Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTUDO DIRIGIO SISTEMA IMUNE E HEMATOLÓGICO – NECROSE Caso 1 M. N. O., sexo masculino, 45 anos é um eletricista com 3 filhos e 2 netos. É um homem muito alegre, que gosta de reunir os amigos nos finais de semana para assistir jogos de futebol e saborear um belo churrasco na sua residência. Ele descobriu ser diabético há 15 anos (na sua família há o histórico da doença) e desde então tem convivido com a patologia. Por possuir o diabetes mellitus tipo 2, desde o seu diagnóstico lhe foi prescrito um hipoglicemiante oral, que uma vez ou outra esquece de tomar. Sua esposa notou que nos últimos 6 meses M. N. tem sido mais relapso com sua alimentação e que tem exagerado nas bebidas alcoólicas que consome. Em um dos churrascos que estava acontecendo em sua casa, um copo de vidro que quebrou em seu pé esquerdo provocou uma ferida que, por já ser diabético, demorava de cicatrizar. Meses depois do acontecido, M. N. percebeu que estava sentido uma estranha dor e sensação de “formigamento” no mesmo pé, mas não quis procurar auxílio médico. Alguns dias depois, ele notou que um dos dedos do seu pé esquerdo estava com uma coloração escura e azulada. Quando finalmente procurou atendimento médico, depois desta “coloração estranha” já ter tomado quase todo o seu hálux esquerdo, este notou que M. N. já não tinha mais nenhuma percepção tátil em seu pé e imediatamente solicitou uma análise microbiológica da lesão inicial. O resultado foi positivo para infecção por bactérias do gênero Clostridium. Mesmo com o início imediato da antibioticoterapia, não foi possível salvar o pé de ABC, que teve de ser amputado. a) Que tipo de necrose acometeu o pé esquerdo de ABC? Descreva este tipo de necrose com as suas palavras. b) Identifique e cite os fatores de risco que ABC apresentava para desenvolver este tipo de necrose. c) Qual foi o evento-chave para a evolução do caso de ABC de uma ferida de difícil cicatrização para a necrose do tecido do seu membro inferior? Caso 2 Y. X. Z., sexo feminino, 29 anos, trabalha na padaria dos seus pais pela manhã e é graduanda em Economia na Universidade da sua cidade a noite. Ela sempre levou uma vida tranquila e gosta de ir ao cinema com seus irmãos. Nunca foi fã das atividades físicas e por isso se considera bastante sedentária. Nos últimos 3 meses, Y. começou a se sentir mais cansada do que o normal, mas, como atribuiu isso à sua alimentação logo começou a tomar um complexo vitamínico para se sentir melhor. Apesar da sensação de cansaço ter diminuído, não muito tempo depois Y. pegou um resfriado e ficou com uma tosse seca chata que não a abandonava. Sua mãe tentou convencê-la a ir em médico, mas esta não quis aceitar e acabou fazendo uso de um antialérgico para diminuir sua tosse. Ela fez uso desse antialérgico sempre que sentia que a tosse voltava e isso aconteceu por quase 6 meses. Quase 9 meses depois que começou a apresentar os sinais relatados, Y. voltou a sentir o cansaço e a apresentar tosse seca, mas, desta vez, com mais intensidade do que antes. Além disso, durante todo este tempo, ela perdeu bastante peso e, desde que voltou a se sentir cansada, ela costumava apresentar febre no final da tarde. Finalmente, depois de muita insistência de sua mãe, procurou atendimento em um posto de saúde e realizou vários exames, incluindo um hemograma e raio-X de tórax. O hemograma mostrou indícios de um processo infeccioso instalado, porém o raio-X apontou um resultado inconclusivo. Com a severidade do quadro de Y. aumentando, o médico não viu outra saída a não ser a solicitar uma biópsia pulmonar que acusou o seguinte: “amostra de tecido de coloração amarelada com notável perda da estrutura celular e processo inflamatório visível”. a) Que tipo de necrose pode ser identificada na biópsia de Y. X. Z.? O que justifica e corrobora sua resposta? Explique com as suas palavras. b) Este tipo de necrose está associado a qual doença? Quais sinais e sintomas apresentados por Y. X. Z. justificam sua resposta? Caso 3 R. S. T., 68 anos, sexo feminino, é hipertensa e sofre de hipercolesterolemia familiar. No último sábado, sentiu dor intensa no braço esquerdo, muito cansaço e dificuldade para respirar. Prontamente foi levada para o pronto-socorro, onde o atendente a medicou paliativamente e solicitou exames que pudessem confirmar o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio para que fosse possível começar os procedimentos específicos. Infelizmente, antes que os exames ficassem prontos, R. S. T. apresentou uma parada cardiorrespiratória grave e foi a óbito. Seu exame laboratorial apontou elevação da enzima creatina quinase (CK-MB). Quanto a autópsia foi realizada para investigar e confirmar a causa de óbito, o miocárdio apresentava estrutura celular preservada e firme com uma área isquêmica visível no ventrículo esquerdo. a) Como pode ser classificada o tipo de necrose encontrada no miocárdio de RST? Descreva este tipo de necrose. b) Neste tipo de necrose, o que permite a conservação da estrutura tecidual do órgão?
Compartilhar