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Grego: ➢ Ex = fora, zoo = animal, gnosia = conhecimento; ➢ “Ramo da Zootecnia que trata a conformação e exterior do animal, tendo por fim o julgamento de suas aptidões”. Importância: Avaliar a conformação de cada raça, suas características, qualidades e defeitos, independentemente de sua função. Avaliação clínica dos equinos. ➢ Através dele, podemos nos ater à determinadas regiões, para avaliação mais detalhada. ➢ Ex: Um animal que tenha a região dorso lombar pouco musculada pode predispor a sensibilidade nesta região - pois se ele tem pouca musculatura favorece a ocorrência de lesão ou o animal não suporta a atividade que pratica por insuficiência de musculatura. Conceitos zootécnicos: “Alguns termos e expressões empregados em exterior fogem ao significado comum, pois envolvem conceitos zootécnicos, sendo importante seu conhecimento”. Está relacionada mais com o sentido utilitário que com o estético. Uma região é bela quando, por sua conformação, atende aos requisitos necessários ao desempenho do trabalho que lhe é exigido. Uma função é bela, quando fisiologicamente é perfeita - Ex: Mangalarga Marchador - movimentos de marcha. ➢ Quando desejável somente em certos casos. ➢ Ex: Pescoço musculoso e curto bem característico nos animais de tração, porém, indesejado em animais de sela. ➢ Quando desejável em qualquer animal. ➢ Ex: Boa visão e aprumos corretos. Atributo antagônico (oposto) da beleza. É a inexistência de adaptação de uma região ou de um órgão a determinada função econômica. ➢ Sendo sempre indesejáveis. @lelevalim ➢ Ex: Membros defeituosos; Garupa estreita. ➢ Indesejáveis somente em determinados casos. ➢ Ex: Orelhas caídas ou cabanas. Não afeta a audição, porém tem caráter estético. ➢ Hérnia umbilical (hérnia - “anel”) - defeito congênito - ou inguino escrotal - acomete animais adultos - defeito adquirido (o animal desenvolveu). ➢ Taras ósseas, cegueira. Defeito de ordem moral. ➢ Ex: morder, escoicear, manotear, dentre outros. Comportamental. ➢ Mais sérios e difíceis de resolver. ➢ Ex: aerofagia, coprofagia, dança do urso. Qualquer sinal externo de lesão que deprecie o animal. ➢ Ex: cicatrizes, cicatrizes corneanas (trauma na região oftálmica), aumento de volume articulares, falhas musculares acidentais, dentre outros. Ezoognósia: Baseia-se nas partes anatômicas dos equinos e é dividido em quatro regiões zootécnicas: 1. Cabeça; 2. Pescoço; 3. Tronco; 4. Membros. Os componentes da cabeça e seu formato podem variar de raça para raça e de animal para animal, em menores proporções. Constitui um importante parâmetro morfológico de avaliação entre raças. Está dividida em quatro faces e duas extremidades: ➢ Extremidade superior e inferior; ➢ Face anterior ou dorsal, faces laterais e face posterior. Nuca (9): ➢ Deve ser alta, cheia e larga. ➢ Ex: Redemoinho bilateral ou unilateral na nuca. Parótida (10): ➢ Região par (tem dos dois lados), situada lateralmente em depressão, entre a orelha, garganta, bochecha e o pescoço. Deve ser longa, lisa e moderadamente reentrante. Garganta (11): ➢ A sua base é a laringe, deve ser larga indicando assim laringe ampla. ➢ Ex: Rodopio gargantilhado. – devem ser amplas e limpas, para facilitar a movimentação entre o pescoço e a cabeça. Fronte (10): ➢ Ocupa a parte ântero-posterior da cabeça. ➢ Deve ser ampla, larga e chata. ➢ Tem como base os ossos frontal, parietal e parte anterior do