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Medicina de Família e Comunidade II - Drª Camila Braga Úlceras de estase - pé diabético Pé diabético: infecção que leva a uma ulceração e ou destruição de tecidos moles associadas a alterações neurológicas e vários graus de doença arterial periférica (DAP) nos membros inferiores; Fisiopatogenia e as vias de ulceração - insensibilidade resulta do agravo às fibras nervosas finas (tipo C e delta) pela exposição prolongada à hiperglicemia associada a fatores cardiovasculares, resultando em perda de sensibilidade à dor e temperatura; (a sensibilidade é um fator protetor) - comprometimento de fibras grossas (alfa e beta) acarreta desequilíbrio, risco de quedas devido à alteração da propriocepção, percepção de posição pelos receptores nas pernas e nos pés e em estágios mais avançados, acontece envolvimento motor pela hipotrofia dos pequenos músculos dos pés causando desequilíbrio entre tendões flexores e extensores,e surgimento gradual das deformidades neuropáticas: dedos em garra ou martelo, proeminências de cabeças dos metatarsos e acentuação ou retificação do arco plantar; - traumas - insensibilidade + limitação de mobilidade articular (LMA) + deformidades = alterações biomecânicas com aumento de pressão plantar (PP), principalmente em antepé nas cabeças dos metatarsos e nas regiões dorsais dos pododáctilos - pacientes com proeminências ósseas, calos, ressecamento de pés e região ungueal → favorece o aparecimento de úlcera ● Doença arterial periférica DAP - Aterosclerose dos MMII que acarreta isquemia - Pode ser assintomática ou causar claudicação intermitente - DAP grave pode desencadear dor em repouso com atrofia da pele, perda de cabelo, cianose, úlceras isquêmicas e gangrena → Diagnóstico - anamnese + exame físico (área com queda de pelo, diz sobre DAP) - ITB- índice tornozelo braço: afere-se as pressões sistólicas bilateralmente das artérias braquiais e das artérias do tornozelo (pediosa/tibiais anteriores e posteriores) A sistólica máxima do tornozelo é dividida pela sistólica maior das braquiais; o resultado do índice de 0,9 a 1,30 é normal e afasta DAP - doppler arterial de MMII Paciente com ITB <0,6, e com Doppler, vê-se sobre avaliação de cirurgião cardiovascular para amputação; sempre no nível de uma articulação antes do ponto de isquemia Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 1 Medicina de Família e Comunidade II - Drª Camila Braga → Fatores de risco para ulceração dos pés - principais: - PND (polineuropatia diabética) - deformidades - trauma - DAP - histórico de ulceração e amputação - outros: - doença renal do diabetes e retinopatia - condição socioeconômica - indivíduo que mora sozinho e inacessibilidade ao sistema de saúde → Avaliação clínica - exame inicia com remoção de calçados e das meias, que também devem ser avaliados - exame físico: manifestações dermatológicas podem estar presentes, como pele seca, rachaduras, unhas hipotróficas, encravadas ou micóticas, maceração e lesões fúngicas, calosidades, ausência de pelos, alterações de temperatura e cor → condições pré-ulcerativas decorrentes de PND e DAP Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 2 Medicina de Família e Comunidade II - Drª Camila Braga Infecção grave o paciente está internado, o manejo não é feito na UBS Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 3 Medicina de Família e Comunidade II - Drª Camila Braga Na UBS, temos: clavulanato e clindamicina; metronidazol, clinda + cipro; clinda + cipro, ceftriaxona, metronidazol; Até que ponto tira o tecido em um debridamento? Até sangrar; Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 4 Medicina de Família e Comunidade II - Drª Camila Braga http://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/manual_do_pe_diabetico.pdf Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 5 http://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/manual_do_pe_diabetico.pdf
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