dos pacientes, ocorre dias a semanas antes do evento hemorrágico principal, sem sinal de sangramento na tomografia -> procede a ruptura em alguns dias. Se deve a uma expansão do aneurisma. É um tipo de cefaleia secundária que vem acompanhada de hemorragia subaracnóideo espontânea. Ela é uma dor intensa e persisytente, e pode durar dias ou até mesmo semanas. Rigidez de nuca - > pode demorar 6-24h para aparecer, quanto maior a quantidade de sangue, maior a dor. Sangue é irritante meníngeo potente, que fará contração da musculatura. Paralisia de nervos cranianos: III, VI Perda da consciência Crise convulsiva Hipertensão intracraniana: rebaixamento do nível de consciência, hipertensão arterial, bradicardia Óbito. Escala de Hunt Hess Uma escala de graduação clínica bastante difundida é a escala de Hunt & Hess (1968), que se baseia na presença ou ausência de cefaléia e rigidez nucal, no nível de consciência e na resposta motora à dor. 1. Assintomático ou cefaleia minima e/ou rigidez de nuca 2. Cefaleia moderada à grave. Sem deficit neurológico ou apenas de nervo craniano 3. Confusão mental, sonolência, deficit focal leve 4. Hemiparesia moderada/grave, torporoso 5. Coma profundo, descerebração Complicações Ressangramento: 8-23%, maior nas primeiras 24h, altíssima mortalidade Vasoespasmo: pico de incidência entre 4-14 dias, sintomático em 20-30% dos pacientes • Novo deficit focal • Rebaixamento do nível de consciência Aneurismas São dilatações das paredes das artérias cerebrais intracraniana. Na imensa maioria das vezes, seculares. Raramente, especialmente quando há doenças reumatológicas ou arteriais sistêmicas associadas, podem ser fusiformes. Nos aneurismas seculares existe uma falha na parede arterial. Ha deficiência na camada elástica interna. O exemplo clássico é a compressão do III NC por aneurisma da artéria comunicante posterior, causando ptose palpebral e dor ocular. Estes sinais são causados por um aumento de volume do aneurisma que costuma acontecer antes da sua ruptura e serve como um sinal de alerta antes que hemorragia ocorra. Aneurismas maiores localizados próximos a nervos cranianos, especialmente aneurismas localizados no seio cavernoso, podem comprimir estes nervos e causar as correspondentes manifestações clínicas. Esta sintomatologia não pode ser diferenciada de qualquer outro processo expansivo Tabagismo - tabaco destrói elastina ou colágeno. A parede arterial que é composta por colágeno e endotélio e acaba sendo “destruído” pelo tabagismo aumentando as chances de desenvolver um aneurisma. Escala WFNS Classificação clínica, com correlação prognóstica: 1. Glasgow 15, sem deficit motor 2. Glasgow 13-14, sem deficit motor 3. Glasgow 13-14, com deficit focal 4. Glasgow 7-12, com ou sem deficit focal 5. Glasgow < 7, com ou sem deficit focal Anatomia Vascular Principal localização dos aneurismas: • Circulação anterior: 90% Artéria carótida interna / complexo comunicante anterior 30-40% Artéria carótida interna / segmento comunicante posterior 30% Artéria cerebral média 20-30% • Circulação posterior: 10% Topo da artéria basilar Artéria cerebelar superior Artéria cerebelar postero-inferior (PICA) • Fatores de risco para sangramento: aneurismas > 7mm, aneurismas da circulação posterior Hidrocefalia: 14-21 dias Distúrbios hidroeletrolíticos Diagnóstico Tomografia de crânio: alta sensibilidade (90%) e especificidade para sangramento agudo em até 24h RM: sensível nas primeiras 12h Líquor: indicado nos casos supeitos com TC normal. Aumento de hemácias (prova dos 3 tubos), xantocromia após centrifugação Estudos de vasos: angiotomografia, angioRM, angiografia digital Tomografia de Crânio Tomografia de Crânio • Classificação Modificada de Fisher: preditor do risco de vasoespasmo • Fisher 0: tomografia normal 0% • Fisher 1: sangue focal, sem hemorragia ventricular 24% • Fisher 2: sangue focal, com hemorragia ventricular 33% • Fisher 3: sangue difuso, sem hemorragia ventricular 33% • Fisher 4: sangue difuso, com hemorragia ventricul Arteriografia Cerebral Normal 1 2 3 4 Anteriografia Cerebral Aneurismatica Tratamento Suporte intensivo -> sedar ao ponto que fique sonolento mas ao ponto que você chama e responde. Paciente em UTI. Manejo pressórico e de HIC Prevenção do ressangramento: tratamento do aneurisma, preferencialmente em até 24-72h • Cirúrgico x Endovascular • Depende de fatores relacionados ao aneurisma, estado neurológico do paciente, experiência do serviço Prevenção de vasoespasmo: Nimodipino 60mg VO 4/4h, hipertensão arterial Bloqueador de canal de cálcio - seletivo para o cérebro Endovenoso t
Compartilhar