occipital. Chanfro (4): ➢ Continuação da fronte e tem como limite inferior o focinho. ➢ Deve ser bem dirigido e largo, com exceção em raças que exijam formas diferentes. Focinho (13): ➢ Situado entre o chanfro, narinas e boca. ➢ Deve ter aparência delicada, suavidade ao tato e integridade. Orelha (1): ➢ Devem ser simétricas e bem dirigidas. ➢ Bem inseridas na região alta e lateral da nuca. Fonte (9): ➢ Tem como base a articulação têmporo-maxilar. ➢ Deve ser bem nítida e isenta de ferimentos ou cicatrizes. Olhal (2): ➢ Região par, reentrante situada acima dos olhos e de cada lado da fronte. ➢ Deve ter pouca profundidade (e nem é muito rasa) - região côncava. Olho (3): ➢ Região par, situada entre a fonte, o chanfro, o olhal e a bochecha. ➢ Formado pelo globo ocular, pálpebra superior e inferior e terceira pálpebra. ➢ Devem ser grandes, limpos e simétricos. Bochecha (12): ➢ Região par, situada entre a fonte, chanfro, focinho e ganacha. ➢ O chato da bochecha é formado pelo músculo masseter (mais marcado na raça Quarto de Milha) e a bolsa pelo bucinador. ➢ A parte chata deve ser bem musculada, lisa e firme. Narinas (5): ➢ Devem ser bem abertas, ter formato semilunar, vibráteis e dilatáveis, indicando boa capacidade respiratória. Ganacha: ➢ Tem como base o bordo inferior dos ramos da mandíbula. ➢ Devem ser secas e bem destacadas. Interganacha: ➢ Situada entre as ganachas. ➢ Deve ser larga, seca e cavada, apresentando linfonodos pequenos, móveis e insensíveis - linfonodos submandibulares. Barba (vibrissas): ➢ Situada entre o lábio inferior e a ganacha. ➢ Deve ser larga, arredondada e limpa. Vibrissas Boca: ➢ Os lábios são unidos por comissuras (lábio inferior e lábio superior) e responsáveis pela preensão do alimento. ➢ O superior apresenta grande mobilidade e o inferior possui uma saliência, que é o mento. ➢ Devem ser aveludados, pouco espessos, regularmente fendidos, bem ajustados e dotados de movimentos expressivos (quando o cavalo está com dor ele trava as comissuras labiais - trava a boca). Mento Desempenha papel importante no equilíbrio do cavalo. Juntamente com o pescoço funciona como um pêndulo, determinando o equilíbrio e a manutenção do centro de gravidade. Liga-se ao pescoço formando um ângulo de 90º (posicionamento neutro de cabeça) e tendo uma suave reentrância nas parótidas. Retilíneo; Subconvexilíneo; Subconcavilíneo. Característicos de raças como Mangalarga, Mangalarga Marchador, raças de hipismo etc. Característicos de raças como Lusitano, Percheron, Campolina, etc. Também chamado de encarneirado (parece cabeça de carneiro), por alguns técnicos. Característicos de raças como Árabe - concavidade entre a fronte e o chanfro. Deve ter formato piramidal, ser flexível e relativamente longo. Cranialmente: ➢ Limitado pela nuca, parótidas e garganta. Caudalmente: ➢ Limitado pela cernelha, espádua e peito. Divide-se em dois bordos e duas faces: ➢ Bordo superior e inferior; ➢ Faces laterais ou tábuas. Bordo superior (1): ➢ Serve de base para a crineira, deve ser cortante e com pouco acúmulo de gordura. Bordo inferior (2): ➢ É arredondado, deve ser largo, pois corresponde a passagem da traqueia e do esôfago. Faces laterais ou tábuas (3): ➢ Juguleira - onde passa a fossa da jugular. ▪ Depressão na região mais ventral das tábuas, onde passa a veia jugular. Mobilidade do cavalo; ➢ Funciona como um pêndulo e ajudar no equilíbrio; Importante via de administração de medicamento; No