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A Importância das Fábulas

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uma história curta com características muito especiais. 
Em Portugal, teve grande valor na tradição oral. 
Uma fábula é … 
Era contada de geração 
em geração, de avós e 
pais para filhos e netos, 
e, sendo curta, era mais 
fácil de memorizar. 
A fábula tem duas características principais: 
1. As personagens 
são animais, plantas 
ou objetos que falam 
e agem como 
pessoas. 
A esta atribuição de capacidades humanas a outros 
seres ou coisas chama-se personificação. 
2. A fábula contém sempre uma lição de moral, um 
ensinamento sobre o comportamento das pessoas. 
O leitor ou ouvinte da 
fábula pode encontrar 
esta lição nas situações 
contadas na história, ou 
pode encontrá-la escrita 
ou dita diretamente 
numa máxima ou num 
provérbio. 
A palavra é de prata e o silêncio é de ouro. 
A união faz a força. 
Águas passadas não movem moinhos. 
A necessidade aguça o engenho. 
Escuta o conselho dos outros e segue o teu. 
Mais viver, mais aprender. 
EXEMPLOS DE PROVÉRBIOS 
Quase todos os povos do mundo criaram fábulas, 
atribuindo características humanas a animais e a outros 
seres. Por isso, estas histórias fazem parte da sabedoria 
popular. 
Eram contadas fábulas na 
antiga Suméria, no Egito e na 
tradição do povo hebreu. 
Noutra parte do mundo, as histórias contadas pelos 
índios da América falavam de situações vividas por 
animais, como forma de educar os mais novos na difícil 
arte da sobrevivência. 
Pensa-se que existiu, na Grécia 
antiga, um fabulista chamado 
Esopo, que terá contado 
histórias como “O leão e o rato”, 
“A tartaruga e a lebre”, ou “A 
raposa e o corvo”. 
As fábulas eram usadas na 
educação grega como exercício de 
treino na aprendizagem dos 
estudantes. 
Mais tarde, Fedro, um poeta 
latino, divulgou-as entre os 
romanos. 
Na Índia, ainda antes de Cristo, 
havia uma coleção de fábulas 
chamada Panchatantra, que, 
mais tarde, foi reinventada 
pelos árabes. 
Nesta obra, várias 
histórias protagonizadas 
por animais pretendiam 
transmitir sabedoria de 
vida a três jovens 
príncipes. 
Todas estas fábulas foram viajando através do tempo e 
das diferentes culturas, sendo reinterpretadas e 
servindo de inspiração a muitas outras histórias. 
O fabulista francês Jean de La 
Fontaine, que viveu no século 
XVII, recontou mais de duzentas 
fábulas em verso. 
Criador da fábula moderna, 
serviu-se deste tipo de histórias 
para descrever e criticar a 
sociedade do seu tempo. 
A fábula é, assim, uma forma narrativa muito antiga que 
continua a despertar a curiosidade de muitos leitores. 
Os animais são personagens 
com características bem 
definidas e que ajudam a 
mostrar vários aspetos do 
caráter das pessoas: vaidade, 
bondade, orgulho, inteligência, 
persistência, etc. 
A palavra fábula tem origem no latim (significa “relato”, 
“história”) e, ao longo do tempo, também adquiriu o 
significado de “história imaginária, inverosímil”. 
Ainda hoje usamos a palavra 
fabuloso, para caracterizar tudo o 
que seja extraordinário, admirável e, 
de certa maneira, maravilhoso. 
Podemos mesmo dizer 
que uma fábula é um 
conto em que as 
personagens falam 
sendo animais e que 
há sempre uma frase a 
ensinar-nos alguma 
coisa para não 
cometermos erros. 
Texto Narrativo 
Profa. Cristiane 
Lourenço 
Fábula 
Texto Narrativo 
Narrar é relatar fatos ou acontecimentos. 
Todos os dias contamos fatos reais 
ou imaginários. Por exemplo, 
quando relata ao seu melhor 
amigo algo que aconteceu numa 
aula ou no dia em que foi à praia 
com a sua família. 
Nestes casos está fazendo uma 
narrativa oral. 
Texto Narrativo 
O texto narrativo é um texto em que o 
narrador conta uma história, real ou 
imaginária, onde entram personagens 
que se envolvem numa ação, situada 
num espaço e tempo concretos. 
Texto Narrativo 
O narrador é aquele que conta a história e pode: 
• participar como personagem 
(utilização da 1.ᵃ pessoa); 
 Exemplo: Partimos para a capital, 
cheios de entusiasmo. 
 
