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Proteção do complexo dentino-pulpar

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DENTÍSTICA I – UFSM 
Consiste na aplicação de um ou mais agentes protetores sobre 
a dentina (contaminada ou infectada) ou diretamente sobre a 
polpa, quando esta tiver sofrido exposição. Processo 
De Proteção Pulpar Indireta quando todo o tecido cariado é 
removido e o material protetor é aplicado sobre a dentina sadia 
profund,. Remoção Parcial De Dentina Cariada quando na 
tentativa de evitar exposição pulpar eminente, deixa-se a dentina 
infectada na parede pulpar da cavidade. Este método visa 
estimular a recuperação da polpa em fase de pulpite reversível, 
sem que haja exposição pulpar ou aumento de uma 
microexposição. Pode variar em modalidade de espera 
(tratamento expectante), modalidade imediata e tratamento 
restaurador atraumático convencional ou modificado. Já em 
situações nas quais a polpa evidentemente foi exposta, como em 
traumatismos dentários, o procedimento é chamado de Proteção 
Pulpar Direta (quando o material protetor é colocado diretamente 
sobre a área de exposição). Em situações clínicas mais adversas, 
é possível recorrer à curetagem pulpar ou ainda à Pulpotomia, 
que consistem na excisão superficial ou total da polpa coronária, 
respectivamente. 
 
Condição pulpar, profundidade da cavidade e idade dentária (pacientes 
senis ou dentes que já sofreram lesão) devem ser parâmetros para a 
escolha da terapia a ser aplicada e do material protetor mais adequado, 
associados às características intrínsecas do produto de escolha. 
 
 
Polpa tem estrutura tubular que favorece a permeabilidade 
transdentinária, resultando em comunicação com a polpa e com 
os prolongamentos odontoblásticos que se estendem pelos 
túbulos, principalmente na sua porção mais profunda  quanto 
mais profunda a porção de dentina, mais túbulos há. 
 
Dentina fisiológica primária: 
 depositada rapidamente durante o desenvolvimento do 
dente até a formação do forame apical 
 
Dentina fisiológica secundária: 
 depositada ao redor da polpa em ritmo muito mais lento do 
que o da primária, depois que a anatomia do dente está 
estabelecida 
 
Dentina terciária:: 
 com estrutura irregular, é formada em zonas subjacentes 
às áreas de irritação externa, a partir das células 
diretamente afetadas pelos estímulos patológicos. 
 Reacional, quando a lesão é leve e a deposição de dentina 
subjacente é regulada pelos odontoblastos (p. ex., em 
atrição dentária) 
 Reparativa, quando, mediante intensa agressão, ocorre dano 
irreversível aos odontoblastos diretamente afetados, e as 
células progenitoras diferenciam-se para promover a 
deposição de tecido mineralizado subjacente à lesão (p. ex., 
cárie de rápida progressão). 
 
Dentina esclerosada: 
 caracteriza-se pela existência de túbulos dentinários 
obliterados com material calcificado, processo que é 
acelerado frente a determinados estímulos, como abrasão. 
 
 
 indutiva: sua primeira função é induzir a diferenciação do 
epitélio em lâmina dental e a formação em órgão do 
esmalte 
 formativa: produzir dentina 
 nutritiva: conduzir metabólitos essenciais até a dentina por 
meio dos prolongamentos odontoblásticos 
 protetora: promover resposta dolorosa mediante estímulo 
físico-químico 
 de defesa ou reparadora: mediante estímulo, iniciar, 
respectivamente, processo de esclerose dos túbulos 
dentinários ou formação de dentina reparadora. 
 
Determinantes do tratamento 
 
 
Determinada pela quantidade de tecido dentinário perdido no 
processo carioso e no preparo cavitário. 
 
