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Direito do Consumidor - Resumo Parte 2 de 2

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Direito do Consumidor – Resumo / Parte 2 de 2 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
Instagram: geraldobatista1959 
 
 
 
1 
1. Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo. 
 
1.1. Vício no produto. 
 
São os vícios que tornem o produto impróprio para o consumo, não atendendo as suas 
legítimas expectativas, diminuindo o seu valor. 
 
 Podem ser vícios de qualidade ou quantidade. 
 
 Vício no produto não exclui o direito à indenização por Danos Morais. 
 
 Intrínseco ao produto. 
 
 Em situação de vício no produto o consumidor poderá em não sendo o vício 
sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente 
e à sua escolha: 
 
1. A substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições 
de uso. 
 
2. A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem 
prejuízo de eventuais perdas e danos. 
 
3. O abatimento proporcional do preço. 
 
Observação. A simples existência de um corpo estranho no interior da embalagem 
de um produto viola o direito fundamental a saúde do consumidor. 
 
1.2. Vício no Serviço. 
 
São os vícios de qualidade que tornem o serviço impróprio para o consumo, lhes 
diminuindo o valor ou em desconformidade com anúncios publicitários. 
 
1.3. Fato no Produto. 
 
São os “defeitos” que exorbitam o campo da aplicação do produto atingindo a 
integridade física ou patrimonial do consumidor. Chamado de Acidente de Consumo 
 
 Um produto não será considerado defeituoso pelo fato de haver outro de melhor 
qualidade no mercado. (Art. 12 § 2º) 
 
1.4. Fato no Serviço. 
 
São os danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de 
serviços, bem como informação insuficiente ou inadequada sobre seus riscos. 
 
 Um serviço não será considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 
 
http://www.geraldofadipa.comunidades.net/
 
Direito do Consumidor – Resumo / Parte 2 de 2 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
Instagram: geraldobatista1959 
 
 
 
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 Caduca em 5 anos o prazo para pleitear a reparação de danos materiais e 
morais, independentemente de serem consumidores em sentido estrito (teoria 
finalista). 
 
1.5. Prazo decadencial do vício. 
 
 Produtos duráveis: 90 dias. 
 Produtos não duráveis: 30 dias. 
 
Os prazos supracitados aplicam-se apenas para os vícios de fácil constatação. Em 
senso vício oculto (redibitório), inicia-se a contagem no instante em que ficar 
evidenciado o vício. Art. 18 § 1ºao 3º e art. 26, CDC. 
 
1.6. Prazo prescricional do fato. 
 
Prescreve em cinco anos a pretensão para a reparação de danos causados por 
fato no produto ou serviço. Observar art. 27, CDC 
 
 Vício do produto. Responsabilidade solidária entre fornecedor e 
comerciante. Fato do produto: Resp. Subsidiária do comerciante em relação 
ao fornecedor. 
 
2. Excludentes de responsabilidade. 
 
O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado 
quando provar: 
 
I. Que não colocou o produto no mercado. 
II. Que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste. 
III. A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros. 
 
O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: 
 
I. Que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste. 
II. A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros. 
 
Observações. 
 
 O ônus da prova é do fornecedor, a quem cabe provar a inexistência do defeito 
 
 Fortuito interno é aquele que guarda relação com a atividade desenvolvida pelo 
ofensor. Não exime o fornecedor de responsabilidade. 
 
 Fortuito externo é aquele dano que não tem nenhuma relação com a atividade 
desenvolvida pelo ofensor. Afasta o dever de indenizar. 
 
 
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Direito do Consumidor – Resumo / Parte 2 de 2 
Geraldo M. Batista 
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3. Da Publicidade. 
 
O Código de Defesa do Consumidor baliza que o consumidor tem como direito básico 
a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva. (Art. 6º IV). Exige ainda no arigo 
36, que a publicidade seja veiculada de modo que o consumidor perceba que está 
diante de um anúncio publicitário. 
 
 Publicidade enganosa. Qualquer modalidade de informação ou comunicação 
de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro 
modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito 
da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, 
preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços (art. 37 § 1º). 
 
 Publicidade abusiva. É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória 
de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, 
se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita 
valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar 
de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança (art. 37 § 2º). 
 
 Publicidade enganosa por omissão. A publicidade é enganosa por omissão 
quando deixar de informar dado essencial do produto ou serviço (art. 37 § 3º). 
 
 Merchandising. Trata-se daquela publicidade feita para passar despercebida, 
ou seja, que incite ao consumo do produto sem que o consumidor perceba que 
está diante de uma peça publicitária. Observar o art. 30 e 38, CDC. 
 
