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Semiologia do Sistema Respiratório

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Frederico Faria Melo Júnior Semiologia 
Medicina – IMEPAC – Turma XXX 
 
 
Semiologia do Sistema Respiratório 
1 
 
Dor torácica em SR 
➢ Dor pleurítica (ocorre pela alteração na camada visceral e parietal): É uma dor em PONTADA, AGUDA 
e de ALTA INTENSIDADE, SEM IRRADIAÇÃO, o paciente consegue DIRECIONAR O LOCAL. 
É acompanhada de tosse seca com o timbre alto e a dor se intensifica nos episódios de tosse. O paciente 
pode ter febre e dispnéia. 
Obs.: Quando a dor pleurítica desaparece por algum tempo e em seguida o paciente refere dispnéia, sugere-se derrame pleural (o 
líquido separa os folhetos inflamados e a dor cede). 
Pode ocorrer em bases pulmonares (próximo ao diafragma) – o paciente fica em certa posição antálgica (posição 
mais confortável para evitar a dor); dor mais na periferia pulmonar (o paciente comprime as costelas); dor mais 
central (a dor é paraesternal); dor em ápices pulmonares (a dor irradia para região cervical e ombro). 
Causas: tuberculose, tumores primários ou metastáticos, pneumonia ou tudo que gere processos inflamatórios. 
 
➢ Dor do pneumotórax espontâneo: Ocorre em pacientes que estão praticando atividades 
físicas ou devido à diferença de pressão em voos. O paciente também pode nascer com bolhas no 
espaço pleural e por algum motivo essa bolha se rompe, permitindo que o ar desta entre no espaço 
pleural. É uma dor súbita, aguda e de alta intensidade (punhalada). É acompanhada de dispnéia (o ar 
comprimi o pulmão e a troca gasosa é inadequada). Não há febre. Drena-se o tórax (5º EIC na linha média anterior) 
e investiga se possui outras bolhas no espaço pleural. Toracoscopia avalia melhor e raspa-se as bolhas 
para que não ocorra novos casos. 
 
➢ Dor de pneumonia alveolar: Se inicia por uma inflamação das pleuras (dor semelhante à 
pleurítica). Sensação dolorosa profunda sem localização. Se exsudar, ocorre derrame pleural. 
 
 
 
2 
 
Linhas de Referência 
- São usadas para descrever os locais dos achados e das manobras realizadas e guiar procedimentos no 
exame físico. 
 
 Linha Médio-esternal [AZUL] – passe sobre o esterno (do manúbrio até o processo xifóide). 
 Linhas Esternais [VERMELHA] – delimita o esterno. 
 Linha Paraesternal [VERDE] – local de AUSCULTAÇÃO PULMONAR, PERCUSSÃO E DE FTV. 
 Linha Médio-clavicular ou Hemiclavicular [AMARELA] - (no homem transpõem sobre o mamilo). 
 
 Linha Axilar Anterior (Direta e Esquerda). 
 Linha Axilar Média – local de AUSCULTAÇÃO DA REGIÃO LATERAL DOS PULMÕES. 
 
 Linha Vertebral ou Medioespinal. 
 Linha Escapular - passa na metade da escápula. 
 Região interescapulovertebral – local de AUSCULTAÇÃO, PERCUSSÃO E FTV. 
Comentado [FFMJ1]: 
3 
 
 
Sinais e Sintomas de comprometimento do SR 
• TOSSE – É uma inspiração rápida e profunda, seguida de fechamento da glote, contração dos 
músculos expiratórios, principalmente o diafragma, terminando com uma expiração forçada, após 
abertura súbita da glote. É um mecanismo expulsivo de grande importância. 
Ocorre por estímulos inflamatórios (sinais flogísticos), mecânico (poeira, corpo estranho), químicos 
(substâncias, gases) ou térmicos (ambiente frio ou em ambientes aquecidos) aos receptores da mucosa 
das vias respiratórias. 
É um mecanismo de defesa das vias respiratórias. Contudo, pode se tornar nociva ao trato respiratório 
em virtude do aumento da pressão na árvore brônquica que culmina na distensão dos septos 
alveolares, podendo provocar hemorragias conjuntivais, fratura de arcos costais e hérnias inguinais. 
Tosse crônica > 30 dias. 
Tipos de tosse: 
- Produtiva ou úmida: Não deve ser combatida pois é uma tentativa do organismo de eliminar o agente. 
Se combatida, esta secreção é rica em proteína o que ajuda na colonização do agente. 
Deve-se verificar o volume, tipo, coloração, odor, consistência. 
Essa tosse pode ser do tipo: 
→ Serosa: É rica em água, eletrólitos e proteínas. Contudo, é pobre em células. 
→ Mucóide: Contém celularidade baixa e é comum em processos inflamatórios não infecciosos. 
→ Hemoptóica: Contém rajas de sangue no muco expectorado. 
Obs.: A tosse do edema agudo de pulmão é espumosa e rósea claro; da asma é um muco esbranquiçado que parece clara de ovo 
com grande quantidade de eosinófilos; da DPOC tem característica serosa, porém, o paciente expectora pouco, contudo, quando sai 
deve se observar o tipo de secreção pois é comum uma pneumonia associada; da pneumonia bacteriana tem característica purulenta; 
da pneumonia viral ocorre secreção mais clara e viscosa e pode ter um tom amarronzado caso ocorra sangramento; a tosse 
tuberculosa é mais hemoptóica no início e se torna purulenta e pegajosa no decorrer da evolução. 
- Seca: Deve ser tratada. Contudo, quando não cessa ao tratamento medicamentoso, verificar a 
possibilidade de o paciente possuir Asma. Pode ter relação com alergias. 
4 
 
- Quintosa: é um tipo de tosse que surge em acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos curtos 
de acalmia sendo acompanhada de reflexo de vômito e sensação de asfixia. É a tosse da coqueluche. 
- Síncope: ocorre após crise intensa em que o paciente entra em quadro de hipóxia que resulta na perda 
de consciência. 
- Bitonal: deve-se a paresia de uma das cordas vocais, que pode significar o comprometimento do nervo 
laríngeo inferior ou recorrente. 
- Rouca: é própria da laringite crônica (comum nos tabagistas). 
- Reprimida: o paciente evita em razão de dor muscular torácica ou abdominal que esta provoca. 
- Psicogênica ou pigarro: ocorre em situação de certa tensão emocional – é um diagnóstico de exclusão. 
- Medicamentosa: pode ser causada por medicamentos do tipo IECA (Enalapril, Captopril). 
O que deve ser explorado na anamnese da tosse? 
Frequência? 
Intensidade? 
Em qual período do dia? 
Tonalidade? 
Expectoração? 
Relação com o decúbito? 
 
• HEMOPTISE – é a eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. Pode ocorrer devido 
a (ruptura de vasos previamente sãos ou anormais, dilatados ou neoformados) 
ou (ocorre por ruptura de capilares ou transudação de sangue). 
 
• VÔMICA – é a eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante 
de pus ou líquido de outra natureza. Pode ser única ou fracionada. Proveniente do tórax ou abdômen. 
É comum no abcesso pulmonar (coleção de pus que drena para a via respiratória) e no empiema 
(coleção de pus na pleura). 
5 
 
 
• DISPNÉIA – é a dificuldade para respirar. Pode ser subjetiva (percebida somente pelo paciente) ou 
objetiva (perceptível no exame físico – taquipnéia e uso de musculatura acessória). Pode vim 
acompanhada de taquipnéia ou hiperpnéia (aumento de amplitude). 
Classificação: 
- Ocorre em Repouso; 
 - Ocorre em Pequenos esforços; 
 - Ocorre em Médios esforços; 
 - Ocorre em Grandes esforços. 
Tipos: 
- Ortopnéia: é a dispnéia que impede o paciente de ficar deitado, isto é, em 90º. É comum na ascite, no 
último trimestre de gestação gemelar devido ao aumento de pressão intra-abdominal pela gravidade que 
aumenta a pressão intratorácica. 
- Trepopnéia: é a dispnéia que aparece em determinado decúbito lateral. É comum em derrame pleural 
(o paciente deita do lado do derrame para alívio). 
- Platipnéia: aparece quando o paciente está sentado e se levanta. 
 
• SIBILÂNCIA ou CHIEIRA – O paciente se refere a um ruído que ele pode perceber. Resulta da 
redução do calibre da árvore brônquica devido ao espasmo. É predominante na fase expiratória da 
respiração [panela de pressão]. Quase sempre vem acompanhado de dispnéia. É alto, possui tom 
musical, “miado de um gato”. Comumente referida no período noturno (ambiente silencioso | a posição 
deitada reduz os volumes pulmonares e o diâmetro das vias respiratórias | ocorre redução fisiológica da 
produção de corticóide e catecolaminas endógenas). Dependendo do seu grau é prenúncio de uma crise 
asmática (sibilo bilateral) ou a própria crise. Pode ser persistente, bilateral ou unilateral (neoplasia ou 
corpos estranhos). 
Ocorrena bronquite, asma, resposta alérgica com liberação de eosinófilos, embolia, medicamentos, insuficiência 
ventricular esquerda por acumulo de liquido no pulmão. 
6 
 
 
• ROUQUIDÃO ou DISFONIA – É a mudança do timbre da voz traduzindo alteração na dinâmica 
das cordas vocais. Pode ser aguda (de curta duração) ou crônica. As lesões das cordas vocais podem 
ser laríngeas (pólipos, tumores) ou extralaríngeas (doenças sistêmicas). 
 
