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RESUMO PROCESSO PENAL (2) (1)

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LIMITES À PRODUÇÃO DE PROVA 
Com base nos Art. 155,157,158, sumula 74 do STJ e o Art. 5 LVI da CRFB, o 
juiz fundamentará com base em sua convicção ( de acordo com o livre 
convencimento motivado, art93, IX da CRFB, ou seja, há necessidade de 
fundamentar, Art. 355 CPP, não pode emitir decisão genérica, seguindo 
ACCOUNTABILITY, mantendo o dever social de prestar contas à sociedade, o 
que difere do tribunal do júri que vota com base em sua intima convicção), em 
sua decisão i juiz deve respeitar três limites: 
• Não pode fundamentar apenas com elementos exclusivamente colhidos 
na investigação (exceto nas provas cautelares, não repetíveis e 
antecipadas), deve levar em consideração as restrições estabelecidas 
em lei civil, ou seja, escusas absolutórias (quando a lei prevê hipótese a 
quem não será imputado o crime) 
• Deve se atentar se há o documento hábil necessário para provar a 
menoridade do réu. 
• Quando a infração deixa vestígio é necessário o exame de corpo e delito 
(direto ou indireto), não podendo ser suprido por confissão 
A prova é ilícita quando viola regra de direito material devendo ser 
desentranhada do processo e contamina as prova derivadas dela e a prova é 
ilegítima quando viola norma de direito processual ou procedimen tal, devendo 
ser nula ou anulável dependo do vício que esta contém. 
O Art. 5 LVI da CRFB e o Art. 157 CPP, preveem a impossibilidade da prova 
ilícita e as hipóteses em que a prova é ilícita. 
A inutilização da prova não pode ocorrer quando a prova é ilícita para um 
processo, mas é admissível em outro, ou seja, não é ilícita em si mesmo, 
mesmo que obtida de forma ilícita. 
SISTEMA DE IMPUGNAÇÃO 
A inadmissibilidade de uma prova ilícita antes da audiência, cabe recurso em 
sentido estrito, caso reconheça haja perigo de cercear a liberdade o recurso 
cabível é o Habeas Corpus (Art. 581 CPC), só cabe nos crimes em crime de 
prisão possível, quando o crime tem pena de multa o recurso cabível é o 
mandado de segurança. (ação própria). 
A inadmissibilidade durante a audiência o recurso cabível é a Apelação. 
Pós trânsito em julgado cabe a revisão criminal (gera nova relação jurídica) 
DESCONTAMINAÇÃO DO JULGADO (ART 157 CPP parag. 5 está com 
eficácia suspensa) 
Tal artigo afirmava que o juiz que desentranhou a prova ilícita não poderia 
julgar o mesmo processo, tentando afastar a dissonância cognitiva 
(parcialidade). O processo deveria ser encaminhado ao juiz tabelar. 
Recebeu criticas por: não estabelecer se seria o juiz que teve o mero contato 
com a prova ou ao que avaliou a prova e que este artigo poderia promover que 
a parte juntasse uma prova ilícita para afastar que determinado juiz julgasse. 
PROVA ILÍCITA POR DERIVAÇÃO (Art. 157 par. 1) Teoria dos Frutos da 
Árvore envenenada. 
A prova tem produção licita, é licita em si mesmo, porém sua origem é ilícita. É 
inadmissível. No entanto no RHC 137.368 promovido no STF, tal prova poderia 
ser mencionada no plenário, pois o júri tem sua decisão fundamentada na 
íntima convicção. 
ADMISSIBILIDADE DA PROVA ILÍCITA 
Teorias admitidas no Brasil: 
• Teoria da fonte independente (independent source doctrine) 
Art. 157, par.2 CPP, Quando a prova não advém da mesma origem e não há 
nexo de causalidade, 
• Teoria da descoberta inevitável ou exceção da fonte hipotética 
independente 
O rumo normal da investigação já chegaria a prova, há nexo de causalidade 
mas a fonte é independente. 