 
 
Superficiais: ficam aquém, no nível ou ultrapassam ligeiramente o limite 
amelodentinário. São obtidas em remoções de defeito do esmalte, por exemplo 
Rasas: são obtidas em lesões incipientes, quando a parede de fundo encontra-
se de 0,5 a 1,0 mm abaixo do limite amelodentinário Médias: envolvem até a 
metade da espessura da dentina remanescente (1 a 2 mm abaixo do limite 
amelodentinário). Em geral, são resultantes da troca de restauração ou de 
lesões cariosas de evolução lenta Profundas: mantêm apenas 0,5 mm de 
dentina remanescente Muito profundas: nesse caso, o assoalho da cavidade 
conta com menos de 0,5 mm de dentina até a polpa, podendo apresentar 
zonas róseas que evidenciam a proximidade pulpar. 
 
 
 
De acordo com a “história” clínica do elemento dentário 
(restaurações antigas e suas extensões, disfunções oclusais), é 
possível obter a condição anatômica e histológica da polpa. 
 
 a câmara pulpar de pessoas idosas apresente sua 
conformação diminuída, em decorrência da deposição de 
dentina secundária depositada. 
 pacientes jovens podem apresentar dentes senis, com 
câmara pulpar reduzida e tecido pulpar “envelhecido”.. 
 em elementos jovens, devido a sua câmara pulpar e seus 
túbulos dentinários amplos, a necessidade de cobertura 
protetora geralmente é indispensável. 
 
 
 ser isolante térmico e elétrico 
 ser bactericida e/ou bacteriostático 
 estimulrr eemineralização da dentina descalcificada, 
esclerose dentinária subjacente à zona da lesão, formação 
de dentina reparadora nas lesões profundas 
 ser biocompatível 
 ter resistência mecânica capaz de suportar a condensação 
dos materiais restauradores 
 evitar infiltração dos elementos tóxicos dos materiais 
restauradores e cimentantes e de microrganismos para o 
interior dos túbulos dentinários 
 ser insolúvel no ambiente bucal. 
 
 
 
SELANTES CAVITÁRIOS 
 
 promovem o vedamento da embocadura dos túbulos 
dentinários e das paredes circundantes da cavidade, 
objetivando tornar o preparo cavitário o menos permeável 
possível a fluidos e bactérias. 
 são indicados para as cavidades rasas e médias, locais em 
que a remoção de tecido cariado é feita por completo e 
viabiliza-se um tratamento restaurador convencional, sem 
proximidade ou exposição pulpar. 
 Ex: vernizes cavitários e os sistemas adesivos. 
 verniz cavitário como selante, associado ao amálgama, é 
uma combinação consagrada, mas por apresentarem 
grande solubilidade no meio bucal, os vernizes caíram em 
desuso, mesmo em associação com o amágama. Já sua 
associação com resina composta é inviável, pois os 
vernizes não apresentam adesão à dentina e contêm 
componentes que podem ser capazes de dificultar ou inibir 
a polimerização resinosa. 
 vernizes têm sido substituídos pelos sistemas adesivos. 
 sistemas adesivos tem seu papel como selante cavitário e 
sua utilização em dentina. 
 
Basicamente, o mecanismo de adesividade e o selamento ocorrem 
após a infiltração de monômeros resinosos através da camada 
superficial de dentina previamente desmineralizada e sua polimerização, 
formando uma camada de íntima inter-relação da trama colágena 
exposta com o monômero, denominada camada hibrida com seus tags 
e microtags (prolongamentos e anastomoses que se estendem nos 
túbulos), a camada híbrida formada reduz a sensibilidade pós-operatória 
e a infiltração marginal, promovendo vedação dentinária nas 
restaurações adesivas. Estudos demonstram que os sistemas 
autocondicionantes acarretam menor sensibilidade pós-operatória que 
os sistemas convencionais, o que é uma característica positiva. 
 
 
Formação da camada híbrida com seus tags (setas). 
 
BASES CAVITÁRIAS 
 
 geralmente, na composição pó/líquido. 
 Função: proteger o material usado para forramento da 
cavidade, repor parte da dentina perdida, ajustar o preparo 
cavitário de acordo com a necessidade e, 
consequentemente, diminuir o volume de material 
restaurador definitivo. 
 pelo maior volume que ocupam na cavidade, são mais 
efetivos na proteção termoelétrica do dente. 
 em cavidades com profundidade média a grande, para não 
interferirem na resistência do remanescente dentário e da 
restauração definitiva. 
 principais materiais: cimentos à base de óxido de zinco e 
eugenol e cimentos de ionômero de vidro, convencionais e 
modificados por resina. 
 
