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Exames Clínicos Periodontais

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Exames Clínicos Periodontais – UFPEL Amanda Figueiredo 
 
EXAMES CLÍNICOS PERIODONTAIS 
O exame periodontal é o primeiro passo realizado para identificar alterações periodontais, 
sendo importante para se estabelecer um diagnóstico e um plano de tratamento para o 
paciente. 
IPV – Índice de Placa Visível 
É um exame visual. Ele nos dá informações sobre a capacidade do paciente de remover o biofilme e sobre 
seu padrão de higiene bucal. 
Para realizar esse exame é preciso avaliar todas as faces dos dentes do paciente, informado ao anotador 
quais possuem biofilme; ao final, deve-se calcular o IPV do paciente, sendo que: 
IPV = número de faces com placa x 100 / número total de faces 
Lembrando que são três faces por palatina/lingual e três faces por vestibular, totalizando seis faces para 
cada dente avaliado. 
ISG – Índice de Sangramento Gengival 
Esse exame indica a frequência de remoção do biofilme pelo paciente e nos permite diagnosticar uma 
gengivite. 
Para a realização desse exame, utiliza-se uma sonda milimetrada (Williams) percorrendo a margem gengival 
a 45° em relação ao longo eixo do dente, aprofundando 1mm do instrumental; durante o exame as faces 
que apresentam sangramento devem ser anotadas. O cálculo do ISG é semelhante ao de IPV: 
ISG = número de faces com pontos sangrantes x 100 / número total de faces 
Podemos interpretar os resultados de IPV e ISG da seguinte forma: 
IPV e ISG altos: paciente possui gengivite; 
IPV alto e ISG baixo: gengiva saudável – o IPV pode estar alto porque o paciente não fez a escovação antes 
do exame, porém escova regularmente; 
IPV e ISG baixos: gengiva saudável; 
IPV baixo e ISG alto: gengivite – o IPV baixo pode indicar que o paciente realizou uma boa limpeza antes do 
exame, porém o ISG demonstra que geralmente esse não é o padrão de higiene do paciente; 
ISG > 30% = gengivite generalizada 
ISG > 10% = gengivite localizada 
Observação: mesmo que o paciente apresente sangramento inferior a 10%, é preciso lembrar que uma 
gengiva saudável não sangra. Dessa forma, mesmo que o resultado do ISG não seja indicativo de uma 
gengivite, é dever do CD alertar, orientar e motivar esse paciente para que ele melhore seus hábitos de 
higiene. 
FRP – Fatores Retentivos de Placa 
Os fatores retentivos de placa dificultam o controle de biofilme e, por isso, devem ser removidos. Entre os 
FRPs podemos citar: cálculo dental, cavidades de cárie, restaurações e próteses defeituosas, restos 
Exames Clínicos Periodontais – UFPEL Amanda Figueiredo 
 
radiculares, contenções. Ao passar essa informação para o periograma, podemos fazer uso de legendas para 
identificar o tipo de FRP presente. 
RECOMENDAÇÕES 
A partir da avaliação dos resultados encontrados após os exames clínicos, é preciso fazer algumas 
recomendações para que o paciente entenda o que há de errado e como ele pode colaborar com o CD no 
tratamento. Entre elas: 
Frequência: escovação com dentifrício fluoretado 3 vezes ao dia, principalmente antes de dormir. Além 
disso, acrescentar o uso de fio dental 1x ao dia. 
Motivação: mostrar ao paciente as regiões com sangramento e acúmulo de biofilme. 
Instrução de HB: observar e ensinar. Pedir ao paciente para que realize a HB e observar se ela está sendo 
eficiente. 
 Se o paciente consegue remover a placa – motivação. 
 Se ele não consegue remover a placa – verificar quais são as dificuldades, quais as áreas mais 
acometidas e a partir disso fazer orientações de acordo com as necessidades do paciente. 
GENGIVITE X PERIODONTITE 
 Manifestações inflamatórias na gengiva 
restritas à área marginal / periodonto de 
proteção; 
 Exames – IPV, ISG e FRP; 
 
 Inflamação dos tecidos de suporte; 
 Perda óssea e de inserção; 
 Mobilidade, inclinação dentária e 
envolvimento de áreas de furca; 
 Exames – PS, SS, PI e LF; 
PS – Profundidade de Sondagem 
É a distância da margem gengival até a porção mais apical sondável. O exame é realizado a partir da inserção 
da sonda milimetrada paralela ao longo eixo do dente. 
SS – Sangramento a Sondagem 
Indica a necessidade de tratamento subgengival. É realizado no momento da PS, anotando todos os sítios 
sangrantes após a sondagem. 
NIC / PI – Nível de Inserção Clínica / Perda de Inserção 
É a distância da junção cemento-esmalte até a porção mais apical. A junção não muda de altura, enquanto 
a margem gengival sim, por isso indica: 
 Experiência passada – o paciente já tratou a doença periodontal, mas como houve perda óssea a 
gengiva acompanhou o osso; 
 Quantificação demonstra a gravidade – o paciente pode ter uma PS elevada devido a inflamação 
gengival, mas não ter perda óssea; 
 Determinando o Nível de Inserção: 
 
 
Exames Clínicos Periodontais – UFPEL Amanda Figueiredo 
 
Margem gengival localizada na coroa anatômica: NI = PS – Distância da margem gengival até a JCE. 
Margem gengival coincide com a JCE: NI = PS. 
Margem gengival localizada apicalmente a JCE: NI > PS. 
 
Lesão de Furca 
A furca, região entre as raízes dos dentes multirradiculares, pode ser comprometida pela progressão da 
doença periodontal. A perda óssea observada nessa região é classificada em: 
 Grau I – perda horizontal não excedendo 1/3 da largura do dente; 
 Grau II – perda horizontal excedendo 1/3, mas sem exceder toda a extensão; 
 Grau III – destruição horizontal lado a lado; 
Para avaliar a lesão de furca, utiliza-se uma sonda Nabers da seguinte forma: 
 Em molares de 3 raízes: inserir a sonda pelas faces vestibular, mesial e distal. 
 Em molares de 2 raízes ou PM: inserir a sonda pelas faces vestibular e lingual. 
Mobilidade dentária 
 Grau I – mobilidade entre 0,2 – 1mm no sentido horizontal; 
 Grau II – mobilidade excedendo 1mm no sentido horizontal; 
 Grau III – mobilidade no sentido horizontal e vertical; 
Para realizar esse exame, deve-se apoiar o dedo na palatina/lingual do dente avaliado e o cabo do espelho 
na face vestibular para movimenta-lo. O auxiliar deve utilizar uma sonda milimetrada para avaliar a extensão 
do movimento. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Os exames complementares não dão diagnóstico, mas complementam os exames clínicos para servir de 
apoio no diagnóstico. 
Radiografias 
Os exames radiográficos auxiliam na observação de: 
 Quantidade de osso presente; 
 Condição das cristas alveolares; 
 Espessura do espaço do ligamento periodontal; 
 Lâmina dura; 
 Fatores de irritação como cálculo, restaurações mal adaptadas, próteses desadaptadas; 
 Formato radicular, espaço entre as raízes; 
 Considerações patológicas: lesões cariosas, periapicais, reabsorções radiculares; 
Teste de Vitalidade Pulpar 
Pode ser utilizado quando há suspeita de envolvimento endodôntico.

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