• Limitação da mancha purgada, nexo causal atenuado, vícios sanados 
ou tinta diluída 
Ocorre quando a prova derivada é ilícita mas fatos levaram a uma diluição 
do vício Ex: Letícia confessa legalmente ou o agente colaborar na 
persecução criminal Apn 856/DF STJ 
• Teoria do Risco 
Se dispor a produzir a prova assumindo o risco Ex: Consentir com a 
devassa do domicílio HC 705241/SP e caso do e-mail corporativo Resp 
1875319/19 STJ 
• Encontro fortuito de provas ou crime achado 
É cabível instauração de inquérito policial, produz prova licita e ao acaso se 
encontra prova ilícita, a prova se torna licita, porém não pode haver desvio 
de finalidade na execução do meio de obtenção de prova. (fingir que a 
diligencia busca entrar um crime maior e encontrar outro) AgRg no RHC 
153352/SP no STJ, Agrg no Resp. 1752564/SP no STJ 
Encontro fortuito de 1 grau: Crime achado tem conexão com o crime 
investigado (doutrina majoritária diz que válida) 
Encontro fortuito de 2 grau: não há conexão com o crime investigado, tal 
prova é válida se a produção for lícita. 
Não cabe interceptação se o crime tiver pena de reclusão (L 9296) 
Captação ambiental é cabível quando a prova não puder ser feita pro outro 
meio ou quando a pena não for superior a 4 anos. 
 
CORRENTE DE EXCLUDENTES DE ILICITUDE NÃO ADOTADA NO 
BRASIL 
• Boa- fé (good fatith exception): Sempre que um agente agisse de boa-fé 
a ilicitude deveria ser excluída (HC6864445/ 6 turma) 
• Limitação da destruição da mentira do imputado: A prova ilícita não 
poderia ser reconhecida, nem condenar, porém poderia desmentir a 
alegação do imutado, só serve pra derrotar a tese do acusado. 
• Teoria da Visão Aberta: Na diligencia só cabe a prova que estivesse no 
campo de visão, fora disso haveria desvio de finalidade. 
FISHING EXPEDITCION 
Com o advento da tecnologia se tornou possível arquivar provas que 
pudessem subsidiar uma futura acusação. O ato de iniciar uma investigação 
não apurar nenhuma prova contra o investigado e mesmo assim continuar 
investigando mesmo sem provas que corroborem com as diligencias, não 
havendo finalidade. Tal busca é ilícita, com a consequente trancamento da 
investigação RESP 62522 
PROPORCIONALIDADE 
• Prova ilícita pro reo: Admite-se excecionalmente, de acordo com 
ponderação do caso concreto, tal possibilidade daria ao réu um maior 
acesso a ampla defesa, em estado de necessidade ou inexigibilidade de 
conduta diversa, com fim de combater o erro do judiciário. L9296, Art.8-
A, Art. 5, inc. LXXV CRFB/88 
Obs: - A defesa da honra e a pronuncia não é um argumento aceitável 
no tribunal do júri atualmente, segundo o STF. 
• Prova ilícita contra o réu não é aceita pois vai contra o princípio da 
proporcionalidade. A prova ilegítima só pode ser utilizada se superada a 
nulidade. 
PROVA EMPRESTADA 
Enunciado 591 do STJ e Art. 372 CPC- É permitida a “prova emprestada” no 
PAS desde que devidamente autorizada pelo juízo e observado o contraditório, 
é uma forma de economia processual. 
A DOUTRINA DEFENDE QUE DEVE SER RESPEITADO OS REQUISITOS: 
- Deve haver identidade das partes e o contraditório real (que ocorre 
concomitantemente a produção da prova) 
- O STJ defende que não precisa a identidade das partes, basta o contraditório 
diferido (ocorre depois da produção da prova) Resp 1939258/PR 
CADEIA DE CUSTÓDIA 
Conjunto de procedimentos que preservam a integridade da prova e 
demonstra o histórico da produção da prova. (Art.158 CPP) 
Documenta provas periciais ou não, suas histórias cronológicas, não deve 
perder sua rastreabilidade para que se garanta sua viabilidade probatória. 