pescoço, destacam-se principalmente tamanho, forma e direção. Deve ser proporcional ao corpo, para um perfeito equilíbrio entre tronco e cabeça. Piramidal; Rodado; Cisne. Os bordos superior e inferior são retilíneos e convergem para a cabeça, lembrando um triângulo. Característica de raças como Mangalarga, Mangalarga Marchador, raças de hipismo, etc. O bordo superior é convexo (faz uma curva) ou subconvexo. Característico de raças como Percheron, Bretão, Campolina, etc. Quando a metade superior é convexa e a inferior, retilínea. Característico da raça Puro Sangue Árabe. Posicionamento em relação ao tronco e à cabeça. ➢ Diagonal; ➢ Vertical; ➢ Horizontal. Direção em que o pescoço forma ângulo de 90º com a cabeça e de 45º com a linha horizontal do chão. É a cabeçaque permite o melhor equilíbrio ao cavalo. O ângulo do pescoço com a horizontal é maior que 45º. É indesejável, pois sobrecarrega o peso nos membros posteriores, desequilibrando o animal, dificultando a equitação e o trabalho. O ângulo do pescoço com a horizontal é menor do que 45º - cabeça mais baixa. É indesejável pois sobrecarrega o peso nos membros anteriores, desequilibrando o animal, dificultando a equitação e o trabalho. Cabeça baixa e muito para a frente - cavalo parece que vai cair! Abriga os órgãos vitais, como coração, pulmões e aparelho digestivo. Dividido em três faces e duas extremidades: ➢ Face superior, lateral e inferior; ➢ Extremidade anterior e posterior. 1. Cernelha: ➢ É utilizada como parâmetro para a altura do animal. ➢ Deve ser bem desenhada, alta ou de altura média, longa, seca e musculosa, favorecendo maior segurança para sela. ➢ Formada pelos processos espinhosos das vértebras torácicas. A. Cernelha bem conformada: ▪ Relativamente alta e longa com boa cobertura muscular. B. Cernelha inaparente (indesejável): ▪ Não acomoda de maneira correta a sela. C. Cernelha excessivamente alta (inconveniente): ▪ Pode sofrer lesões no momento da utilização da sela - lesão de pisadura (pode cair pelo, lesionar pele e a região se tornar muito sensível). 2. Dorso: ➢ Situado entre a cernelha e o lombo, acima dos costados. ➢ Deve ser médio nos cavalos de sela, resultando em costelas com bom arqueamento e profundidade. ➢ No cavalo de tração deve ser curto, largo, musculoso e reto. ➢ Serve de sustentação para o cavalheiro. ➢ Não deve ser côncavo, indicando um animal selado, nem convexo, com proeminência do processo espinhoso. ➢ Dorso (ligeiramente paralelo ao solo ou com ligeiro declive no sentido garupa/cernelha). • Menso! - altura de garupa é maior que a de cernelha. • Qual raça que aceita cavalo menso? R: Quarto de Milha - animal de tração - a força está nos membros pélvicos. Obs: Retilíneo - reto; declive - desce; aclive - sobe. 3. Lombo (3): ➢ Região compreendida entre o dorso e a garupa. ➢ Deve ser proporcional, reto e bem musculoso, proporcionando boa cobertura para os rins. ➢ De um cavalo com essas características dizemos ser “bem ligado”, isto é, a ligação dorso/lombo/garupa proporciona boa proteção aos rins do animal, prevenindo lesões. 4. Anca: ➢ Animal náfego - desiquilíbrio entre as ponta da anca. • É considerado um defeito! • Pode ocorrer por vários motivos; pode ser devido problema muscular, neuromuscular, atrofia de alguma musculatura importante, fratura pélvica, podendo formar tara óssea. 