Buscar

Resumo Telencéfalo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

RESUMO DE NEUROANATOMIA E 
NEUROFISIOLOGIA – Telencéfalo 
 
 
 
MARIANA AFONSO COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: MACHADO, Ângelo B. M. Neuroanatomia funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu 
Editora, 2007; Netter, Frank H. Netter – Atlas de Anatomia Humana. 6ª edição. Editora Elsevier, 
2015. 
MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 
1 
 
CAPÍTULO 1 
ANATOMIA DO TELENCÉFALO 
1.0 INTRODUÇÃO 
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal, situada na porção 
anterior do III ventrículo. Esses hemisférios são separados pela fissura longitudinal, mas existe uma 
comunicação entre eles, que é feita por um grande feixe de fibras, o corpo caloso. Dentro dos hemisférios 
existem cavidades, os chamados ventrículos laterais, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames 
interventriculares. 
O telencéfalo possui uma fina camada externa de substância cinzenta, o córtex, e também alguns 
agrupamentos de corpos celulares formando os núcleos da base e outros núcleos do telencéfalo em meio 
a substância branca. 
 
2.0 LOBOS CEREBRAIS 
De modo geral, cada hemisfério possui quatro lobos: frontal, occipital, temporal e parietal. Existe 
ainda o lobo da insula, uma estrutura interna aos outros lobos, que pode ser visualizado apenas se forem 
afastadas as bordas do sulco lateral. O telencéfalo possui três faces: dorsolateral (convexa), inter-
hemisférica (medial, plana) e base (inferior); e três polos: temporal, frontal e occipital. 
Na superfície do cérebro existem depressões chamadas de sulcos, que permitem o aumento da 
superfície sem aumentar o volume cerebral. Esses sulcos delimitam os giros cerebrais. 
Além da fissura longitudinal que separa o cérebro em hemisférios, existem os sulcos lateral, central 
e parietoccipital, que separam, respectivamente, o lobo temporal dos lobos frontal e parietal, o lobo frontal 
do parietal, e o lobo occipital do parietal. 
 
2.1 Lobo Frontal 
 Em sua superfície, nota-se os três sulcos principais: sulco pré-central, sulco frontal superior e sulco 
frontal inferior. A partir daí, é possível identificar quatro giros importante: giro pré-central, giro frontal 
superior, giro frontal médio e giro frontal inferior, este último sendo subdividido partes orbital, triangular e 
opercular. 
 Funcionalmente, o lobo frontal abriga a área motora primária (giro pré-central) e as áreas motoras 
secundárias, como a pré-motora, área suplementar (giro frontal superior) e área de Broca (partes opercular 
e triangular do giro frontal inferior). Além de abrigas a área pré-frontal. 
 Em uma vista medial, observa-se mais dois sulcos: sulco do corpo caloso e sulco do cíngulo. Já 
inferiormente, têm-se o sulco olfatório, o giro reto e os sulcos e giros orbitários. 
2.2 Lobo Parietal 
 Os principais sulcos desse lobo são o sulco pós-central e o sulco intrapariental, este último que 
divide o lobo em lóbulos parietais superior e inferior. E, anteriormente ao sulco pós-central existe o giro 
pós-central, enquanto no lóbulo parietal inferior existem os giros supramarginal e o giro angular. 
 Funcionalmente o lobo parietal contém a área somestésica primária (giro pós-central) e a área 
somestésica secundária, além de abrigar também uma parte da área temporoparietal. 
2.3 Lobo Temporal 
 Possui dois sulcos importantes: sulco temporal superior, que fica entre os giros temporal superior e 
temporal médio, e o sulco temporal inferior, que fica entre os giros temporal médio e temporal inferior. 
MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 
2 
 