Mantém a autenticidade probatória garante a accountability. Pois há a 
pretensão da prova viável e é onde o estado preta contas da integridade da 
prova. 
O início da Cadeia de custódia se dá pela: preservação do local do crime (first 
responder), seja a área imediata (núcleo do crime), área mediata (entorno do 
crime) e área relacionada (próximo ao local do crime). O agente público que 
reconhece. 
Os procedimentos periciais que detectam a existência de vestígios (nos crimes 
permanentes/ não transeuntes) 
Vestígio é todo objeto visível ou latente (não perceptível aos sentidos 
humanos) que se relaciona a infração penal (conteúdo material) 
O encerramento consiste no descarte do vestígio (liberar ou restituir o vestígio) 
O agente público que reconhecer o vestígio deve o preservar para sua prova 
pericial. 
A FASE EXTERNA (consiste no reconhecimentodesde que se encontra a 
coisa até o início da perícia: Art. 158-B CPP 
I- reconhecimento: ato de distinguir se há interesse para a produção da 
prova pericial; 
II- Isolamento: evitar que se altere o estado das coisas; 
III- Fixação: descrição detalhada do vestígio; 
IV- Coleta; ato de recolher o vestígio que será submetido à análise, 
preferencialmente por perito oficial; 
V- Acondicionamento: Embalar o vestígio de forma individualizada, só 
pode ser aberto pelo perito autorizado ou alguém autorizado; 
VI- Transporte: transferir o vestígio de um local para o outro; 
VII- Recebimento: Entregar na central de custódia. 
A FASE INTERNA (consiste no procedimento após perícia) 
VIII- Processamento: exame pericial em si; 
IX- Armazenamento: guardar depois de periciado; 
X- Descarte: Necessidade de ao final de registro da cadeia de custódia 
mediante autorização judicial 
CONSEQUENCIA DA QUEBRA 
A doutrina se divide em três correntes: 
Leading Case: A quebra da cadeia de custódia geraria uma prova ilícita por 
derivação, tendo como efeito processual o desentranhamento (HC 160662/RJ 
do STJ) “negócio da china” Art. 157 par. 1 e 2 CPP 
A segunda corrente defende que a prova seria ilegítima 
Já a terceira defende que não é uma questão de validade ou não da prova e 
sim seu impacto no valor probatório (se a prova teria credibilidade ou não) HC 
653.515/21 Art. 158-D par. 1 CPP 
INGRESSO EM LOCAL ISOLADO 
Ingresso em local isolado é proibido segundo o Art. 158-c par. 2 CPP 
considerada assim fraude processual, Art 347 CP. Há dolo com elemento 
subjetivo vontade de fraudar e com elemento específico vontade específica de 
enganar juiz ou perito. 
PROVA PERICIAL E EXAME DE CORPO DE DELITO 
Prova é gênero, do qual, exame de corpo de delito é espécie 
O exame de corpo de delito recai sobre os vestígios do qual decaem a infração 
penal. Se subdivide em: 
• Exame de local: Art 169 CPP, ocorre onde houver sido praticado o 
crime, o local do crime deve ser preservado; 
• Perícia de laboratório: Art. 170 CPP, os peritos guardarão material 
suficiente para eventual nova pericial, laudos serão ilustrados com 
provas fotográficas... 
Destruição ou rompimento de obstáculo ou coisas e incêndio 
(Art. 171 CPP) além de descrever o vestígio deve informar com que 
instrumento o fato foi praticado. 
(Art.172 CPP) Avaliação de coisas destruídas ou deterioradas, haverá “laudo 
de merciologia”, do qual, é avaliado o valor de mercado da coisa, impacta na 
dosimetria; 
EXAME GRAFOTÉCNICO e EXAME DE VERIFICAÇÃO DE LOCUTOR 
Art. 174 CPP, submete escritos e áudios para comparar a letra, não integra 
corpo; 
EXAME DE SANIDADE (Art. 149 CPP) 
Deve ocorrer em 45 dias Art. 150 CPP, Art 97 CPP medida de segurança pode 
ocorrer por tempo indeterminado, limite de 40 anos. 