5. Garupa (4): ➢ Situada entre o lombo e a base da cauda. ➢ Devem ser bem musculosa, larga e comprida. ➢ Varia conforme a raça. ➢ Classificada como simples (desejável na maioria dos casos), dupla (desejável nos animais de tração e explosão - Quarto de Milha) e cortante (defeituosa - só é aceitável em uma condição - éguas no terço final da gestação - elas ficam mais magras). ➢ Ainda pode ser classificada como plana, descaída (inclinada - mais comum em animais marchadores) e derreada (animais de tração - mais pesados). 1. Peito (9): ➢ Situado entre a base do pescoço, as interaxilas e as pontas das espáduas. ➢ Deve ser forte e amplo, demonstrando boa amplitude torácica. 2. Interaxilas (10): ➢ Situadas entre as axilas, abaixo do peito e adiante do cilhadouro (14). 3. Axilas (11): ➢ Região par, formada pela linha inferior de união do membro anterior ao tronco. ➢ Deve ter pele fina, macia e elástica - região de alta sensibilidade. 1. Costados (12): ➢ Região par, situada abaixo do dorso, atrás das espáduas, acima do cilhadouro e do ventre, adiante dos flancos. ➢ Deve ser convexo, alto e longo. ➢ Costados convexos – indicam costelas bem arqueadas, tórax largo e boa musculatura. Boa capacidade respiratória. ➢ Cavalos cilíndricos – perdem em arqueamento da costela na capacidade de respiração e apresentam flancos estreitos, sendo conhecidos como “cintura de macaco”. 2. Flanco (13): ➢ Região par, situada atrás do último par de costelas, adiante das ancas e das coxas, abaixo do lombo, acima da virilha e do ventre. ➢ Devem ser curtos e bem preenchidos, diminuindo a angulação da ponta da anca. 1. Cilhadouro (14): ➢ Região situada entre as interaxilas e o ventre, abaixo dos costados. ➢ Deve ser largo e achatado, mas com as partes laterais convexas, indicando tórax largo e musculoso. 2. Ventre (15): ➢ Região situada na face inferior do tronco, abaixo dos costados e dos flancos, atrás do cilhadouro, adiante das virilhas e órgãos genitais. 3. Virilha (16): ➢ Região par, formada pela prega da pele que une a coxa ao ventre. ➢ Deve ser integra, pele fina e elástica. 1. Cauda: ➢ Inserida na parte superior mais caudal do tronco. ➢ Constituída pelo “sabugo” e pelas crinas caudais. ➢ Tem importância na proteção contra insetos e também auxilia na aparência do animal. ➢ Sua inserção alta, média ou baixa está associada à qualidade da garupa. 2. Ânus: ➢ Abertura posterior do trato digestivo, situado sob a cauda. ➢ Deve ser arredondado, saliente, rijo e bem fechado. 3. Períneo (N): ➢ Região situada entre as nádegas. ➢ Deve ter pele macia, fina, lisa e íntegra. ➢ Desprovida de pelo. ➢ No macho, se estende do ânus aos órgãos genitais. ➢ Nas fêmeas, vai da vulva até o ânus. Machos: 1. Bainha: ➢ Situada na parte posterior do ventre, deve ter pele fina, macia, elástica e íntegra. 2. Bolsa: ➢ Situada na região inguinal, entre as coxas, nelas se alojam os testículos. Devem ter pele fina, lisa, elástica e sem lesões. ➢ Os testículos devem ser bem conformados, simétricos, descidos e móveis, sem aderências. 2ª imagem: testículos rotacionados. Fêmeas: 1. Vulva: ➢ Situada abaixo do ânus, entre as nádegas. Apresenta dois lábios, ligados por comissuras. ➢ Devem ter lábios bem cerrados, firmes, sem lesões, com pele macia, fina e elástica. 2. Mama: ➢ Situada na região inguinal, cada mama é prolongada por um teta, cujo ápice apresenta dois ou mais orifícios para a saída do leite. ➢ Devem ser ricas em tecido secretor, esponjosas, integras, mostrando pele fina e boa vascularização para a ejeção de leite. 