Quando as laterais do sulco lateral são afastadas, é exposto o assoalho deste sulco, que faz parte do giro 
temporal superior, posteriormente à assoalho encontram-se os giros temporais transversos. 
Já inferiormente, pode-se observar três sulcos: sulco occipito-temporal, sulco colateral e sulco 
hipocampal. E, entre os dois primeiros, tem-se o giro occipito-temporal lateral. O sulco do hipocampo 
delimita, junto com o sulco colateral, o giro para-hipocampal, e com o sulco calcarino, o giro occipito-
temporal medial. Anteriormente o sulco hipocampal separa o giro para-hipocampal do uncus. 
Funcionalmente, ele abriga as áreas auditivas primária e secundária (giro temporal transverso 
anterior), olfatória primária (uncus) e a área visual secundária (giros temporais médio e inferior). 
OBS.: Área de Wernicke 
Em um dos hemisférios, geralmente o esquerdo, a área auditiva secundária é especializada em 
interpretar as informações auditivas relacionadas a um código oral, isto é, a reconhecer o significado dos 
padrões de uma língua falada. Nesse hemisfério, a área auditiva secundária é também chamada de área de 
Wernicke. 
A área auditiva secundária do outro hemisfério geralmente se especializa em reconhecer questões 
subjetivas da fala, como a expressão passada em uma frase (tons de ironia e sarcasmo, por exemplo). 
De uma forma geral, o hemisfério esquerdo se especializa no nos detalhes (entender o significado 
de cada palavra – área de Wernicke – ou saber a articulação necessária para formar cada palavra – área 
de Broca), enquanto o hemisfério direito se especializa no geral (entender o significado de um contexto ou 
saber criar um contexto com significado). 
2.4 Lobo Occipital 
 Medialmente, observa-se o sulco calcarino e o sulco parietoccipital, e entre eles localiza-se o 
cúneo. Funcionalmente, as bordas do sulco calcarino abrigam a área visual primária, e o restante do lobo 
contém a área visual secundária, esta que se estende para uma parte dos giros temporais médio e inferior. 
 
3.0 VENTRÍCULOS LATERAIS 
 Como já foi dito, cada hemisfério cerebral possui 
cavidades chamas de ventrículos, que se comunicam 
com o III ventrículo através do forame interventricular. 
Exceto pelos forames interventriculares, cada 
ventrículo é uma cavidade completamente fechada que 
possui quatro partes: 
∙ Parte central: estende-se dentro do lobo parietal e 
une o corno anterior ao ponto de bifurcação que 
origina os cornos posterior e inferior; 
∙ Corno anterior: porção anterior ao ponto do forame 
interventricular, com sua parede medial formada pelo 
septo pelúcido separando os cornos anteriores dos 
dois ventrículos; 
∙ Corno posterior: penetra o lobo occipital e termina 
posteriormente em ponta; 
∙ Corno inferior: curva-se inferiormente e anteriormente em direção ao lobo temporal. 
Com exceção do corno inferior, todas as partes do ventrículo lateral têm o teto formado pelo corpo 
caloso. Os cornos anterior e posterior não possuem plexos coroides. 
 
 
 
 
 
MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 
3 
 
CAPÍTULO 2 
ESTRUTURA DO TELENCÉFALO 
1.0 SUBSTÂNCIA BRANCA 
 Também chamada de centro branco medular, a substância branca é constituída por fibras 
mielínicas, que podem ser classificadas em fibras de projeção ou fibras de associação. As fibras de 
projeção ligam o córtex aos centros subcorticais, enquanto as de associação ligam as áreas corticais 
situadas em diferentes locais no cérebro, e estas podem ainda ser divididas em fibras intra-hemisféricas 
(associam áreas de um mesmo hemisfério) e fibras inter-hemisféricas (associam áreas de hemisférios 
diferentes). 
1.1 Fibras de Associação 
I. FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTRA-HEMISFÉRICAS: podem ser curtas – associam áreas vizinhas do córtex 
– ou longas – se unem à fascículos para associar áreas distantes. Os principais fascículos compostos 
pelas fibras longas são: 
a) Fascículo do Cíngulo: une o lobo frontal ao temporal passando pelo lobo parietal; 
b) Fascículo Longitudinal Superior ou Arqueado: une os lobos frontal, parietal e occipital, sendo 
importante para a linguagem; 
c) Fascículo Longitudinal Inferior: une o lobo occipital ao temporal; 
d) Fascículo Unciforme: une o lobo frontal ao temporal, passando pelo sulco lateral. 
II. FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTER-HEMISFÉRICAS: também chamadas de comissurais, unem áreas 
simétrica dos hemisférios e formam três comissuras: 
a) Comissura do Fórnix: fibras que sedispõem entre as pernas do fórnix, comunicando os dois 
hipocampos; 
b) Comissura Anterior: tem uma porção olfatória, que liga os bulbos e os tratos olfatórios, e a que liga 
os lobos temporais; 
c) Corpo Caloso: é a maior das comissuras e conecta as áreas corticais simétricas dos hemisférios, 
exceto as do lobo temporal, que são unidas por fibras da comissura anterior. 
1.2 Fibras de Projeção 
Agrupam-se originando o fórnix, que liga o hipocampo aos núcleos mamilares do hipotálamo 
(memória) e a cápsula interna, um conjunto de fibras que separa o tálamo do núcleo lentiforme (putâmen + 
globo pálido lateral) e que é contínua com a coroa radiada e com o pedúnculo cerebral inferior, sendo 
dividida em ramo anterior, joelho e ramo posterior. 
É pela capsula interna que passam a maioria das fibras que saem (tratos corticoespinhal, 
corticonuclear, corticopontino, etc.) ou entram (saem do tálamo) no córtex cerebral. 
 
2.0 CÓRTEX 
 Como já visto, é uma fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do 
cérebro. É no córtex que chegam impulsos provenientes de todas as vias de sensibilidade, que nele se 
tornam consciente e são interpretadas. Dele saem os impulsos que iniciam e comandam os movimentos 
voluntários. 
 O córtex pode ser dividido em diferentes áreas, sendo comporto por neuronios, células neuroglias e 
fibras nervosas. Histologicamente, as camadas do córtex são, da superfície para o interior: 
› Camada Molecular – poucos neuronios e fibras horizontais; 
› Camada Granular Externa – células granulares, principais receptoras do córtex cerebral; 
› Camada Piramidal Externa – células piramidais, células de um único axônio com trajeto descendente até 
a substância branca. 
› Camada Granular Interna – células granulares; 
› Camada Piramidal Interna ou Ganglionar – células piramidais (camada efetuadora) 
› Camada de Células Lentiformes – células lentiformes, de um único axônio descendente. 
 
 
MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 
4 
 
CAPÍTULO 3 
ANATOMIA FUNCIONAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
1.0 INTRODUÇÃO 
 Do ponto de vista funcional, as áreas corticais podem ser classificadas em dois grupos: áreas de 
projeção, que recebem e originam fibras de sensibilidade e motricidade, e áreas de associação, onde 
acontece o processamento das informações, tanto de sensibilidades quanto motricidade. 
 As áreas de projeção, são divididas ainda em áreas sensitivas e áreas motoras, e são chamadas de 
áreas primárias, enquanto as de associação são divididas em áreas secundárias e terciárias. 
 As áreas primarias se comunicam com a medula e com o tronco encefálico recebendo impulsos 
sensitivos ou enviando motores, enquanto as secundarias se comunicam com elas enviando impulsos de 
coordenação ou recebendo sensitivos interpretando-os. Já a terciária, se relaciona com o pensamento, 
memória, processamento simbólico, tomada de decisões, planejamentos, etc. Basicamente, isso significa 
que as áreas primárias são responsáveis pela sensação, a secundária pela interpretação dessa 
associação, e por fim, a terciária é responsável pela decisão a ser tomada depois da interpretação. 
 
