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Profa. Dra. Ana Beatriz Ferreira Rebello Presgrave Direito Processual Civil Atos Processuais Profa. Dra. Ana Beatriz Ferreira Rebello Presgrave Conteúdo Programático: 1- Atos Processuais: introdução e classificação Atos das partes Atos do órgão jurisdicional 2 – Características dos atos Processuais 3 – Forma, Local, Tempo do ato 4 – Prazos e Preclusão 5 – Comunicação dos atos 6 – Atos eletrônicos e virtuais 7 – Nulidades 8 – Negócio Jurídico Processual e Calendarização Aula 1: ATO PROCESSUAL: introdução e classificação Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave Ato Processual - Ato jurídico + Processual - Teoria dos Fatos Jurídicos - Fato (ordinário/extraordinário; jurídico/não jurídico; natural/humano) - Ato: ação voluntária (por determinação legal/liberaridade) - Processo - Procedimento em contraditório - Sequência de atos + sujeitos do processo Atos Processuais - Conceito: “Atos jurídicos praticados pelos sujeitos do processo, que se destinam a produzir efeitos no processo em relação ao qual são praticados.” (Alexandre Freitas Câmara) - Manifestação da vontade humana que tem consequência processual Classificação 1. Atos das partes - Postulatórios: manifestar pretensões - pedido e requerimentos - Instrutórios: influenciar o julgador – alegações e atos probatórios - Dispositivos: regular posições jurídicas no processo – negócios jurídicos (unilaterais: ex. renúncia; bilaterais: ex. transação) - Reais: conduta concreta – ex.: depósito, pagamento de custas Obs.: atos das partes produzem efeito de imediato, salvo a desistência da ação (art. 200, CPC) 2. Atos do órgão jurisdicional - Atos dos Auxiliares da Justiça: - Atos de movimentação (remessa dos autos) - Atos de documentação (elaborar certidão) - Atos de execução (diligências – citação, penhora) - Receber a petição inicial, autuar o processo, numerar e rubricar as folhas, inserir termos de juntada, vista, conclusão - Atos do Juiz - Atos materiais: instrutórios (colheita de depoimento; inspeção judicial) e de documentação (registrar ou autenticar atos – ex. assinar termo de audiência) - Pronunciamentos: monocráticos (sentença, decisão interlocutória e despacho) e colegiados (acórdão) Obs.: todos os pronunciamentos judiciais devem ser redigidos, datados e assinados pelo juiz – art. 205 do CPC; os proferidos oralmente são transcritos pelo serventuário e revistos e assinados pelo juiz. Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. § 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º. § 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. § 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. Aula 2: Características dos Atos Processuais Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave 1) Liberdade das formas: regra a ausência de forma específica (art. 188, caput e art. 277 do CPC), devendo forma especial estar expressamente determinada em lei. - Finalidade e prejuízo Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 2) Língua Portuguesa: os atos devem ser praticados em língua portuguesa, sendo vedada a utilização de qualquer língua estrangeira (art. 192, caput do CPC). - Documentos que estiverem em língua estrangeira: tradução juramentada ou a sua versão em língua portuguesa tramitada pela via diplomática ou pela autoridade central (art. 192, parágrafo único). - Art. 13, CF: a língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 3) Publicidade: a publicidade dos atos processuais está prevista na Constituição Federal (art. 93, IX). Exceção: segredo de justiça – art. 189 - questões relativas ao direito de família (casamento, separação, divórcio, alimentos, guarda, união estável); - que envolvam dados protegidos constitucionalmente pelo direito à intimidade; - que versem sobre arbitragem ou carta arbitral, desde que haja comprovação em juízo da confidencialidade; - interesse público ou social que assim o exija. consulta: apenas as partes e seus advogados certidões: comprovar interesse jurídico 4) Firmados e datados: os atos devem ser assinados por quem o produziu. Art. 209. Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência. § 1º Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. § 2º Na hipótese do § 1º, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento de realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e da decisão. 5) Vedação a espaços, rasuras e cotas marginais: os atos e termos processuais devem ser íntegros. Art. 211. Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, salvo os que forem inutilizados, assim como entrelinhas, emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas. Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo. 6) Permissão de meios idôneos de registro nos tribunais: notas taquigráficas, etc. Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal. Obs.: as partes também podem registrar as audiências Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida no ato. (...) § 5º A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, observada a legislação específica. § 6º A gravação a que se refere o § 5º também pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial Aula 3: Forma, Local, Tempo do ato e Preclusão Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave FORMA - Forma: a regra é liberdade das formas. - Atos formais: instrumentalidade das formas (finalidade + sem prejuízo) Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. LOCAL - Local: a regra é a sede do juízo. - Atos praticados fora da sede: ex. cartas (precatória ou rogatória), inspeção judicial. Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. Obs.: atos eletrônicos e fuso TEMPO- Tempo: a regra é nos dias úteis das 6h às 20h. - Atos iniciados antes das 20h (prejuízo à diligência ou grave dano) - Citação, intimação e penhora: qualquer dia e horário (respeito à inviolabilidade do domicílio – ordem judicial durante o dia) - Férias forenses/Recesso: de 20 de dezembro a 6 de janeiro. - Feriado forense: feriados + sábado e domingo + sem expediente forense - Petição: autos eletrônicos – até 24h (horário do juízo); autos físicos – horário do fórum. ATENÇÃO - Podem ser praticados durante as férias e feriados: citação, intimação, penhora e tutelas de urgência - Podem ser praticados apenas durante as férias: jurisdição voluntária, atos necessários à preservação de direitos, ação de alimentos, nomeação e remoção de tutor/curador e demais casos previstos em lei. Aula 4: Prazos Processuais Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave Prazos: regra é a previsão legal - omissão legal: estipulação judicial (complexidade do ato) - norma supletiva (sem lei e sem fixação): 48h para o comparecimento; 5d para a prática do ato - ato praticado antes do termo inicial: tempestividade Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. § 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato. § 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas. § 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. Classificação - prazos legais: previsto na lei - prazos judiciais: fixados pelo juiz - prazos convencionais: fixados por convenção das partes - prazos dilatórios: comportam modificação - prazos peremptórios: não comportam modificação - prazos próprios: das partes - perda do direito de praticar o ato - prazos impróprios: juiz/auxiliares – pode praticar o ato (eventual punição administrativa) - Contagem dos prazos - Prazos em dias: contagem em dias úteis Obs.: somente prazos PROCESSUAIS e EM DIAS - Exclui o dia de início e inclui o dia de vencimento (somente dias úteis) - Publicação: 1º dia útil seguinte ao da disponibilização no Dje - Contagem: a partir do 1º dia após a publicação - Interrupção X Suspensão Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. § 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. § 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. § 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação. - Suspensão dos prazos - 20 de dezembro a 20 de janeiro (férias dos advogados) - Obstáculo criado em detrimento de uma das partes - Art. 313 (causas de suspensão do processo) - Programas instituídos pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição - Renúncia dos prazos: pela parte de maneira expressa - Prorrogação dos prazos - Por até 2 meses: - Comarca com dificuldade de transporte - Por até 4 meses: - Calamidade pública - Por adequação ao conflito: art. 139, VI, CPC Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: (...) VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; Prazos do juiz - Prazos impróprios: pode exceder por motivo justificado - 5d: despachos - 10d: decisões interlocutórias - 30d: sentença Prazos dos serventuários - 1d: remeter os autos conclusos - 5d: executar os atos processuais Prazo em dobro - Ministério Público - Fazenda Pública - Defensoria Pública - Núcleos de Prática Jurídica - Litisconsortes com advogados distintos (de escritórios distintos) em autos físicos e com apresentação de defesa por mais de um deles Obs.: apenas para os prazos legais - Dia do começo do prazo: art. 231, CPC - Juntada aos autos do AR ou mandado; - Data da citação ou intimação (por ato da secretaria) - Dia útil seguinte ao final do prazo do edital - Dia útil seguinte à consulta ao teor do ato, ou do término do prazo para a consulta para as intimações eletrônicas - Dia da comunicação eletrônica da realização do ato realizado por carta ou da juntada da carta cumprida aos autos de origem - Data da publicação da intimação no Dje - Dia da carga Obs.: 1) Mais de um réu – o dia de começo do prazo para contestar será da última citação (atenção art. 334, CPC); 2) Mais de um intimado: prazo contado