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CAROLINA ELMAUER BORGES UNINOVE MAUÁ nono semestre, internato, 2022. DPOC Exacerbado O paciente com DPOC apresenta uma grande variação - e rápida - dos sintomas. O �ue caracteriza uma exacerbação do DPOC é uma piora progressiva dos sintomas, �ue perdura por >48h e necessitando do uso de medicações de resgate. Sintomas �ue caracterizam a exacerbação: ● Aumento do volume da expectoração; ● Piora da dispneia; ● Escarro de aspecto esverdeado ou amarelado; Abordagem do paciente ● Anamnese ade�uada ● Identi�car a causa e condições associadas ● Comorbidades descompensadas ● Exames complementares ● Plano de tratamento Etiologia As causas mais comuns de exacerbação são as infecções respiratórias, causadas por vírus e bactérias, mudanças climáticas, exposições a fumaças e não aderência ao tratamento. Infecções virais: ● Rinovírus ● In�uenza ● Parain�uenza ● Adenovírus ● Coronavírus ● Vírus sincicial respiratório Infecções bacterianas - apresentam maior volume de expectoração e purulência de escarro: ● Streptococcus pneumoniae ● Haemophilus in�uenzae ● Moraxella catarrhalis ● Pseudomonas aeruginosa - fre�uente em pacientes mais graves ou com uso recente de antibióticos ● Chlamydophila pneumoniae ● Mycoplasma pneumoniae *Os sintomas de uma DPOC exacerbada podem durar de 7-10 dias, no entanto, 20% dos pacientes não retornam aos seus sintomas basais após a oitava semana do início do tratamento. Assim, uma exacerbação pode contribuir para a progressão da doença, aumentando a susceptibilidade do paciente para um novo evento. Fatores �ue elevam o risco de exacerbações agudas ou graves: ● Exacerbação prévia (principal fator de risco) ● DERG ● Idade avançada ● Função pulmonar comprometida ● Grande porcentagem de en�sema ou espessamento das vias aéreas mensurados pela TC de tórax ● Aumento da razão entre o diâmetro da artéria pulmonar e a aorta (razão >1) ● Presença de bron�uite crônica ● Hipovitaminose D Exames Complementares ● Hemograma ● PCR ● BPN (se aumento, há piora de IC) ● D-dímero ● Gasometria arterial (reservado para pacientes com SatO2 maior ou igual a 92 ou sinais de gravidade) ● Cultura de escarro (pacientes mais graves, em VNI e VM, VEF1 <50 e exacerbações de repetição) ● Painel viral (se sintomas de VAS) ● Eletrocardiograma (afastar outras causas ou sinais indiretos de HP) ● Radiogra�a de tórax PA e per�l (característicos de DPOC) Diagnósticos Diferenciais ● Pneumonia ● Pneumotórax ● Derrame pleural ● IC descompensada ● Embolia pulmonar Definição de local de tratamento Tratamento Hospitalar: ● Piora da dispneia ou dessaturação ● IRpA ● Cor pulmonale ● Ausência de resposta ao tratamento ambulatorial ● Comorbidades graves associadas ● Ausência de suporte social Admissão em UTI: ● Dispneia intensa sem melhora com tratamento inicial ● Alterações do estado mental ● PaO2 < 40 mmHg e ou pH < 7,25 ● Necessidade de ventilação mecânica ● Instabilidade hemodinâmica Tratamento Não Farmacológico ● Oxigenoterapia - alvo SpO2 88-92% ● Ventilação ● Fisioterapia respiratória Ventilação Não Invasiva (VNI): ● PaCO2 maior ou igual a 45 mmHg e ou pH menor ou igual a 7,35 ● Dispneia com fadiga respiratória ● Hipoxemia persistente Ventilação Mecânica Invasiva (VMI): ● Não tolera ou hipoxemia no VNI ● Arritmias graves ● Aspiração ou vômitos persistentes ● Instabilidade hemodinâmica ● Rebaixamento do nível de consciência Tratamento Farmacológico Broncodilatadores ● B2 - agonista de curta ação ● Anticolinérgico de curta ação Corticóide Sistêmico - melhora a função pulmonar, oxigenação e proporciona uma recuperação mais rápida ● Oral ou EV ● 5 dias Antibioticoterapia ● Evidência de infecção: Exacerbações graves e escarro purulento ● Escolha do ATB: ○ Estadiamento do DPOC ○ Fatores de risco: ■ Idade > 65 anos, desnutrição ■ Dispneia grave ■ Comorbidades ■ >4 exacerbações ao ano ou hospitalização ■ ATB < 15 dias ■ Corticoide < 3 meses Prevenção ● Macrolídeos ● Inibidor fosfodiesterase-4 ● Vacina (In�uenza e Pneumococo) ● Cessação do tabagismo ● Reabilitação pulmonar
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