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Atos Processuais

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Profa. Dra. Ana Beatriz Ferreira Rebello Presgrave
Direito Processual Civil
Atos Processuais
Profa. Dra. Ana Beatriz Ferreira Rebello Presgrave
Conteúdo Programático:
1- Atos Processuais: introdução e classificação
Atos das partes
Atos do órgão jurisdicional
2 – Características dos atos Processuais
3 – Forma, Local, Tempo do ato
4 – Prazos e Preclusão
5 – Comunicação dos atos
6 – Atos eletrônicos e virtuais
7 – Nulidades
8 – Negócio Jurídico Processual e Calendarização 
Aula 1: 
ATO PROCESSUAL: introdução e classificação
Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave
Ato Processual 
- Ato jurídico + Processual
- Teoria dos Fatos Jurídicos
- Fato (ordinário/extraordinário; jurídico/não jurídico; natural/humano) 
- Ato: ação voluntária (por determinação legal/liberaridade) 
- Processo
- Procedimento em contraditório
- Sequência de atos + sujeitos do processo
Atos Processuais
- Conceito: 
“Atos jurídicos praticados pelos sujeitos do processo, que se destinam a produzir 
efeitos no processo em relação ao qual são praticados.” 
(Alexandre Freitas Câmara)
- Manifestação da vontade humana que tem consequência processual
Classificação
1. Atos das partes
- Postulatórios: manifestar pretensões - pedido e requerimentos
- Instrutórios: influenciar o julgador – alegações e atos probatórios
- Dispositivos: regular posições jurídicas no processo – negócios jurídicos 
(unilaterais: ex. renúncia; bilaterais: ex. transação)
- Reais: conduta concreta – ex.: depósito, pagamento de custas
Obs.: atos das partes produzem efeito de imediato, salvo a desistência da 
ação (art. 200, CPC)
2. Atos do órgão jurisdicional
- Atos dos Auxiliares da Justiça: 
- Atos de movimentação (remessa dos autos)
- Atos de documentação (elaborar certidão)
- Atos de execução (diligências – citação, penhora)
- Receber a petição inicial, autuar o processo, numerar e rubricar as folhas, 
inserir termos de juntada, vista, conclusão
- Atos do Juiz
- Atos materiais: instrutórios (colheita de depoimento; inspeção 
judicial) e de documentação (registrar ou autenticar atos – ex. 
assinar termo de audiência)
- Pronunciamentos: monocráticos (sentença, decisão interlocutória e 
despacho) e colegiados (acórdão)
Obs.: todos os pronunciamentos judiciais devem ser redigidos, datados e 
assinados pelo juiz – art. 205 do CPC; os proferidos oralmente são transcritos 
pelo serventuário e revistos e assinados pelo juiz.
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o 
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à 
fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não 
se enquadre no § 1º.
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de 
ofício ou a requerimento da parte.
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de 
despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando 
necessário.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Aula 2: 
Características dos Atos Processuais
Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave
1) Liberdade das formas: regra a ausência de forma específica (art. 188, caput e 
art. 277 do CPC), devendo forma especial estar expressamente determinada 
em lei. 
- Finalidade e prejuízo
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma 
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se 
válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade 
essencial.
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará 
válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
2) Língua Portuguesa: os atos devem ser praticados em língua portuguesa, sendo 
vedada a utilização de qualquer língua estrangeira (art. 192, caput do CPC). 
- Documentos que estiverem em língua estrangeira: tradução juramentada ou a 
sua versão em língua portuguesa tramitada pela via diplomática ou pela 
autoridade central (art. 192, parágrafo único).
- Art. 13, CF: a língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do 
Brasil. 
3) Publicidade: a publicidade dos atos processuais está prevista na Constituição 
Federal (art. 93, IX). 
Exceção: segredo de justiça – art. 189
- questões relativas ao direito de família (casamento, separação, divórcio, 
alimentos, guarda, união estável);
- que envolvam dados protegidos constitucionalmente pelo direito à 
intimidade; 
- que versem sobre arbitragem ou carta arbitral, desde que haja comprovação 
em juízo da confidencialidade; 
- interesse público ou social que assim o exija. 
consulta: apenas as partes e seus advogados
certidões: comprovar interesse jurídico
4) Firmados e datados: os atos devem ser assinados por quem o produziu. 
Art. 209. Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles 
intervierem, todavia, quando essas não puderem ou não quiserem firmá-los, o 
escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência.
§ 1º Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos 
eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser 
produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico 
inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado 
digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos 
advogados das partes.
§ 2º Na hipótese do § 1º, eventuais contradições na transcrição deverão ser 
suscitadas oralmente no momento de realização do ato, sob pena de preclusão, 
devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e da 
decisão.
5) Vedação a espaços, rasuras e cotas marginais: os atos e termos processuais 
devem ser íntegros. 
Art. 211. Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, 
salvo os que forem inutilizados, assim como entrelinhas, emendas ou rasuras, 
exceto quando expressamente ressalvadas.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o 
juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à 
metade do salário-mínimo.
6) Permissão de meios idôneos de registro nos tribunais: notas taquigráficas, 
etc. 
Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em 
qualquer juízo ou tribunal.
Obs.: as partes também podem registrar as audiências
Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o 
ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a 
sentença, se proferida no ato. (...)
§ 5º A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio 
digital ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos 
julgadores, observada a legislação específica.
§ 6º A gravação a que se refere o § 5º também pode ser realizada diretamente por 
qualquer das partes, independentemente de autorização judicial
Aula 3: 
Forma, Local, Tempo do ato e Preclusão
Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave
FORMA
- Forma: a regra é liberdade das formas. 
- Atos formais: instrumentalidade das formas (finalidade + sem prejuízo)
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo 
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de 
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
LOCAL
- Local: a regra é a sede do juízo.
- Atos praticados fora da sede: ex. cartas (precatória ou rogatória), inspeção 
judicial.
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, 
excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da 
natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
Obs.: atos eletrônicos e fuso
TEMPO- Tempo: a regra é nos dias úteis das 6h às 20h.
- Atos iniciados antes das 20h (prejuízo à diligência ou grave dano)
- Citação, intimação e penhora: qualquer dia e horário (respeito à 
inviolabilidade do domicílio – ordem judicial durante o dia)
- Férias forenses/Recesso: de 20 de dezembro a 6 de janeiro.
- Feriado forense: feriados + sábado e domingo + sem expediente forense
- Petição: autos eletrônicos – até 24h (horário do juízo); autos físicos – horário 
do fórum.
ATENÇÃO
- Podem ser praticados durante as férias e feriados: citação, intimação, 
penhora e tutelas de urgência
- Podem ser praticados apenas durante as férias: jurisdição voluntária, atos 
necessários à preservação de direitos, ação de alimentos, nomeação e 
remoção de tutor/curador e demais casos previstos em lei.
Aula 4: 
Prazos Processuais
Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave
Prazos: regra é a previsão legal 
- omissão legal: estipulação judicial (complexidade do ato)
- norma supletiva (sem lei e sem fixação): 48h para o comparecimento; 
5d para a prática do ato
- ato praticado antes do termo inicial: tempestividade
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do 
ato.
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a 
prática de ato processual a cargo da parte.
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Classificação
- prazos legais: previsto na lei
- prazos judiciais: fixados pelo juiz
- prazos convencionais: fixados por convenção das partes
- prazos dilatórios: comportam modificação
- prazos peremptórios: não comportam modificação
- prazos próprios: das partes - perda do direito de praticar o ato
- prazos impróprios: juiz/auxiliares – pode praticar o ato (eventual punição 
administrativa)
- Contagem dos prazos
- Prazos em dias: contagem em dias úteis
Obs.: somente prazos PROCESSUAIS e EM DIAS
- Exclui o dia de início e inclui o dia de vencimento (somente dias úteis)
- Publicação: 1º dia útil seguinte ao da disponibilização no Dje
- Contagem: a partir do 1º dia após a publicação
- Interrupção X Suspensão
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e 
incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil 
seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado 
depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da 
informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
- Suspensão dos prazos
- 20 de dezembro a 20 de janeiro (férias dos advogados)
- Obstáculo criado em detrimento de uma das partes
- Art. 313 (causas de suspensão do processo)
- Programas instituídos pelo Poder Judiciário para promover a 
autocomposição
- Renúncia dos prazos: pela parte de maneira expressa
- Prorrogação dos prazos
- Por até 2 meses:
- Comarca com dificuldade de transporte 
- Por até 4 meses:
- Calamidade pública
- Por adequação ao conflito: art. 139, VI, CPC
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, 
incumbindo-lhe: (...)
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de 
prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior 
efetividade à tutela do direito;
Prazos do juiz
- Prazos impróprios: pode exceder por motivo justificado
- 5d: despachos
- 10d: decisões interlocutórias
- 30d: sentença
Prazos dos serventuários 
- 1d: remeter os autos conclusos
- 5d: executar os atos processuais
Prazo em dobro
- Ministério Público
- Fazenda Pública
- Defensoria Pública
- Núcleos de Prática Jurídica
- Litisconsortes com advogados distintos (de escritórios distintos) em 
autos físicos e com apresentação de defesa por mais de um deles
Obs.: apenas para os prazos legais
- Dia do começo do prazo: art. 231, CPC
- Juntada aos autos do AR ou mandado;
- Data da citação ou intimação (por ato da secretaria)
- Dia útil seguinte ao final do prazo do edital
- Dia útil seguinte à consulta ao teor do ato, ou do término do prazo para a 
consulta para as intimações eletrônicas
- Dia da comunicação eletrônica da realização do ato realizado por carta 
ou da juntada da carta cumprida aos autos de origem
- Data da publicação da intimação no Dje
- Dia da carga
Obs.: 
1) Mais de um réu – o dia de começo do prazo para contestar será da 
última citação (atenção art. 334, CPC);
2) Mais de um intimado: prazo contado individualmente
Preclusão: Perda do direito de praticar o ato
- Temporal
- Lógica
- Consumativa
Obs.: justa causa
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato 
processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à 
parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de 
praticar o ato por si ou por mandatário.
§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe 
assina
Aula 5: 
Comunicação dos atos processuais
Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave
Comunicação dos atos processuais
- Atos processuais são cumpridos por ordem judicial
Forma de Comunicação:
- Carta: para atos fora dos limites territoriais do tribunal, comarca, seção ou 
subseção judiciárias
- Vídeo conferência ou outro recurso idôneo de transmissão em tempo real de 
som e imagem
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial.
(...)
§ 3º Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro 
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
- Cartas
- De ordem: pelo Tribunal ao juízo a ele vinculado para realização de atos fora 
do local da sede
- Rogatória: para prática de ato por órgão jurisdicional estrangeiro em processo 
em trâmite perante órgão jurisdicional brasileiro (cooperação jurídica 
internacional)
obs.: competência do STJ para conceder exequatur à carta rogatória 
estrangeira (art. 105, I, i, CF)
- Precatória: para prática de ato por órgão jurisdicional com competência 
territorial diversa (cooperação judiciária) 
- Arbitral: pedido de juízo arbitral para prática ou determinação de 
cumprimento de ato por órgão do Poder Judiciário – incluindo efetivação de 
tutela provisória (cooperação judiciária)
- Requisitos das cartas:
- Indicação dos juízes: de origem e de cumprimento do ato
- Inteiro teor da petição, do despacho judicial e da procuração outorgada ao 
advogado
- Menção ao ato a ser praticado
- Assinatura do juiz
- Outras peças que o juiz entenda necessárias
- Prazo para cumprimento
Obs.: caráter itinerante (após expedição, pode ser remetida a outro juízo)
- Expedição preferencialmente por meio eletrônico (art. 263, CPC)
Devolução da carta
- Não estiver revestida dos requisitos legais
- Faltar ao juiz competência em razão da matéria ou hierarquia
- Pode remeter ao tribunal competente
- Dúvida sobre sua autenticidade
- Cumprimento (art. 268, CPC)
• Citação
• Citação: ato de convocar a juízo o réu, executado ou interessado para 
integrar a relação jurídica processual 
(art. 238, CPC)
Prazo para efetivação: 45 dias úteis a partir da propositura da ação (Lei 
14.195 de 26 de agosto de 2021)
- Requisito de validade do processo: exceto indeferimento da petição 
inicial ou de improcedência liminar do pedido
- Comparecimento espontâneo: suprimento da falta ou nulidade
Efeitos (art. 240, CPC): 
- induz litispendência;
- faz litigiosa a coisa;
- constitui em mora o devedor;e 
- interrompe a prescrição 
Obs.: a interrupção da prescrição retroage à data da propositura da 
ação se o autor for diligente
Obs.2: prevenção x litispendência
- advertência: presunção de veracidade
- espécies: 
- real: eletrônica, correio e oficial de justiça (arts. 247 e 249, 
CPC) 
- ficta: edital (arts. 256 a 259, CPC) e hora certa (arts. 252 a 
254, CPC)
- meio eletrônico (art. 246, CPC – regra – Lei 14.195/2021)
- espontânea (art. 238, §2º., CPC)
- Forma da citação: em regra por meio eletrônico ou por carta
- Citação por oficial de justiça: 
I - nas ações de estado;
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega 
domiciliar de correspondência;
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
•
– regra: é pessoal (art. 242, caput); 
– exceção: representante ou procurador (obs.: mandatário, 
administrador da locação e advocacia pública)
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do 
procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou 
gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade 
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa 
do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado 
habilitado para representar o locador em juízo.
