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Produção de origem animal ➢ Excelente meio para multiplicação microbiana; ➢ Elevada quantidade de água, proteínas, carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas presentes; ➢ Microrganismos: • Desejáveis: lactobacilos - leite fermentado; queijo gorgonzola - Exemplos de microrganismos benéficos ou de uso tecnológico; • Deteriorantes: que estraga o alimento, que deteriora - produtos proteases e lipases que vão quebrando proteínas, gorduras e vai acumulando pequenos peptídeos que vão dando um gosto amargo, adstringente, um gosto de sabão ao produto, gerando compostos proteicos, como, por exemplo, a putrescina que dá um cheiro de pobre. Normalmente, não são patogênicos. • Patogênicos: são os que causam doenças, como, por exemplo, a Tuberculose, a Brucelose etc. Normalmente, não são deteriorantes - a maioria. Dura cerca de 20 a 25 min em média para esse ciclo acontecer! Fase lag = fase de adaptação. Não aumenta a quantidade de células. Fase log ou de crescimento exponencial = crescimento microbiano. Fase estacionária = bactérias param de multiplicar. Fase de morte celular ou de declínio = morte das bactérias. Para conservar um alimento tem que agir na fase lag, pois tem que evitar a contaminação, dificultar a propagação das bactérias e inviabilizar o microrganismo (Ex: pasteurização - mata somente bactérias que causam doenças; radiação - pouco utilizado; e calor - mais utilizado). @lelevalim Uso de sal e açúcar = métodos de conservação dos alimentos. ➢ A qualidade microbiológica dos alimentos é obtida ou mantida através dos procedimentos: • Limitando ou suprimindo as fontes de contaminação; • Inibindo o desenvolvimento; • Inativando os microrganismos deles presentes ou parte deles. ➢ Estas ações normalmente são feitas através de calor, frio, pH, radiações, agentes químicos e alterando a atividade de água (aw - activity water). ➢ Fatores extrínsecos: propriedades físico-químicas do ambiente que rodeia o alimento. • Temperatura; • Umidade relativa (UR); • Ambiente gasoso. Produto a vácuo - retira o oxigênio. Funciona melhor com os aeróbicos; Atmosfera modificada - injeta gases na embalagem que dificultam os microrganismos de multiplicar - Ex: presunto, alguns frios etc. Além disso, consegue aumentar a durabilidade do produto. Funciona melhor com os aeróbicos e também com os anaeróbios, dependendo do gás utilizado. ➢ Fatores intrínsecos: propriedades físico-químicas inerentes ao alimento - aqueles do alimento em si. • pH; aw; potencial de oxi-redução (Eh) - capacidade do alimento doar ou receber elétrons; substâncias inibidoras; própria composição do alimento e interações entre os microrganismos presentes. Extrínsecos: ➢ A utilização de temperaturas extremas como forma de conservação de alimentos foi utilizada e aprendida, pelo homem, ao longo dos tempos (séculos), de maneira empírica. Era verificado que: 1. Esfriando alimentos se retardava as alterações (inicialmente em cavernas frias); Será que existe substância natural do alimento que impede a multiplicação de bactérias? R: Sim. O ovo possui enzimas que impedem a multiplicação de microrganismos; assim como o leite. 2. Sob congelamento se conservava durante longos períodos de tempo; 3. Aquecendo eram eliminados os agentes de alterações de origem microbiana; 4. Do mesmo modo foi verificado que alguns alimentos mantidos a temperatura ambiente sofriam modificações em suas características organolépticas, porém continuavam aptos para consumo e se tornavam mais estáveis. ➢ Temperaturas entre 35 - 37°C - ideais um grande número de grupos microbianos. ➢ A temperatura determina o estado físico da água e, portanto, sua maior ou menor disponibilidade para a multiplicação dos microrganismos. Alimentos quentes: acima de 60, 65°C - acima da temperatura máxima de multiplicação dos microrganismos. Alimentos frios: abaixo de 5°C - é o recomendado para a segurança do alimento. Tem bactérias que multiplicam abaixo de 5°C? R: Sim! Geralmente, as que causam