• CORNAGEM – É a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias 
superiores, na altura da laringe, e que se manifesta por um ruído (estridor) e tiragem intercostal. O 
paciente desloca a cabeça para trás (hiperextensão) com esforço cervical na tentativa de inspirar. 
Pode ocorrer por corpo estranho, faringite e difteria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Exame Físico 
- O paciente deve estar SENTADO. Contudo, quando impossibilitado de se sentar, isto é, o paciente deitado 
em leito, o exame físico fica restrito a poucas manobras e por isso, obtém-se menos informações. 
▪ INSPEÇÃO – Formas e anomalias: 
- Deve ser realizada com o paciente SEM A ROUPA SUPERIOR e com o paciente SENTADO ou 
DEITADO – avaliar possível dispnéia!! 
- Inspeciona-se as faces ANTERIOR, POSTERIOR e LATERAL (Importante para verificar o nível de consciência no DPOcítico). 
- Observar indícios de cianose e desidratação por meio das mucosas ORAL e OCULAR, além da pele. 
Estática: 
- Inspecionar a EXPRESSÃO FACIAL DO PACIENTE de esforço respiratório: 
→ Há batimento de asa de nariz? 
→ Há retração de fúrcula esternal? 
→ Há tiragem intercostal? 
 
- Observar se há o uso de MUSCULATURA ACESSÓRIA: 
✓ INSPIRAÇÃO: esternocleidomastóideo, escalenos. 
✓ EXPIRAÇÃO: intercostais internos, abdominais. 
- Observar ANOMALIAS CONGÊNITAS ou ADQUIRIDAS: localizadas ou difusas, simétricas ou não. 
- Observar ABAULAMENTO OU RETRAÇÕES entre os EIC. 
- Observar se há SULCOS DE HARRISON: é a redução da curvatura dos arcos costais com o esterno e formação 
de uma concavidade na região esternal com nodulações em pescoço que são as cartilagens proeminentes devido ao emagrecimento. 
8 
 
 
Rosário raquítico 
- Presença de LESÕES ELEMENTARES: Pápulas e ulcerações da paracoccidioidomicose | 
Tubérculos pela tuberculose e sarcoidose | Urticária por alergia em pacientes atópicos | Impetigo em 
crianças por Staphylococcus | Abcesso frio – material caseoso, sem dor e com hiperemia na tuberculose 
cutânea | Empiema que se forma entre as pleuras). 
- Investigar as MAMAS: verificar se há simetria, deformidades, cicatrizes ou alterações mamilares | o 
CA de mama pode causar metástase pulmonar, além de fígado e ossos. 
- Presença de CICATRIZES: Cirurgias prévias – toracotomia, drenagem de tórax | Quelóides. 
- Presença de CIRCULAÇÃO COLATERAL: cirrose hepática. 
 
- Observar e há o SINAL DE LEMOS TORRES: é um sinal médico de abaulamento expiratório intercostal localizado 
nas bases pulmonares, na face lateral do hemitórax. Não é comum nos 3 últimos espaços intercostais. É característico da presença de 
um derrame pleural livre, no entanto, não ocorre em grandes derrames pleurais. Foi descrito pelo médico brasileiro, Álvaro Lemos 
Torres. 
- BAQUETEAMENTO DIGITAL, UNHAS HIPOCRÁTICAS ou VIDROS DE RELÓGIO: é um 
sinal clássico de hipóxia tissular crônica. A partir desse sinal, observa-se cianose. Comum em 
pacientes DPOcíticos por hipóxia crônica de retenção de oxigênio que gera acumulo de plaquetas em 
extremidades, especialmente nas falanges distais, gerando hipertrofia de leito ungueal. 
 
9 
 
 
- Observar os TIPOS DE TÓRAX (suas variações dependem das alterações ósseas da coluna vertebral, costelas e esterno): 
o Chato ou Plano: possui o ângulo de Louis mais proeminente (união do manúbrio com o corpo do esterno 
- coincide com a carina da traquéia). 
 
o Em tonel ou globoso: aumento no diâmetro anteroposterior do esterno. É comum no paciente 
DPOcítico com enfisema pulmonar (hiperinsuflação dos pulmões). 
 
o Infundibuliforme ou Pectus excavatum ou Funil: possui uma depressão na parte inferior do 
esterno e na região epigástrica – formação congênita ou por outros motivos (sapateiro ou raquitismo 
na infância). 
 
 
o Cariniforme ou em pombo ou Pectus carinatum: a região esternal é proeminente e com as 
costelas horizontalizadas. Pode ser congênito ou adquirido (raquitismo na infância). 
 
 
 
10 
 
o Cônico ou em sino: a parte inferior do tórax é alargada em recém-nascidos ou com 
visceromegalias ou ascite. Esse tipo de tórax gera desconforto respiratório. 
 
o Cifótico: no tórax cifótico, há um encurtamento exagerado da coluna vertebral, formando uma 
gibosidade (deformidade) característica, aumentando o diâmetro esternovertebral. 
 
o Cifoescolítico: é a combinação de uma condição de escoliose (coluna vertebral em S) com cifose 
(coluna vertebral com angulação em C). Pode produzir restrição grave da expansão torácica. 
Pode ser congênito ou secundário à tuberculoso, osteomielite ou neoplasias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Dinâmica: 
- Avaliar a POSIÇÃO PREFERIDA do paciente. 
- Verificar se há SIMETRIA RESPIRATÓRIA EM HEMITÓRAX. 
- Verificar a FREQUÊNCIA e a AMPLITUDE RESPIRATÓRIA (respiração superficial ou profunda). 
Eupnéia, Bradipnéia ou Taquipnéia 
- Verificar o PADRÃO DE RESPIRAÇÃO (observar a movimentação do tórax e do abdome – Onde 
são mais amplos? Com o paciente deitado ou em pé? | Mulher: padrão torácico | Homem: padrão 
abdominal | Em decúbito dorsal: padrão abdominal. 
Padrão tóracoabdominal 
- Verificar se há RITMO DE RESPIRAÇÃO PATOLÓGICO (avalie com a audição e desenhe em um papel). 
Padrão normal: 1:2 (inspiração:expiração) 
o Cheyne-Stokes: respiração rápida e superficial + fase de apnéia (redução do CO2 
sanguíneo levando o centro respiratório estimule a diminuição da respiração) + incursões 
respiratórias cada vez mais profundas (hiperpnéia - compensar uma retenção de CO2) até atingir 
um máximo e logo, ir decrescendo até uma nova apnéia. 
Causas: Tumores no SNC – bulbo | TCE | AVE | IC descompensada | Intoxicação por opióides 
(morfina) | Pode acontecer fisiologicamente em crianças e idosos – GRAVÍSSIMO!!!!!! Indica 
comprometimento encefálico muito grave. 
 
o Biot: fase de apnéia + movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos. 
Respiração irregular!!! 
Causas: Tumores no SNC – bulbo | TCE | AVE| Meningite – hipertensão intracraniana. 
GRAVÍSSIMO!!!!!! Indica comprometimento encefálico muito grave. 
 
 
12 
 
o Kussmaul: fase de inspiração ruidosa gradativamente mais ampla + inspirações rápidas e de 
pequenas amplitudes + apnéia em inspiração + expirações ruidosas gradativamente mais 
profundas alternadas com rápidas e de pequena amplitude + apnéia em expiração. Pode ser um 
pouco irregular. 
Causa: Cetoacidose diabética: está em acidose metabólica, para isso induz uma alcalose 
respiratória. 
 
o Suspirosa: movimentos inspiratórios de amplitude crescente + expiração breve e rápida. 
Causas: Relacionado com tensão emocional e ansiedade. 
- SINAIS DE ESFORÇO RESPIRATÓRIO [Dispnéia]: 
→ Uso de MUSCULATURA ACESSÓRIA: Paciente dispneico tem maior demanda de ar. 
Assim, avalia-se mais os músculos da INSPIRAÇÃO: esternocleidomastóideo, escalenos. 
→ Alteração na EXPANSIBILIDADE TORÁCICA: avalia-se na inspiração – pode estar 
aumentada [tentativa de compensar] ou diminuída [unilateral – atelectasia, pneumonia, derrame 
pleural unilateral | bilateralmente – enfisema pulmonar, derrame pleura bilateral, trauma 
torácico, depressão respiratória medicamentosa, poliomielite, miastenia, pneumotórax]. 
→ TIRAGEM INTERCOSTAL: sinal esforço respiratório intenso com sofrimento e que pode se 
observar retrações entre os EIC por uma pressão negativa que promove uma sucção da 
musculatura intercostal. Pode ser difusa ou localizada – pulmão atelectalizado, derrame pleura, 
pneumotórax. 
 
→ CORNAGEM: é a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias 
superiores, naaltura da laringe, e que se manifesta por um ruído (estridor) e tiragem. O paciente 
desloca a cabeça para trás (hiperextensão) com esforço cervical na tentativa de inspirar. Pode 
ocorrer por corpo estranho, faringite e difteria. 
Comentado [FFMJ2]: 
13 
 
 
 
PALPAÇÃO: 
- Avaliar se há PRESENÇA DE LESÕES SUPERFICIAIS quanto a sua forma, volume e consistência. 
- Avaliar SENSIBILIDADE SUPERFICIAL ou profunda (DOR) ou INSENSIBILIDADE. 
- Avaliar TEMPERATURA CUTÂNEA bilateral. 
- Avaliar se a SUDORESE uni ou bilateral. 
- Avaliar se a presença de EDEMAS e/ou ENFISEMAS SUBCUTÂNEOS (sensação de palpar regiões 
com bolinhas de isopor – é doloroso. Ocorre no pneumotórax por trauma de costela ou toracotomia). 
- Realizar a palpação das CADEIAS GANGLIONARES REGIONAIS (axilares, supraclaviculares). 
 
o Expansibilidade: 
- O paciente deve estar SENTADO e com o tórax DESNUDO. 
- Realiza-se em região anterior e posterior do paciente. 
MANOBRA DE LASEGUE [AVALIA-SE AS BASES PULMONARES] 
→ REGIÃO ANTERIOR: Posicionamos a frente do paciente e espalmamos as mãos no 
tórax do paciente com os dedos polegares encostados um no outro próximos ao 
processo xifóide do paciente. Solicita-se que o paciente respire fundo e espera-se que 
os dedos polegares se afastem um do outro. 
→ REGIÃO POSTERIOR: Posicionamos atrás do paciente e espalmamos as mãos em 
torno do arco costal em área de projeção pulmonar com os dedos polegares 
encostados um no outro ou formando uma prega. Solicita-se que o paciente respire 
fundo e espera-se que os dedos polegares se afastem um do outro ou ocorra a 
movimentação da prega. 
 
