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Hipodermóclise Enfermeira: Poliana Mara Pereira Cotta Soares polianacottasoares@yahoo.com.br mailto:polianacottasoares@yahoo.com.br A Pele CAMADAS : Epiderme, derme, hipoderme (ou tecido celular subcutâneo). FUNÇÕES : Depósito nutritivo de reserva energética, isolante térmico e protetor mecânico, além da presença de glândulas, nervos, tecido adiposo, vasos linfáticos e sanguíneos. OBSERVAÇÃO: Medicamentos e fluidos administrados neste local são absorvidos por meio de difusão capilar, através da ação hidrostática e osmótica e transportados à microcirculação . Perguntas: enviar email para polianacottasoares@yahoo.com.br CONCEITO: É um método para administração de soroterapia e medicações, na hipoderme. Portanto, corresponde ao uso da via subcutânea para infusão contínua de soluções em volumes de até 1500ml a 2000ml/24h por sítio de punção, indicada para a desidratação leve a moderada, como alternativa à punção venosa periférica. UTILIZAÇÃO: A hipodermóclise é usada principalmente, em idosos e nos pacientes em Cuidados Paliativos, pode ser tratados em unidade hospitalar ou em casa ( permite assistência de pessoas não ligadas à área profissional de saúde, caso de cuidadores e familiares.) Conceito e Utilização OBSERVAÇÃO: Um medicamento infundido em bolus ou diluído em pequeno volume, não deve ser descrito como hipodermóclise, mas sim como “uso da via subcutânea”. Ex: Insulina, Heparina de baixo peso. Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br 202120091960190318951865 Epidemia Mundial de Cólera, por hipodermóclise, por Cantani, em Nápoles. Na índia, Cólera. Desidratação grave. Hospitais em Pittsburg (EUA), desidratação, febre tifoide ou pneumonia. Infusão subcutânea perde importância durante algumas décadas, devido a avanços de técnicas endovenosa 1 e 2ª Guerra Mundial e também por complicações por infusão de soluções inadequadas com efeitos adversos. Aumento da longevidade da população, incidência câncer, doenças crônicas com cuidados paliativos, a hipodermóclise volta em larga escala, principalmente em idosos. No Brasil, INCA lança Manual Terapia Subcutânea no Câncer Avançado e capacita toda equipe para uso. Estatística subnotificadas, mas estão em inúmeros Serviços Hospitalares e de Atendimento Domiciliar. Linha do Tempo 1980 Aumento da prática em Idosos e Cuidados Paliativos, Inglaterra pioneira. Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br • Impossibilidade de ingestão por via oral (déficit cognitivo, disfagia,...) • Pacientes com difícil acesso venoso (presença de flebites, trombose venosa e sinais flogísticos...), também sem condições de via IM. • Paciente com náusea/ vômito por períodos longos • Obstrução intestinal • Diarreia • Confusão mental • Desidratação que não necessita reposição rápida • Permanência do paciente em domicílio Indicações Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Contraindicações Absolutas • Recusa do paciente • Anasarca • Necessidade de reposição rápida de volume (desidratação grave, choque) • Trombocitopenia grave Contraindicações Relativas • Caquexia • Ascite • Áreas com circulação linfática comprometida (após cirurgia ou radioterapia) • Áreas de infecção, inflamação ou ulceração cutânea • Proximidades de articulação • Proeminências ósseas Contraindicações Perguntas: enviar email para polianacottasoares@yahoo.com.br • Via parenteral mais acessível e confortável que a venosa • Fácil inserção e manutenção do cateter • Pode ser realizada em qualquer ambiente de cuidado, inclusive no domicílio • Baixo risco de efeitos adversos sistêmicos • Baixo custo Vantagens Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br • Volume e velocidade de infusão limitados (até 1500 ml/24h por sítio de punção) • Absorção variável (influenciada por perfusão e vascularização) • Limitação de medicamentos e eletrólitos que podem ser infundidos Desvantagens Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br • Evitar proximidade ósseas; • Espessuras mínima de 1,0 cm de subcutâneo; • Inserção deve ser centrípeta; • Sempre que indicada, uma nova punção deve ser realizada, respeitando-se a distância mínima de 5 cm do local da punção anterior ; • Deverá haver rodízio do local de punção de 3- 5 dias ou de acordo com as condições da pele, comodidade do paciente ou rotina do serviço. Sítios Punção Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Sítios Punção Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Sítios Punção Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Na hipodermóclise, tanto a punção quanto a administração de fluidos prescritos, podem ser realizadas por membros da equipe de enfermagem (Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem), desde que o profissional seja treinado, capacitado e suas habilidades constantemente validadas por meio da educação permanente (PARECER COREN MG CT.CP.01, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2019) e por médicos. Profissionais Habilitados Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br • Bandeja; • Recipiente com bolas de algodão; • 01 dispositivo de punção Cateter agulhado (scalp 21G a 25G) ou cateter não agulhado de teflon (jelco 22 ou 24) • 01 almotolia de álcool 70%; • 01 seringa preparada com 03 ml de soro fisiológico 0,9%; • Curativo filme transparente; • 01 par de luvas de procedimento. Materiais Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br 1) Realizar lavagem das mãos; 2) Dirigir-se ao leito do paciente com os materiais na bandeja; 3) Explicar o procedimento e finalidade ao paciente; 4) Calçar as luvas de procedimento; 5) Inspecionar o local a ser puncionado, com maior tecido adiposo e que proporcione melhor mobilidade do paciente. 