doenças, só multiplicam algumas, não todas! ➢ Velocidade das reações químicas e bioquímicas. Quanto maior, normalmente, mais rápido. Quanto menor, normalmente, mais lento. Por exemplo, o frio (congelamento) impede que as enzimas ajam, impede a deterioração oxidativa e impede a multiplicação dos microrganismos. ➢ Modificação da taxa de crescimento e do tempo de geração dos mogs. ➢ Mesófilos: ambiental. • São patogênicos - causam doenças. • Salmonella spp., Staphylococcus spp., Shigella spp., Streptococcus spp., Clostridium spp. e a maioria dos bolores e leveduras. ➢ Termófilos: gosta de calor. • Não são patogênicos. • Bacillus spp. , Clostridium spp. e pelos bolores Aspergillus, Cladosporium, Thamnidium. • Enlatados. ➢ Psicrófilos: gosta de quente. • Não são patogênicos. O que estraga um alimento? 1. Bactérias que vão produzir proteases, lipases que vão degradar o alimento. 2. Processos de oxidação - deterioração oxidativa. • Quase um mesófilo. • Bacillus psicrophilus. • Altamente adaptados ao frio. ➢ Psicrotróficos: subgrupo dos mesófilos, capazes de crescerem em temperaturas próximas de 0°C, não reunindo os requisitos de temperatura ótima e máxima para incluí-los como psicrófilos. • Quase um mesófilo - gosta da temperatura ambiente. • Pseudomonas, Alcaligenes, Erwinia, Corynebacterium, Flavobacterium, Lactobacillus e Streptomyces. • O metabolismo permanece ativo em temperaturas baixas - enzimas hidrolíticas - lipases e proteases termoresistentes - problemas tecnológicos e organolépticos (ranço, aromas desagradáveis). • Raramente são patogênicos - com exceção da Neisseria (que causa Meningite, abortos) e Yersinia enterocolitica. • Ex: Presunto quando fica pegajoso e amargo - estragado. ➢ Importante tanto do ponto de vista da atividade de água (aw) no interior do alimento, quanto do crescimento de microrganismos na superfície. • Ex: Mel - se absorver água ele fermenta. ➢ Alimentos com baixa aw em ambiente com alta UR - tendem a absorver água, aumentando a sua aw e facilitando o desenvolvimento microbiano. ➢ O inverso também é válido, em ambiente seco existe a tendência da perda de água pelo alimento. É certo lavar o frango antes de cozinhar? R: Errado. Lavar o frango pode aumentar as chances de contaminação cruzada (transferência de microrganismos patogênicos de um alimento para o outro). O que pode te deixar ainda mais doente. ➢ Pode determinar os tipos de mogs presentes – aeróbios (necessitam de oxigênio) ou anaeróbios (não necessitam de oxigênio); • Quem vai ter condição, no produto enlatado, de multiplicar? R: Anaeróbico. Clostridium botulinum = esporo altamente resistente que vira célula vegetativa e produz neurotoxinas intoxicando quem ingerir o alimento. ➢ “Atmosfera modificada”: Combinações entre oxigênio, nitrogênio e gás carbônico; ➢ Também podem ser utilizados - monóxido de carbono, óxido nitroso e dióxido de enxofre; • Proporções e composições diferentes desses gases impedem a multiplicação dos microrganismos. ➢ As embalagens a vácuo - papel importante na preservação de alimentos contra a ação de microrganismos psicrotróficos aeróbios como o gênero Pseudomonas (deteriorante). Intrínsecos: ➢ pH - logaritmo do inverso da concentração de íons hidrogênio de uma solução. ➢ O pH atua como fator determinante da composição da microbiota normalmente presente – acredita-se que afeta a respiração dos microrganismos. ➢ Mogs possuem valores mínimos, ótimos e máximos para multiplicação. ➢ Também modificado pela fermentação intencional. ➢ Classificação quanto à acidez: • pH < 4,0 - muito ácidos - frutas; sucos de frutas e refrigerantes. • pH entre 4,0 e 4,5 - ácidos - frutas e hortaliças. • pH > 4,5 – baixa acidez- leite; carnes; pescado e alguns vegetais. ➢ Carnes: metabolismo anaeróbiodo glicogênio – pH aprox. 