4. Da Cobrança de Dívidas. 
 
O sistema de defesa do consumidor institui, proíbe, na cobrança de dívidas que o 
consumidor seja submetido a meios agressivos ou humilhantes, situações vexatórias, 
exposto ao ridículo ou qualquer forma de coação ou ameaça. 
 
 O consumidor não poderá ser cobrado por débitos durante seus horários de 
trabalho, descanso ou lazer. Deve ser analisado de forma razoável, de acordo com 
o caso concreto e situações de fato. 
 
 O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por 
valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e 
juros legais, salvo hipótese de engano justificável. rata-se da clara função 
pedagógica do CDC ao inibir condutas lesivas ao consumidor. Observar os artigos 
44 A 45, CDC. 
 
5. Das Práticas Abusivas. 
 
O CDC traz de modo exemplificativo, no art. 39, treze incisos que comportamentos e 
situações consideradas abusivas no mercado de consumo. Trata-se de um rol 
exemplificativo. 
 
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Direito do Consumidor – Resumo / Parte 2 de 2 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
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 Cumpre salientar que, no que dispõe o inciso I, deverá ser observada a 
situação abusiva ao tratar da venda casada. Isto é, caso haja o 
condicionamento na vende de produtos, não será abusiva se houver a 
possibilidade da compra individual. 
 
 O parágrafo único do art. 39 dispõe que na hipótese do inciso III os produtos 
entregues se equiparam a amostra grátis. Exemplo: cartão de crédito entregue 
sem prévia solicitação equipara-se à amostra grátis e dispensa o pagamento 
das anuidades, mas os valores correspondentes às compras deverão ser pagos 
em nome da boa-fé objetiva. Observar o rol do artigo 39. 
 
6. Do Orçamento. 
 
Estabelece o artigo 40 que o fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao 
consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e 
equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas 
de início e término dos serviços. 
 
1. Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, 
contado de seu recebimento pelo consumidor; 
2. Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente 
pode ser alterado mediante livre negociação das partes; 
3. O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da 
contratação de serviços de terceiros não previstosno orçamento prévio. 
 
7. Das Cláusulas abusivas 
 
O CDC dispõe de um mecanismo próprio de nulidades afim de proteger o consumidor, 
sua tarefa precípua. São Nulas de pleno direito, e não anuláveis e devem ser 
conhecidas de ofício pelo magistrado, por contrariarem as regras ou princípios do 
CDC. 
 
Traz um rol de cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos ou 
serviços. Não é um rol taxativo, podendo conter outras que não se encaixem no rol do 
art. 51, mas que se existente os abusos devem ser banhados de nulidade. Ver o artigo 
51. 
 
8. Da Defesa do Consumidor em Juízo. 
 
 A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser 
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. (Art. 81, CDC) 
 
 Interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas 
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. Divulgação de publicidade 
enganosa em um canal de tv. Todas as pessoas que viram foram atingidas. 
 
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Direito do Consumidor – Resumo / Parte 2 de 2 
Geraldo M. Batista 
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Instagram: geraldobatista1959 
 
 
 
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 Interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os 
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou 
classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação 
jurídica base. Alunos do Curso de Direito de uma Faculdade; 
 
 Interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de 
origem comum. Nesta hipótese temos a individualização dos titulares dos direitos 
violados, porém é mais conveniente para a justiça a defesa de forma coletiva. 
Assinantes de determinada TV por assinatura que tem o valor mensalidades 
excessivamente majorado. 
 
9. Legitimados para promover a defesa. 
 
 Ministério Público; União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal. 
 
 As entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que 
sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses 
e direitos protegidos por este código. 
 
 As associações legalmente constituídas hão pelo menos um ano e que incluam 
entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por 
este código, dispensada a autorização das assembleias. 
 
10. Algumas hipóteses de não aplicação do CDC 
 
 Entre a previdência e seus beneficiários. 
 
 Nas relações jurídicas tributárias. 
 
 Nas relações de contrato locação. 
 
 Aplicações financeiras com intuito de ampliar o capital de giro. 
 
 Ao contrato de fornecimento de insumos agrícolas entre as cooperativas e os 
cooperados. 
 
 Entre o representante comercial autônomo e a sociedade representada. 
 
 Não se enquadra relação entre empresa de porte, sem que haja 
hipossuficiência. 
 
 Ao contrato de credito educativo (ex: Fies). 
 
 Ao contrato de transporte internacional de carga. 
 
Fim 
 
Ver: Direito do Consumidor – Resumo / Parte 1 de 2 
http://www.geraldofadipa.comunidades.net/

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