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Diabetes Mellitus

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 Manuel, 55 anos, vem a consulta 
para solicitar check-up. Ele está 
muito preocupado e acha que tem 
Diabetes, pois gosta muito de comer 
doces; 
 O que você faria nesse caso? 
Vamos começar pelo começo 
(investigar se ele tem indicação para 
fazer o pedido de exame de 
diabetes); 
 Subjetivo: experiência do paciente 
sobre doença; história de outra 
condição crônica, como HAS; história 
prévia de DM gestacional; hábitos 
(atividade física, alimentação, 
tabagismo, consumo de álcool); 
queixas associadas com DM 2 
(candidíase de repetição, fadiga, 
turvação visual, presença de tríade 
polifagia / polidipsia / poliúria, 
disfunção erétil, periodontite); uso de 
medicações contínuas; 
 Objetivo: medidas antropmétricas 
(peso, altura, circinferência de 
cintura e de quadril); ectoscopia: 
acantose nigricans; sinais vitais (PA); 
 (S): Continuando a consulta, você 
descobre que Manuel trabalha como 
porteiro e é sedentário. Possui 
alimentação diária rica em verduras, 
legumes e frutas. Mora com a 
esposa, Dona Irene, e não tem filhos. 
Bebe raramente e nega tabagismo. 
Refere estar muito ansioso para 
saber o resultado do “teste do 
açúcar”, pois seu pai “perdeu o pé 
para diabetes”; 
 (O): Peso: 92Kg, 1,70m, IMC 31,8 
Kg/m2, PA 130x80mmHg, 
circunferência abdominal 104cm; 
 Agora realizar questionário 
Findrisk: 
 
 O médico solicita exames 
laboratoriais e ele retorna em 20 dias 
com resultados. Os resultados 
revelam uma glicemia de jejum de 
132mg/dl, sem valores anteriores de 
comparação. Não possui valores de 
hemoglobina glicada ou teste de 
tolerância oral à glicose; 
 Realiza outro exame para a 
confirmação diagnóstica de DM2, a 
não ser que paciente apresente 
sintomas clássicos e glicemia casual 
maior/igual 200 (Ex: passei mal e 
médico colheu glicemia de jejum e 
 
 
deu maior/igual que 200 não 
importando quanto tempo tenha de 
jejum); 
 
 Manuel volta 15 dias depois com o 
segundo resultado de exame 
laboratorial. No momento, encontra-
se assintomático; 
 1° glicemia de jejum de 
132mg/dl; 
 2° glicemia de jejum de 
140mg/dl. 
 Agora podemos afirmar que 
Manuel tem DM2, já que deu 
maior/igual que 126mg/dl; 
 Não caso de Manuel, mas o uso de 
insulina muitas vezes é necessário. 
 Pessoas com maior risco de 
desenvolver DM: 
 Pressão arterial > 135x80 
mmHg;
 Obesidade (IMC > 30);
 História prévia de diabetes 
gestacional;
 História familiar de diabetes 
em parente de 1° grau;
 SOP (síndrome do ovário 
policístico).
 Para essas pessoas, deve-se 
solicitar glicema de jejum; 
 Questionário de Findrisk: 
 Baseia-se em 8 questões – 
relacionadas com risco de 
desenvolver diabetes;
 Saber interpretar os 
resultados (número mágico: 
12).
 Fluxograma para diagnóstico: 
 Longitudinalidade ao 
acompanhar o paciente. 
 Exames (números mágicos): 
 Glicemia de jejum: < 110 = 
normal, entre 110-125 = 
encaminhamento para 
mudnça de hábitos / de vida, > 
126 = diagnóstico de diabetes; 
 Teste de intolerância oral a 
glicose: < 140 = normal; entre 
140-199 = encaminhamento 
para mudança de hábitos / de 
 