1. Espádua ou paleta: ➢ Região par, situada abaixo da cernelha, acima do braço, entre a base do pescoço e os costados, tem como base o osso da escápula e músculos. ➢ Deve ser longa, bem dirigida, musculosa e dotada de movimentos amplos. ➢ Espádua longa – revela tórax alto e cernelha elevada. ➢ Inclinação alta, média e baixa – indica o tipo de andamento e a qualidade do mesmo quando na dinâmica do cavalo. • Obs: Normal e Oblíqua - Raças Marchadoras; Vertical - Quarto de Milha 2. Ponta da Espádua ou da Escápula: ➢ Formada pela articulação escápulo-umeral, região que fica entre a espádua e o braço. ➢ Muito utilizada como base para a mensuração dos equídeos. • Comprimento: é medido da ponta da espádua até a ponta da nadegua (isquio). 3. Braço (20): ➢ Região par situada entre a ponta da espádua e o antebraço, com limite posterior no codilho. ➢ Deve ter um bom comprimento. ➢ A musculatura deve ser forte e visível. ▪ Musculatura longa – indica cavalo velocista - Quarto de Milha. ▪ Musculatura curta – cavalos de explosão - Quarto de Milha e linhagens de tração. 4. Codilho (21): ➢ Região par, situada entre o braço e o antebraço, tem como base o osso do olecrano. ➢ Deve ser longo, alto e bem dirigido. ➢ Quando alto, indica tórax bem descido. ➢ Quando bem dirigido, permite andamentos normais e aprumos regulares. • Toda ponta de osso pode gerar algum prejuízo no cavalo dependendo do momento em que ele está vivendo. • Higroma de codilho - pode formar uma bolsa de líquido (aspecto liquida e macia) devido a agressão nessa região.5. Antebraço (22): ➢ Região par, situada abaixo do codilho e do braço, acima do joelho. ➢ Tem como base o rádio e a ulna. ➢ Na face interna, há uma área córnea denominada castanha. ➢ Deve ser longo musculoso e bem dirigido. Castanha - pode ser uma espécie de unha vestigial 6. Joelho: ➢ Situado entre o antebraço e a canela. ➢ Tem como base os ossos da articulação cárpica. ➢ Deve ser volumoso, seco e bem sustentado. 1. Coxa (32): ➢ Região par, situada abaixo da garupa, atrás do flanco e da soldra, adiante das nádegas. ➢ Tem como base o fêmur e músculos. ➢ Deve ser longa, bem dirigida e musculosa. ➢ Longa – propicia contrações musculares mais amplas e movimentos mais extensos. 2. Nádega (31): ➢ Região par, situada atrás da coxa, estendendo-se da tuberosidade isquiática ao tendão do jarrete. ➢ Tem como base a tuberosidade isquiática e os músculos semi-membranoso e semi-tendinoso. ➢ Deve ser longa, saliente e musculosa. 3. Soldra: ➢ Região par, localizada na parte anterior da união entre a coxa e a perna, tem como base a articulação fêmuro-patelar. ➢ A pele da região deve ser fina, macia e elástica. ➢ A ponta deve ser limpa e bem situada, estando regularmente afastada do ventre, para não atrapalhar os movimentos. 4. Perna (33): ➢ Região par, que se situa abaixo da coxa e da soldra, acima do jarrete. ➢ Tem como base a tíbia, perônio e músculos. ➢ Deve ser longa, musculosa e bem dirigida. 5. Jarrete (34): ➢ Região par, situada abaixo da perna e acima da canela. ➢ Tem como base os ossos do tarso e articulação társica. ➢ Deve ser volumoso, seco, ter boa abertura e ser bem movimentado. ➢ A abertura do jarrete varia com a direção da perna e da canela, oscilando entre 140º e 160º. ▪ É maior no cavalo corredor e menor no cavalo de tração. ➢ Os movimentos devem ser amplos, firmes, fáceis e regulares. 