individualmente Preclusão: Perda do direito de praticar o ato - Temporal - Lógica - Consumativa Obs.: justa causa Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. § 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. § 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assina Aula 5: Comunicação dos atos processuais Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave Comunicação dos atos processuais - Atos processuais são cumpridos por ordem judicial Forma de Comunicação: - Carta: para atos fora dos limites territoriais do tribunal, comarca, seção ou subseção judiciárias - Vídeo conferência ou outro recurso idôneo de transmissão em tempo real de som e imagem Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial. (...) § 3º Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real. - Cartas - De ordem: pelo Tribunal ao juízo a ele vinculado para realização de atos fora do local da sede - Rogatória: para prática de ato por órgão jurisdicional estrangeiro em processo em trâmite perante órgão jurisdicional brasileiro (cooperação jurídica internacional) obs.: competência do STJ para conceder exequatur à carta rogatória estrangeira (art. 105, I, i, CF) - Precatória: para prática de ato por órgão jurisdicional com competência territorial diversa (cooperação judiciária) - Arbitral: pedido de juízo arbitral para prática ou determinação de cumprimento de ato por órgão do Poder Judiciário – incluindo efetivação de tutela provisória (cooperação judiciária) - Requisitos das cartas: - Indicação dos juízes: de origem e de cumprimento do ato - Inteiro teor da petição, do despacho judicial e da procuração outorgada ao advogado - Menção ao ato a ser praticado - Assinatura do juiz - Outras peças que o juiz entenda necessárias - Prazo para cumprimento Obs.: caráter itinerante (após expedição, pode ser remetida a outro juízo) - Expedição preferencialmente por meio eletrônico (art. 263, CPC) Devolução da carta - Não estiver revestida dos requisitos legais - Faltar ao juiz competência em razão da matéria ou hierarquia - Pode remeter ao tribunal competente - Dúvida sobre sua autenticidade - Cumprimento (art. 268, CPC) • Citação • Citação: ato de convocar a juízo o réu, executado ou interessado para integrar a relação jurídica processual (art. 238, CPC) Prazo para efetivação: 45 dias úteis a partir da propositura da ação (Lei 14.195 de 26 de agosto de 2021) - Requisito de validade do processo: exceto indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido - Comparecimento espontâneo: suprimento da falta ou nulidade Efeitos (art. 240, CPC): - induz litispendência; - faz litigiosa a coisa; - constitui em mora o devedor;e - interrompe a prescrição Obs.: a interrupção da prescrição retroage à data da propositura da ação se o autor for diligente Obs.2: prevenção x litispendência - advertência: presunção de veracidade - espécies: - real: eletrônica, correio e oficial de justiça (arts. 247 e 249, CPC) - ficta: edital (arts. 256 a 259, CPC) e hora certa (arts. 252 a 254, CPC) - meio eletrônico (art. 246, CPC – regra – Lei 14.195/2021) - espontânea (art. 238, §2º., CPC) - Forma da citação: em regra por meio eletrônico ou por carta - Citação por oficial de justiça: I - nas ações de estado; II - quando o citando for incapaz; III - quando o citando for pessoa de direito público; IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma. • – regra: é pessoal (art. 242, caput); – exceção: representante ou procurador (obs.: mandatário, administrador da locação e advocacia pública) Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado. § 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados. § 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado para representar o locador em juízo. § 3º A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial. Não será feita a citação de citando mentalmente incapaz ou impossibilitado de receber Não será feita a citação, a não ser em caso de perecimento de direito, de quem estiver participando de ato de culto religioso; de cônjuge, parente em linha reta ou colateral de 2º grau do morto no dia do falecimento e 7 dias seguintes; noivos nos 3 dias seguintes ao casamento; doente em estado grave ATENÇÃO: validade da citação da PJ na pessoa do responsável por receber a correspondência (art. 248, §2o.) e da PF que resida em condomínio, na pessoa do porteiro (art. 248, §4o.) Citação por hora certa: duas tentativas com suspeita de ocultação – citação no dia útil (arts. 252 a 254, CPC) Citação por edital (art. 256, CPC): citando desconhecido ou incerto, estiver em LINS e demais casos previstos em lei (ex.: ação de usucapião – art. 259, I, CPC). Ação de usucapião: citação dos confinantes, exceto em unidade autônoma de prédio em condomínio (art. 246, §3o., CPC) - Citação eletrônica - Lei 14.195/21: citação preferencialmente por meio eletrônico, em 