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Medicina de Família e Comunidade | Dra Camila Braga Osteop�ose → Redução da densidade mineral óssea (DMO) Doença evolutiva que afeta a densidade óssea;o osso se torna mais frágil Trata-se de uma doença silenciosa até que ocorra uma fratura; as fraturas apresentam um grande impacto nas dimensões físicas, financeiras, familiares, psicológicas Epidemiologia Prevalência aumenta com a idade Acomete mais mulheres, principalmente no período pós-menopausa Fraturas mais comuns: - compressão vertebral - fratura de punho - bacia-ramos pubianos - extremidade proximal do fêmur A DMO diminui com a idade o que aumenta o risco de fraturas ● Osteoporose primária Idiopática (juvenil ou de adulto jovem) Tipo I: pós-menopáusica Tipo II: senil (é a mais comum) ● Osteoporose secundária Decorrente de outras doenças que não decorrente da velhice Etilismo Resistência óssea O tamanho e a disposição dos cristais de hidroxiapatita na matriz é o que vai determinar a rigidez óssea, e o colágeno é o que vai fornecer uma maleabilidade e absorção de energia em um impacto Remodelação óssea Consta de retirar osso mineralizado e fazer sua substituição por osteóide mineralizado → renovação constante desse material ósseo Osteoclasto: reabsorção do osso mineralizado Osteoblasto: formação e mineralização de matriz óssea No desenvolvimento da osteoporose, temos um desequilíbrio no processo de remodelação óssea, onde a reabsorção predomina sobre a formação Pico de massa óssea Em homens e mulheres ocorre no final ou logo após o término do crescimento linear do esqueleto, que ocorre entre os 18 e 30 anos de idade É influenciado por fatores genéticos, nutrição, estado endócrino, atividade física e saúde durante o crescimento Após o pico ser atingido, os indivíduos já iniciam a perda, que varia de 0,3 - 0,5% da massa óssea por ano; já em mulheres, durante e após a menopausa, essa perda é acelerada. Fatores de risco - idade - fratura osteoporótica prévia - sedentarismo - hiperparatireoidismo primário - anorexia nervosa - medicamentos a base de corticoides - gastrectomia - anemia perniciosa - hipogonadismo masculino Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 1 Medicina de Família e Comunidade | Dra Camila Braga - menopausa precoce - baixo peso, baixa IMC ou perda de peso Quedas da própria altura As fraturas osteoporóticas ocorrem geralmente devido a quedas de própria altura, portanto deve-se considerar fatores de risco para quedas Diagnóstico da osteoporose → Na anamnese e exame físico - História de fratura vertebral, antebraço e fêmur - Redução da estatura - cifose torácica - Tabagismo - História familiar - Consumo diário de álcool - Uso de corticóides - Artrite reumatóide → Exames laboratoriais - Hormônio paratireoidiano - Vitamina D - VHS - Fosfatase alcalina - Cálcio, albumina, fósforo → Exames de imagem - RX simples: procurar por perda do trabeculado ósseo e o afilamento da cortical óssea - Densitometria óssea - DEXA - padrão ouro para diagnóstico - faz um cálculo que determina se o paciente tem osteopenia ou osteoporose - trata-se de uma exame caro, que faz exposição à radiação, portanto, deve-se seguir as indicações: 1. mulher = ou > 65 anos; homem = ou > 70 anos, independentemente da presença de FR 2. mulher na pós menopausa e homem 50 - 69 anos, com FR 3. adultos com fraturas após os 50 anos 4. → Classificação da osteoporose de acordo com DMO, segundo OMS Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 2 Medicina de Família e Comunidade | Dra Camila Braga OSTEOPOROSE X OSTEOPENIA Osteoporose: DMO = ou < 2,5 DP abaixo do pico de massa óssea encontrada no adulto jovem Osteopenia: DMO entre 1 a 2,5 Tratamento - Tratamento primário é prevenção - Exercício físico - Dieta rica em cálcio-suplementação se necessário - Suplementação de vitamina D (se necessário) - Tabagismo e alcoolismo - Prevenção de quedas - Bifosfonatos - Têm alta afinidade com a hidroxiapatita - Concentram-se nas áreas de maior concentração de osteoclasto ativo - Inibem a reabsorção óssea - Atuam inibindo a digestão do osso, estimulando os osteoclastos a sofrerem apoptose retardando a digestão óssea Indicações: - VO: acabam perdendo bastante da absorção na mucosa gástrica; deve ser utilizado em jejum porque é melhor absorvido em ambiente ácido - Não recomendado para pacientes com esofagite, doença digestiva alta - Pacientes devem permanecer em posição vertical São efetivos na prevenção de fraturas quando utilizados por 3 - 4 anos Não é feito uso continuado, o paciente precisa ser reavaliado; se não houver resposta boa, não há porque manter o tratamento - Vitamina D e cálcio Carbonato de cálcio: 500 - 2000 mg/dia por VO Colecalciferol: 800 - 1000 UI/dia por VO Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 3
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