2.O ÁREAS MOTORAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS 
 Tendem a se localizar no lobo frontal. 
A área motora primária – M1 – localiza-se no giro pré-central e tem função de iniciar os impulsos 
que levarão ao movimento. É essencialmente eferente, mas possui aferência com o tálamo (informações 
do cerebelo e núcleos da base), área somestésica (determinados movimentos necessitam da integração 
dos sistemas sensorial e motor) e com áreas motoras secundárias. 
 As áreas motoras secundárias se relacionam com a coordenação dos movimentos, e são: 
I. Área pré-motora: localizada no lobo frontal, é formado da via córtice-retículo-espinhal tendo relação 
com a postura de movimentos delicados e planejamento motor. 
II. Área suplementar: localizada no giro frontal superior, tendo relação com o planejamento de movimentos 
complexos. 
III. Área de Broca: localizada no giro frontal inferior, especificamente nas partes orbital e triangular, é 
responsável pela articulação da linguagem. 
MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 
5 
 
Em relação às funções das áreas motoras secundárias, na execução de um movimento, há uma 
etapa de planejamento (áreas motoras secundárias e pelo cerebelo) e uma etapa de execução (área 
motora primária). Entretanto, vale salientar que a iniciativa de fazer o planejamento visando realizar um 
gesto não é das áreas motoras secundárias, mas sim da área pré-frontal (áreas terciárias). 
OBS.: APRAXIA – condição clínica causada pela lesão das áreas motoras secundaria, prejudicando o 
planejamento motor, ou seja, paciente perde a coordenação dos movimentos. 
 
3.0 ÁREAS SENSITIVAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS 
 Tendem a se localizar nos lobos parietal, temporal e occipital. Existem mais de uma área sensitiva 
primária, sendo uma para cada sentido: área somestésica primária – S1, área visual primária – V1, área 
auditiva primária – A1, área vestibular, área olfatória primária e área gustativa primária. 
 A área somestésica primaria – S1 – localiza-se no giro pós-central e tem relação com a 
sensibilidade somática geral, através das radiações talâmicas que trazem impulsos de dor, temperatura, 
pressão, tato e propriocepção da metade oposta do corpo. 
 A área visual primária – V1 – localiza-se no sulco calcarino do lobo occipital; a área auditiva 
primária – A1, no giro temporal superior; a área vestibular se situa no lobo parietal; área olfatória primária 
localiza-se no uncus do lobo temporal; e a área gustativa primária, localiza-se na porção inferior do giro 
pós-central. 
 Em relação as áreas sensitivas secundárias, estas responsáveis pela interpretação, geralmente se 
localizam próximas da área primaria correspondente, de modo que área somestésica secundária fica no 
lobo parietal superior logo atrás de S1, a área visual secundária (V2) circunda V1 e se estende pelos giros 
temporais médio e inferior, e a área auditiva secundária (A2) circunda A1. 
OBS.: AGNOSIA – condição clínica causada pela lesão das áreas sensitivas secundaria, gerando uma 
incapacidade de interpretação de algum sentido. Assim, o paciente não é capaz de identificar um objeto, 
por exemplo. 
OBS.: Tanto na área motora primária, 
quanto nas áreas sensitivas 
primárias existem correspondências 
entre partes do corpo e áreas 
específicas do córtex cerebral, o que 
levou à construção do “HOMÚNCULO 
DE PENFIELD”, uma representação 
de partes do corpo sobre a região 
cortical correspondente, tanto em 
aspectos sensitivos quanto em 
aspectos motores, que são, de 
maneira geral, semelhantes. É 
interessante observar, que tanto na 
representação do córtex motor 
quanto na do córtex sensitivo, a 
extensão da representação cortical de uma parte do corpo depende da importância funcional e da 
densidade de aferências dessa parte para a biologia da espécie, e não de seu tamanho. Isso torna-se 
evidente quando observamos que a mão do homúnculo é desproporcionalmente grande, o que evidencia a 
complexidade dos movimentos que é capaz de fazer e a sua eficiência em relação à sensibilidade. 
 