6) Abrir o invólucro do dispositivo pela área demarcada; 7) Preencher o dispositivo com SF 0,9%; 8) Realizar antissepsia da pele com algodão embebido em álcool 70%; 9) Retirar o protetor do dispositivo; Procedimento Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br 11) Fazer a prega subcutânea com a mão não dominante; 12) Introduzir o dispositivo na pele com a mão dominante em um ângulo de 30 a 45° com o bisel voltado para cima; 13) Aspirar para verificar a ausência de retorno sanguíneo; 14) Fixar o dispositivo com curativo filme transparente; 15) Conectar o equipo da solução ao dispositivo; 16) Retirar a luva de procedimento; 17) Realizar lavagem das mãos; 18) Identificar o acesso subcutâneo com data, nome, horário, calibre do cateter; 19) Desprezar os materiais em local apropriado; 20) Limpar a bandeja com álcool 70% guardando-a em seu respectivo local; 21) Proceder anotações de enfermagem no prontuário eletrônico do paciente. Procedimento Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br A técnica consiste na introdução de um cateter entre a pele e o músculo (na hipoderme). Por essa via pode ser infundido soro, alguns anti-inflamatórios, antibióticos, entre outros. Punção Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Punção: passo a passo Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Ampicilina; Cefepima; Ceftriaxona; Dexametasona; Diclofenaco; Dimenidrinato; Dipirona; Ertapenem; Escopolamina; Fenobarbital; Fentanil; Furosemida; Haloperidol; Medicamentos permitidos da Hipodermóclise Meropenem; Metadona; Metoclopramida; Midazolam; Morfina; Octreotida; Omeprazol; Ondansetrona; Ranitidina; Tramadol; Soro Fisiológico 0,9%; Soro Glicofisiológico (2/3 SG 5% + 1/3 SF 0,9%); Soro Glicosado 5%. Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br • Dor local e sobrecarga de líquidos em 61% dos estudos • Edema no local em 53% • Celulite em 38% A sobrecarga hídrica local está mais associada à condição do paciente do que à técnica. Volumes reduzidos e a observação periódicapodem prevenir essa situação. Efeitos adversos apresentam incidência baixa e similar à da técnica endovenosa. Efeitos Adversos Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Os principais cuidados de enfermagem estão relacionados à manutenção da integridade da pele, bem como, propiciar conforto e alívio dos sintomas. A sistematização dos cuidados consiste em monitorar o sítio da punção quanto a: • Sinais de irritação local; • Edema, calor, rubor e dor; • Endurecimento; • Hematoma; • Necrose do tecido. Cuidados de Enfermagem Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Cuidados de Enfermagem Sinais de irritação local, edema, calor, rubor e dor, celulite: • Retirar acesso; • Nova punção; • Curva térmica; • Comunicar equipe médica; • Acompanhamento do enfermeiro. Endurecimento: • Retirar acesso; • Nova punção; • Acompanhamento do enfermeiro. Hematoma: • Retirar acesso; • Nova punção em região menos vascularizada; • Massagem e compressa morna; • Acompanhamento do enfermeiro. Necrose: • Retirar acesso; • Nova punção; • Curativo diário conforme rotina do serviço; • Acompanhamento do enfermeiro. Perguntas: enviar e-mail para polianacottasoares@yahoo.com.br Azevedo, D. L. O uso da via subcutânea em geriatria e cuidados paliativos. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2016. 56 p. Azevedo EF. Administração de antibióticos por via subcutânea: uma revisão integrativa da literatura. 2011. 159 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Enfermagem São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. [acesso em 27 dezembro 2015] Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/ disponiveis/22/22132/tde- 19012012-104714/pt-br.php. Azevedo EF, Barbosa MF. Via subcutânea: a via parenteral de escolha para administração de medicamentos e soluções de reidratação em cuidados paliativos. In: Carvalho RT, Parsons H, editores. Manual de Cuidados Paliativos ANCP. 2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2012. p. 259-69. Azevedo, E. F.; Barbosa, M. F. (Org.). Manual de cuidados paliativos ANCP. 2. ed. ampl. rev. São Paulo: Academia Nacional de Cuidados Paliativos ANCP, 2012. p. 259-69. Bruno, V. G. Hipodermóclise: revisão de literatura para auxiliar a prática clínica. Einstein, v. 13, n. 1, p. 122-128, 2015. Pereira, I. Cuidado paliativo. São Paulo: CREMESP, 2008. p. 259-270. Referências Bibliográficas Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008[citado em 2014 nov. 14];17(4):758-64. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/18.pdf Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010[citado em 2014 nov. 14];8(1 pt 1):102-6. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/eins/v8n1/pt_1679-4508- eins-8-1-0102.pdf Nobre MRC, Bernardo WM, Jatene FB. A prática clínica baseada em evidências. Parte I- Questões clínicas bem construídas. AMB Rev Assoc Med Bras. 2003[citado em 2014 nov. 14];49(4):445-9. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 42302004000100045&lng=en. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302004000100045. https://sbgg.org.br//wp-content/uploads/2016/06/uso-da-via-subcutanea-geriatria-cuidados- paliativos.pdf ZIRONDE ES, MARZENINI NL, SOLER VM. “Hipodermóclise: redescoberta da via subcutânea no tratamento de indivíduos vulneráveis”. Cuidarte Enfermagem 2014;v.8, n.1:55-61. Propõe uma revisão integrativa da literatura Referências Bibliográficas http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/18.pdf http://www.scielo.br/pdf/eins/v8n1/pt_1679-4508-eins-8-1-0102.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000100045&lng=en http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302004000100045 https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2016/06/uso-da-via-subcutanea-geriatria-cuidados-paliativos.pdf Fim! "Curar às vezes, aliviar muito frequentemente e confortar sempre.“ Oliver Holme
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