FORRADORES CAVITÁRIOS 
 
 geralmente na forma de pó e líquido ou na forma de pasta. 
 após sua manipulação e inserção na cavidade, formam uma 
fina camadaque funciona como barreira protetora e 
estimula a formação de ponte de dentina quando a polpa é 
exposta. 
 baixa resistência mecânica e, por isso, são indicados para 
aplicação em cavidades profundas, com grande 
proximidade ou exposição pulpar. 
 devem contar com propriedades que auxiliem na 
cicatrização da polpa e amenizem os efeitos irritantes e 
tóxicos dos materiais restauradores definitivos, além de 
desempenharem ação bactericida e/ou bacteriostática. 
 o material mais é o hidróxido de cálcio; porém, o agregado 
trióxido mineral (MTA, do inglês mineral trioxide aggregate) 
tem se mostrado como boa opção também. 
 em situações em que não ocorreu exposição pulpar e a 
cavidade é profunda, pode-se optar pelo cimento de óxido 
de zinco e eugenol tipo IV. 
 
 comercialmente apresentado nos formatos de pasta base e 
pasta catalisadora ou na forma de pasta única, que 
necessita ser fotoativada para reação de presa. 
 
: 
 constitui-se da mistura do pó de hidróxido de cálcio 
dissolvido em água destilada. Como não toma presa, a pasta 
é extremamente solúvel e não apresenta resistência 
mecânica. Além disso, é essencial a proteção com uma 
sobrebase (p. ex., o cimento de hidróxido de cálcio) ou a 
utilização de um material como o cimento de ionômero de 
vidro como base protetora do agente forrador. 
 
 podem ser preparadas pelo próprio profissional, adicionando 
de 10 a 20 g de hidróxido de cálcio pró-análise em 200 mℓ 
de água destilada. Essa dissolução deve ser mantida em 
repouso para que toda a suspensão sólida de hidróxido de 
cálcio decante, de modo que permaneça na superfície do 
recipiente apenas a solução alcalina a aproximadamente 
0,2% de hidróxido de cálcio, que servirá para lavagem de 
toda a profundidade da cavidade para proteção pulpar e 
restauração posteriores. A “água de cal”, como pode ser 
denominada, serve como neutralizadora da acidez cavitária, 
agente bacteriostático e hemostático. 
 a suspensão consiste no mesmo preparado da solução, 
sem deixar decantar o excesso de hidróxido de cálcio. O 
líquido leitoso resultante da mistura deve ser gotejado na 
cavidade, que deve ser seca indiretamente até a formação 
de uma fina película esbranquiçada e fosca na parede de 
fundo. Essa técnica tem sido substituída com a evolução 
dos cimentos de hidróxido de cálcio, em razão de sua 
praticidade, mas ainda é uma alternativa viável e barata. 
 
 
Sequência de manipulação do hidróxido de cálcio. A. Pasta base e pasta 
catalisadora proporcionadas. B. Manipulação do material. C. Inserção do cimento 
na cavidade. 
 
: 
 também é uma opção prática e de baixo custo, que não 
requer preparo prévio. 
 para facilitar sua aplicação, pode-se lançar mão do aplicador 
de hidróxido de cálcio. 
 quando o processo inflamatório que acomete a polpa é 
intenso, a inserção direta do cimento pode ficar dificultada 
pela hemorragia do tecido. Nesse caso, o pó de hidróxido 
de cálcio torna-se uma boa indicação, pois auxilia a 
hemostasia. 
TIPO DE Apresentação QUANDO UTILIZAR 
Pó Em proteção direta 
Cimento 
Em proteção direta, como forrador, 
como sobrebase em capeamentos 
feitos com pó ou pasta 
 é inicialmente bactericida e bacteriostático. 
 promove cicatrização e reparo a partir do seu pH 
 neutraliza o pH dos ácidos. 
 estimula sistemas enzimáticos. 
 
 tem alta solubilidade ao meio (propriedade que pode facilitar 
infiltração marginal se o material for mal aplicado). 
 tem baixa resistência mecânica. 
 