4.0 ÁREAS CORTICAIS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIAS 
 As áreas terciárias não se relacionam isoladamente com nenhuma modalidade sensorial, recebendo 
e integrando informações sensoriais já elaboradas por todas as secundárias. Suas principais áreas são o 
sistema límbico, área pré-frontal e a área temporoparietal. 
MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 
6 
 
 A área pré-frontal é responsável pela modulação da razão e da atenção, formação da 
personalidade e objetividade do raciocínio, além de ser o local de armazenamento da memória operacional. 
Compreende toda área não motora do lobo frontal e possui conexões com quase todas as áreas corticais, 
núcleos talâmicos, amígdala, hipocampo, núcleos da base, cerebelo e tronco encefálico, que lhe permite 
exercer funções coordenadoras das funções neurais. 
 O sistema límbico é responsável pela consolidaçãoda memória de longo prazo e pelas emoções. Já 
a área temporoparietal integra as informações sensoriais de todas as áreas sensitivas secundarias, 
promovendo uma compreensão associada de todo os sentidos, por exemplo ao assistir filmes. 
OBS.: Caso de Phineas Gage 
Vítima de um trauma grave, uma barra de metal atravessou seu crânio penetrando pela reborda 
ocular e saindo pelo osso frontal, atingindo sua área pré-frontal, Gage apesar de ter sobrevivido, teve sua 
personalidade completamente alterada, o que demonstra a influência dessa região sobre a personalidade 
de um indivíduo, sobre a forma como se insere em seu meio, seu contexto social e cultural, sua época. De 
certo modo, a área pré-frontal atua como um “inibidor de impulsos”, tendo um controle inibitório sobre o 
comportamento. 
 
5.0 CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
Conclui-se que a área de Broca contém os programas motores da fala e a de Wernicke, o 
significado, e que a conexão entre as duas possibilita entender e responder ao que os outros dizem. Essa 
conexão é feita pelo fascículo longitudinal superior/arqueado, através do qual, informações relevantes 
para a correta expressão da linguagem passam da área de Wernicke para a área de Broca. Vale ressaltar 
que a leitura e a escrita também têm relação com essas áreas. Assim, as afasias se dão por conta de 
lesões nessas regiões. 
5.1 Afasia de Broca ou Motora ou de Expressão 
É resultado de uma lesão da área de Broca e consiste na incapacidade de manter uma fala fluente 
(fala telegráfica – poucas sílabas ou palavras curtas e sem verbos), de modo que o paciente compreende o 
que lhe falam e sabe o que quer dizer, mas não consegue articular suas próprias palavras. Da mesma 
forma, ele é capaz de compreender a linguagem escrita, mas também não consegue se expressar 
escrevendo. 
5.2 Afasia de Wernicke 
 É resultado da lesão na área de Wernicke, e é caracterizada pelo paciente que não compreende o 
que houve, nem mesmo suas próprias palavras. O doente passa a emitir respostas verbais sem sentido, 
não dando o menor indício de estar entendendo o que lhe falam. Se a lesão for unilateral, a área auditiva 
secundária do hemisfério não-verbal ainda estará mantida: o doente vai entender a prosódia das frases, e 
por isso entenderá quando lhe foi feita uma pergunta, por exemplo. Só não saberá respondê-la, pois não 
entenderá seu sentido. Como a área de Broca não está comprometida, o doente articula palavras corretas, 
mas sem contexto nenhum. 
5.3 Afasia de Condução 
Acontece pela lesão no feixe de fibras que comunica a área de Wernicke com a área de Broca, o 
feixe arqueado. Os sinais dessa afasia são extremamente sutis, o único problema é a incapacidade de 
repetir qualquer coisa que lhe seja informado pela via auditiva. O paciente pode falar espontaneamente, 
mas comete erros de repetição e de resposta a comandos verbais (exemplo: se lhe pedem para repetir o 
que acabou de ser dito em um filme, ele não conseguirá, mesmo que se lembre o que foi). 
5.4 Afasia Global 
Quadro causado pela lesão de todas as estruturas supracitadas que possuem relação com a 
linguagem (área de Broca, área de Wernicke e fascículo arqueado). Nesses quadros, há perda da fluência 
do discurso e tanto a nomeação, quando a repetição, se encontram alteradas, entretendo a compreensão 
permanece normal.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes