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Umbanda: Uma Religião Universalista

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Umbanda
Não se pode negar que a Religião de Umbanda nasceu da mistura de diversas crenças, vindas de outras religiões. Talvez por isso a Umbanda seja a religião que recebe a todos, sem discriminações, principalmente de credo religioso, muito ao contrário do que acontece com o umbandista quando este é recebido por outras religiões.
Existem inúmeros Conceitos e Histórias acerca do surgimento da Umbanda, possuindo cada hum deles seu fundamento religioso.
 A Umbanda e uma religião milenar e brasileira em suas Origens. O termo Umbanda nunca existiu em outro Lugar fora do Brasil.
A Umbanda surgiu com o objetivo de trazer o resgate de uma religião primitiva, natural, voltada para o culto da Natureza e suas manifestações e elementos, como a Água, o Fogo, a Terra e o Ar, possibilitando a nós encarnados o contato direto com nossos antepassados na figura de entidades como Caboclos, Pretos-velhos, Crianças, etc.
Em 15 de novembro de 1908, um rapaz de 17 anos, Chamado Zélio Fernandino de Moraes, natural de Niterói RJ, incorporou hum espírito, chamado Caboclo das 7 Encruzilhadas, o qual declarou fundado O Primeiro Templo de Umbanda.
 Zélio se dedicou de Corpo e Alma a desenvolver o trabalho orientado pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, tendo por auxiliares o Caboclo Orixá Malé e Pai Antonio.
A Representação de Deus faz-se na figura de Zambi (banto - de Raízes Africanas), mas comumente na figura representativa de Jesus Cristo, que na Umbanda recebe o Nome de Oxalá.
A Umbanda baseia-se, ainda, na crença nas forças da Natureza, regida por um conjunto de Orixás que atuam tanto nas energias do plano físico, quanto no plano astral. Cada Energia da Natureza e regida e comandada por um determinado Orixá (Oxalá, Iemanjá, Xangô, Ogum, Nanã, Obaluaê / Omulu, Oxum e Oxóssi, etc.) que exerce também Influência, uma vez que cada pessoa encarnada e regida e protegida pela energia de determinados Orixás que compõem o seu juntó (Pai e Mãe de Cabeça).
A Umbanda norteia-se pelo ensinamento de que o Espírito atravessa o tempo em diversas encarnações, se sujeitando à lei do carma e, através dos médiuns - Aparelhos dos quais se utilizam as entidades e guias da umbanda para trazerem a mensagem dos Planos Superiores - desenvolve O Trabalho de Ajuda espiritual do qual a pessoa necessita, fortalecendo-a com palavras de incentivo e fé, Para que esta consiga solucionar problemas que esteja atravessando naquele momento, ou superando os obstáculos que apareçam em seu caminho.
Sincretismo 	
-fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretação de seus elementos. 
-fusão de elementos culturais diversos, ou de culturas distintas ou de diferentes sistemas sociais. 
Definição dada pelo caboclo das sete espadas:
“fenômeno místico-religioso que visa tornar inteligível um culto que possa ser praticado por vários povos ou grupos étnicos, que ate o momento tinham rituais e concepções diferentes. (...)”
A umbanda apresenta sincretismo com diversas religiões, mas não se fundindo com elas. Ela utiliza-se da imagem de santos cultuados na igreja católica por um fato histórico-cultural, na medida em que os negros chegavam ao Brasil como escravos, traziam em seu interior a crença nos orixás, porem não podiam manifesta-la pelo preconceito de seus senhores, que consideravam tal culto como heresia e feitiçaria. O negro africano cultuava sua crença através de seus ótas(pedras), cada orixá tem sua pedra e a forma encontrada pelos escravos negros foi associar a imagem de um santo católico mais representativo da força desses orixás, colocar seus ótas dentro destas imagens e reverenciar sua crença sem tê-la reprimida pelos seus senhores. A partir desse momento, dava-se o sincretismo destas duas religiões.
Havendo tal sincretismo só demonstra mais ainda o caráter universalista da umbanda, que resguarda e respeita a quantidade de espíritos superiores que veem a terra em missão de esclarecimento. A umbanda é um celeiro de fé e nela cabem todas as espécies de crença que possam levar ao objetivo maior de amor e caridade pregados nas entidades umbandistas. 
A umbanda em muitas vezes é confundida com o espiritismo, as duas não apresentam sincretismo, mas sim semelhanças, bem como na forma de manifestação das entidades que atuam em cada religião. 