APROFUNDAMENTOS SOBRE O EXAME DE CORPO DEE DELITO 
Momento de realização: Art. 161 CPP, pode ser realizado a qualquer tempo, a 
autópsia deverá ser feita depois de 6h do óbito; 
Prioridade: Art 158 CPP, Mulher violentada, idoso, criança; 
A realização do ECD não pode ser indeferido (art 184 cpp), o inquérito por sua 
vez, pode ser indeferido, o indeferimento deve ser reduzido a termo. Cabe 
Mandado de segurança se não há risco a perda da liberdade e HC se houver 
risco a liberdade. (como acesso a câmera do local do crime) 
O Laudo deve ter uma resposta motivada e conter os elementos formais: 
Preambulo, quesito, comemorativo (contexto do laudo), descrição, 
fundamentação e conclusão (resposta aos quesitos) 
Auto: É quando outra pessoa escreve, no curso da diligencia x Laudo: é 
quando o perito escreve após a diligencia. 
Exame direto: Avaliação Pericial sobre o corpo de delito. 
Já o indireto (Art.158 CPP, assunto controvertido) consiste em: 
Produzir outras provas pra suprir a falta do exame (art 167 CPP), que para 
parte da doutrina consiste apenas em uma prova testemunhal; 
Provas serem levadas ao perito e manifestação do perito sem contato com o 
objeto do crime L9099/95 art. 77 na ação penal de iniciativa pública, L 11. 
343/06 Art. 50, par. 1(Antidrogas) 
• O exame de corpo de delito em regra não é condição de procedibilidade 
para proposição de ação penal (Art. 158 CPP), vale para crimes não 
transeuntes, sendo possível supri-lo por exame indireto, desde que não 
seja pela confissão do autor. 
Crimes contra a propriedade imaterial, previsto no Art. 525 CPP, a queixa não 
será admitida se não for instruída com exame pericial, exige-se o exame para 
que ocorra a condenação, porém de acordo com o Enunciado 579 do STJ vale 
periciar a amostragem e o Art. 167 do CPP diz que a prova testemunhal pode 
suprir o corpo e delito. 
Na lei de drogas não dá pra condenar apenas com o laudo de constatação 
apenas o químico HC 3888361/SP 
Roubo Majorado (ART 157 CPP) Pode adicionar majorante sem periciar a 
arma, desde que utilize outros meios de prova (Agresp. 1839769/TO) 
No furto qualificado (Art. 155 CP) 
Sendo utilizado meio anormal e de difícil acesso ao patrimônio é imprescindível 
a utilização de perícia se for possível, sendo necessário retirar a qualificadora 
(AgRg no Resp 1948211/SP) 
Não há momento específico pra juntar o laudo (Art 261 CPP) 
A oitiva do perito pode ser peticionada em até 10 dias antes da audiência (Art. 
159CPP) 
Sistema de Apreciação Pericial 
Vinculatório 
Liberatório: Adotado pelo Brasil, o juiz não está adstrito ao laudo, aceitando ou 
não de forma fundamentada; 
Numero de peritos: antes eram 2, agora só precisa de 1 Art 159 CPP (Não 
cabe mais o enunciado 361 do STF) 
Na falta do perito é possível que seja indicada 2 pessoas idôneas 
Assistente técnico (Art 159): É um auxiliar das partes, analisa o laudo pericial 
Pode atuar desde o início do processo com admissão pelo juiz por o Art 3-b 
está suspenso. 
INTERROGATÓRIO E CONFISSÃO 
A doutrina se subdivide em 3 correntes para determinar a natureza do 
interrogatório: 
• Meio de prova: Art. 198 CPP, resquício do sistema inquisitivo, previa que 
o silencio poderia constituir elemento de prova para a formação do 
convencimento do juiz.74 
• Mista: Meio de defesa e de prova 
• Meio de defesa: Com base no direito ao silencio Art 5 LXIII e L 13869/19 
no Art 15 e Art. 8 CADH no princípio do Nemo tenetur se detegere, toda 
pessoa tem o direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem 
a declarar-se culpada. 