 
vida, > 200 = diagnóstico de 
diabetes; 
 Hemoglobina glicada: < 5,7 = 
normal, entre 5,7-6,4 = 
encaminhamento para 
mudança de hábitos / de vida, 
> 6,5 = diagnóstico de 
diabetes. 
OBS: É sempre bom e válido 
conversar com o paciente sobre 
mudança de hábito (3-6 meses – fácil 
de falar, difícil de fazer), não importa 
valores dos exames -> se der positivo 
e ele não tem necessidade de 
mudança de hábito, passar direto 
para aplicação de insulina. 
 Todos ele precisam de um 
teste confirmatório. 
OBS: Hemoglucotest (HGT) é um teste 
que mede quantidade de glicose no 
sangue. Utilizado para paciente em 
uso de insulina ou em caso de 
emergência / urgência -> não é usado 
para diagnóstico. 
 Fluxograma para tratamento: 
 
OBS: Hemoglobina glicada de 
diagnóstico = 6,5%; meta = 7% -> os 
valores são diferentes para dar 
diagnóstico e para afirmar que o 
paciente está controlado ou não. 
 
 Fluxograma para 
acompanhamento: 
 
 Retorno em 3 meses: glicemia 
glicada é a média da glicose 
dos últimos 3 meses. 
 Exame dos pés: 
 Avaliação da sensibilidade 
superficial (monofilamento 
10g) e profunda (diapasão); 
 Palpação dos pulsos 
periféricos (tibial posterior e 
pedioso); 
 Avaliação de presença de 
feridas, infecções, 
deformidades e alterações de 
trofismo; 
 Anualmente (ou com maior 
frequência de acordo com a 
classificação); 
 
 
 
 Técnica de aplicação do teste 
com monofilamento de 
Semmes-Weinstem -> 
monofilamento tem que estar 
reto, pé exposto, paciente 
com olhos fechados e fazer 3 
vezes no mesmo ponto 
(bolinhas vermelhas), 
perguntar se paciente está 
sentindo; se ele errar 3 vezes, 
teste positivo. 
 
 Trazer o paciente pro plano 
terapêutico (envolvimento) – ele tem 
que saber o quanto ele é importante 
para que o tratamento dê certo; 
 Onde aplicar a insulina? 
 Preferência: abdômen (2cm 
da cicatriz umbilical) e coxa, 
braço (região posterior), 
glúteo -> sempre revezando o 
local.
 
 A unidade básica fornece todo 
materal necessário para o paciente 
(insulina, agulha, antes da pandemia 
também oferecia o material para 
realizar o HGT); 
 Orientar ao paciente em como 
realizar o descarte adequado; 
 Meta de glicemia para DM: 
 HbA1c < 7%;
 Correspondente a:
 Glicemia de jejum entre 
70-130 mg/dl;
 Glicemia pós-prandial < 
180 mg/dl.
 Metas + flexíveis – HbA1c < 8% 
- vem sendo estabelecidas 
para certos grupos de 
pacientes (PA = 150x90 
mmHg).
 Mais para momentos pontuais 
(dúvidas) – “paciente 
compartilhado”; 
 Endocrinologista: 
 DM tipo 1 – tratamento 
terapêutico já começa com 
insulina;
 Dose noturna de NPH for > 30 
Ul/dia sem controle glicêmico;
 Dúvidas nas indicações de 
insulina ou não se sentir 
seguro para instituir ou trocar 
terapia.
 Cirurgia vascular: 
 
 
 Ulceração dos pés a partir do 
grau 3 da classificação de 
Wagner (comprometimento 
de estrutura óssea – 
osteomielite).
 Nefrologista: 
 TFG < 30 ml/min/1,73m2, 
macroalbuminúria ou perda 
rápida de função renal.
 Oftalmologista: 
 Pacientes com DM2, o 
referenciamento deve ser 
anual após diagnóstico.
 Prevenção é o melhor remédio; 
 Primária: orientar mudança de 
hábito de vida para indivíduos com 
chance de desenvolver DM; 
 Secundária: rastreamento de DM; 
 Terciária: avaliação periódica do 
pé diabético; 
 Quaternária: orientar a não 
realização de HGT para gerar meta 
de paciente não insulino dependente.

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