Orixás
Para os umbandistas, existem varias formas e conceitos de orixás. A umbanda traz em seus fundamentos o culto e o respeito a essas forças geradoras de energia, que se complementam para cumprir o equilíbrio das leis divinas, a essas energias dão-se o nome dos orixás, que são os maiores responsáveis pela manutenção do equilíbrio necessário a dinâmica evolutiva das raças que habitam a terra. Assim cada orixá representa uma força da natureza, como a água, fogo, terra e ar.
Existe uma variação dos orixás, eles não encarnaram, não tiveram uma vida corpórea na terra, são apenas energias emanadas da própria natureza, denominados de Orixás Maiores, estes estão no topo da hierarquia que se desdobra em outras sete “orixás-menores” (espíritos superiores, não reencarnacionais), que são chefes de legiões, estas são dividias em falanges, que também possuem chefes e entidades chefes de grupamento. 
Dentro do culto umbandista o orixá não incorpora, o que se vê dentro dos vários centros, terreiros, tendas, são falangeiros dos orixás, ou seja, espírito de grande força espiritual, de grande luz, que trabalham sob as ordens de um determinado orixá. 
A Cada orixá esta associado uma personalidade e um comportamento, cada pessoa recebe a influencia de um orixá que será seu protetor por toda vida. Quando eles cultuam seus orixás, eles cultuam também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo e etc. essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia que auxilia no nosso dia-a-dia, ajudando para que o destino se torne cada vez mais favorável. É por esse motivo que o umbandista deve frequentemente ter contato com a natureza, uma vez que é nela que eles percebem mais claramente o recebimento das energias provenientes dos Orixás, sendo tal contado meio de ligação direta com o criador. 
	A energia divina representativa em cada orixá se combina, se conjuga e se harmoniza, desdobrando-se em outras energias que dão origem a outras manifestações da força divina da natureza: 
	-OXALA: Símbolo da natureza religiosa, santificada. Não é Deus, mas esta abaixo dele. Para os iniciados é o Cristo para os umbandistas é Jesus. 
	-IEMANJÁ: Símbolo da natureza feminina, da beleza e da reprodução. Na natureza liga as águas ao mar. No sincretismo é Nossa Senhora. 
	-XANGÔ: símbolo da justiça, segundo estudiosos é um orixá que dá origem a justiça terrena. Na natureza liga-se as montanhas. No sincretismo seria São Jerônimo 
	-OGUM: simboliza a ideia de trabalho, de luta, de guerra, de vitória. Na natureza liga-se aos metais. No sincretismo é São Jorge.
-OXÓSSI: simboliza a natureza jovem de homens e mulheres, a alegria saudável, a energia jovial. Na natureza está ligado as matas, no sincretismo é São Sebastião.
	-OBALUAÊ/OMULU: é símbolo de maturidade, de serenidade, amor, compreensão e humildade. Na natureza liga-se aos movimentos das águas, no sincretismo é São Cipriano. É o estado de espírito do velho.
-NANA: é primordial , é a energia que da origem ao mundo, é a energia que é criadora, é representativa da junção do elemento terra e água, que gera o elemento primordial de onde surgiu toda a vida do planeta terra. Da lama surgiu a primeira manifestação de vida no planeta. Dessa energia que surge toda a vida e é para essa energia que volta toda a vida quando finda a encarnação. 
-OXUM: a energia do orixá oxum é feminina, regente das águas doces, essa energia também é direcionada a fecundação e concepção. 
-IANSÃ: é a senhora dos ventos, da tempestade, sua energia é vinculada á força de Xangô. Enquanto xangô rege o trovão, Iansã atua com os ventos. 
Exu não é orixá, na umbanda, mas é o que vem a frente deles. Exu é guardião, é caminho entre luz e trevas, e cobrador perante a justiça cármica.Entidades e Falanges 
	Entidade é o nome dado a todos os espíritos que estão em determinada faixa de vibração astral que atuam dentro da umbanda. Conforme seu grau de evolução espiritual, esses espíritos são levados a fazer parte de uma falange (agrupamento de espíritos), afim de aturarem, aprenderem e evoluírem espiritualmente. La eles permanecem ate a possível volta para uma reencarnação ou a evolução para um plano espiritual superior. 
São as entidades que incorporam em um ritual de umbanda, sua função quando são pertencentes ás falanges é vir a terra e executar o trabalho ordenado pelos orixás. São as entidades os portadores da força divina que correspondem aos orixás. 
