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Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV Excreção de medicamentos O entendimento sobre a excreção é importante para a determinação da dose e do esquema posológico. CLEARANCE (CI T): é o volume de fluido (mL) por unidade de tempo (min). O clearance renal corresponde a fração do clearance total de um fármaco que é removido da corrente sanguínea (plasma e soro) por excreção renal; o clearance total é o somatório, determinado basicamente pelo renal (único órgão que permite a delimitação prática da razão de eliminação). Qual a quantidade de fármaco que existe no plasma? Volume real de distribuição: capacidade do fármaco de se distribuir pela água presente em todo o organismo. Volume aparente de distribuição (Dv): volume no qual o fármaco teria que se dissolver, para atingir a mesma concentração em que ela se encontra no plasma sanguíneo; é um valor fictício. OBS: se no corpo humano há, aproximadamente, 40L de água, valores: • <40: o fármaco está no compartimento vascular. • >40: o fármaco está sequestrado nos tecidos. EXCREÇÃO Os fármacos são, na sua maior parte, removidos do corpo através da urina, na forma inalterada ou como metabólitos polares (ionizados). • As substâncias lipofílicas (apolares) não são eliminadas suficientemente pelo rim. Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV • Os fármacos lipofílicos são metabolizados, em sua maioria, em produtos mais polares, que são excretados na urina. • Eliminação: bile, fezes e urina. Existem 3 processos básicos na excreção renal: • Filtração glomerular – peso molecular <20kDa. • Secreção tubular – sistema de transportadores. • Difusão através do túbulo renal – reabsorção. OBS: Fármaco (metabólito) ácido é excretado melhor em urina alcalina; Fármaco (metabólito) básico é excretado melhor em urina ácida. As unidades anatômicas funcionais do rim são os néfrons. • O sangue arterial passa, em primeiro lugar, pelos glomérulos que filtram parte do plasma. • Muitas substâncias também são secretadas nos túbulos proximais. • A maior parte da água é reabsorvida ao longo do néfron, sequencialmente pelos túbulos proximais, distais e coletores. • Numerosas substâncias também podem ser reabsorvidas pelo epitélio tubular e liberadas no líquido intersticial renal e, a seguir, no plasma. DEPURAÇÃO / CLEARANCE: é um meio não-invasivo de medir a eliminação de um fármaco pelos rins. A depuração de um soluto descreve quantos mililitros de plasma que passam pelos rins foram totalmente limpos daquele soluto em um dado período de tempo. Há uma relação entre o volume aparente de distribuição e a meia-vida. CINÉTICA DE ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS A seta azul indica a metabolização / característica hidrossolúvel do fármaco. Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV Quando o fármaco é administrado por via IV, não é possível delimitar a meia- vida logo de início, uma vez que há excreção e distribuição; devendo ser calculada apenas após o gráfico atingir uma linearidade. FILTRAÇÃO GLOMERULAR: só permite a passagem de moléculas com PM < 20000 (20kDa). • Albumina = 68000. SECREÇÃO TUBULAR: até 20% do fluxo plasmático é filtrado, 80% restante passa pelos capilares peritubulares. • Secreção ativa de ácidos e bases. • A eliminação de um fármaco mediada por transportadores pode efetuar a depuração máxima de um fármaco. o Penicilina – 80% ligada a proteína plasmática; mesmo assim possui velocidade alta de depuração. A imagem mostra em (A) um experimento para excreção de um ácido fraco. • Urina ácida – clearance menor. • Urina alcalina – clearance maior (4x no esquema). Em (B) observa-se a excreção de uma base fraca. • Urina alcalina – clearance menor. • Urina ácida – clearance maior. No esquema de 2 compartimentos, há sequestro para compartimentos periféricos (alto volume de distribuição), havendo uma constante de excreção e uma de eliminação, interferindo na meia-vida. Diversos fatores afetam a concentração do fármaco no sítio de ação, influenciando diretamente na resposta terapêutica. Todos os fármacos devem satisfazer certas exigências mínimas para ter efetividade clínica. • A molécula deve ser capaz de atravessar as barreiras fisiológicas. • Deve alcançar o órgão-alvo numa concentração apropriada. • A capacidade do fármaco de ter acesso a seu alvo também é limitada por processos que ocorrem no paciente: metabolismo e excreção.
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