1. Canela: ➢ Situada abaixo do joelho e dos jarretes, acima do boleto. ➢ Tem como base, os ossos metacarpianos e metatarsianos, além dos tendões nas regiões palmar e plantar. ➢ Deve ser bem dirigida, curta, larga, espessa e com bons tendões. ➢ A direção deve ser vertical. 2. Boleto: ➢ Região situada entre a canela e a quartela, tendo como base a articulação metacarpo falangeana e metatarso falangeana, e os sesamóides proximais. ➢ Na face palmar e plantar tem-se uma área mais córnea chamada de machinho, que tem importância na drenagem do suor e da água que desce pelos membros. ➢ Deve ser espesso, largo, bem sustentado e seco. 3. Quartela: ➢ Situada entre o boleto e a coroa. ➢ Tem como base a primeira falange, sendo menos inclinada, mais larga e mais curta nos membros anteriores que nos posteriores. ➢ Deve ser volumosa, seca, regularmente longa, flexível e bem dirigida. 4. Cascos: ➢ Estojo córneo que envolve as falanges. ➢ Parte anatômica de fundamental importância. ➢ Responsável pela sustentação física e funcional. Composto por: a) Coroa do casco; b) Parede do casco ou muralha; c) Quartos; d) Pinça; e) Talões; f) Bulbo dos talões ou almofadas; g) Sola; h) Linha branca da sola; i) Ranilha; j) Barra. 1. Coroa do casco: ➢ Estão localizadas as células responsáveis pelo crescimento do casco, extrato germinativo. ➢ Essas células estão em permanente atividade e devem ser preservadas a qualquer custo, caso contrário comprometem a integridade do casco. 2. Parede do casco/muralha: ➢ Deve ser lisa. ➢ Pode apresentar-se em três cores: Preta, branca e rajada. ▪ Linhas de crescimento: ➢ Em situações de estresse grave (mental ou metabólico) e em situações de desequilíbrio nutricional. ➢ Pequena e transitória. • Não causa maiores problemas. ➢ Grave e prolongada. • Pode comprometer seriamente a qualidade do casco. 3. Ranilha: ➢ Funciona como um amortecedor dos membros do cavalo. ➢ Tem muita sensibilidade, devendo ser retirada parcialmente, mas sempre que possível tocando levemente o solo. 4. Pinças e talões: ➢ Partes do casco que mais crescem. ➢ Devendo ser retiradas mensalmente. ▪ Equilibrando o casco conforme os aprumos do animal. 5. Quartos: Aprumos: São as direções que os raios ósseos dos membros apresentam na sustentação do corpo. Animal bem aprumado: ➢ Visto de perfil, seus membros se encobrem. ➢ Vistos de frente ou de trás, estão na vertical e bem regulares. Permitem ao cavalo desenvolver boa impulsão. Os membros não estão seguindo uma linha vertical perfeita, dificultando a locomoção e a estação, tornando o andamento irregular. Linha AB: vertical que parte da ponta da espádua e vai até o solo a 10 cm da pinça do casco. Linha XY: vertical tirada do centro de movimentação do tronco sobre os membros (meio da espádua), passando pelo meio do braço, indo até o solo, dividindo o casco ao meio. Linha CD: vertical que passa pelo meio do codilho, antebraço, joelho, canela, boleto, atingindo o solo atrás dos talões. Linha EF: vertical que parte da ponta da nádega, tangencia a ponta do jarrete, desce pela face posterior da canela e do boleto, atingindo o solo. Correções de aprumos pela correção dos cascos só pode ser feita até os 6 meses de idade do potro. Após essa idade, qualquer alteração drástica que se fizer nos cascos do cavalo poderá refletir na estrutura esquelética, comprometendo o bom desenvolvimento e desempenho do animal. Ao exame de perfil, as linhas AB, XY e CD não seguem o padrão de regularidade e, dependendo do desvio, total ou parcial, recebem designações especiais. 