FACULDADE DO COMPARECIMENTO 
Possibilidade do processo seguir sem o acusado ser interrogado (Art. 367 e 
457 CPP) 
Há obrigatoriedade de defesa técnica, segundo o Art. 185 CPP, a lei 13.869/19 
de abuso de autoridade no Art. 15 estabeleceu que seria crime interrogar a 
pessoa que tenha optada por ser assistida por seu advogado. 
Não pode ser conduzido coercitivamente com base no direito ao silencio, no 
inquérito não precisa de defesa técnica. 
INOCUIDADE DO SILENCIO 
Art.186 e 478 CPP 
Com base no direito ao silencio, este não equivale a confissão e não pode ser 
mencionado no plenário com intuito de prejudicar, podendo gerar nulidade. 
O interrogatório pode ser fonte de defesa e fonte de prova, pois dele pode 
derivar provas em caráter acidental. 
POSIÇÃO PROCEDIMENTAL DO INTERROGATÓRIO 
Primeiro há a fase de identificação (pregressamento) Art. 186 CPP, onde o 
acusado toma ciência da acusação (não há direito ao silencio, mentira pode ser 
caracterizado como infração penal, não precisa declarar os bens pois está 
protegido pelo sigilo fiscal), depois vem a faz do interrogatório stricto sensu no 
modo do Art. 186 e 187 do CPP e por fim se ouve o acusado, é o último ato da 
instrução segundo o HC 127900/AM do STF. 
Características 
Personalíssimo (ninguém pode ser interrogado por ele), contraditório (as partes 
podem interrogar o réu, se restou algum fato a saber Art.188 CPP), 
tecnicamente assistido, oral (Art. 192 CPP, forma para PCD e 193 CPP, cabe 
interprete até quando o juiz domina a língua), individual (art.191 cpp, 
interrogado separadamente,o réu delator renuncia o direito ao silencio nos 
termos do Art 4 par. 14 L.12850/13, o delator deve ser ouvido primeiro segundo 
o STF), repetível (Art. 196 e 616 do CPP, pode ser interrogado mais de uma 
vez até em fase de recurso) 
LOCAL 
Art 185 CPP, réu solto (fórum) 
Réu preso ( sala na penitenciária, videoconferência e no fórum mediante 
requisição) 
NECESSIDADE DE CURADOR 
Art. 151 CPP, índio não integrado e inimputável. 
CONFISSÃO 
Há quatro espécies: 
• Simples: assume a autoria e reconhece a ocorrência 
• Retratada: assume a autoria e reconhece a ocorrência na fase policial, 
em juízo nega a confissão 
• Parcial: Assume a autoria e reconhece parta das infrações 
• Qualificada: assume a autoria e reconhece a ocorrência mas apresenta 
justificativa que afasta o crime ou a pena 
Todas as formas servem como atenuante (sumula 545 STJ), no entanto no 
crime tráfico, o STJ entendeu que não há atenuante se o réu confessa que 
a droga é “pra uso próprio” Sumula 630 STJ. 
Técnicas que que tentam estimular o interrogatório e gere constrangimento 
fere o direito ao silencio Art 5 LXIII cf, art 15 l13869/19 e posições da corte 
interamericana de Direito Humanos 
OITIVA DO OFENDIDO 
Não tem natureza testemunhal, deve comparecer segundo o Art. 201 do 
CPP podendo ser conduzido coercitivamente, tem o compromisso de dizer 
a verdade cabendo o crime de denunciação caluniosa nos termos do Art. 
339 CP 
DIREITOS DO OFENDIDO 
Deve ser comunicado dos atos processuas (Art. 201 par 2 e 3 CPP), deve 
ocorrer em ambiente reservado (par. 4), se for necessário cabe atendimento 
multidisciplinar (par 5), segredo de dador para preservação da intimidade 
(par 6), oitiva na ausência do réu e na presença do defensor (Art. 217 CPP), 
com consequência de inquirição por videoconferência e na impossibi l idade 
se retira o réu Resolução do CNJ 329/20. 
Retirar o réu não enseja ilegalidade e não vai contra a unicidade da 
audiência nos termos do HC279530/SP do STJ 
A lei Maria da penha (L. 11340/06) busca prestar assistência jurídica e não 
revitimizar a vítima, não deve reviver o que passou, garante o direito pericial 
e policial prioritário, evitando o contato com o acusado e garantido a 
inquirição por gravação, para evitar sucessivas inquirições (art. 28 e 10-A 
PAR. 1 e 2), a vítima tem direito a assistência jurídica gratuita porém não 
implica na gratuidade de justiça (Art.28) 
LEI DO DEPOIMENTO SEM DANO (L.13.431/17) Busca tutelar a vítima e a 
testemunha de violência, quando criança e adolescente. 
Há dois institutos: 
• Escuta especializada: conversa sem desejo de depoimento em local 
apropriado (art 9) 
• Depoimento especial: oitiva que ocorre em sede policial, serve como 
produção antecipada de prova (Art. 10) 
 
CASOS DE OBRIGATORIEDADE DO RITO CAUTELAR (cumprimento 
migratório de inquérito, há coleta de prova) 
- No caso de criança, adolescente e caso de violência sexual, a oitiva é 
em juízo, não será admitido novo depoimento especial exceto quando 
for imprescindível. (ART 11 PAR2) 
- Art. 12 preve a forma do depoimento pessoal, podendo ser direto ao 
juiz, a lei estabeleceu o segredo de justiça ao depoimento especial (par. 
6). 
 
Lei Mariana Ferrer (L.14245/21) 
Busca evitar a revitimização Art. 400-A, Alterou o CPP no procedimento 
ordinário e no júri pela lei L9099/95 
Se tornou vedado citar elementos alheios aos fatos e utilização de 
linguagem e informações que ofendam a vítima de crimes contra a 
dignidade sexual. 
Identificou a violência institucional no Art. 15-A, submeter a vítima a 
procedimentos desnecessário, repetitivos ou invasivos. 
Valor Probatório- a fala da vítima é analisado pelo juiz à luz do livre 
convencimento motivado. 
Gerou a discussão a respeito do standard probatório em crime que 
ocorrem na intimidade do casal, parte da doutrina acreditava que deveria 
abaixar o standard por ser difícil elaborar provas nesse contexto, porém 
a crítica girou em torno de que não deveria depositar todo o standard 
probatório na palavra da vítima e diminuir os elementos de prova e que 
deveria ser mantido o standard e aceitar as provas mesmo que 
produzida de forma indireta. 
 
PROVA TESTEMUNHAL, RECONHECIMENTO DE PESSOAS E 
PROVA DOCUMENTAL 
 
Art. 202 CPP – Toda pessoa poderá ser testemunha 
Características da prova testemunhal: 
• Judicialidade: deve haver o contraditório 
• Oralidade: Art 204 e 223 CPP, a testemunha não pode se manifestar de 
forma escrita, porém pode levar anotações para lembrar e será 
nomeado um intérprete o réu for mudo (art192 cpp) Art. 221, o 
presidente e vice podem prestar depoimento por escrito, mesmo com o 
direito de escolher o dia e a hora, não vale pro investigado e 
testemunhas (na petição deve alegar o direito ao silencio e suas razões) 
 
• Objetividade: Art 213 CPP, testemunha não pode alegar apreciações 
pessoais (opiniões), sendo ilegítima tal alegação, exceto quando a 
alegação é inseparável da narrativa do fato. Não há objetividade plena 
pois não há certa carga de subjetividade no discurso. O membro do MP 
encarregado pela persecução (acusa) não pode ser ouvido como 
testemunha na fase de instrução (Agrg no Resp 18.53252 do STJ) 
 
• Retrospectividade: a testemunha só pode falar de fatos passados 
 
• Individualidade: Art 210 CPP Uma testemunha não pode participar da 
audiência da outra, devem ficar separadas.

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