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Patrícia Miranda- MEDICINA DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA BACILOS GRAM-POSITIVOS ESPORULADOS: • Família Bacillacear - Bacillus ssp - Clostridium ssp. - O GÊNERO CLOSTRIDIUM- - Bacilos grandes, gram-positivos (muito variável), móveis. - Endosporos causam distensão do volume bacteriano. - Anaeróbios estritos: Células vegetativas esporulam quando expostas ao oxigênio. - Clostrídios invasivos: C perfringens, C. novyi, C.chauvoei. - Clostrídios não-invasivos: C. botulinum e C.tetani. - ESPOROS- Esporos são caracterizados de acordo com sua posição, tamanho e forma. A maioria dos Clostridium spp, incluindo C. perfringens e C.botulinum, apresentam esporos terminais ovais. - C. tetani apresenta esporos terminais redondos. - EPIDEMIOLOGIA- Encontrados em todo habitat anaeróbio disponível na natureza onde compostos orgânicos estão presentes. - Solo, sedimentos aquáticos, trato intestinal de animais. CLOSTRIDIUM TETANI Tétano - Esporo esférico e terminal (raquete) típico. - Produtor de uma potente neurotoxina: TETANOESPASMINA- uma das três toxinas mais “potentes” do mundo. - GRAM+ - Resiste a condições adversas de dessecamento e temperaturas extremas (acima de 120°C). - VEGETATIVO→ CONDIÇÕES DE ANAEROBIOSE → ESPOROS → PRODUÇÃO DE TOXINAS. Produzem a doença tétano - Mundialmente encontrado no solo e transitório no intestino. Tétano Patrícia Miranda- MEDICINA - Esporos são introduzidos em feridas: germinação em ambiente anaeróbio (tecidos desvitalizados, infeccionados, profundos) = produção de toxinas. A toxina migra através dos nervos até o sistema nervoso central que resulta em espasmos e rigidez dos músculos voluntários. O período de incubação é variável. Depois da infecção o paciente apresenta dano ao musculo voluntário com apresentação de mandíbula presa seguida de danos a musculatura involuntária (se não implementação do tratamento) resultando em morte por asfixia. É uma doença infecciosa não contagiosa, causada pela ação da toxina do Clostridium tetani sobre as células nervosas do SNC. Clinicamente: Manutenção do nível de consciência, hipertonia muscular, espasmos, insuficiência respiratória aguda e disautonomia. • EPIDEMIOLOGIA Quando a vacina foi implementada para prevenção os números de casos diminuíram Após a implementação da vacina também houve redução do tétano neonatal com diminuição da infecção ao cordão umbilical. • FISIOPATOLOGIA. Ferimento infectado com C. tetani, atinge primeiramente a musculatura e tecidos moles perilesionais, em condições de temperatura e ambiente induz a: Germinação e liberação de toxinas, essa toxina vai para junção neuromuscular (transporte axonal retrogrado) e Penetra no axônio dos neurônios motores Corno anterior da medula espinhal Penetra em axônios de neurônios inibidores mediadores glicina ou GABA (GERA O ESPASMOS RELACIONADO AO TÉTANO). Patrícia Miranda- MEDICINA A toxina atua no interneurônio inibitório bloqueado a ligação GABA e aumentando a concentração de ACTH provocando a rigidez ( + frequência de disparos de neurônio= resultando em contração crônica = HIPERTONIA). FIXAÇÃO DA TOXINA NESSE TERMINAL É IRREVERSÍVEL (3 SEMANAS). • APRESETAÇÕES CLINICAS Formas clinicas: tétano neonatal e tétano não-neonatal. TÉTANO NÃO NEONATAL 1. Tétano generalizado descendente. 2. Tétano localizado: espasmos musculares adjacentes a lesão. 3. Tétano generalizado: espasmos musculares generalizados. 4. Tétano cefálico. PERÍODO DE INCUBAÇÃO VARIÁVEL! • DIAGNÓSTICO Clinico Apresenta também aumento da CPK devido rabdomiólise, mas é critério diagnóstico. • TRATAMENTO - INESPECIFICO: Relaxamento muscular (sedação) Relaxamento muscular: para dificuldades de ventilação, espasmos, dor da hipertonia. Benzodiazepínicos Curare: para espasmos severos ou prolongados. Cateter central Sonda vesical de demora SNG: só passar se já intubado ou traqueostomizado Traqueostomia somente após IOT Disautronomia: nitroprussiato de sódio, volume, dopamina, adrenalina. TIG: imunoglobulina antitetânica humana 5000 U IM. Desbridamento de foco após 1 hora, com uso perilesional de TIG ou SAT (soro antitetânico)- contra indicado em tétano neonatal. Antibioticoterapia: Metronidazol ou Penincilina Cristalina. Controle: Vacinação O esquema vacinal completo recomendado pelo MS é de 3 Patrícia Miranda- MEDICINA doses administradas no primeiro ano de vida com reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. A partir dessa idade, um reforço a cada dez anos após a dose administrada. Em caso de ferimentos graves ou gestação, deve- se antecipar a dose de reforço caso a última dose tenha sido há mais de 5 anos.
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