45 dias úteis - Prazo de 2 dias úteis para citação após ser ordenada - Endereço eletrônico indicado pelo citando - banco de dados do Judiciário - Regulamentação do CNJ - Citando: tem 3 dias úteis para confirmar o recebimento obs.: intimação (presunção em 10d) - Recebe login e senha para acessar a contra-fé - Se não confirmar, será feita a citação pelos meios tradicionais - Se confirmar, terá 5 dias úteis para começar o prazo de contestação Obs.: cadastro obrigatório para todas as pessoas jurídicas e micor e pequenas empresas que tenham e-mail na REDESIM Obs.2: é dever da parte se cadastrar e manter o cadastro atualizado (art. 77, VII, CPC) – ato atentatório à dignidade da justiça com multa de até 5% do valor da causa. - Intimações: - Intimação: ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo - Sempre que possível, será feita por meio eletrônico - Quando não realizadas por meio eletrônico, serão feitas por publicação em órgão oficial Obs.: os advogados podem indicar nomes específicos para receber intimações, sob pena de nulidade - Presumem-se válidas as intimações realizadas no endereço constante dos autos - A carga dos autos implica na intimação de todos os atos do processo Obs.: o advogado pode promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio com AR (art. 269, CPC) - As intimações devem ser publicadas com os nomes das partes e dos advogados – COM NOME COMPLETO, SEM ABREVIATURAS -, com o número da OAB e, se requerido, da sociedade de advogados: sob pena de NULIDADE - A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido. - Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da intimação da decisão que a reconheça. Aula 6: Atos eletrônicos Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave Atos eletrônicos - Atos processuais podem ser total ou parcialmente eletrônicos: art. 193 - Princípios e Garantias – art. 194 1. Publicidade: art. 93, IX, CF Resolução 121/2010-CNJ – dados básicos do processo Art. 1.º A consulta aos dados básicos dos processos judiciais será disponibilizada na rede mundial de computadores (internet), assegurado o direito de acesso a informações processuais a toda e qualquer pessoa, independentemente de prévio cadastramento ou de demonstração de interesse. Parágrafo único. No caso de processo em sigilo ou segredo de justiça não se aplica o disposto neste artigo. Art. 2.º Os dados básicos do processo de livre acesso são: I – número, classe e assuntos do processo; II – nome das partes e de seus advogados; III – movimentação processual; IV – inteiro teor das decisões, sentenças, votos e acórdãos. 2. Acesso e participação das partes e de seus procuradores: devido processo legal – acesso e atuação efetiva 3. Disponibilidade: 24x7 4. Independência da plataforma computacional: o sistema de automação processual não pode ser dependente de um determinado software, hardware, tecnologia ou sistema operacional – viabilizar o acesso por qualquer pessoa com qualquer equipamento 4. Acessibilidade: existência de equipamentos e meios para acesso ao público (computadores, wi-fi, sala para acesso aos autos, para a prática de atos) e às pessoas com deficiência Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deverão manter gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos necessários à prática de atos processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes. Art. 199. As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus sítios na rede mundial de computadores, ao meio eletrônico de prática de atos judiciais, à comunicação eletrônica dos atos processuais e à assinatura eletrônica. 5. Interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações administrados pelo Poder Judiciário: objetivo de unificação dos sistemas (os sistemas devem ser projetados para viabilizar a troca de dados) Requisitos de segurança para a prática de atos eletrônicos - Padrões abertos: acesso independente de pagamento ou qualquer outra restrição ou condição de uso - Autenticidade: o sistema deve garantir que se saiba quem efetivamente praticou o ato - tanto da assinatura de quem produziu o ato, como do próprio conteúdo do ato que foi assinado - Integridade: garantia de que não haverá mudanças indevidas no processo - higidez do arquivo e seu conteúdo e garantia de que não será retirado ou incluído ato indevidamente. - Temporalidade: todos os eventos devem ser datados (registro de data e hora) - Não repúdio: presunção relativa de que o ato foi assinado efetivamente por quem o praticou (eventual alegação de falsidade ou de negativa de autoria) - Conservação: políticas de proteção de dados (cópias de segurança, mecanismos de recuperação) - Confidencialidade (para os casos em segredode justiça): mecanismos que garantam o sigilo - Regulamentação: CNJ e supletivamente os Tribunais - poder regulamentador (não pode inovar) - Resolução 185/2013 