Conceitos atuais mostram que depois de totalmente formada a dentina, 
ela retém em sua matriz extracelular (MEC) moléculas que participam 
desse processo de formação, sendo portanto um reservatório de 
fatores do crescimento. Isso norteia a hipótese de que o hidróxido de 
cálcio (bem como a do MTA), promovem a solubilização da MEC e à 
mobilização dessas moléculas bioativas. Esses materiais atuariam como 
moduladores do reparo tecidual do complexo dentinopulpar. 
 
 comercialmente recente. 
 composto por óxidos minerais e íons, e que se assemelha 
muito ao cimento Portland
®
, utilizado na construção civil. 
 estudos demonstram sua biocompatibilidade quando 
colocado diretamente sobre a polpa de animais e de 
humanos, tanto de dentes permanentes quanto de dentes 
decíduos. 
 Indicado como material de escolha para capeamento pulpar 
direto, biocompatível, estimula a formação de ponte de 
dentina e é antimicrobiano. 
 comportamento semelhante ao do hidróxido de cálcio, com 
a vantagem de estimular a formação de uma barreira 
dentinária mais homogênea e contínua, além de 
desencadear um processo inflamatório menos intenso. 
 ação bioestimuladora pela liberação de íons cálcio pelas 
adjacências dos tecidos, e sua ação antimicrobiana ocorre 
por doação de íons hidroxila e aumento do pH. 
 a longo prazo, menor liberação dos componentes 
antimicrobianos devido a menor solubilidade. Outro ponto 
desfavorável desse material é a dificuldade de inserção na 
cavidade e a baixa resistência à compressão inicial, o que 
vai melhorando ao longo do tempo. 
 não sofre prejuízo com umidade e sangramento, o que o 
torna uma ótima alternativa nos tratamentos como 
pulpotomia e capeamento pulpar direto. 
 
 
 
Uma alternativa bastante empregada na clínica diária é a 
utilização do CIV como material restaurador temporário, 
aguardando silêncio clínico do tratamento restaurador 
conservador aplicado e, posteriormente, rebaixando-o para 
aproveitá-lo como base cavitária de uma restauração definitiva. 
Essa é uma maneira de agilizar o procedimento e dispor do 
material com sua total maturação e melhores propriedades 
mecânicas. 
 
Métodos terapêuticos 
 
Sem exposição Com exposição 
Materiais ALTERNATIVOS E 
CONTROVERSOS 
CIV 
Cimento de hidróxido 
de cálcio 
Sistemas adesivos 
Cimento de óxido 
de zinco e eugenol 
Cimneto MTA 
Cimento de 
hidróxido de cálcio 
 
 
Considerar: 
 sensibilidade térmica e nível de comprometimento periapical 
 acessibilidade da cavidade para escovação 
 suscetibilidade do dente à fratura 
 motivação do paciente para controle da placa bacteriana. 
 
Ao programar um tratamento conservador, é importante ter sempre 
um kit de urgência em caso de exposições pulpares, o qual deve 
conter curetas de dentina afiadas, cânula de aspiração, odontoscópio, 
brocas Carbide (330, 328) e esféricas lisas de haste longa. 
 
 
 definidas por Frencken et al. como procedimentos feitos 
sem a utilização de instrumentos rotatórios e sem 
anestesia, nos quais as camadas mais profundas do tecido 
cariado são deixadas sob o material restaurador. 
 material: ionômero de vidro. 
 maior desgaste superficial e menor rigidez do material 
restaurador quando comparado com os convencionais, 
como amálgama e resinas compostas. 
 uma limitação é quando a abertura da cavidade não 
permite a passagem do instrumento manual, o que pode 
ser contornado pela utilização de recortadores de bordo ou 
machados para romper a camada de esmalte socavado. 
 bem indicada para atendimentos realizados em locais com 
poucos equipamentos, situação comum na saúde pública e 
em especialidades como a odontopediatria. Isso porque 
dispensa anestesia e instrumentos rotatórios cortantes, itens 
que, corriqueiramente, dificultam o manejo do paciente. 
 
 
 foi a primeira modalidade de tratamento conservador que 
deixa parte do tecido cariado. 
 consiste em remover parcialmente a dentina cariada, de 
forma a manter a dentina amolecida (infectada/contaminada) 
nas paredes profundas da cavidade, com o intuito de evitar 
exposição pulpar; após determinado tempo de espera, 
realiza-se uma nova abordagem para remoção de todo o 
tecido cariado amolecido que ainda persiste. Assim, após 
esse tempo de espera, e em condições apropriadas, o 
complexo dentinopulpar estimula sob esse remanescente 
cariado a formação de uma dentina esclerosada. 
 opção sensata e conservadora quando em lesão cariosa 
extensa, em que a sintomatologia dolorosa dá indícios de 
umapulpite tendendo ao irreversível, e o exame 
radiográfico confirma a proximidade com a câmara pulpar. 
 oferece chance de recuperação à polpa e manutenção da 
sua vitalidade. 
 um dado clínico importante nesses casos é o relato de 
sintomatologia dolorosa prévia por parte do paciente. 
 
As etapas da técnica operatória do tratamento expectante são:: 
 com o paciente anestesiado e o dente devidamente isolado, 
a remoção do tecido cariado deve começar pelas paredes 
circundantes, para depois estender-se à parede de fundo 
 a escavação deve ser realizada com cureta ou escavador 
de dentina manual, ou ainda com instrumento rotatório de 
baixa rotação, até que o máximo possível de dentina 
amolecida seja removida e se obtenha uma dentina de 
maior consistência, histologicamente classificada como 
contaminada 
 a cavidade deve ser posteriormente irrigada, e a parede de 
fundo, recoberta com cimento de hidróxido de cálcio 
 o selamento da cavidade deve ser realizado com material 
restaurador temporário, e, após 45 a 120 dias, se não 
houver sintomatologia dolorosa, o material restaurador 
provisório deverá ser totalmente removido e a detecção 
da remineralização da dentina cariada mantida deverá ser 
feita, se necessário, com a complementação da remoção 
de dentina amolecida. Só após essa etapa da técnica, o 
dente estará apto para a restauração definitiva. 
 
Para remover o tecido cariado, deve-se empregar, além das 
curetas, brocas esféricas de aço em baixa rotação, no 4 ou de 
maior diâmetro. Assim se evita remover em excesso o tecido 
cariado e expor a região do tecido pulpar. 
 
 diferentemente do tratamento expectante, não é realizada 
uma segunda intervenção para confirmar a remineralização 
do tecido cariado mantido. 
 indicada para lesões de cárie profunda, nas quais o paciente 
apresenta quadro clínico compatível com pulpite reversível, 
o que remete à reversibilidade do processo inflamatório. 
 faz-se o selamento da cavidade com material restaurador 
temporário (CIV) que em seguida possa ser adaptado como 
base cavitária. 
 Indicado o CIV, que pode ser rebaixado em sessão seguinte 
e mantido como base cavitária para imediata cobertura 
com restauração definitiva. 
 
“A permanência de dentina amolecida, porém selada, 
independente do material, produz interrupção do curso da 
doença, constatação científica que direcionou a uma nova forma 
de tratamento, muito mais conservador, minimamente invasivo e 
com manutenção da resistência do remanescente dentário.”
 
Constatação que corrobora Maltz et al. 
 
 
 remoção de toda a dentina infectada (amolecida) e 
posterior forramento da parede pulpar da cavidade dentária 
sem que tenha ocorrido exposição da polpa, mas podendo 
ser observada por translucidez. 
 pode ocorrer em casos de classe III (nos quais a parede 
vestibular dificulta a observação pelo clínico) e em troca de 
restaurações extensas. 
 quando se realiza o teste de curetagem, esse tecido 
remanescente oferece resistência, embora nele ainda 
possam existir bactérias dentro dos túbulos (dentina 
contaminada). 
 