5,6 – MANEJO; ➢ Pescado: mais próximo a neutralidade – composição e esgotamento da captura; ➢ Maioria dos mogs – multiplicação máxima em pH próximo a 7 (6,5 – 7,5); ➢ Alguns são favorecidos em acidez – bactérias lácticas. ➢ Dessecação – um dos métodos mais antigos; ➢ A água é utilizada para o crescimento microbiano de duas formas distintas: • Como solvente de nutrientes, o que permite seu transporte e disponibilidade no citoplasma; • Como agente químico que toma parte nas reações hidrolíticas que dão origem a aminoácidos, açucares e ácidos graxos necessários para a síntese microbiana e para as reações energéticas. ➢ Aa: disponibilidade de água de um determinado meio para as reações químicas, bioquímicas, para as mudanças de estado e transferência através de membranas semipermeáveis. Os microrganismos são incapazes de se utilizar toda a água do alimento, pois boa parte encontra-se ligada a substâncias insolúveis mediante forças osmóticas e de adsorção. É a relação existente entre a pressão parcial de vapor de água no alimento (P) e pressão parcial de vapor de água pura (Po), a uma dada temperatura. Aa = P/P0 A adição de sais, açúcares ou outras substâncias provoca redução no valor de Aa por reduzir o valor de P. A desidratação e congelamento também reduzem a Aa. ➢ Aw: A maioria dos microrganismos (incluindo bactérias patogênicas) cresce mais rapidamente em aW de 0,995 a 0,980. As bactérias são mais sensíveis - não crescem em aW < 0,90 - 0,91; A maioria das leveduras é inibida em aW. ➢ Relacionado com a troca de elétrons entre compostos químicos medido em milivolts (mV); ➢ Oxidante - captura elétrons; redutor - cede elétrons; ➢ Expressa a facilidade com a qual o meio perde (se redutor e seu Eh for negativo) ou ganha (se oxidante com Eh positivo) elétrons; ➢ Quanto mais - : mais reduzido (anaeróbio); ➢ Quanto mais + : mais oxidado (aeróbio). ➢ O Eh de um alimento depende: • Do potencial característico do alimento em seu estado original; • Da capacidade de equilíbrio: que é a resistência do alimento a variações de seu potencial – dado à presença de substâncias oxidantes e redutoras; • Da tensão de oxigênio da atmosfera que rodeia o alimento; • Da maior ou menor possibilidade de acesso da atmosfera ao alimento. Carnes compactas: - 200 mV; Carnes picadas: + 200 mV. ➢ Aeróbios estritos: representados principalmente por Pseudomonas, Bacillus e Micrococcus, são microrganismos que necessitam O2 como receptor final de elétrons na cadeia respiratória – requerem Eh positivo. ➢ Anaeróbios principalmente facultativos: representados pelas famílias Lactobacillaceae, Enterobacteriaceae, Corynebacteriaceae, pelo Staphylococcus, entre outros, são capazes de utilizar o oxigênio como receptor final de elétrons e, na sua ausência, podem utilizar outros receptores. Crescem tanto na presença quanto na ausência de O2 , sendo que na presença deste o crescimento é mais acelerado. ➢ Anaeróbios obrigatórios: São microrganismos com metabolismo exclusivamente fermentativo, catalase negativos e inativados de forma variável pela presença de O2, em função da pressão parcial do mesmo. • Requerem valores baixos de Eh, normalmente -150mV; • Os alimentos enlatados e aqueles embalados em invólucros impermeáveis - são os mais sujeitos à ação deste grupo microbiano. ➢ Bactericidas ou bacteriostáticas: • Naturais: avidina (clara de ovo), lisozima (clara de ovo), eugenol (cravo da índia), alil sulfonila (alho), ácidos (frutas), aldeído cinâmico (canela), sistema lactoperoxidase (leite), lactoferrina. • Artificiais ou aditivos: ácido propiônico, ác. Sórbico, benzoatos, nitritos, nitratos e óxido de etileno. • Substâncias produzidas por mogs: penicilina, ácido láctico e ácido propriônico. ➢ Os microrganismos necessitam para seu desenvolvimento dos elementos: • Água; • Fonte de energia; • Fonte de nitrogênio; • Vitaminas e outros fatores de crescimento; • Sais minerais. ➢ Os produtos alimentícios, particularmente os de origem animal, em geral contêm todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento dos microrganismos, porém, as diferenças de composição ou a proporção de nutrientes têm um efeito seletivo sobre a microbiota. ➢ Quando um mog se multiplica pode produzir afetam a ou outros compostos que positivamente