§ 3º A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias 
e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua 
representação judicial.
 Não será feita a citação de citando mentalmente incapaz ou 
impossibilitado de receber
 Não será feita a citação, a não ser em caso de perecimento de 
direito, de quem estiver participando de ato de culto religioso; de 
cônjuge, parente em linha reta ou colateral de 2º grau do morto 
no dia do falecimento e 7 dias seguintes; noivos nos 3 dias 
seguintes ao casamento; doente em estado grave 
 ATENÇÃO: validade da citação da PJ na pessoa do responsável por 
receber a correspondência (art. 248, §2o.) e da PF que resida em 
condomínio, na pessoa do porteiro (art. 248, §4o.)
Citação por hora certa: duas tentativas com suspeita de ocultação 
– citação no dia útil (arts. 252 a 254, CPC)
Citação por edital (art. 256, CPC): citando desconhecido ou 
incerto, estiver em LINS e demais casos previstos em lei (ex.: ação 
de usucapião – art. 259, I, CPC). 
Ação de usucapião: citação dos confinantes, exceto em unidade 
autônoma de prédio em condomínio (art. 246, §3o., CPC)
- Citação eletrônica
- Lei 14.195/21: citação preferencialmente por meio eletrônico, em 45 dias úteis
- Prazo de 2 dias úteis para citação após ser ordenada 
- Endereço eletrônico indicado pelo citando - banco de dados do Judiciário
- Regulamentação do CNJ
- Citando: tem 3 dias úteis para confirmar o recebimento
obs.: intimação (presunção em 10d)
- Recebe login e senha para acessar a contra-fé
- Se não confirmar, será feita a citação pelos meios tradicionais
- Se confirmar, terá 5 dias úteis para começar o prazo de contestação
Obs.: cadastro obrigatório para todas as pessoas jurídicas e micor e pequenas 
empresas que tenham e-mail na REDESIM
Obs.2: é dever da parte se cadastrar e manter o cadastro atualizado (art. 77, VII, 
CPC) – ato atentatório à dignidade da justiça com multa de até 5% do valor da 
causa.
- Intimações:
- Intimação: ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo
- Sempre que possível, será feita por meio eletrônico
- Quando não realizadas por meio eletrônico, serão feitas por publicação em órgão 
oficial
Obs.: os advogados podem indicar nomes específicos para receber intimações, 
sob pena de nulidade
- Presumem-se válidas as intimações realizadas no endereço constante dos autos
- A carga dos autos implica na intimação de todos os atos do processo 
Obs.: o advogado pode promover a intimação do advogado da outra parte por meio 
do correio com AR (art. 269, CPC)
- As intimações devem ser publicadas com os nomes das partes e dos advogados –
COM NOME COMPLETO, SEM ABREVIATURAS -, com o número da OAB e, se 
requerido, da sociedade de advogados: sob pena de NULIDADE
- A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que 
lhe caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido.
- Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso 
prévio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o 
prazo será contado da intimação da decisão que a reconheça.
Aula 6: 
Atos eletrônicos
Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave
Atos eletrônicos
- Atos processuais podem ser total ou parcialmente eletrônicos: art. 193
- Princípios e Garantias – art. 194
1. Publicidade: art. 93, IX, CF 
Resolução 121/2010-CNJ – dados básicos do processo
Art. 1.º A consulta aos dados básicos dos processos judiciais será disponibilizada 
na rede mundial de computadores (internet), assegurado o direito de acesso a 
informações processuais a toda e qualquer pessoa, independentemente de 
prévio cadastramento ou de demonstração de interesse. Parágrafo único. No 
caso de processo em sigilo ou segredo de justiça não se aplica o disposto neste 
artigo. 
Art. 2.º Os dados básicos do processo de livre acesso são: I – número, classe e 
assuntos do processo; II – nome das partes e de seus advogados; III –
movimentação processual; IV – inteiro teor das decisões, sentenças, votos e 
acórdãos.