• não participar e narrar apenas o que 
observa (utilização da 3.ᵃ pessoa). 
 Exemplo: O Afonso trepou à árvore e 
de lá conseguiu alcançar o vasto 
horizonte. 
Texto Narrativo 
As personagens são os intervenientes na ação e, conforme o seu papel, 
podem ser: 
• principais (desempenham um papel de maior importância); 
• secundárias (têm uma participação ocasional). 
As personagens são normalmente 
caracterizadas: 
 
• fisicamente; 
 Exemplo: Tinha uns grandes olhos 
verdes e o cabelo ondulado. 
 
• psicologicamente. 
 Exemplo: Era um rapaz tímido, que 
gostava de se isolar no seu quarto. 
Texto Narrativo 
O espaço é o local ou locais onde os 
acontecimentos se desenrolam. 
Exemplo: Avançou pela rua ladeada 
por árvores de grande porte. 
O tempo é o momento ou momentos 
em que decorre a ação, marcado pelo 
relógio e pelo calendário. 
Exemplo: Partiu ao início da manhã, 
com a mochila às costas. 
Texto Narrativo 
A ação é o conjunto de acontecimentos que têm lugar ao longo 
da narração. 
Uma narrativa geralmente tem três 
partes essenciais: 
• introdução (situação inicial); 
• desenvolvimento (peripécias); 
• conclusão (desenlace). 
Texto Narrativo 
Num texto narrativo há momentos de: 
 
• narração (relato de acontecimentos 
onde predomina o pretérito perfeito); 
 Exemplo: O comboio partiu à hora 
marcada. Francisco olhou pela janela e 
viu o relógio da estação afastar-se 
lentamente. 
Texto Narrativo 
• descrição (caracterização das 
personagens, dos ambientes, etc., onde 
predomina o pretérito imperfeito); 
 Exemplo: A sala tinha uns enormes 
cortinados que filtravam a luz do sol. 
 
• diálogo (conversa entre as personagens). 
 Exemplo: 
 – O que é que te aconteceu?! – perguntou 
Maria ao seu amigo. 
 – Nada de especial. Atrasei-me porque 
adormeci. 
Texto Narrativo 
Quando se escreve um texto narrativo, deve-se: 
• organizar as partes da história; 
• escrever o texto; 
• reler e proceder a eventuais correções. 
 
 
FÁBULAS E 
PROVÉRBIOS 
Profa. Cristiane Lourenço 
 
Certo dia uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma 
coruja. 
Que estranho animal! - pensou consigo mesma. Certamente não se trata 
de um pássaro. 
Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer 
voando em círculos 
Ao aproximar-se da coruja perguntou: 
- Quem é você? Como é seu nome? 
- Sou a coruja - respondeu o pobre pássaro em voz trêmula, tentando 
esconder-se atrás de um galho. 
- Ha, ha! Como você é ridícula! - riu a águia, sempre voando em torno da 
árvore. Só tem olhos e penas! Vamos ver, acrescentou, pousando num 
galho, - vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir melhor sua 
voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos. 
- Enquanto isso a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por 
entre os galhos para apanhar a coruja. 
Porém um fazendeiro havia colocado, entre os galhos da árvore, 
diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos 
maiores. 
Subitamente a águia viu-se com as asas presas à árvore, e quanto mais 
lutava para se desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas. 
A coruja disse: 
- Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar, apanhar você e trancá-la 
numa grande gaiola. Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros 
que comeu. Você, que passou toda a sua vida no céu, livre de qualquer 
 CARACTERÍSTICAS DA FÁBULA 
 
Apresenta os elementos narrativos (ação, 
personagens, narrador, local e tempo) 
 
a narrativa é curta 
 
as personagens, geralmente, animais ou objetos 
personificados 
 
traz uma reflexão 
 
no final tem uma moral. 
 
 ESTRUTURA DA FÁBULA 
 
Tem a estrutura de uma narrativa com: contexto 
inicial, problema, tentativa de solução, resultado 
final e moral. 
 
 Uma lamparina cheia de óleo gabava-se de ter um 
brilho superior ao do Sol. 
 Um assobio, uma rajada de vento eela apagou-se. 
 Acenderam-na de novo e lhe disseram: 
 - Ilumina e cala-te. O brilho dos astros não conhece o 
eclipse. 
 
 Moral da Estória: 
 Que o brilho de uma vida gloriosa não te encha de 
orgulho. Nada do que adquirimos nos pertence de 
verdade. 
“UM DIA DA CAÇA, 
OUTRO DO CAÇADOR”
 
 
 ATENÇÃO ÀS SEGUINTES ORIENTAÇÕES: 
 
 - Texto de 10 (dez) a 15 (quinze) linhas; 
 - Coloque um título na sua redação; 
 - O texto deve ter ligação lógica com o dito popular 
proposto; 
 - A redação deve apresentar as características da fábula; 
 - Não faça rasuras; 
 - Faça letra legível, utilizando caneta esferográfica de 
tinta azul ou preta; 
 - Construa seu texto segundo a norma culta da língua. 
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