negativamente mogs. ➢ Ex: bácterias lácticas – modificam o pH e inviabilizam alguns mogs patogênicos. Conceito dos obstáculos de Leistner: ➢ Conhecimentos isolados são poucos úteis, pois há interação entre os diversos fatores; ➢ Deu origem à tecnologia dos obstáculos, que se baseia na utilização simultânea de mais de uma forma de controle microbiano. E como os métodos de conservação dos alimentos funcionam? ➢ É importante em alimentos: • Reduzir a contaminação inicial; • Prolongar ao máximo a fase de latência; • Inviabilizar os microrganismos viáveis. ➢ Retardar ou evitar alterações químicas, enzimáticas e multiplicação microbiana. ➢ Refrigeração (1-5°C) e congelamento (< -2°C). ➢ Refrigeração ótima das carnes -1 a 2ºC. ➢ Congelamento rápido x lento: • Rápido: grande número de pequenos cristais que pouco modificam a carne. • Lento: forma-se grandes extracelulares, que podem reduzir cristais de gelo a Capacidade de Retenção de Água (CRA) da carne e aumentar a exsudação pós congelamento, obtendo-se carne seca. ➢ Eliminar microrganismos; ➢ Desnaturação enzimática; ➢ Binômio tempo x temperatura. ➢ Exaustão: eliminar o oxigênio que é responsável pela oxidação da superfície interna do recipiente e fazer com que o fundo e tampa do recipiente se apresentam côncavos. ➢ Os métodos mais utilizados são: aquecimento do alimento, bombas de vácuo e injeção direta de vapor no espaço livre do recipiente. ➢ Decreto 9.013/2017 - Art. 320: Amostras representativas de todas as partidas devem ser submetidas a teste de incubação por dez dias, contemplando, no mínimo, 0,1% (zero vírgula um por cento) das embalagens processadas e dispostas em sala-estufa com temperatura controlada, mantida a 35ºC (trinta e cinco graus centígrados), tolerando-se variações de 2,8ºC (dois vírgula oito graus centígrados) para cima ou para baixo; ➢ Um dos mais antigos processos – alteração aw. ➢ Cura: conservação de um produto por adição de sal, compostos fixadores de cor (nitratos e/ou nitritos), açúcar e condimentos, onde também é obtida a melhora das propriedades sensoriais (cor e sabor). ➢ Injeção, salmoura ou a seco. ➢ Câmaras – baixas temperaturas; ➢ Sais: cloreto de sódio, nitrito e nitrato de sódio; ➢ Também: açúcares, fosfatos e polifosfatos, ácido ascórbico; ➢ Efeitos para saúde pública - carcinogênicos. ➢ Características organolépticas (aspecto, odor e cor) especiais; ➢ Efeito conservante e associado ao calor resulta na redução da umidade, essencial no controle do desenvolvimento de microrganismos; ➢ 300 substâncias identificadas, entre elas os hidrocarbonetos, substâncias orgânicas, fenóis, formaldeído, benzóis e o alcatrão; ➢ Fumaça líquida. Produção da fumaça: ➢ Fumaça natural - fricção ou queima de serragem. ➢ No sistema de fricção, um tronco de aproximadamente um metro de comprimento e 15 cm de largura é mantido verticalmente, com a fricção de uma placa na sua superfície a razão de 1700 rpm. ➢ A queima de serragem é bem popular. Por razões de densidade e composição da fumaça, serragem úmida e verde é preferida. ➢ pH; ➢ Decomposição química produzida em um substrato orgânico mediante a ação de mogs; ➢ Produção final de álcool, ácido e gás carbônico; ➢ Tipos de fermentação: alcóolicas, acéticas, lácticas, propriônicas, butíricas etc. ➢ Crescimento controlado de selecionados microrganismos - modificação da textura, do sabor e do aroma. ➢ Fermentação láctica é a mais empregada, onde o ácido láctico é produzido pela ação das bactérias sobre os açúcares, abaixandoo pH e fornecendo sabor característico ao produto. ➢ Filme de polietileno; ➢ Sucção e termosoldagem da embalagem; ➢ Filme: barreira física e impede desidratação; ➢ Aparência escura: ausência de oxigênio – reversível; ➢ Seleção de anaeróbios. ➢ Ionizantes – alta frequência como: β, α, raios x e nêutrons. ➢ Ação: remoção de elétrons dos átomos – atingindo microrganismos e enzimas dos produtos. ➢ Dosagens excessivas podem afetar as proteínas, carboidratos, gorduras e vitaminas.
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