2. Acesso e participação das partes e de seus procuradores: devido processo 
legal – acesso e atuação efetiva
3. Disponibilidade: 24x7
4. Independência da plataforma computacional: o sistema de automação 
processual não pode ser dependente de um determinado software, 
hardware, tecnologia ou sistema operacional – viabilizar o acesso por 
qualquer pessoa com qualquer equipamento
4. Acessibilidade: existência de equipamentos e meios para acesso ao público 
(computadores, wi-fi, sala para acesso aos autos, para a prática de atos) e 
às pessoas com deficiência
Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deverão manter gratuitamente, à 
disposição dos interessados, equipamentos necessários à prática de atos 
processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes.
Art. 199. As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência 
acessibilidade aos seus sítios na rede mundial de computadores, ao meio eletrônico 
de prática de atos judiciais, à comunicação eletrônica dos atos processuais e à 
assinatura eletrônica.
5. Interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações 
administrados pelo Poder Judiciário: objetivo de unificação dos sistemas 
(os sistemas devem ser projetados para viabilizar a troca de dados)
Requisitos de segurança para a prática de atos eletrônicos
- Padrões abertos: acesso independente de pagamento ou qualquer outra 
restrição ou condição de uso
- Autenticidade: o sistema deve garantir que se saiba quem efetivamente 
praticou o ato - tanto da assinatura de quem produziu o ato, como do próprio 
conteúdo do ato que foi assinado
- Integridade: garantia de que não haverá mudanças indevidas no processo -
higidez do arquivo e seu conteúdo e garantia de que não será retirado ou 
incluído ato indevidamente.
- Temporalidade: todos os eventos devem ser datados (registro de data e hora)
- Não repúdio: presunção relativa de que o ato foi assinado efetivamente por 
quem o praticou (eventual alegação de falsidade ou de negativa de autoria)
- Conservação: políticas de proteção de dados (cópias de segurança, 
mecanismos de recuperação)
- Confidencialidade (para os casos em segredode justiça): mecanismos que 
garantam o sigilo 
- Regulamentação: CNJ e supletivamente os Tribunais
- poder regulamentador (não pode inovar)
- Resolução 185/2013 do CNJ: processo eletrônico
- Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais
- Presunção de veracidade: a divulgação no site do Tribunal presume-se 
verdadeira
- Problemas técnicos: justa causa para a devolução do prazo
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações constantes de seu sistema de 
automação em página própria na rede mundial de computadores, gozando a 
divulgação de presunção de veracidade e confiabilidade.
Parágrafo único. Nos casos de problema técnico do sistema e de erro ou omissão do 
auxiliar da justiça responsável pelo registro dos andamentos, poderá ser configurada a 
justa causa prevista no art. 223, caput e § 1º .
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art223
Audiências virtuais
Questões:
- Plataformas
- Controle do ambiente
- Isolamento das testemunhas
- Responsabilidade pela estabilidade da rede
- Custo
- Confidencialidade (mediação/conciliação) 
Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais e atos eletrônicos
Art. 1o Esta Resolução regulamenta a realização de audiências e sessões por 
videoconferência e telepresenciais e a comunicação de atos processuais por meio 
eletrônico nas unidades jurisdicionais de primeira e segunda instâncias da Justiça dos 
Estados, Federal, Trabalhista, Militar e Eleitoral, bem como nos Tribunais Superiores, à 
exceção do Supremo Tribunal Federal. 
Art. 2o Para fins desta Resolução, entende-se por: 
I – videoconferência: comunicação a distância realizada em ambientes de unidades 
judiciárias; e 
II – telepresenciais: as audiências e sessões realizadas a partir de ambiente físico externo às 
unidades judiciárias. 
Parágrafo único. A participação por videoconferência, via rede mundial de computadores, 
ocorrerá: 
I – em unidade judiciária diversa da sede do juízo que preside a audiência ou sessão, na 
forma da Resolução CNJ no 341/2020; e
II – em estabelecimento prisional.
Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais e atos eletrônicos
Art. 3o As audiências telepresenciais serão determinadas pelo juízo, a requerimento das 
partes, se conveniente e viável, ou, de ofício, nos casos de: I – urgência; II – substituição ou 
designação de magistrado com sede funcional diversa; III – mutirão ou projeto específico; 
IV – conciliação ou mediação; e V – indisponibilidade temporária do foro, calamidade 
pública ou força maior. Parágrafo único. A oposição à realização de audiência telepresencial
deve ser fundamentada, submetendo-se ao controle judicial. 
Art. 4o Salvo requerimento de apresentação espontânea, o ofendido, a testemunha e o 
perito residentes fora da sede do juízo serão inquiridos e prestarão esclarecimentos por 
videoconferência, na sede do foro de seu domicílio ou no estabelecimento prisional ao qual 
estiverem recolhidos. 
§ 1o No interesse da parte que residir distante da sede do juízo, o depoimento pessoal ou 
interrogatório será realizado por videoconferência, na sede do foro de seu domicílio. 
§ 2o Salvo impossibilidade técnica ou dificuldade de comunicação, deve-se evitar a 
expedição de carta precatória inquiritória.
Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais e atos eletrônicos
Art. 5o Os advogados, públicos e privados, e os membros do Ministério Público poderão 
requerer a participação própria ou de seus representados por videoconferência. 
§ 1o No interesse de partes, advogados, públicos ou privados, ou membros do Ministério 
Público, que não atuarem frequentemente perante o juízo, o requerimento será instruído 
por cópia do documento de identidade. 
§ 2o O deferimento da participação por videoconferência depende de viabilidade técnica e 
de juízo de conveniência pelo magistrado.
§ 3o É ônus do requerente comparecer na sede do juízo, em caso de indeferimento ou de 
falta de análise do requerimento de participação por videoconferência. 
(...)
Art. 8o Nos casos em que cabível a citação e a intimação pelo correio, por oficial de justiça 
ou pelo escrivão ou chefe de secretaria, o ato poderá ser cumprido por meio eletrônico que 
assegure ter o destinatário do ato tomado conhecimento do seu conteúdo. 
Parágrafo único. As citações e intimações por meio eletrônico serão realizadas na forma da 
lei (art. 246, V, do CPC, combinado com art. 6o e 9o da Lei no 11.419/2006), não se lhes 
aplicando o disposto nesta Resolução. 
Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais e atos eletrônicos
Art. 9o As partes e os terceiros interessados informarão, por ocasião da primeira intervenção 
nos autos, endereços eletrônicos para receber notificações e intimações, mantendo-os 
atualizados durante todo o processo. 
Parágrafo único. Aquele que requerer a citação ou intimação deverá fornecer, além dos dados 
de qualificação, os dados necessários para comunicação eletrônica por aplicativos de 
mensagens, redes sociais e correspondência eletrônica (email), salvo impossibilidade de fazê-lo. 
Art. 10. O cumprimento da citação e da intimação por meio eletrônico será documentado por: 
I – comprovante do envio e do recebimento da comunicação processual, com os respectivos dia 
e hora de ocorrência; ou 
II – certidão detalhada de como o destinatário foi identificado e tomou conhecimento do teor 
da comunicação. 
§ 1o O cumprimento das citações e das intimações por meio eletrônico poderá ser realizado 
pela secretaria do juízo ou pelos oficiais de justiça. 
§ 2o Salvo ocultação, é vedado o cumprimento eletrônico de atos processuais por meio de 
mensagens públicas. 
Aula 7: 
Nulidades
Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave
Nulidades
- Atos jurídicos: existência, validade e eficácia
- Ato processual inexistente?
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO INTERPOSTO SEM ASSINATURA 
DO ADVOGADO SUBSCRITOR. ABERTURA DE PRAZO NESTA INSTÂNCIA PARA SANAR O VÍCIO. ART. 13 DO 
CPC. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA.
1. É inexistente o recurso dirigido a este Superior Tribunal de Justiça, maculado com o vício da falta de 
assinatura do advogado que o subscreve.
2. A jurisprudência desta Corte é assente no sentido de que, a fixação de prazo para sanar a 
irregularidade na representação das partes, disposto no artigo 13 do Código de Processo Civil, não se 
aplica nesta instância especial. Precedentes.
