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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Consumo: um convite para desbravar esse vasto campo de estudo
RESUMO
De acordo com as minhas perspectivas, o artigo objetiva sintetizar as ideias dos principais
teóricos a respeito das práticas de consumo, de modo a examinar o fenômeno através da
revisão de suas obras.
Acredito que a discussão é de extrema relevância para que todos possam compreender os
processos que regem a sociedade de forma tão naturalizada pela nossa geração, que vem
se tornando muito consumista ao passar dos anos, e conforme as minha visão, é um ato
que provavelmente irá se agravar futuramente, consumir está se tornando cada vez mais
fácil e rápido, além de todas as outras questões envolvidas, que foram citadas no texto.
Deste modo, a leitura de abordagens críticas a respeito da sociedade do consumo
enriquece a formação social do indivíduo, fomentando a reflexão dos processos hoje
intrínsecos ao seu próprio cotidiano e modo de estar no mundo, e desenvolvendo um senso
analítico sobre a realidade e as relações sociais.
Segundo a autora, consumo é conceituado como um fato social, um processo de troca
simbólica, sendo ele, de signos e significados que dão sentido ao modo de ver e estar no
mundo e um sistema de comunicação – por meio do consumo haveria a interação social.
Ou seja, o consumo seria o instrumento cultural que determina o modo de agir dos
indivíduos em sociedade, quando a autora cita esse fato, eu relaciono muito com a atual
situação que nós estamos vivendo, que foi um dos assunto que até foi abordado em uma
das aulas, que é as redes sociais, com o avanço das redes sociais, o consumo se tornou
uma forma de status social e como as pessoas irão te ver e te tratar socialmente.
Dito isso, ao final do texto, a autora aborda a relação entre consumo e cultura, tendo em
vista que os valores são atribuídos aos bens socialmente. Os bens serviriam para
comunicar valores acerca do próprio indivíduo e das sociedades que os consomem, dando
sentido às trocas rituais. Assim se dá a cultura material, com os objetos carregando
símbolos e signos e dando sentido a momentos e práticas sociais.
É trazida à tona a teoria de Dumont e esse termo ambíguo “cultura material”, uma dicotomia
entre o abstrato e o físico, usado para explicar o nascimento do indivíduo moderno e da
sociedade de consumo.
A cultura material contemporânea agiria pela lógica de ter ou não condições de consumir
determinados objetos, assim criando grupos sociais (bem definidos) nos quais determinados
bens são ou não consumidos.
Outra teoria interessante trazida à tona, de Calin Campbell, é o entendimento de que o
consumidor moderno é tomado pela dicotomia entre o hedonismo e a razão, e que por isso
está sempre em busca de novidades.
Além disso, a autora fala sobre a ética romântica e o espírito do consumismo moderno, e
ela cita que para Campbell, há um romantismo no consumo e que o indivíduo está sempre
em devaneios, pensando na próxima experiência de consumo que o dará prazer.
nesse trecho algo que eu relacionei, foi como o consumo se expandiu para diversas áreas,
como no caso de datas comemorativas, que temos o desejo/sonho de ganhar ou comprar
algum objeto de consumo e a sensação que isso nos traz e como durante essa datas o
consumo se tornou algo praticamente obrigatório.
A autora também se utiliza da teoria de Durkheim sobre a sociedade para pensar em
consumo: para que haja o indivíduo, há de haver uma criação coletiva – logo, o consumo é
um fenômeno coletivo que tem no indivíduo sua instância de verificação.
Apesar da sociedade ser dita racional no que diz respeito à valorização da lógica tradicional,
alguns de seus aspectos fundamentais são permeados de simbologias, como é o caso do
consumo. A linguagem publicitária se aproxima da narrativa mítica, utilizando-se de
simbolismos para criar uma sociedade midiática que retroalimenta a sociedade real.
Partindo dessa premissa, se afirma a aproximação entre consumo e magia, entre o profano
e o sagrado. Na sociedade do consumo, a representação de determinados objetos é
sacralizada pela publicidade, embutindo um valor simbólico que lhes confere uma aura
mágica. O fenômeno do consumo seria representado assim: Agentes ou mágicos – a mídia
e profissionais de comunicação; Atos ou ritos mágicos – as práticas do consumo;
Representações – as mensagens publicitárias e midiáticas.
Também é mencionado um dos autores mais relevantes do pensamento teórico sobre
comunicação e consumo, que é o Jean Baudrillard, para assim, ampliar a discussão sobre
a Sociedade de Consumo. Para o autor, tudo na sociedade passa a ser representação a
partir do advento das mídias de massa, como citado anteriormente, sendo eles o rádio,
televisão e redes sociais. O mundo natural e social seria forjado pela linguagem de
signos e símbolos, e tudo seria espetáculo.
A publicidade, através das mídias de massa, cria esse ambiente porque o consumo só se
dá no campo simbólico, ainda que seja comum que suas mensagens utilizem uma retórica
utilitária com foco na eficácia e funções dos produtos.
Baseando-se na obra de Lévi Strauss, a autora verifica as condições para haver o ritual do
consumo: O “ator”, no caso o profissional de comunicação e a marca representada,
precisam acreditar minimamente na doutrina que está "representando"; A sociedade de
consumo precisa acreditar na eficácia do ritual, as práticas de consumo, ao consumir os
bens e a própria publicidade; O consumidor precisa acreditar na eficácia do ritual.
A autora conclui que o indivíduo contemporâneo encontra no consumo o prazer efêmero e
imediato que busca, porque com a globalização, estão todos sempre com tanta pressa.
Afirma também que o consumo não supre necessidades físicas, há muito tempo, o consumo
deixou de suprir exclusivamente necessidades físicas, mas sim, necessidades simbólicas, e
que há reflexos da mudança no modo de consumir nas possibilidades de cidadania,
baseando-se nos pesquisadores dos Estudos Culturais, Mary Douglas e Canclini.
E o pertinente adendo final de que não se deve ver o consumidor como mero receptáculo
das mensagens publicitárias, supondo uma passividade diante da narrativa construída. Os
Estudos Culturais aqui reportados vêm como uma forma de abrirmos os olhos para outras
perspectivas, que a maioria dos indivíduos que não estão adentrados dentro desta área,
não reflete sobre como o consumo é um assunto muito vasto, que precisa ter uma ênfase.

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