As entidades que trabalham na umbanda se apresentam em dois gruas hierárquicos: 
-GUIAS (que podem ou não ser chefes de falanges ou legiões)
-PROTETORES
As entidades, conforme sua faixa vibratória, dividem-se em varias flanges:
OS CABOCLOS: são entidades em sua maioria de indígenas desencarnados, que depois de centenas de anos no plano astral, resolveram abraçar o movimento religioso da umbanda. Trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros ensinando o amor ao próximo e a natureza, tendo como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé. Eles trouxeram para a umbanda toda a magia dos pajés e o poder milagrosos das ervas. Sua saudação: “ Okê, Caboclo, Okê Bambi Ôcrim.”
OS PRETOS VELHOS: são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de trabalho a essência da irradiação do orixá para quem trabalham. Existem formas diferentes evidenciadas na incorporação e também na maneira de trabalhar. 
O tratamento “preto velho” pode ser substituído por pai, vovô ou tio por tia.
OS BOIADEIROS: são espíritos de vaqueiros, posseiros, capatazes, cangaceiros e afins. Sabem que a pratica da caridade os levara a evolução, trabalham incorporados na umbanda, quimbanda e candomblé. São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmoniosos. Sua maior finalidade não é a consulta com os pretos velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios com os caboclos, e sim o “dispersar da energia”, aderida aos corpos, paredes e objetos. Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes. Sua saudação: “Xetro marrumbaxêtro”, “ minakêto navizála.”
OS CIGANOS: são entidades de um povo muito rico de lendas e história, a presença dessas entidades é rara, mas quando chegam trazem com eles todo o mistério da magia. Os ciganos não trabalham a serviço de um orixá especifico por isso não são guardiões de um terreiro. Para a falange de ciganos deve ser mantido um altar separado do altar geral. 
MARINHEIROS:		trabalham na linha de iemanjá e oxum, e sua mensagem é de esperança e força. São chefiados por uma entidade conhecida como Tarimá, São espíritos de pessoas que em vida foram marinheiros, são brincalhões, não são muito dados a falar ou dar consulta. Seu trabalho é realizado em descarrego, passes, no desenvolvimento de médiuns e em outros trabalhos que possam envolver demandas. 
Linha do Oriente 
A linha do oriente é divida em 07 falanges e composta em sua maioria por entidades de origem oriental é nessa linha que se encontram as falanges dos hindus, árabes, japoneses, chineses, romanos, etc. Esta linha procurou abrigar as mais diversas entidades, que a principio não se encaixaram na matriz formadora brasileira (índios, africanos e portugueses). Podendo a linha do oriente vir representada por entidades da linha de caboclos ou preto-velhos. Atuam com a arte de cura, vieram com a missão de humanizar corações endurecidos e fecundar a fé, valores espirituais e morais no mental humano. A linha do oriente é regida por oxalá e pai xangô, sendo que as entidades dessa linha atuam nas irradiações dos diversos orixás, conforme as demais falanges da umbanda. É chefiada por São João Batista, que tem o comando dos povos do oriente, onde se manifestam espíritos de profetas, apóstolos, iniciados, cabalistas, pastores, santos, etc
EXU E POMBAGIRA 	
Exu é agente de ligação entre os homens e os orixás. É guardiões dos caminhos, soldado executor das ordens dos Pretos-Velhos e Caboclos, executor da justiça cármica e por isso mesmo não faz mal a ninguém. Alguns confundem Exu como praticante do mal, mas nada equivocado, exu dá aquilo que você pede, se for o bem, devolve o bem, se pedirem o mal, devolve a quem o pediu, se este não tiver razão em seu pedido. De forma contraria, se perceber que o individuo que lhe pediu ajuda sofreu o mal de outra pessoa, devolve-o na mesma moeda que lhe desejou a quem o procurou. Exus são espíritos de pessoas que tiveram encarnação na terra, ou em outras orbes, ou seja, são seres criados pelo pai, eles são compromissados com as espiritualidade superior. 
A pomba-gira nada mais é do que um exu-mulher. O exu e a pomba-gira são conhecedores das paixões humanas, de seus desejos, defeitos e qualidades, por isso costumasse dizer que são espíritos “devassos”, prostitutas e delinquentes. 
Deve se ressaltar que exus e pomba-gira não precisam entortar seus médiuns quando incorporam, essa atitude provem do próprio médium que acredita que para incorporar essas entidades, necessitam se fazer todo torto, com expressões de ódio no rosto. Os dois atuam juntamente, formando um casal de guardiões do médium, que deve cultuar e respeitar a ambos. 
As falanges de exu também possuem uma hierarquia que é seguida entre os espíritos que a compõem conforme o grau evolutivo do espírito, e a atuação nos planos vibracionais mais próximos dos orixás de umbanda, ou próximo as trevas.

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