3. Agravo regimental não provido, com aplicação de multa.
(AgRg no AREsp 219.496/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 
11/04/2013, DJe 17/04/2013)
Classificação
- Meras irregularidades: defeitos irrelevantes nos atos
- Nulidades relativas: ofensa a uma norma dispositiva (requisito formal em 
benefício das partes) – interesses privados, precisa ser arguida a 
irregularidade – passível de convalidação (ex.: incompetência relativa) 
- Nulidades absolutas: ofensa a normas cogentes - podem ser conhecidas de 
ofício e a qualquer tempo (ex.: nulidade da citação) 
- Atos inexistentes: não possuem a configuração mínima (ex.: sentença 
proferida por quem não é juiz; condenação sem pedido)
Exemplo (Daniel Neves)
Sentença
- Sentença com estrangeirismos
- Sentença com relatório incompleto (nulidade relativa - interesse das partes)
- Sentença sem fundamentação (nulidade absoluta - legitimação do exercício 
da jurisdição)
- Sentença sem dispositivo
- Formalidade x arbitrariedade
- Vício = nulidade?
- Nulidade absoluta x Momento da alegação (“nulidade de algibeira”)
(segurança jurídica e punição da parte)
- Instrumentalidade das formas: finalidade + ausência de prejuízo
Pas de nullité sans grief
- As nulidades no processo civil devem sempre ser decretadas: não há 
nulidades de pleno direito
- Coisa julgada: saneamento geral de todas as nulidades
- Ação Rescisória x Querela Nullitatis
Saneamento das invalidades:
- Convalidação: não há suscitação do vício
- Irrelevância: o vício do ato não causa prejuízo
- Suprimento: repetiçãoou prática de novo ato 
- Quem deu causa à nulidade não pode suscitá-la: boa-fé processual (venire
contra factum proprio)
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a 
decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
- Instrumentalidade das formas
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o 
ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
- A nulidade deve ser suscitada na primeira oportunidade: CONVALIDAÇÃO
Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em 
que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva 
decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo 
impedimento.
- Nulidade pela não participação do Ministério Público
Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado 
a acompanhar o feito em que deva intervir.
§ 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério 
Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria 
ter sido intimado.
§ 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que 
se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.
- Citações e intimações: forma legal
Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das 
prescrições legais.
- Efeito expansivo da nulidade: anulação do ato torna sem efeito os 
subsequentes dele dependentes
- Partes autônomas do ato: independência da nulidade – salva o ato retirando 
apenas a parte viciada
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que 
dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras 
que dela sejam independentes.
.
- Instrumentalidade das formas: vício + prejuízo (vale para inexistência, nulidade 
relativa e nulidade absoluta)
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará 
as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a 
parte.
§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação 
da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que 
não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim 
de se observarem as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não 
resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.
Aula 8: 
Negócio Jurídico Processual e Calendarização
Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave
• Negócio Jurídico Processual
• Negócio Jurídico: art. 104, CC
• Processual: art. 190, CPC
• Regra: art. 5º., II, CF
Código Civil
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Código de Processo Civil
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam 
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes
estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às 
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, 
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo.
E o juiz/juíza?
Homologa?
Art. 190. (...)
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará 
a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-
lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção 
abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se 
encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações 
unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a 
constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos 
após homologação judicial.
Não homologa, mas está vinculado?
NJP sobre provas?
-Devido processo legal
- Contraditório
Ônus das partes: art. 373, CPC 
(fatos constitutivos, impeditivos, modificativos e extintivos)
Poder do juiz/juíza: art. 370, CPC (?)
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do autor.
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade 
ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de 
obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde 
que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se 
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do 
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por 
convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, 
determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as 
diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Ônus das partes
Poder do juiz/juíza
Publicismo X Privatismo X Cooperação
(art. 3º., §2º. e art. 6º., CPC)
• Custo das Provas
- Financeiro (ex.: art. 95, CPC)
- Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que 
houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver 
requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de 
ofício ou requerida por ambas as partes.
- Pessoal/social/temporal
- Direito que admite autocomposição
Desistência da ação
Princípio dispositivo
Negociação da verdade? (Taruffo)
Interpretação sistêmica (190 e 370) e 
fundamento constitucional (liberdade e devido 
processo)
Argumentos:
1. Validade (Estado deve respeitar negócios jurídicos 
válidos)
2. Disposição (quem pode o mais, pode o menos)
3. Imparcialidade (regras de ônus)
4. Custo (vedação à despesa-surpresa)
Calendarização
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a 
prática dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente 
serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a 
realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
Questões:
- A calendarização vincula o juiz ou o juízo?
- Gera direito subjetivo à realização em processos iguais? (tratamento 
isonômico dos jurisdicionados)
- Esse tratamento isonômico limita-se ao juiz? À vara? Às varas com igual 
competência? Ao foro? Ao Tribunal? 
Obrigada!!!
@anabeatrizpresgrave

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