A técnica operatória da proteção pulpar indireta em cavidade 
profunda e/ou muito profunda consiste nas seguintes etapas: 
 com o paciente anestesiado e o dente devidamente isolado, 
deve-se remover todo o tecido cariado e/ou restaurador. O 
resultado final será um preparo cavitário profundo ou muito 
profundo. 
 limpeza da cavidade: deve-se lavar com solução bactericida, 
como digliconato de clorexidina a 2% ou solução de 
hidróxido de cálcio. 
 1a opção (para cavidades profundas ou muito profundas em 
dentina sem esclerose): aplicar agente forrador + base 
cavitária + selante cavitário, além de inserir material 
restaurador definitivo. 
 2a opção (para cavidades profundas ou muito profundas 
em dentina com esclerose): aplicar base cavitária + selante 
cavitário, além de inserir material restaurador definitivo. 
 
 
 recobrimento direto de polpa dentária exposta por 
acidentes operatórios, como, por exemplo, na troca de 
restaurações extensas ou em casos de traumatismo 
dentário. 
 objetiva restabelecer a saúde da polpa e resguardá-la de 
agentes irritantes adicionais, mantendo sua vitalidade e 
estimulando a formação de dentina reparadora, também 
denominada ponte de dentina. 
 uma situação clínica corriqueira é quando ocorre um 
traumatismo dentário e o tempo de exposição do tecido 
pulpar não ultrapassa muitas horas. 
 
Técnica operatória: 
 anestesia e isolamento do dente 
 limpeza da cavidade: pode ser realizada com soro 
fisiológico, solução de hidróxido de cálcio ou digliconato de 
clorexidina 2% 
 ampliação do preparo: com broca de corte (p. ex., 330, 
328) ou esférica lisa, ampliar a área da exposição apenas 
para regularização das margens 
 nova limpeza da cavidade  observar coloração da polpa 
e hemostasia 
 aplicação do material de proteção.: 
 º1a opção: pasta ou pó de hidróxido de cálcio + cimento de 
hidróxido de cálcio + base cavitária + material selador (p. 
ex., sistema adesivo) + material restaurador 
 2a opção: cimento de hidróxido de cálcio ou MTA + base 
cavitária + material selador (p. ex., sistema adesivo) + 
material restaurador. 
 
 
 remoção superficial da polpa coronária que eventualmente 
tenha sido exposta durante o tratamento conservador 
(possivelmente contaminada por microrganismos do meio 
bucal), sofrido traumatismo dentário (quando o 
remanescente pulpar fica em contato com o meio bucal 
por poucas horas). 
Técnica operatória: 
 anestesia e isolamento do dente 
 abertura do orifício de exposição com brocas Carbide (p. 
ex., 330, 328) 
 remove-se de 1,5 a 2,0 mm de profundidade da polpa 
exposta, buscando extirpar toda a porção contaminada e 
irreversivelmente inflamada. Essa manobra deve ser 
realizada com cureta nova (bem afiada) ou com broca de 
aço esférica lisa. É imprescindível observar consistência ao 
corte 
 limpeza da cavidade: pode ser realizada com soro 
fisiológico, solução de hidróxido de cálcio ou digliconato de 
clorexidina 2% 
 hemostasia: deve-se observar o estancamento do 
sangramento após a limpeza da cavidade e o aspecto da 
coloração vermelho-viva da polpa 
 aplicar corticosteroide por 10 a 15 minutos (opcional; p. ex., 
Otosporin
®
) 
 aplicação do material. 
 1
a
 opção: pasta ou pó de hidróxido de cálcio + cimento de 
hidróxido de cálcio + base cavitária: cimento de ionômero 
de vidro ou cimento à base de OZE como restaurador 
provisório (aguardar silêncio clínico para restauração 
definitiva) 
 2
a
 opção: substituir o pó ou pasta de hidróxido de cálcio 
por MTA e restaurar com material restaurador provisório. 
 
 
Exposição pulpar. B. Curetagem pulpar. Após ampliação da cavidade, realiza-se a 
curetagem pulpar com cureta afiada e estéril. C. Remoção da porção superficial 
da polpa e hemostasia pulpar após limpeza. D. Inserção do pó de hidróxido de 
cálcio com “beija-flor”. E. Porção da polpa exposta recoberta com cimento de 
hidróxido de cálcio (em amarelo) pronto para receber a base e o material 
selador. 
 
 
 remoção da polpa presente na câmara pulpar, 
preservando-se o tecido pulpar que está nos condutos 
radiculares (canais). 
 indicada somente nos casos em que a lesão inflamatória 
restringe-se a uma pequena porção da polpa coronária. 
 para dentes permanentes, sua indicação é realizada quando 
o quadro clínico apresentado é de pulpite reversível, após o 
diagnóstico de cárie. 
 os maiores índices de sucesso desse tratamento 
encontram-se em polpas jovens, devido ao fato de o tecido 
pulpar não estar completamente amadurecido. Existe 
grande índice de problemas ocasionados pela pulpotomia, 
como mortificação pulpar ou formação de cálculos 
pulpares, o que restringe mais essa técnica em pacientes 
jovens. Por isso, ela está indicada, principalmente, na 
odontopediatria. 
 
Técnica operatória: 
 com o paciente anestesiado e o dente devidamente isolado, 
deve-se remover todo o tecido cariado e o tetoda câmara 
pulpar. Essa manobra pode ser realizada com broca Carbide 
330 ou 329 
 excisão da polpa coronária com cureta ou broca esférica 
lisa. Cortar o tecido pulpar em 0,5 mm abaixo da entrada 
dos canais 
 remover de 1,5 a 2,0 mm de profundidade da polpa 
exposta, buscando extirpar toda a porção contaminada e 
irreversivelmente inflamada 
 limpeza da cavidade: deve ser realizada com soro fisiológico 
e solução de hidróxido de cálcio 
 promover hemostasia 
 aplicar corticosteroide por 10 a 15 min (opcional) 
 inserir agente forrador (pó ou cimento de hidróxido de 
cálcio ou MTA) + material restaurador provisório (aguardar 
silêncio clínico para restauração definitiva). 
 
 
A. Exposição pulpar após remoção de todo o tecido cariado. B. Remoção de 
toda a porção coronária da polpa. C. Aplicação do pó de hidróxido de cálcio 
sobre a polpa. D. Cimento de hidróxido de cálcio sobrepondo o pó. 
 
Proteção para amálgama 
 
CAVIDADE PROTEÇÃO 
Rasa ou média 
 - limpeza com água oxigenada 10 
volumes; 
 - proteção com verniz, adesivo ou flúor. 
Profunda 
 - limpeza com Solução de Ca (OH)2 
 - opções: 
 - CIV + AMG. 
 - IRM + AMG. 
 - 3. Cimento de Ca(OH)2 + AMG 
(amálgama). 
Muito profunda 
 - Ca (OH)2 
 - Cimento de Ca(OH)2 + CIV|IRM + AMG 
(CaOH) 
Exposição pulpar 
 - limpeza com solução de Ca(OH)2 
depois secamos a cavidade e aplicamos 
o pó de Ca (OH)2. 
 - Pó de Ca(OH)2 + Cim de Ca(OH)2 + 
CIV|IRM + AMG (protegemos o pó com 
o cimento de hidróxido de cálcio e 
depois, protegemos o cimento com o 
CIV ou IRM.. Posteriormente podemos 
fazer a restauração definitiva com 
amálgama). 
 
Proteção para RESINA COMPOSTA 
 
CAVIDADE PROTEÇÃO 
Rasa ou média 
(cavidade que já tenha 
tido uma restauração) 
 - Sistema adesivo=S.A (total etch ou 
auto-condicionante) 
Profunda 
 - Sistema adesivo=S.A 
 - ou CIV+ S.A 
Muito profunda 
 - CIV+S.A 
 - ou Cim. de Ca(OH)2 + CIV + S.A (para a 
1ª restauração que o dente está 
recebendo.) 
Exposição pulpar 
 - Ca(OH)2 (pó) + Cim. De Ca(OH)2 + CIV 
+ S.A

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