14 
 
 
- MANOBRA DE RUALT [AVALIA-SE ÁPICES PULMONARES] 
→ REGIÃO POSTERIOR: Posicionamos atrás do paciente e espalmamos as duas mãos 
na face costal em região supraescapular com os polegares encostados um no outro na 
linha vertebral. Solicita-se que o paciente respire fundo e espera-se que os dedos 
polegares se afastem um do outro. 
 
→ REGIÃO ANTERIOR: Posicionamos a frente do paciente e espalmamos as duas mãos 
no tórax anterior em região de fossa clavicular com os polegares encostados um no 
outro próximo ao manúbrio do esterno. Solicita-se que o paciente respire fundo e 
espera-se que os dedos polegares se afastem um do outro. 
 
 
o Frêmito toracovocal (FTV): 
- Usar a MÃO DOMINANTE. 
- Deve ser realizado em no mínimo de 4 regiões. 
- O tórax deve estar DESNUDO. 
- Realiza-se em região ANTERIOR e POSTERIOR (região interescapulovertebral). 
- É uma sensação tátil da voz por meio de vibração do som nas cordas vocais transmitidas à 
pleura visceral que está praticamente aderida à pleura parietal que está aderida à parede 
torácica. A vibração inicia-se nas cordas vocais e é transmitida pela coluna aérea traqueal até a 
árvore brônquica e o parênquima pulmonar. 
- O paciente fala: 33. 
15 
 
- Avaliação comparativa. 
 
Toda condição que afasta os pulmões da parede torácica, reduz o frêmito (líquido, ar – não é um bom condutor do som). 
Frêmito reduzido generalizado: enfisema pulmonar, obesidade, edema em parede torácica. 
Frêmito reduzido localizado: pneumotórax, derrame pleural unilateral e atelectasia. 
O FTV é antipático as patologias extrapulmonares - pleura (fica diminuído). 
 
Toda condição que aproxima os pulmões da parede torácica, aumentam o frêmito. 
Frêmito aumentado localizado: pneumonia. 
O FTV é simpático às patologias parenquimatosas - pneumonia (fica aumentado devido à presença de secreção em 
alvéolo). 
 
Contudo, em uma condensação (líquido dentro dos alvéolos) o frêmito é aumentado (exceção). Maior sensibilidade no 
hemitórax direito e bases pulmonares. Obs.: Obstruções abolem o frêmito. 
 
- Quando a vibração é produzida no momento em que se respira tem-se o frêmito pleural e o 
frêmito brônquico. Estes somente aparecem quando há afecções brônquicas ou pleurais. 
 
 
PERCUSSÃO: 
[Plexor - dedo martelo e Plexímetro - no corpo – falange média] 
- O tórax deve estar DESNUDO. 
- É uma AVALIAÇÃO COMPARATIVA. 
- FACE ANTERIOR do tórax: inicia-se no 2º EIC (Ângulo de Louis) na linha 
paraesternal (verde) nos EIC. 
16 
 
 
- FACE POSTERIOR do tórax: solicita que o paciente coloque os braços na cabeça ou 
na cintura para afastar as escápulas e faz-se a percussão nos espaços intercostais (entre a linha 
vertebral e as escápulas). 
 
- Espera-se ouvir o SOM CLARO PULMONAR ou ATIMPÂNICO. 
Obs.: O pulmão é timpânico na hiperareação ou hiperinsuflação em tabagistas (DPOC). 
- Espera-se ouvir um SOM TIMPÂNICO NO ESPAÇO SEMILUNAR DE TRAUBE (AR 
APRISIONADO) – É um espaço em forma de lua crescente, circundado pela borda inferior do pulmão esquerdo, 
a borda anterior do baço, o rebordo costal esquerdo e a margem inferior do lobo esquerdo do fígado. Posição: linha 
hemiclavicular + linha axilar anterior [7, 8 e 9 EIC], em abdômen. Em situações de esplenomegalia, percute-se um som 
maciço. 
 
Obs.: Espera-se ouvir um SOM SUB-MACIÇO NA REGIÃO INFERIOR DO ESTERNO OU NO 
CORAÇÃO. Espera-se ouvir um SOM MACIÇO NA REGIÃO INFRAMAMÁRIA DIREITA (MACICEZ 
HEPÁTICA). Com ÁGUA, o som é mais MACIÇO. 
 
AUSCULTA: 
- O paciente deve estar SENTADO e com o tórax DESNUDO. 
- Na ausculta, ouvimos o som do ar passando nas vias áreas superiores e inferiores (áreas de projeção 
pulmonar). 
- A ausculta deve ser realizada bilateralmente (avaliação comparativa). 
17 
 
DIREÇÃO (FACE ANTERIOR – Linha Paraesternal): 
1. Fossa supraclavicular (ausculta do ápice pulmonar). 
2. Ângulo de Louis (2º EIC). 
3. Segue-se os EIC subsequentes até o 5º EIC (próximo do mamilo masculino). 
 DIREÇÃO (FACE POSTERIOR): 
1. Solicita-se que o paciente coloque as mãos na cintura ou na cabeça. 
2. Inicia-se na parte superior do dorso na região entre a linha vertebral e a escápula nos EIC 
(região interescapulovertebral). 
 
 
 
 
AMARELO – TRAQUEAL 
VERDE – BRONCOVESICULAR 
LILÁS – BRÔNQUICO 
VERMELHO – MURMÚRIO VESICULAR 
18 
 
 
I. : Corresponde a passagem de ar na fenda glótica e da traquéia. Realizado na ÁREA 
DE TRAQUÉIA E EM SUA PROJEÇÃO NO PESCOÇO – inspiração ruído rude + silêncio + expiração é um 
som alto, forte e prolongado. 
II. : Parecido com o som traqueal. Realizado SOBRE O ESTERNO E PROJEÇÕES 
DOS BRÔNQUIOS PRINCIPAIS (face anterior do tórax – ÂNGULO DE LOUIS). Ruidoso + Silencio 
+ Limpo. Som broncovesicular (região de ápices pulmonares – som mais baixo). 
III. : Apresenta características tanto dos murmúrios brônquicos quanto dos 
vesiculares. É auscultado na região esternal superior, 1º e 2º EIC na face anterior, região 
interescapulovertebral direita (ao nível das 3ª e 4ª vértebras torácicas). É semelhante ao murmúrio 
vesicular, mas de maior intensidade. Especialmente, no componente expiratório. 
 
IV. : É o som respiratório normal (suave), sendo o turbilhonamento do ar nas 
estruturas da arvore brônquica. É feito BILATERAL e deve ser SEM RUÍDOS ADVENTÍCIOS 
(estertores, roncos, sibilos, estridor e sopro). A inspiração é MAIOR que a expiração. É mais forte 
nas bases pulmonares, nas axilas e nas regiões infraescapulares. 
AUMENTADO 
▪ Em pacientes que estão HIPERVENTILANDO. 
DIMINUÍDO 
▪ Redução no fluxo de ar através dos pulmões: 
→ Obstrução de vias aéreas (corpos estranhos ou secreções); 
→ Destruição arquitetural (enfisema, cavidades, cistos ou bolhas); 
→ Ausência de fluxo em local (atelectasia). 
▪ Aumento no nº ou espessura de camadas através das quais o som deve percorrer: Obesidade, Derrame pleural, 
Pneumotórax, Espessamento pleural. 
 
V. : 
19 
 
▪ Sibilos [ASSOBIO OU RORONAR DE GATO] – É um som agudo (mais fino) por 
processo obstrutivo (constricção) no nível dos brônquios e bronquíolos (diâmetro dessas vias é 
reduzido). São audíveis na inspiração e expiração (predomina). 
[Broncoespasmo – Asma | Bronquite] 
▪ Ronco (Ruído contínuo) – É um som grave originado nas vibrações das paredes dos 
brônquios (grandes vias aéreas) por obstruções menores ou temporárias por presença de 
secreções ou edema de parede de estruturas maispróximas do trato respiratório. Mais audível na 
expiração. 
[Edema de laringe, Gripe, resfriado] 
▪ Estridor – Ruído basicamente inspiratório, produzido por obstruções altas (laringe ou traquéia 
- lúmen reduzido) e que são audíveis à distância. 
[Laringite] 
▪ Sopros – Do tipo tubários (pulmão perde a sua textura e se enrijece - pneumonia), cavitários 
(paciente que possui uma caverna em parênquima - tuberculose) e anfóricos (aumento de pressão 
no espaço pleural – tuberculose cavernosa, fístula). 
▪ Atrito pleural [ATRITO DE COURO] – deficiência nos deslizamentos dos folhetos 
pleurais (visceral e parietal). Pode ser por exsudato. 
▪ Estertor [ATRITO DE FIOS DE CABELO] – Ruídos descontínuos 
→ Estertor fino ou crepitante: Ocorre pela abertura e enchimento parcial de alvéolos (FINAL 
DA INSPIRAÇÃO – o ar demora para alcançar as pequenas vias) com líquido (exsudato 
ou transudato) que estavam previamente colapsadas. São agudos e de curta duração. São 
mais comuns em bases pulmonares. O som não se modifica com a tosse e sim com a 
posição do paciente. Pode ser indolor. 
[Pneumonia lobar, SDRA - síndrome do desconforto respiratório agudo, Edema agudo de pulmão, Hemorragia 
alveolar] 
 
20 
 
→ Estertor grosso ou bolhoso: Ocorre pelo acúmulo de grande quantidade de secreção nas 
grandes vias aéreas (INÍCIO DA INSPIRAÇÃO – o ar alcança rapidamente essas 
estruturas). Se modificam quando o paciente tosse, mas não com a mudança de posição. 
Pode ser auscultado em todas as áreas do tórax. Modifica-se com a tosse. 
[Bronquite crônica, bronquiectasia, congestão pulmonar] 
 
▪ Sons vocais (Espera-se não distinguir as palavras): 
1. : O paciente fala 33 e ausculta-se a voz sem nitidez 
[NORMAL]. 
2. : O paciente fala 33 e ausculta-se a voz falada nitidamente. 
[Ocorre nas Pneumonias] 
3. : O paciente fala 33 e ausculta-se a voz cochichada nitidamente. 
[AR e ÁGUA – Derrame pleural] 
4. : Tipo especial de broncofonia de qualidade anasalada. Aparece na parte 
superior do derrame pleural e a sua transição para o pulmão normal. [Som de cabra, 
vibração do celular]. 
[Auscultação de tórax em hérnia diafragmática, eu ausculto os sons hidroaéreos positivos que deveriam estar no abdômen.] 
Exames Complementares - RADIOGRAFIA 
• A radiografia de tórax é o mais solicitado. 
• Quando solicitar? Quando o paciente apresenta sinais e sintomas respiratórios; quando o paciente 
possui alguma doença respiratória e deseja-se fazer um acompanhamento/seguimento; para o 
estadiamento de neoplasia intra e extratorácica (serviços com poucos recursos); para avaliações pré-
operatórias; para acompanhamento de cirurgias torácica e abdominal alta; para o acompanhamento 
de dispositivos (tubo, cateter, acesso central); em complicações cardíacas; em trauma torácico (é mandatório 
a realização – tórax AP; pelve AP). 
• Incidências mais comuns: 
21 
 
1) Posteroanterior: o paciente em ortostatismo (melhor para diagnóstico de doenças pleurais), 
melhora a nitidez, menor magnificação de estruturas, realiza-se na inspiração profunda segurando o 
ar (pulmões em máxima expansão possível - quando não feita nesse momento, ocorre um prejuízo na avaliação do parênquima). 
 
2) Anteroposterior: utiliza-se mais em pacientes debilitados, realiza-se na inspiração profunda 
(quando não feita nesse momento, ocorre um prejuízo na avaliação do parênquima). Nessa posição, o coração fica 
magnificado (impressão de cardiomegalia - – borda da silhueta mal definida), 
ocorre uma elevação da cúpula diafragmática mais do que visto comumente. Nessa posição, o derrame 
pleural pode ser confundido com consolidação pulmonar (verificar com outras incidências – decúbito 
do lado do derrame). 
 
3) Perfil esquerdo: avalia-se melhor a silhueta cardíaca e o tamanho de ventrículo direito e átrio 
esquerdo (o lado esquerdo fica próximo à chapa). 
 
4) Lateral (Laurell): o paciente fica em decúbito lateral e é utilizada para confirmar derrame pleural 
– verificar se o derrame pleural é encistado ou septado. 
 
 
• BOA QUALIDADE DA RADIOGRAFIA [PADRÕES]: 
- Identificação normalmente vem à direita. 
- Imagem centrada. 
- Escápulas lateralizadas (paciente com a mão na cintura ou atrás da cabeça). 
- Campo de visão: da 1ª costela até o seio costofrênico. 
 
• AVALIAÇÃO - PADRÃO ANATÔMICO: 
Comentado [FFMJ3]: 
Comentado [FFMJ4]: 
Comentado [FFMJ5]: 
Comentado [FFMJ6]: 
22 
 
- RADIOPACO [BRANCO – O RAIO X SE FIXA NAS ESTRUTURAS]. 
- RADIOTRANSPARENTE [PRETO – AR – O RAIO PASSA]. 
PA 
 
10 – Bolha gástrica 
PERFIL 
 
Fissura oblíqua (abaixo de T4 e T5). 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação!!!! 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criança – tumor de timo. 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exames Complementares - TOMOGRAFIA 
• É considerada PADRÃO OURO para avaliar parênquima pulmonar. 
• Quando solicitar? Usa-se para estadiar tumor ou nódulo; etiologia da hipertensão pulmonar (fibrose); 
para correções de aneurismas aórticos; para avaliação de comprometimento pulmonar. 
Obs.: para avaliar a vascularização pode usar contraste e solicitar uma angiotomografia. 
 Padrões radiológicos: 
26 
 
Aumento de opacidade: (esbranquiçado | opaco | aumento de líquido) - pneumonia lobar (consolidação). 
Diminuição de opacidade: (cinza mais escuro | aumento de ar) – enfisema pulmonar. 
Padrão reticular: ocorre uma congestão dos retículos (aumento de líquido) – pneumonia intersticial, edema pulmonar. 
Padrão nodular: presença de nódulos por uma reação inflamatória gerando um espessamento do parênquima - sarcoidose. 
 
Exames Complementares - ULTRASSOM 
• É bom para avaliar a presença de líquidos (derrame pleural). 
• Não é bom para avaliar o parênquima pulmonar. 
• Usado para guiar punção em pequenos derrames. 
 
Exames Complementares – 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
• Possui um custo elevado. 
• Não é boa para avaliar parênquima pulmonar. 
• Indicado para estadiar tumores em mediastino [PADRAO OURO]. 
• Contraindicado para indivíduos alérgicos ao gadolíneo (gera menos reações). 
 
Exames Complementares – 
CINTILOGRAFIA PULMONAR 
• O contraste é um radioisótopo que vai circular e é identificado pela maior absorção deste. 
• Quando solicitar? Para pesquisar tromboembolismo pulmonar e investigação de inflamação; é utilizada para avaliar perfusão e ventilação. 
 
 Exames Complementares – 
ENDOSCOPIA RESPIRATÓRIA | BRONCOSCOPIA 
• Recomenda-se jejum de 4 horas. 
• Recomenda-se a suspensão de anticoagulante (via aérea possui uma superfície sensível e pode ocorrer sangramentos 
pelo procedimento). 
 
27 
 
Exames Complementares – 
TESTES DE FUNÇÃO PULMONAR 
• Volume corrente: é a quantidade de ar inspirado ou a quantidade de ar expirado. 
• Volume de reserva na inspiração ou na expiração: é a quantidade de ar que ainda pode entrar após a 
inspiração do volume corrente e a quantidade de ar que ainda pode sair após a expiração do volume 
corrente. 
• Volume residual: é a quantidade de ar que permanece no pulmão. Nos enfisematosos, a quantidade de ar residual 
é maior devido a hiperareação. 
• Capacidade pulmonar total: quantidade de gás contido em um pulmão ao fim de uma inspiração 
máxima, somando todos os volumes pulmonares – não é medido na espirometria. 
• Capacidade inspiratória: ar corrente + volume reserva. 
• Capacidade vital: quantidade de ar que pode ser expirado após uma inspiração máxima. 
• Capacidade residual funcional: volume de gás que sobra nos pulmões após uma expiração habitual – 
não é medido na espirometria. 
 
 
 
 
Exames Complementares – 
ESPIROMETRIA 
• Objetivos: Medir volumes e capacidades pulmonares contidos na CAPACIDADE VITAL. 
• Auxilia no diagnóstico, quantificação e segmento de tratamento de doenças que levam a distúrbios 
respiratórios obstrutivos (obstrução na luz - entra e sai menos ar – enfisema, bronquite, asma, 
bronquiectasia) ou distúrbios restritivos (o pulmão não consegue distender | a luz está íntegra | entra e 
sai menos ar –fibrose pulmonar ou intersticial). 
28 
 
• Resposta positiva na espirometria após broncodilatador em pacientes com distúrbios obstrutivos. 
 
Exames Complementares – 
DIFUSÃO 
• Objetivos: Medida dos gases que difundem dos alvéolos para o capilar pulmonar. 
• O monóxido de carbono (CO) é o gás utilizado em dose controlada pois não está presente no sangue e 
possui alta afinidade com a hemoglobina. 
• O paciente inspira e a quantidade é dosada na expiração, isto é, quantifico quanto foi absorvido 
(quantidade de superfície alveolar disponível). 
• Difusão diminuída: 
- Pacientes com enfisema pulmonar tem a capacidade de difusão reduzida (o gás inspirado se dissipa no gás residual). 
- Doenças intersticiais pela perda de superfície alveolar e obstrução da maior parcela do leito alveolar. 
- Anemia – não há hemoglobina para ligar ao gás. 
- IC em fase inicial possui maior volume de sangue nos capilares pulmonares. 
 
 
 
 
 
Exames Complementares – 
GASOMETRIA ARTERIAL 
• Objetivos: avaliar a oxigenação e o equilíbrio acidobásico pelo sangue arterial. 
 
Exames Complementares – 
SECREÇÃO PULMONAR 
29 
 
• Objetivos: avaliar o escarro (características físicas e pesquisa de microrganismos). 
 
Exames Complementares – 
LÍQUIDO PLEURAL 
• Objetivos: diferenciar o tipo de líquido pleural (transudato ou exsudato). 
• Realiza pela toracocentese: paciente SENTADO E APOIADO E INCLINADO PARA FRENTE. 
Encontra a ponta da escápula e no EIC abaixo penetra a agulha. 
Critérios de Light 
 
No mínimo 1 dos critérios ou altamente suspeito quando 2 critérios. 
 
Exames Complementares – 
BIÓPSIA PULMONAR 
• Objetivos: retirada de fragmento de tecido pulmonar para a realização de exame anatomopatológico. 
 
 
Síndromes Brônquicas 
- Decorre pela diminuição (redução da luz), dilatação dos calibres dos brônquios ou hipersecreção brônquica (tamanho 
normal, mas com secreção | redução da luz). 
30 
 
 
- 
Dispnéia 
Sensação de constrição e aperto do 
tórax 
 
Dor torácica difusa 
Sibilo Ocorre pela diminuição do calibre – por secreção ou broncoconstricção ou 
edema de mucosas. 
Tosse seca ou produtiva Ocorre por irritação do brônquio ou pelo aumento de secreção de muco devido 
a um processo inflamatório causando a diminuição do lúmen e o reflexo de 
tosse. 
Estertor grosso e fino, roncos Devido ao processo inflamatório e o tipo, quantidade e textura da secreção 
gerando um aumento do tônus broncomotor (contração intensa) reduzindo ainda 
mais o lúmen bronquial. 
Infecções bacterianas oportunistas O processo inflamatório quando persiste tem-se exsudato com acúmulo de 
muco rico em proteína que agrega bactéria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASMA BRÔNQUICA 
• Doença inflamatória crônica das vias respiratórias inferiores com limitação variável do fluxo expiratório 
que pode ser parcial ou totalmente reversível espontaneamente ou com o uso de fármacos (tratável). 
• Caracterizada pela hiperresponsividade das vias aéreas INFERIORES (brônquios e bronquíolos). 
31 
 
 
Fisiopatologia: Ocorre uma RESPOSTA INFLAMATÓRIA ALÉRGICA | ocorre a interação de alergênicos ambientais com 
células apresentadoras, os linfócitos TH2, que produzem mediadores inflamatórios, responsáveis pelo início e manutenção do processo 
inflamatório gerando alterações na permeabilidade vascular (ocorre vasodilatação permitindo uma maior chegada de sangue, gerando 
o aumento da pressão hidrostática, o líquido tende a sair para o terceiro espaço - exsudato, gerando a presença de secreção nos 
brônquios), hipersecreção de muco, mudanças na função mucociliar e aumento da reatividade do músculo liso das vias respiratórias - 
broncoconstrição). 
 
• Pode evoluir com crises graves (devido à presença de neutrófilos). 
• Sua etiologia pode ser: 
→ Genética; 
→ Influência ambiental (substâncias encontradas nos ambientes – fumaça de cigarro, poeira – alterações climáticas); 
→ Infecções virais na infância (processo de desenvolvimento do SI); 
→ Estresse/emoções (em alguns indivíduos, o aumento da liberação de adrenalina e noradrenalina gera uma broncoconstricção – inversão 
de efeito em alguns indivíduos com alteração de receptores. Os broncos/vasodilatadores tendem a ser broncodilatador – rapidamente revertida). 
• Necessário avaliar a gravidade da Asma (sintomas diurnos, limitação de atividades, sintomas de despertares 
noturno, necessidade de medicação de alívio e função pulmonar). 
- (ocorrem particularmente à noite ou pela manhã ao despertar): 
▪ Sibilos ou Sibilância [ASSOBIO OU RORONAR DE GATO - CHAIDO] – É um som agudo (mais fino) 
por processo obstrutivo (constricção) no nível dos brônquios e bronquíolos (diâmetro dessas vias é reduzido) – escuta-se 
na inspiração e expiração, porém é melhor audível no final da expiração (fica mais alto), pois entra-se um pouco de ar na 
inspiração, contudo, na expiração tem-se uma pressão maior | pode ter associação de roncos devido ao descolamento das 
secreções na expiração. Porém, na expiração é possível ausculta-lo melhor. 
▪ Tórax silencioso (ocorre em pacientes graves | tem-se um broncoespasmo severo que impede quase totalmente a 
passagem de ar | ausência de murmúrios vesiculares e ruídos adventícios). 
▪ Dispnéia (piora noturna e aos exercícios ou quando há infecções virais como gripes e resfriados). 
▪ Opressão torácica. 
▪ Tosse seca ou produtiva (em vários níveis de gravidade). 
32 
 
 
- : 
▪ Inspeção: 
→ Dispnéia; 
→ Utilização de musculatura acessória; 
→ Tórax em posição de inspiração profunda; 
→ Tiragem intercostal. 
▪ Palpação: 
→ FTV normal ou diminuído (limita-se o fluxo aéreo, mas ele acontece). 
▪ Percussão: 
→ Normal ou Hipersonoridade (aumento de ar nos alvéolos pulmonares – dificuldade de expirar). 
▪ Auscultação: 
→ MV diminuído (o fluxo aéreo é reduzido); 
→ Expiração prolongada; 
→ Sibilos em ambos os campos pulmonares (normalmente a crise é bilateral). 
 
- : 
▪ É clínico!!! (Verificar a história de atopia e sintomas recorrentes). 
 
- : 
▪ Espirometria (avalia a função pulmonar). 
- Obstrução ao fluxo aéreo por redução do volume expiratório forçado no 1º segundo. 
- Obstrução do fluxo aéreo que desaparece ou melhor após o uso de broncodilatador – beta-2 agonista de curta duração. 
▪ Pico de fluxo expiratório. 
▪ Teste de broncoprovocação. 
- Só pode ser feita em ambiente com carrinho de PCR. 
 
 
 
 
DPOC 
• É uma doença crônica que pode ser prevenida e tratada. 
Comentado [FFMJ7]: Significa que o som da percussão 
está mais claro e mais intenso 
33 
 
• Caracterizada por obstrução crônica e progressiva do fluxo expiratório associada a uma resposta 
inflamatória anômala das vias respiratórias e do parênquima pulmonar a partículas e 
gases tóxicos [cigarro + fumaça de lenha]. 
Fisiopatologia: A fumaça do cigarro [TABAGISMO PERSISTENTE] promove a liberação de fatores quimiotáticos que atraem 
neutrófilos e monócitos que se diferenciam em macrófagos no tecido pulmonar – INFLAMAÇÃO CRÔNICA de vias aéreas inferiores 
gerando a remodelação das vias respiratórias e destruição do parênquima pulmonar por cicatrização fibrótica. Ocorre a atração de 
linfócitos que ao se associar aos macrófagos e células epiteliais libera elastase – degradam elastina – o aumento do conteúdo dos espaços 
alveolares e redução da elasticidade do parênquima pulmonar permitindo o acúmulo de secreção e de ar gerando a hiperdistenção e ruptura 
dos septos alveolares gerando ENFISEMA PULMONAR (formação de bolhas de ar residual). Ocorre obstrução ao fluxo expiratório 
pelo enfisema. Além disso, a elastase produzida pelos neutrófilos induz a hipersecreção de muco gerando BRÔNQUITE CRÔNICA. 
 
 
• Há uma predisposição genética, isto é, nem todo DPOCítico é tabagista. 
• A obstrução das vias respiratórias e a hiperinsuflação dos alvéolos se intensifica nos exercícios. 
• O tabaco afeta no crescimento pulmonar durante a gestação e na infância. 
• Gera efeitos extrapulmonares importantes devido às enzimas inflamatórias (evoluempara doenças 
cardiovasculares, caquexia, diminuição musculoesquelética, DM, distúrbios do sono, depressão e câncer de pulmão). 
 
- (progressivas – no início são quase imperceptíveis): 
▪ Tosse crônica seca ou produtiva – matinal. Caso ocorra mudança na coloração e 
volume na secreção expectorada é indicativo de infecções oportunistas pela imunodepressão. 
▪ Dispnéia – se agrava lenta e progressivamente. 
▪ Tórax em tonel (com a progressão da doença). 
NA CRISE – intensificação da dispnéia, tosse com expectoração abundante, taquipnéia, período expiratório prolongado, 
respiração com lábios semicerrados, uso de musculatura acessória, cianose, além de roncos, sibilos e estertores na ausculta 
pulmonar. 
34 
 
DPOC GRAVE – cor pulmonale (é o aumento e espessamento do ventrículo do lado direito do coração que resulta de um 
distúrbio pulmonar subjacente que causa hipertensão pulmonar (pressões elevadas nos pulmões). O aumento e o 
espessamento do ventrículo direito resultam em insuficiência cardíaca), turgência jugular, edema de membros inferiores, 
hepatomegalia, hiperfonese da segunda bulha no foco pulmonar. 
 
- : 
▪ Padrão enfisematoso (Pink Puffer): emagrecido, longilíneo, fácies de angústia por hipóxia crônica, dispnéia 
intensa, pouca expectoração. 
Padrão bronquítico crônico: brevelíneos, obesos, fácies pletórica (avermelhada), dispnéia discreta, muita 
expectoração – maiores chances de infecções secundárias. 
 
- : 
▪ Inspeção: 
→ Tórax em tonel (para caber o diâmetro pulmonar aumentado pelo acúmulo de ar); 
→ Expansibilidade diminuída; 
→ Dispnéia. 
▪ Palpação: 
→ FTV (presença de ar retido) e expansibilidade diminuídos. 
▪ Percussão: 
→ Sonoridade pulmonar normal (início); 
→ Hipersonoridade (lembra o timpanismo). 
▪ Auscultação: 
→ MV diminuído (o ar passa pouco); 
→ Expiração prolongada (tentativa de eliminar o CO2); 
→ Ressonância vocal diminuída; 
→ Roncos, sibilos e estertores (fase secretiva). 
DPOC leve – moderada: ausculta pulmonar pode estar normal. 
 
- : 
35 
 
▪ Espirometria (avalia a função pulmonar). 
- Auxilia em um diagnóstico de gravidade. 
▪ Oximetria de pulso e Gasometria (avalia saturação). 
▪ Teste de exercícios (orientação para atividades físicas). 
▪ Polissonografia (investigação de apnéia do sono). 
 
- : 
▪ Radiografia de tórax 
- Aumento de diâmetro anteroposterior (tórax em tonel). 
- Diafragma rebaixado ou retificado (o aumento do diâmetro pulmonar aumenta). 
- Coração alongado e verticalizado. 
- Maior radiotransparência (acúmulo de ar – mais enegrecido). 
 
▪ Tomografia de tórax 
- Existência e tipo de enfisema (panlobular, centrolobular ou perilobular); 
- Bronquiectasias; 
- Bolhas e perfusão em mosaico. 
 
Alvéolos distendidos com ar residual 
 
 
 
 
 
 
 
BRONQUIECTASIAS 
36 
 
- Caracteriza-se por uma DILATAÇÃO ANORMAL e irreversível dos brônquios [crônica] com diâmetro 
superior a 2 mm devido a destruição dos componentes musculares e elástico das suas paredes 
(enfraquecimento e dilatação) por um processo infeccioso. 
Fisiopatologia: A obstrução da luz do brônquio causa um processo inflamatório/infeccioso com liberação de proteases pelos neutrófilos, 
associada à destruição de elastina e colágeno da parede brônquica. O brônquio lesado acaba por se dilatar devido à pressão transmural 
gerada pelo pulmão íntegro. Assim, tem-se uma diminuição do transporte mucociliar, isto é, a remoção de secreções das pequenas vias 
respiratórias fica ineficiente, acumulando secreções que facilitam a colonização bacteriana. Por isso, ocorre, normalmente, como 
consequência de processos colonizadores inflamatórios crônicos dos brônquios pela pneumonia pós-sarampo ou pós-influenza, 
complicações pós-coqueluche ou tuberculose (Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Pseudomonas 
aeruginosa – fibrose cística). Pode ocorrer por infecções de repetição. A parte pulmonar onde não ocorre a passagem de ar, isto é, não 
ocorrendo expansão pode gerar uma atelectasia. 
 
- : 
→ Dilatação localizada (em um fragmento do pulmão | tumor, tampão mucoso, corpos estranhos – 
gera uma obstrução da luz do brônquio causando um processo inflamatório). 
→ Dilatação generalizada (acomete os dois pulmões | pode ser causada por doença sistêmica: 
fibrose cística, imunodeficiência, tuberculose, infecções fúngicas, abcesso, inalação crônica por gases 
tóxicos). 
 
- (podem ser assintomáticas): 
▪ Tosse crônica produtiva com expectoração espessa de aspecto mucopurulento e odor fétido [o volume da 
secreção varia conforme a classificação da doença – leve, moderada ou grave]. Pode estar associada à hemoptise 
(devido ao aumento da pressão pela tosse - proveniente da artéria brônquica – podendo ser volumosa). 
▪ Dispnéia. 
▪ Crise de broncoespasmo por processo agudo na presença de alérgenos. 
▪ Dor torácica. 
▪ Cianose. 
▪ Vômica ao se levantar, as secreções são colocadas no centro das vias respiratórias, sendo eliminadas. 
37 
 
▪ Rinorreia anterior e posterior. 
▪ Sinusite crônica. 
Associado a exacerbações infecciosas: 
→ Aumento da tosse. 
→ Pode ter anorexia e debilidade do estado geral. 
→ Febre. 
→ Dispnéia. 
→ Pode evoluir para toxemia e sepse. 
 
- : 
▪ Os achados variáveis de acordo com a localização e extensão. 
▪ Inspeção: 
→ Expansibilidade diminuída; 
→ Dispnéia. 
▪ Palpação: 
→ FTV (presença de ar retido) e expansibilidade diminuídos. 
▪ Percussão: 
→ Submacicez em bases pulmonares. 
▪ Auscultação: 
→ Estertores grossos; 
→ Roncos; 
→ Sibilos. 
 
- : é essencialmente por EXAME DE IMAGEM. 
→ Na TC – espessamento nas paredes brônquicas, com formação de estruturas tubulares de paredes 
irregulares nos segmentos dilatados]. 
 
→ A radiografia de tórax é normal na maioria dos casos 
 
BRONQUITES 
38 
 
1. BRONQUITE AGUDA: 
- É a inflamação dos brônquios por vírus, fungos, bactérias. 
 
- : 
✓ Febre, cefaléia, mal-estar geral; 
✓ Rouquidão; 
✓ Desconforto retroesternal; 
✓ Tosse seca (inicialmente); 
✓ Tosse produtiva (expectoração mucopurulenta devido ao processo inflamatório persistente que gera a 
ocorrência de exsudato com acúmulo de muco rico em proteína que agrega bactéria). 
- : 
▪ Inspeção: 
→ SEM ALTERAÇÕES. 
▪ Palpação: 
→ SEM ALTERAÇÕES. 
▪ Percussão: 
→ SEM ALTERAÇÕES. 
▪ Auscultação: 
→ Estertores grossos bilaterais; 
→ Roncos; 
→ Sibilos. 
 
 
 
 
 
2. BRONQUITE CRÔNICA: 
- Excessiva secreção de muco na arvore brônquica. 
39 
 
- Pode ter relação com asma – bronqueíte asmática. 
- Pode ter relação com a DPOC (destruição de parênquima por reação inflamatória). 
 
- : 
✓ Tosse produtiva (expectoração mucopurulenta devido ao processo inflamatório persistente que gera a 
ocorrência de exsudato com acúmulo de muco rico em proteína que agrega bactéria). Alterna com períodos de 
melhora e piora. 
 
- : 
▪ Inspeção: 
→ SEM ALTERAÇÕES. 
▪ Palpação: 
→ SEM ALTERAÇÕES. 
▪ Percussão: 
→ SEM ALTERAÇÕES. 
▪ Auscultação: 
→ Estertores grossos bilaterais; 
→ Roncos; 
→ Sibilos. 
 
 
 
 
 
 
Síndromes Parenquimatosas 
• Ocorrem no PARÊNQUIMA PULMONAR (alvéolos). 
40 
 
1. Consolidação: Pneumonia, COVID-19, Abcessos pulmonares, Embolia, Infarto pulmonar, Tuberculose. 
2. Atelectasia: Neoplasias e Corpos estranhos. 
3. Hiperareação: Enfisema. 
4. Congestão passiva dos pulmões. 
 
Consolidação 
• Caracteriza-se pela ocupação dos espaços alveolares por células e exsudatos. 
- : 
✓ Dispnéia (ocorre pelas trocas gasosas diminuídas com saturação reduzida, tendo como resposta do corpo o 
aumento da frequência respiratória); 
✓ Tosse seca ou produtiva (ocorre um aumento de pressão para a eliminação de secreção | quando produtiva 
pode ter hemoptise - tudo que está inflamado é friável, é sensível). 
 
PNEUMONIAS 
• Caracterizam-se por uma síndrome clínica decorrente de um processo inflamatório AGUDO no 
parênquima pulmonar (bronquíolos respiratórios e alvéolos) dificultando as trocas gasosas. 
• Pode ser causada por agentes infecciosos(vírus, bactérias e fungos), broncoaspirativa, corpo estranho. 
- : 
▪ Lobar: a pneumonia se restringe a um determinado lobo pulmonar. 
▪ Broncopneumonia: a pneumonia afeta brônquios, bronquíolos e alvéolos com limites mal 
definidos. 
 
 
- : 
• Pneumonia adquirida na comunidade (PAC): 
41 
 
✓ Ocorre em pacientes fora do ambiente hospitalar ou quando se manifesta em até 48 H pós-
admissão hospitalar. 
✓ Comum em homens e tabagistas (expectoração mucopurulenta devido ao processo inflamatório persistente 
que gera a ocorrência de exsudato com acúmulo de muco rico em proteína que agrega bactéria). 
✓ Comum em crianças menores de 5 anos e idosos acima dos 65 anos. 
✓ Pacientes cardiopatas, diabéticos e com DPOC são mais susceptíveis. 
Fisiopatologia: Os microrganismos (Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Haemophilus influenzae) 
podem chegar ao parênquima pulmonar em indivíduos que apresentem deficiências nos mecanismos de defesa (alterações 
anatômicas – devido à processos inflamatórios, perda do reflexo de tosse, alteração no aparelho mucociliar) pela aspiração 
de secreções da orofaringe, inalação de aerossóis, disseminação hematogênica (entrada aérea) ou por foco contíguo 
(contiguidade dos órgãos ao seu entorno), reativação local em imunodeprimidos. 
 
- : 
Tabagismo Etilismo 
(Desnutridos e imunocomprometidos) 
Má conservação 
dentária 
Desnutrição Imunossupressão Fatores 
ambientais 
Envelhecimento 
(senescência do SI) 
DPOC ICC Micro e macroaspiração 
 
- : 
▪ Tríade principal: dor torácica do tipo pleurítica (piora com tosse e respiração profunda 
– e base pulmonar pode irradiar para abdome pela irritação do nervo frênico), tosse seca 
(início) ou produtiva purulenta ou piossanguinolenta e dispnéia (casos graves), 
normalmente estão em taquipnéia com respiração superficializada. 
▪ Febre (não é comum em idosos - ocorre menor resposta do sistema imunológico aos agentes), calafrios, 
astenia, anorexia, mialgia, sudorese, debilidade do estado geral, confusão 
mental. 
 
 
- : 
▪ Síndrome de consolidação pulmonar: 
42 
 
Inspeção: expansibilidade pulmonar diminuída taquipnéia >30irpm (sugere gravidade do 
quadro e aumento do risco de óbito). 
Palpação: expansibilidade pulmonar diminuída, FTV aumentado (presença de secreção). 
Percussão: macicez ou submacicez (secreção). 
Auscultação: murmúrio vesicular diminuído, estertores finos, pectoriloquia e broncofonia. 
▪ Pode ocorrer Derrame pleural: expansibilidade pulmonar diminuída, FTV diminuído, 
macicez e abolição do murmúrio vesicular [>=5cm devem ser drenados]. 
 
- : 
▪ Clínico + Exame de imagem. 
 
- : 
▪ Fundamentais para confirmar ou excluir. 
▪ RADIOGAFIA de Tórax: 
 - Consolidação: opacidade alveolar (esbranquiçamento do parênquima). 
Obs.: não se deve retardar a instituição de tratamento em função da identificação da causa. A busca do agente etiológico não 
é fácil. 
 
- : 
 
 
 
• Pneumonia nosocomial: Principal fator de risco [VENTILAÇÃO MECÂNICA]. 
43 
 
→ Pneumonia relacionada com os cuidados de saúde (PRCS): se instala 48 H após a internação 
hospitalar. 
→ Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM): quando ocorre em até 48 H após a alta 
hospitalar. 
PAC ambulatorial PAC internados (não em UTI) PAC em UTI 
S. pneumoniae S. pneumoniae S. pneumoniae 
Mycoplasma pneumoniae Mycoplasma pneumoniae Bacilos gram-negativos 
Chlamydia pneumoniae Chlamydia pneumoniae H. influenzae 
 
- : 
- Internação recente prolongada; 
- Antibiótico por mais de 24 horas nos últimos 15 dias (reduz a microbiota intestinal e 
agrido o SI); 
- Alta frequência de resistência bacteriana; 
- Imunossupressão; 
- Gravidade e instabilidade hemodinâmica; 
- Ventilação mecânica | UTI; 
- Residência em asilo ou similar. 
 
- : 
▪ Febre (se imunocompetente); 
▪ Infiltrado pulmonar no tórax; 
▪ Leucocitose e leucopenia; 
▪ Secreção traqueal purulenta; 
 
 
 
 
 
• Pneumonia broncoaspirativa: 
44 
 
- Ocorre devido a ASPIRAÇÃO DE SUCO GÁSTRICO por supressão do reflexo de tosse (anestesia, 
endoscopia, DRGE, perda de consciência, etilismo, convulsão, TCE e doenças neurológicas) que 
provoca um processo inflamatório. 
- Casos agudos [1-2 horas após a broncoaspiração]: broncoespasmo, tosse com expectoração rosada, 
cianose, dispnéia, taquipnéia, hipotensão e febre. Pode evoluir para hipoxemia e SARA. 
 
- : 
Inspeção: expansibilidade pulmonar diminuída (devido à consolidação do parênquima). 
Palpação: expansibilidade pulmonar diminuída, FTV aumentado (presença de secreção). 
Percussão: macicez ou submacicez (secreção). 
Auscultação: murmúrio vesicular diminuído, roncos e sibilos disseminados. 
- : 
▪ RADIOGAFIA de Tórax: infiltrados bilaterais, simétricos, predominando nos lobos 
inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COVID-19 
45 
 
• É uma infecção respiratória aguda e inflamatória potencialmente grave pela síndrome 
respiratória aguda grave por coronavírus (SARS-COV-2). 
• O quadro clínico é similar ao de uma infecção respiratória e a gravidade é variável (quadro assintomático 
- resfriado comum – pneumonia viral grave que leva a uma síndrome do desconforto respiratório). O contato de várias cepas pode 
causar uma resposta inflamatória mais intensa. 
Obs.: A carga viral não é determinante para o agravamento e sim o tipo da cepa. 
Fisiopatologia da Principal Via: O vírus se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina II (ECA-2) promovendo uma 
diminuição da enzima circulante gerando um acúmulo tóxico de angiotensina II que induz a síndrome do desconforto respiratório. O 
acúmulo de angiotensina II leva a um processo inflamatório pulmonar (pneumonite) em que o paciente pode ficar assintomático ou severa. 
Além disso, ao acúmulo desta pode gerar uma miocardite que predispõe fenômenos tromboembólicos. O vírus pode causar uma inflamação 
hepática (hepatite transinfecciosa). 
• Os órgãos mais vulneráveis à doença inflamatória são os pulmões, coração, fígado, rins (nefrite – não faz 
filtragem eficiente – falência renal aguda), esôfago, bexiga (sintomas de infecção de trato urinário sem inflamação em 
exames) e o íleo (linfadenite entérica). 
• O padrão de disseminação das partículas virais por aerossóis, tendo alta concentração de partículas virais na 
orofaringe. 
• O paciente assintomático pode ter a mesma carga viral que um paciente sintomático, isto é, pode transmitir. 
• Os sintomas se iniciam entre o dia 5 e o dia 7 a partir do momento da infecção. O auge da transmissão é o dia 4. 
Obs.: A N95 protege o indivíduo e o próximo. A cirúrgica protege que o vírus saia da boca e não protege que ele venha. 
CLASSIFICAÇÃO em PRONTO-SOCORRO: 
• LEVE: 
→ Sintomas inespecíficos: Febre, tosse, fadiga, anorexia, mialgia, faringite, dispnéia leve, congestão nasal, 
coriza, cefaléia, diarréia, náusea e vômitos. 
→ Em idosos e imunossuprimidos (sintomas atípicos): dor precordial, tremor, rebaixamento de nível de 
consciência. 
→ Grávidas: os sintomas parecem ser da gravidez e devem ser verificados 
Obs.: a gravidez já provoca um estado inflamatório e de imunossupressão na mulher. 
• PNEUMONIA: 
→ Adultos: pneumonia sem sinais de pneumonia grave e sem sinais do uso de oxigênio suplementar 
(saturação > 94%). 
→ Crianças: pneumonia com tosse ou dispnéia associada a uma respiração acelerada. 
• PNEMONIA GRAVE: 
46 
 
→ Adultos: febre ou suspeita de infecção respiratória associada a uma FR > que 30 irpm, dispnéia grave, 
saturação <93% em ar ambiente. 
→ Criança: cianose, saturação<90%, dispnéia grave, uso de musculatura acessória. 
Obs.: o uso de musculatura acessória para respirar pode gerar falência das bombas de sódio e potássio – parada respiratória por estresse muscular. 
- : 
▪ Confusão mental (encefalite - IDOSOS); 
▪ Dor torácica; 
▪ Sintomas gastrointestinais. 
Obs.: linfadenite do mesentério | pode lembrar a clínica clássica de apendicite). 
 - : 
▪ História clínica detalhada; 
▪ Exame físico (febre com ou sem calafrios,tosse produtiva ou não, dispnéia) 
→ Ausculta: com estertor respiratório ou chiado. 
→ Inspeção: sinais de desconforto respiratório (libera adrenalina e gera taquicardia, taquipnéia). 
- : 
▪ Pneumonia grave: 
→ Leucopenia ou leucocitose (suspeita de infecção secundária); 
→ Aumento de TGO e TGP (agressão hepática); 
→ A queda de albumina e coagulograma mostra se o fígado está deixando de funcionar; 
→ PCR – parâmetro laboratorial de controle (aumenta e abaixa muito rápido); 
→ Dedímero (marcador de coagulação – aumentou? Mais chance de formar trombo 
– necessário anticoagular); 
→ Oximetria (<93% necessário complementar com 02 – limite para entubar é 75% com O2 em 
máscara com 15L/min); 
→ Cultura de secreção (avaliar infecção secundária ou outras causas de pneumonia); 
→ RT-PCR (maior sensibilidade e especificidade para SARS-COV-2). 
 
 
 
- : 
▪ Radiografia de Tórax: 
47 
 
→ Infiltrados pulmonares uni ou bilaterais. 
 
 
▪ Tomografia de Tórax: 
→ Múltiplas áreas lobulares e subsegmentares bilaterais com opacidade em vidro foscou 
consolidação, geralmente com distribuição periférica ou posterior, principalmente nos lobos 
inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABCESSO PULMONAR 
48 
 
• É um processo infeccioso em uma área do parênquima pulmonar na qual ocorre supuração, necrose e formação de cavidade de pus. 
• Comum em homens entre 30-50 anos. 
• Mais comum em ápices pulmonares. 
• O agente etiológico é um microrganismo anaeróbico gram-negativo habitante da orofaringe: Fusobacterium nucleatum, Prevotella 
melaninogenica, Prevotella intermedia e Prevotella oralis ou anaeróbio gram-positivo associado a aeróbios. 
▪ Primário: mecanismo aspirativo [Após aspiração -> Obstrução da via -> Quadro agudo de pneumonite (processo 
inflamatório) -> Evolui para pneumonia necrosante -> Induz resposta inflamatória fibrosante (limita o processo infeccioso) -> 
Formação do abcesso ou cavidade (crônico)]; embólico séptico [Disseminação de um foco séptico ou pela infecção 
secundária de infartos trombóticos pulmonares – via hematogênica | endocardite]. 
▪ Secundário: consequente à obstrução brônquica ou ao comportamento das defesas do 
organismo por condições debilitantes crônicas. 
- : 
▪ Tosse produtiva com escarro pútrido (se a cavidade drenar para a via aérea). 
▪ Hemoptise. 
▪ Febre (não ultrapassa 38,5ºC). 
▪ Sudorese noturna. 
▪ Anorexia. 
▪ Dor pleurítica (se mais periférico em contato com pleura). 
▪ Perda de peso. 
- : 
▪ Exames de Imagem: 
→ Radiografia de Tórax: semelhante a pneumonia no início; após cavitações basais ou no segmento superior 
[única – quando aspiração; múltiplas – quando por êmbolo]. 
→ Tomografia de Tórax: se houver dúvida diagnóstica. 
▪ Exames laboratoriais: 
→ VHS e PCR: aumentados. 
→ Anemia; 
→ Leucocitose; 
→ Hemocultura (infecção sistêmica). 
 
EMBOLIA E INFARTO PULMONAR 
Comentado [FFMJ8]: 
49 
 
• É uma oclusão brusca, total ou parcial da artéria pulmonar ou de seus ramos proveniente de êmbolos dos 
membros inferiores e das câmaras cardíacas direitas. 
 
• Outras causas: êmbolos sépticos, corpos estranhos, gordura, líquido amniótico, bolhas gasosas e tumores. 
• Quando os trombos são múltiplos e acometerem as artérias brônquicas tem-se um infarto pulmonar (é um tipo de 
embolia pulmonar, contudo, os êmbolos são menores. Nesses casos, regiões diferentes do pulmão são acometidas. 
Fisiopatologia: Trombo -> desprende e vira êmbolo -> vasoconstrição (liberação de mediadores de cascata inflamatória que gera edema 
que aumenta ainda mais a obstrução) -> obstrução mecânica -> aumento da resistência vascular pulmonar e da pressão da artéria pulmonar 
(acumulo de sangue em VD e AD -> insuficiência cardíaca direita aguda (não dá tempo de coração mudar a conformação) -> óbito. 
- [Variam de acordo com o percentual de comprometimento]: 
▪ Dispnéia súbita que se agrava com o esforço físico; 
▪ Tosse espumosa; 
▪ Hemoptise; 
▪ Dor e edema em membros inferiores; 
▪ Febre; 
▪ Sudorese; 
▪ Taquicardia; 
▪ Tontura. 
- : 
▪ Inspeção: 
→ Expansibilidade diminuída; 
▪ Palpação: 
→ FTV aumentado e expansibilidade diminuída. 
▪ Percussão: 
→ Submacicez ou macicez. 
▪ Auscultação: 
→ Respiração brônquica substituindo o murmúrio vesicular; 
→ Broncofonia ou egofonia; 
→ Estertores finos. 
- : 
▪ Exames de Imagem: 
50 
 
→ Angiotomografia: realiza-se o DIAGNÓSTICO [PADRÃO OURO]. 
→ Radiografia de Tórax: nenhum achado patognomônico. Visualiza-se atelectasias, 
elevação de cúpula diafragmática do lado da embolia pulmonar, pequeno derrame 
pleural [ACHADOS INESPECÍFICOS]. 
→ ECG: sobrecarga de ventrículo direito devido a oclusão da artéria pulmonar e o acúmulo 
de sangue na câmara supracitada. 
→ Doppler: quando se suspeita que o êmbolo vem de membros inferiores para verificar 
trombose nesses membros. 
→ Ecocardiograma: é possível visualizar o êmbolo no coração. 
Obs.: Será que há outros êmbolos? 
▪ Exames laboratoriais: 
→ Gasometria arterial: normal, hipóxia ou hipercapnia. 
→ Dímero-D: indicação para embolia pulmonar. É o produto de degradação da fibrina que 
aumenta no plasma em situações de coagulação e fibrinólise. Tem alta sensibilidade 
(>95%). É ideal para descartar TEP em pacientes com baixa ou moderada probabilidade 
clínica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUBERCULOSE 
• É causada pelo Mycobacterium tuberculosis. 
51 
 
• O primeiro contato, ou seja, a primoinfecção ocorre na infância ou na adolescência. 
Fisiopatologia: É adquirida através da via respiratória (um paciente com tuberculose pulmonar vai tossir – elimina 
gotículas de Flugge – um indivíduo aspira as gotículas com o núcleo de Wells – encaminham para os bronquíolos e 
alvéolos – são fagocitadas por macrófagos – multiplicam e se encaminham para o hilo pulmonar pelos vasos linfáticos 
e se disseminam pelo corpo – ápices pulmonares, córtex renal, epífises ósseas – possui mais oxigênio). Ocorre a 
formação de um granuloma como resposta da imunidade celular tardia. 
• Os bacilos buscam locais com mais oxigênio (predisposição para os ápices pulmonares, córtex renal 
e epífise óssea). 
 
❖ Tuberculose primária: resulta da progressão da primoinfecção para a doença [FORMA ATIVA], 
ou seja, a imunidade celular tardia não consegue debelar a infecção com a formação de granulomas 
permitindo o estabelecimento da doença ativa. 
- : 
▪ Febre baixa em período vespertino. 
▪ Inapetência. 
→ Radiografia de Tórax: infiltrado em região média e inferior pulmonar com 
linfoadenomegalia em hilos pulmonares com atelectasia por compressão. Pode-se 
visualizar nódulo calcificado. 
 
❖ Tuberculose secundária ou pulmonar [forma mais comum]: resulta da progressão 
da infecção do agente mesmo após uma resposta imune adequada. Pode ocorrer devido a 
 (avaliar infecções secundárias - HIV) ou da . para 
a doença, ou seja, a imunidade celular tardia não consegue debelar a infecção com a formação de 
granulomas/cavidades permitindo o estabelecimento da doença ativa. 
- : 
▪ Febre baixa em período vespertino. 
▪ Inapetência. 
▪ Emagrecimento pelo quadro crônico. 
▪ Tosse geralmente produtiva. 
▪ Hemoptise. 
52 
 
▪ Sudorese noturna. 
▪ Fraqueza. 
▪ Astenia. 
- : 
▪ Inspeção: 
→ Expansibilidade diminuída na região afetada; 
▪ Palpação: 
→ FTV aumentado (presença de líquido e ar nas cavitações) e expansibilidade diminuída. 
▪ Percussão: 
→ Sonoridade normal ou timpanismo na cavitação (ar retido). 
▪ Auscultação: 
→ Respiração broncovesicular ou brônquica substituindo o murmúrio vesicular, ressonância vocal aumentada. 
: 
▪ Hemograma: normal ou com anemia, leucocitose Monocitose ou eosinofilia. 
▪ Hiponatremia pela produção pelo tecido pulmonar de uma substancia análoga ao hormônio 
antidiurético 
Obs.: excreta de sódio no sangue diminuído e aumentado na urina. 
▪ Exame bacteriológico do escarro (BAAR): pode-se encontrar ou não o bacilo. 
▪ Radiografia de Tórax: opacidades alveolares heterogêneas, nódulos, estrias predominando nos 
ápicese cavitações. 
 
 
❖ Tuberculose extrapulmonar: os bacilos podem se instalar em qual órgão durante a primo-
infecção. Os bacilos podem se multiplicar quando a imunidade celular não for capaz de conter a doença. 
 
ATELECTASIA 
53 
 
• É o desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço alveolar seja ocupado por células ou exsudato. 
Assim, tem-se o colabamento dos alvéolos pulmonares. 
• Não é uma doença específica e sim uma COMPLICAÇÃO de outros problemas pulmonares. 
 
• Pode ser causada por neoplasias e corpo estranho que oclui a luz dos brônquios. 
• Se ocorre no brônquio principal tem-se atelectasia no pulmão inteiro – atelectasia total. 
• No exame radiográfico ocorre desvio da traquéia de forma ipsilateral (mesmo lado) ao lado acometido 
- : 
▪ Inspeção: 
→ Retração do hemitórax e tiragem intercostal; 
▪ Palpação: 
→ FTV expansibilidade diminuídos ou abolidos. 
▪ Percussão: 
→ Submacicez ou macicez. 
▪ Auscultação: 
→ Redução do murmúrio vesicular, ressonância vocal diminuída; pode haver som brônquico ou 
broncovesicular substituindo o murmúrio vesicular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA 
- Caracteriza-se por diferentes graus de inflamação, destruição alveolar, fibrose e hipoxemia crônica. 
1. Ocorre uma agressão de causa desconhecida, apoptose e reparo tecidual anormal no epitélio alveolar. 
2. Tem-se exsudação de fibrina. 
3. Tem-se formação de focos fibroblásticos e deposição de matriz extracelular. 
4. Dani arquitetural e prejuízo na função pulmonar. 
- : 
▪ Tosse seca. 
▪ Dispnéia. 
▪ Baqueteamento digital. 
 
PNEUMOCONIOSES 
- São afecções pulmonares causadas pela inalação de poeiras que provocam reação tecidual (o grau de reação 
depende da natureza química da poeira, do tamanho, do formato, da distribuição e da concentração das partículas, da duração da exposição e 
da susceptibilidade individual) podendo levar à fibrose do parênquima pulmonar. 
- : 
▪ Tosse. 
▪ Dispnéia progressiva. 
▪ Estertores pulmonares e sibilos. 
 
NEOPLASIAS PLEURAIS 
- Quando primárias são denominadas mesoteliomas. 
- Apresentam-se de forma: 
1. : Benigna – diagnóstico em exame de imagem de rotina | tumor fibroso solitário de 
pleura: tosse, dor torácica, dispnéia e baqueteamento digital) Maligna - tosse, dor 
torácica, dispnéia e febre. 
55 
 
2. (sempre maligna) – tem relação com exposição a asbesto (amianto) de pelo menos 20 anos. 
Manifestações como dor torácica e dispnéia são mais comuns. Contudo, tosse, febre e 
adinamia. 
- No observa-se abolição ou redução do murmúrio vesicular do lado afetado 
sugerindo derrame pleural. 
 
PNEUMOTÓRAX 
- É a existência de ar na cavidade pleural. 
 
- Ocorre devido a uma ruptura da pleura visceral com escape aéreo, trauma na parede torácica, ar proveniente 
do esôfago. 
1. Espontâneo: 
❖ : ocorre em indivíduos sem doença pulmonar conhecida. 
❖ : ocorre em pacientes com doença pulmonar. 
2. Traumático ou Hipertensivo: 
❖ Ocorre após traumatismo torácico fechado ou aberto (lesão na parede torácica) com laceração 
pulmonar, brônquica ou esofágica. 
❖ Desvia as estruturas devido à presença de ar. 
3. Iatrogênico: 
❖ Ocorrem devido a um procedimento médico, diagnóstico ou terapêutico. 
- [CLÍNICO] 
- : 
▪ Dor torácica de início súbito. 
▪ Dor ventilatório-dependente (ocorre durante a respiração profunda. A respiração fica 
incompleta. Tem relação com a pleurite, pericardite). 
56 
 
▪ Dispnéia é proporcional à magnitude do colapso pulmonar. 
▪ Tosse seca. 
▪ Cianose. 
- : 
▪ Diminuição da expansibilidade torácica. 
▪ Abaulamento do hemitórax afetado. 
▪ FTV diminuído. 
▪ Na percussão – som timpânico. 
▪ Murmúrio vesicular diminuído ou abolido. 
▪ PNEUMOTÓRAX – é diagnóstico clínico, semiológico. Percussão timpânica + Murmúrio vesicular 
reduzido ou abolido. Pneumotórax e derrame pleural desviam a traqueia de forma contralateral do lado 
acometido 
 
CASO CLÍNICO – PNEUMOLOGIA 
▪ Dor ventilatório-dependente – ocorre durante a respiração profunda. A respiração fica incompleta. 
Tem relação com a pleurite, pericardite. 
 
DC=VS x FC [volume de sangue ejetado pelo coração a cada ciclo cardíaco].

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