1. Visto de perfil: a) Acampado de frente – os membros inclinam-se para a frente, estando as linhas diretrizes localizadas atrás da posição normal. ➢ Esse defeito sobrecarrega os jarretes. b) Sobre si de frente – os membros inclinam-se para trás, estando as linhas diretrizes localizadas à frente de sua posição normal. ➢ Esse defeito sobrecarrega os tendões, ligamentos e músculos dos membros anteriores, sujeitando o animal a tropeções e quedas. c) Ajoelhado – o joelho do animal está deslocado para a frente da linha de aprumo. ➢ Esse defeito demonstra fraqueza dos membros anteriores. d) Transcurvo – o joelho do animal está deslocado para trás da linha de aprumos. Esse defeito é prejudicial à firmeza dos membros anteriores. 2. Visto de frente (Aprumos corretos): a) Aberto de frente – os membros anteriores são desviados para fora do eixo regular e as mãos estão muito afastadas entre si. b) Fechado de frente – as mãos convergem de cima para baixo. É um defeito contrário ao anterior, expondo o animal a frequentes ferimentos provocados por um membro quando se toca no outro. c) Joelhos cambaios ou fechados – o desvio dos joelhos é para dentro. d) Esquerdo – quartela e casco deslocados para fora (desvio lateral) das linhas de aprumos. e) Estevado – quartela e casco deslocados para dentro das linhas de aprumos. 3. Carpo Valgo: ➢ Deformidade angular. ➢ Crescimento assíncrono. 4. Carpo Varo: ➢ Deformidade angular. ➢ Crescimento assíncrono. Ao exame de perfil, a linha EF não segue o padrão de regularidade e, dependendo do desvio, total ou parcial, recebe designações especiais. 1. Visto de perfil (Aprumos posteriores corretos): a) Sobre si de trás ou acurvilhado – todo o membro se desvia para diante da linha diretriz EF, estando o jarrete e a canela ligeiramente avançados. Sobrecarrega as articulações do curvilhão e boleto. b) Acampado detrás – os membros inclinam-se para trás, estando a linha diretriz localizada à frente de sua posição normal. Esse defeito sobrecarrega tendões, ligamentos e músculos dos membros anteriores, sujeitando o animal a tropeções e quedas. 2. Visto de trás (Aprumos corretos): a) Aberto detrás – os desvios dos membros é para fora. b) Fechadodetrás – os desvios dos membros é para dentro. c) Jarrete cambaio – os jarretes se voltam para dentro. d) Jarrete arqueados ou abertos – o jarrete se volta para fora. 3. Tarso valgo. 4. Tarso varo. Relações corporais: Obtida medindo-se a distância do solo à sua cernelha, em uma linha perpendicular ao solo, em terreno plano, estando o animal sem ferraduras e em estação (parado, bem aprumado, sem se movimentar). Afere-se a medida no alto da cernelha. ➢ Cavalos grandes: ▪ Altura de cernelha acima de 1,60 metros. ➢ Cavalos médios: ▪ Altura entre 1,50 e 1,60 metros. ➢ Cavalos pequenos: ▪ Altura inferior a 1,50 metros. Deve ser avaliado sempre que possível, em balança bem aferida para tal. ➢ Cavalos hipermétricos = peso acima de 550 kg. ➢ Cavalos cumétricos = 350 e 550 kg. ➢ Cavalos hipométricos = abaixo de 350 kg. 1. Animal acima de 12 meses: 2. Animal acima de 12 meses: 3. Potros até 12 meses: 4. Raças de tração: Obtido medindo-se da ponta da espádua à ponta do ísquio, em linha reta. Distância entre o perímetro da canela (PC) tirada logo abaixo do joelho do equino e o perímetro torácico (PT). Relação entre a largura (L) e altura (A). Tomada entre as espáduas ou entre as pontas das ancas. Medida na cernelha.
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