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CRIANÇA COM DOR DE OUVIDO – RESUMO •Otite média aguda (OMA): principal causa de otalgia em paciente pediátrico. Define-se por secreção na orelha média, associada ao início rápido de outros sintomas sistêmicos. A história e o exame físico auxiliam, mas somente a otoscopia dá o diagnóstico. O sinal mais importante de otite média aguda é o abaulamento da membrana timpânica. A membrana timpânica normal é transparente (cor acinzentada) porém também pode hiperemiar com o choro. Já na OMA, a membrana está abaulada, hiperemiada, opaca, com mais vascularização. Pode ocorrer, ainda, a perfuração da membrana, cuja detecção por parte do clínico é complicada. Os fatores de risco de OMA incluem exposição à fumaça de cigarro, infecção (viral ou bacteriana), fatores anatômicos (fenda palatina, por exemplo), alergia, imaturidade imunológica, refluxo, uso de chupeta, irmãos com histórico de OMA, frequentar creche, entre outros. Os sintomas gerais, então, contemplam otalgia (mais comum), além de sinais inespecíficos, como febre, irritabilidade, cefaleia, anorexia, vômitos e diarreia. A conduta terapêutica em caso de OMA inclui: 1) Paracetamol (ou analgésico equivalente) 200mg/ml 14 gotas de 4 em 4 horas, para alívio da dor e da febre; 2) Amoxicilina 50mg/kg/dia por 5 a 7 dias (10 dias em crianças menores de 2 anos); 3) Soro fisiológico para lavagem nasal quando necessário; 4) Orientar que não fumem perto da criança; 5) Retorno em 2 ou 3 dias. O uso de descongestionantes e anti-histamínicos não é recomendado. Se no retorno o paciente estiver pior, deve-se suspeitar de resistência bacteriana (S. pneumoniae com principal agente). A secreção na orelha média pode ser serosa, mucoide ou purulenta. •Otite média recorrente (OMR): 3 episódios de OMA em 3 meses ou 4 em um ano. Devem ser feita profilaxia com antibacterianos. •Otite média secretora (OMS): inflamação na orelha média, com coleção líquida, porém membrana timpânica intacta.
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