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CADERNO DIREITO DO CONSUMIDOR

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— DIREITO DO CONSUMIDOR—
- Direito do consumidor tem como objetivo proteger o indivíduo mais fraco na
relação de consumo ( consumidor)
- Proteger frente ao Fornecedor, comerciante, profissional ou empresário.
- Tutela seus direitos individuais ou coletivos
- Segundo a ONU é um direito de nova geração
—> UM DIREITO SOCIAL E ECONÔMICO, UM DIREITO DE IGUALDADE
MATERIAL DO MAIS FRACO (consumidor) COM O OS FORNECEDORES DE
PRODUTOS E SERVIÇOS, QUE NESTA POSIÇÃO SÃO OS MAIS FORTES
(EXPERTS) NA RELAÇÃO DE PODER — MACHTPOSITION
- CDC COMO LEI PRINCIPIOLÓGICA: O código é constituído como
uma série de princípios que possuem como finalidade conferir direitos aos
consumidores e impor deveres aos fornecedores. -
- reequilibrar a relação de consumerista que é desigual - busca a igualdade
material.
- DC como Norma de Ordem Pública e interesse social - STJ: O
direito do consumidor é um direito de ordem pública e de interesse social,
pois são indisponíveis e inafastáveis, pois resguardam valores básicos e
fundamentais.
- CONSEQUÊNCIAS:
1. As decisões decorrentes das relações de consumo não se limitam às
partes envolvidas nos litígios, logo, ela servirá para toda a sociedade
na tutela de seus direitos, e de caráter educativo e alerta para
consumidores e fornecedores.
2. As partes não poderão derrogar os direitos dos consumidores
- Sendo abusiva uma cláusula contratual, ela será anulada, não
podendo alegar consciência do consumidor, entre outras coisas.
3. Juiz pode reconhecer ofício direitos dos consumidores.
- anulando contratos abusivos
- tema de doutrina, não de tribunais
- FUNÇÃO SOCIAL: É considerado uma lei de função social, por esse
motivo não pode sofrer derrogações ou aberrogações
- Não pode ser alterada ou modificada, é um interesse da comunidade
e dos particulares, relativos à conduta humana.
- DIÁLOGO DAS FONTES: Deve ser aplicado para harmonizar a aplicação
concomitante de dois diplomas legais ao mesmo negócio jurídico. - Resp 1216673
JURISPRUDÊNCIAS:
- Contratos de plano de saúde e seguros: STJ Súmula 608.
‘’Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de
saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão”.
- STJ - 595:
‘’As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos
danos suportados pelo aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido pelo
Ministério da Educação…’’
- STF ADI - voto Joaquim Barbosa com fundamento no diálogo das fontes -
Incidência do CDC às atividades bancárias.
_________________________________________________________________
— ORIGEM CONSTITUCIONAL —
- Assegura a defesa do consumidor nos artigos 5° XXXII: Direito Fundamental
5 ° - XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
E no artigo 170°, inciso V: Como princípio da Ordem econômica
nacional
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e
na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
V - defesa do consumidor;
- O consumidor é a contrapartida da livre concorrência
- não poderá o fornecedor prestar um serviço ou fornecer um produto
violando o CDC.
— COMPETÊNCIA LEGISLATIVA:
- art. 24 CF - Incisos V e VIII - União, Estado e DF compete legislar sobre
consumidor.
- União - Competência para editar norma gerais de proteção do consumidor
– Na omissão da união, outros agentes assumiram a competência
plena para edição das normas.
– A edição de normas pela União suspende as normas editadas
pelos Estados e DF naquilo que for conflitante.
- Estado e DF - Competência para editar normas específicas para
adequar a realidade de cada unidade federativa. (Art. 24, §1 a §4 CF)
ATENÇÃO!!!! Municípios - Art 30° CF, inciso I, compete aos
municípios legislar sobre assuntos de interesse local.
>>> NÃO COMPETE AOS MUNICÍPIOS LEGISLAR SOBRE CONSUMO
SEGUNDO O ARTIGO 24° DA CF, POIS OS MUNICÍPIOS NÃO ESTÃO
INCLUÍDOS NO ROL DE LEGITIMADOS. <<<
– STF: entendeu que cabe aos municípios legislar sobre tempo de espera
em bancos e instalações de banheiros em agências bancárias. RE 432.789
___________________________________________________________________
- Proteger significa assegura que o Estado-juiz; Estado-Executivo e o Estado-
Legislativo realizem positivamente a defesa do consumidor
- Eficácia Vertical – Estado vs Consumidor
- Eficácia Horizontal - Relações privadas vs Consumidor (dois sujeitos do
direito privado)
- Esse direito fundamental pode ser direta ou imediata, ou seja, o aplicador
pode retirar esse direito diretamente da constituição (art.5°), mesmo que uma
lei infraconstitucional o defina.
Pode ser indireta ou mediata – Mediada por uma lei infraconstitucional que o
defina e delimite este direito fundamental. (CDC como mediador)
- A Força normativa da Constituição vincula o Estado e os intérpretes da lei,
devem aplicar esse direito privado nas relações de consumo, garantindo e
consolidando os valores a tutelar.
— LEI 8.078/90 –
O CDC possui três características principais:
■ lei principiológica;
■ normas de ordem pública e interesse social;
■ microssistema multidisciplinar.
- Art. 1°: O presente código estabelece NORMAS DE PROTEÇÃO E DEFESA DO
CONSUMIDOR, DE ORDEM PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL, nos termos dos
arts. 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas
Disposições Transitórias.
- Art. 2°: Consumidor é toda pessoa física e jurídica que adquire ou utiliza
produtos ou serviços como DESTINATÁRIO FINAL.
>>>> CONSUMIDOR:
- Pessoa física ou jurídica;
- De direito Pública ou Privado
- que adquire/utiliza ou produto ou contrata serviços
- Vulnerável (art.29°/CDC)
- A destinação econômica do produto e serviço não seja profissional
- É o destinatário final de um produto ou serviço no mercado de
consumo.
- Pode ser ente despersonalizado
STJ - Condomínios, a justiça considerou-o legitimado a defender os
interesses dos seus componentes perante a incorporadora imobiliária, em
tratamento regido pelo CDC.
>>> TEORIA FINALISTA: ECONÔMICO E FÁTICO
- traz um conceito restrito de consumidor que é o destinatário fático e
econômico do produto ou do serviço
- Econômico e Fático - O consumidor é destinatário final, logo, age com vista
para o atendimento de uma necessidade própria e não para o
desenvolvimento de outra atividade negocial, ou seja, não adquirir para
revenda ou uso profissional, pois novamente seria um instrumento de
produção, logo, não haverá destinação final.
- Tem que ser consumido.
- Fático: consumidor é o último da cadeia de consumo, ou seja, depois dele
não há ninguém na transmissão do produto ou serviço.
- Pessoa Jurídica se encaixa
- Econômica: O consumidor não utiliza o produto ou serviço para lucro,
repasse ou transmissão onerosa.
- PJ NÃO se encaixa.
- Seguidores dessa doutrina — cabe o direito interpretar ‘’destinatário final’’ com
base nos artigos: 4° e 6° do CDC.
- Exceções: Pequenas empresas ou profissionais em situação de
vulnerabilidade. (depende da análise do caso)
>>> TEORIA DA VULNERABILIDADE: -
- Art 29° do CDC
- Pessoa Física: Vulnerabilidade presumida
- Pessoa Jurídica: A vulnerabilidade deve ser comprovada.
>>> TEORIA DA MAXIMALISTA:
- Para essa teoria basta ser consumidor fático do produto ou serviço, pois
exige apenas a retirada do bem do mercado de consumo.
- Definição mais ampla de consumidor - Art 2° mais abrangente
- inclui pessoa jurídica e física, ou seja, não importa para qual finalidade o
produto ou serviço foi retirado da cadeia de consumo.
- Não precisa comprovar a vulnerabilidade
—> MAXIMALISTA OBJETIVA: Não enxerga o CDC como uma lei tutelar do
mais fraco
- Exemplos de consumo para maximalista:
■ as empresas que adquirem automóveis ou computadores para a realização
de suas atividades;
■ o agricultor que adquire adubo para o preparo do plantio;
■ a empresa que contrata serviço de transporte de pedras preciosas ou de
cartão de crédito;
■ o Estado podeser considerado consumidor quando adquire produtos para
uso próprio em suas atividades administrativas…
Para Cláudia Lima Marques: “problema desta visão é que transforma o direito do
consumidor em direito privado geral, pois retira do Código Civil quase todos os contratos
comerciais, uma vez que comerciantes e profissionais consomem de forma intermediária
insumos para a sua atividade-fim, de produção e de distribuição”
—> TEORIA FINALISTA ATENUADA/MITIGADA/APROFUNDADA - STJ:
- Aceita a Pessoa jurídica como consumidora, desde que seja comprovada a
sua vulnerabilidade e que desta esteja no presente concreto (in concreto)
- Teoria aceita pelo STJ
- Relações envolvendo Microempresas, Empresas de pequeno porte,
profissionais liberais, autônomos, entre outros.
- STJ ENTENDE: A pessoa jurídica adquirente de um produto ou serviço pode
ser equiparada à condição de consumidora, por apresentar frente ao
fornecedor alguma vulnerabilidade,que constitui o princípio-motor da política
nacional das relações de consumo, princípio expresso pelo art 4°/CDC, que
legitima a proteção dada ao consumidor.
CONSIDERAÇÕES:
1. A jurisprudência do STJ está consolidada no sentido de que a determinação
do que é consumidor deve, em regra, deve ser feita mediante a teoria
finalista, que numa análise restritiva do art. 2° do CDC, que considera
destinatário final o fático do produto e serviço, seja ele PF ou PJ.
2. Segunda a teoria finalista, fica excluído da proteção do CDC o consumo
intermediário, ou seja, aquele consumidor que retorna o produto ou serviço
para a cadeia de produção e distribuição, visando o lucro, no preço final.
a. Lembrando que para o CDC só se considera consumidor que
esgota a função econômica do bem e serviço, excluído-o
definitivamente do mercado.
3. O STJ vem tomando como base o direito do consumidor por equiparação (Art
29° CDC) utilizando, para pessoas jurídicas, o finalismo aprofundado.
ESPÉCIES DE VULNERABILIDADE:
1. Técnica: Falta de conhecimento específico sobre o produto ou serviço
2. Jurídica ou Científica: Falta de conhecimento jurídico, contábil ou econômico
e seus reflexos na relação de consumo
3. Fática: Situações de insuficiência econômica, física ou psicológica do
consumidor colocando-o em situação de desigualdade com o fornecedor.
4. Informacional (novo): insuficiência de informação sobre o produto ou serviço
a influenciar no processo decisório da compra.
- Quando ocorrer uma nova forma de vulnerabilidade frente a uma relação
interempresarial de consumo, a relação de dependência de uma das partes
frente a outra pode, se for o caso, caracterizar uma vulnerabilidade
legitimadora da aplicação do CDC, diminuindo os rigores da teoria finalista e
autorizando a equiparação da PJ compradora à condição de consumidora.
___________________________________________________________________
>>> ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
- CDC não é aplicável
- Não se enquadra a Adm Pública como vulnerável
- A adm pode definir o objeto e as condições da contratação
- POSICIONAMENTOS:
- CDC é aplicável, pois o conceito de consumidor como destinatário final do art
2° do CDC não restringe a pessoas jurídicas, logo, não caberia restringir o
alcance e excluir o ESTADO. - MAXIMALISTA
- Previsão expressa na LEI DE LICITAÇÕES: incidem sobre os contratos
administrativos os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de
direito privado, ainda que supletivamente.
- Presença de ao menos uma das versões da vulnerabilidade, qual seja: A
técnicas dos servidores públicos. Nem sempre dispõe de pessoal ou
recursos.
- STJ:
- Ora entende a aplicabilidade e por ora a sua inaplicabilidade.
- INAPLICABILIDADE:
- Resp: uma relação que tinha como empresa pública como destinatária final
no mercado de consumo.
- APLICABILIDADE:
- O STJ considerou a administração pública consumidora e impediu a
interrupção de um serviço público quando puder afetar as unidades públicas
essenciais.
QUANDO SE TORNA APLICÁVEL:
- Quando preencher cumulativamente os requisitos:
- Comprovação da vulnerabilidade no caso concreto : que em regra é
uma situação excepcional.
- Regime Jurídico do D.Público: Se não for suficiente para conferir
proteção nas relações envolvendo aquisição de bens e contratação de
serviços.
___________________________________________________________________
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO:
ARTIGO 2°, PARÁGRAFO ÚNICO
- O CDC visa proteger não apenas o consumidor destinatário final, mas
também outras pessoas, físicas ou jurídicas, de forma individual ou
coletiva,além daquelas já protegidas pelo art. 2° do CDC, que trata o conceito
de consumidor no sentido estrito, STANDARD
- Outras pessoas, grupos e profissionais, podem ocupar uma posição de
vulnerabilidade na relação jurídica de consumo.
- não somente o adquirente direto de um produto ou serviço é a parte mais
fraca da relação jurídica frente a um fornecedor que é detentor de um
monopólio dos meios de produção.
- outras pessoas poderão se valer da proteção do CDC, mesmo não se
encaixando no conceito de consumidor no sentido estrito, mas desde que se
enquadre na vulnerabilidade.
- A posição preponderante do fornecedor (Matchposition) do fornecedor e a
posição de vulnerabilidade dessas pessoas sensibilizam o legislador,agora
aplicados em lei.
- FINALIDADE: Visa evitar a ocorrência de um dano em face dessa
coletividade de consumidores repará-los
- CRITÉRIO: Universalidade.
- Considera-se coletividade de pessoas, não apenas aquelas que tenham
realizado atos de consumo (adquirindo ou utilizando produtos/serviços), mas
todos aqueles que estejam expostos às práticas dos fornecedores no
mercado de consumo.
- Pessoas que tenham realizado atos de consumo direto
- STJ: Teoria fática atenuada:
- Pessoa jurídica
- Entidades sem personalidade jurídica (entes despersonalizados)
- Massa falida, quando adquire produtos
- condômino, quando contrata serviços
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO:
■ a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas
relações de consumo (art. 2º, parágrafo único);
■ as vítimas do evento danoso (art. 17);
■ as pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas comerciais e contratuais
abusivas (art. 29)
CARACTERÍSTICAS:
■ coletividade de pessoas;
■ determináveis ou indetermináveis;
■ intervenção nas relações de consumo.
1. Vítimas de eventos danosos:
- ART 17° do CDC.
- CDC estabelece 2 tipos de responsabilidade:
- Considera-se vítima de um evento danoso, independentemente da efetiva
aquisição de um produto ou serviço.
- BYSTANDER DA DOUTRINA AMERICANA:
- Amplia o conceito de vítima por evento danoso
- circunstantes terceiros serão equiparados a consumidor por estar no local da
ocorrência do acidente de consumo
- A vítima de um evento danoso não precisa ter consumido nada efetivamente
para ser equiparada a consumidor, ou seja, ela será equiparada a
consumidor não por ser destinatária final de um produto ou serviço, mas pela
condição de estar no local dos fatos quando a ocorrência do acidente de
consumo acontece.
- Exemplo: pessoa fica paraplégica em razão da explosão em um
shopping.
- Existindo vítima de um evento danoso, essa será equiparada a consumidor.
- STJ - acidente de avião - CDC cabe a: ( vítimas + residências atingidas)
2. PESSOAS EXPOSTAS ÀS PRÁTICAS COMERCIAIS E CONTRATUAIS:
- Art. 29° CDC
- Será equiparado a consumidor, todas as pessoas, determináveis ou não,
expostas a práticas comerciais e contratuais, em especial as abusivas.
- Não precisa as pessoas efetivamente serem induzidas a erro por uma
publicidade enganosa, pois a mera exposição a imagem publicitária será
suficiente para equipará-las a consumidoras.
- Tutela protetiva e abstrata do consumidor, na medida em que não se deve
esperar o dano efetivo ou a boa vontade dos órgãos públicos e associações
de defesa do consumidor ou do poder judiciário para para só assim
implementar a tutela do vulnerável.
- ainda que nenhum indivíduo reclame.
___________________________________________________________________FORNECEDOR
Artigo 3º do CDC
> 966 Código Civil
- Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, estrangeira
ou nacional, que coloca produto ou presta serviço no mercado de consumo
- todos os membros da cadeia de fornecimento.
- Que coloca produto ou prestação de serviço no mercado de consumo
> CARACTERÍSTICAS:
- Profissionalismo: deve-se observar pelo menos 1 grau de organização dos
fatores de produção ligados à atividade exercida no mercado.
- Habitualidade: o produto e serviço não podem ser explorados de maneira
esporádica
- Remuneração: Somente há incidência de produtos e serviços pelo CDC
mediante a remuneração. (pode ser indireta)
STJ:
- Entidades sem fins lucrativos, de caráter beneficente e filantrópico, poderão
ser considerados fornecedores caso desempenhem atividade no mercado de
consumo mediante a remuneração.
> SÃO FORNECEDORES:
1. Pessoas capazes, físicas ou jurídicas
2. nacionais ou estrangeiras (com sede no Brasil ou não)
3. PJ pública ou privada
4. Entes despersonalizados
1. PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS
a. PESSOAS FÍSICAS COMO FORNECEDORAS
- a título singular, que desempenha atividade mercantil ou civil, de forma
habitual que ofereça produtos ou serviços.
- Habitualidade e profissionalismo*
- Eventualidade desde que com fins lucrativos
- Exemplo: Estudante que vende doce para pagar faculdade
- Profissional liberal
b. PESSOA JURÍDICA COMO FORNECEDORA:
- Único requisito: Habitualidade
- PJ Pública ou privada, nacional ou estrangeira e entes despersonalizados
- Inclui-se também ESTADO como fornecedor
- Quando ele atua diretamente - por meio de órgãos públicos e agentes
adm
- Indiretamente - por intermédio de autarquias, fundações, empresas públicas
e sociedades de economia mista, ou até por meio de agentes delegados,
como concessionárias e permissionárias públicas.
- A responsabilidade por eventuais danos ou reparos será do importador, que
poderá, posteriormente , ingressar com ação de regresso contra os demais
fornecedores.
c. ENTES DESPERSONALIZADOS
- Os entes despersonalizados são aqueles que não possuem personalidade
jurídica , mas que o CDC considerou sujeitos de obrigações na qualidade de
fornecedor, quando exercerem atividades produtivas no mercado de
consumo.
- Massa falida (sob regime de quebra), espólio
- Pessoa Jurídica de fato: sociedades incomum ou irregular camelô.
> HABITUALIDADE X PROFISSIONALISMO:
São sinônimos? habitualidade é suficiente para enquadrar fornecedor?
- O CDC não exige expressamente que o fornecedor seja profissional
- se profissionalismo fosse indispensável para o conceito de fornecedor,
dificilmente encaixaria-se pessoa física como fornecedor
Pessoa física:
- STJ: exige a habitualidade como requisito indispensável na definição de
fornecedor
- Resp: Venda de loteamento irregular
Pessoa Jurídica:
- Habitualidade deve estar presente na atividade fim
- Exemplos: Venda que comercializam frutas vende um computador. (Não há
habitualidade no seu fim). - CDC não aplicável
- Protegido pelas regras do CV que regulam vício redibitório.
> FORNECEDOR EQUIPARADO:
- Ampliação do conceito de fornecedor
- indica e detalha outras passagens, atividades que estão sujeitas ao
CDC
- Claudia Lima Marques: Aquele terceiro na relação de consumo, um
terceiro apenas intermediário ou ajudante na relação de consumo
principal, mas que atua frente a um consumidor, ou um grupo de
consumidores e ou como fornecedor fosse.
- Requisitos:
1. Terceiro na relação de consumo
2. atua frente a um consumidor ou a um grupo de consumidores
3. como se fornecedores fosse
- Serasa, SPC
- TIPOS DE FORNECEDORES EQUIPARADOS:
1. Órgãos mantenedores de Cadastro de Proteção no Crédito
Súmula 359 STJ: Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao
Crédito a notificação do devedor antes de proceder a inscrição.
- Foi imposta uma obrigação típica tal qual aqueles direcionadas ao
fornecedor ao mercado de consumo.
2. Estatuto do Torcedor:
Lei 10.671/2003
- Equiparado a fornecedor a entidade responsável pela organização da
competição, bem como a entidade de prática desportiva detentora do mando
de jogo
- Declarado constitucional
3. Veículos de comunicação que vincula publicidade enganoso ou abusivo:
- Publicidade, ou seja, todos que a promovem direta ou indiretamente seriam
equiparados a fornecedor.
- Devem ser equiparados a fornecedor e estarem sujeitos ao CDC
- STJ:
- Discorda:
A responsabilidade pela qualidade do produto ou serviço anunciado ao
consumidor é do fornecedor respectivo, assim conceituado nos termos do art.
3º do CDC, não se estendendo à empresa de comunicação que veicula a
propaganda por meio de apresentador durante programa de televisão,
denominada publicidade de palco.
> CLASSIFICAÇÃO DE FORNECEDOR:
1. REAL: Fabricante, produtor e fornecedor
2. APARENTE: Detentor do nome, marca, signo aposto no produto final.
3. PRESUMIDO: Importador de produto, industrializado e o comerciante de
produto anônimo (art 13° cdc)

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