do CNJ: processo eletrônico - Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais - Presunção de veracidade: a divulgação no site do Tribunal presume-se verdadeira - Problemas técnicos: justa causa para a devolução do prazo Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações constantes de seu sistema de automação em página própria na rede mundial de computadores, gozando a divulgação de presunção de veracidade e confiabilidade. Parágrafo único. Nos casos de problema técnico do sistema e de erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável pelo registro dos andamentos, poderá ser configurada a justa causa prevista no art. 223, caput e § 1º . http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art223 Audiências virtuais Questões: - Plataformas - Controle do ambiente - Isolamento das testemunhas - Responsabilidade pela estabilidade da rede - Custo - Confidencialidade (mediação/conciliação) Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais e atos eletrônicos Art. 1o Esta Resolução regulamenta a realização de audiências e sessões por videoconferência e telepresenciais e a comunicação de atos processuais por meio eletrônico nas unidades jurisdicionais de primeira e segunda instâncias da Justiça dos Estados, Federal, Trabalhista, Militar e Eleitoral, bem como nos Tribunais Superiores, à exceção do Supremo Tribunal Federal. Art. 2o Para fins desta Resolução, entende-se por: I – videoconferência: comunicação a distância realizada em ambientes de unidades judiciárias; e II – telepresenciais: as audiências e sessões realizadas a partir de ambiente físico externo às unidades judiciárias. Parágrafo único. A participação por videoconferência, via rede mundial de computadores, ocorrerá: I – em unidade judiciária diversa da sede do juízo que preside a audiência ou sessão, na forma da Resolução CNJ no 341/2020; e II – em estabelecimento prisional. Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais e atos eletrônicos Art. 3o As audiências telepresenciais serão determinadas pelo juízo, a requerimento das partes, se conveniente e viável, ou, de ofício, nos casos de: I – urgência; II – substituição ou designação de magistrado com sede funcional diversa; III – mutirão ou projeto específico; IV – conciliação ou mediação; e V – indisponibilidade temporária do foro, calamidade pública ou força maior. Parágrafo único. A oposição à realização de audiência telepresencial deve ser fundamentada, submetendo-se ao controle judicial. Art. 4o Salvo requerimento de apresentação espontânea, o ofendido, a testemunha e o perito residentes fora da sede do juízo serão inquiridos e prestarão esclarecimentos por videoconferência, na sede do foro de seu domicílio ou no estabelecimento prisional ao qual estiverem recolhidos. § 1o No interesse da parte que residir distante da sede do juízo, o depoimento pessoal ou interrogatório será realizado por videoconferência, na sede do foro de seu domicílio. § 2o Salvo impossibilidade técnica ou dificuldade de comunicação, deve-se evitar a expedição de carta precatória inquiritória. Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais e atos eletrônicos Art. 5o Os advogados, públicos e privados, e os membros do Ministério Público poderão requerer a participação própria ou de seus representados por videoconferência. § 1o No interesse de partes, advogados, públicos ou privados, ou membros do Ministério Público, que não atuarem frequentemente perante o juízo, o requerimento será instruído por cópia do documento de identidade. § 2o O deferimento da participação por videoconferência depende de viabilidade técnica e de juízo de conveniência pelo magistrado. § 3o É ônus do requerente comparecer na sede do juízo, em caso de indeferimento ou de falta de análise do requerimento de participação por videoconferência. (...) Art. 8o Nos casos em que cabível a citação e a intimação pelo correio, por oficial de justiça ou pelo escrivão ou chefe de secretaria, o ato poderá ser cumprido por meio eletrônico que assegure ter o destinatário do ato tomado conhecimento do seu conteúdo. Parágrafo único. As citações e intimações por meio eletrônico serão realizadas na forma da lei (art. 246, V, do CPC, combinado com art. 6o e 9o da Lei no 11.419/2006), não se lhes aplicando o disposto nesta Resolução. Resolução 354/2020 do CNJ: audiências virtuais e atos eletrônicos Art. 9o As partes e os terceiros interessados informarão, por ocasião da primeira intervenção nos autos, endereços eletrônicos para receber notificações e intimações, mantendo-os atualizados durante todo o processo. Parágrafo único. Aquele que requerer a citação ou intimação deverá fornecer, além dos dados de qualificação, os dados necessários para comunicação eletrônica por aplicativos de mensagens, redes sociais e correspondência eletrônica (email), salvo impossibilidade de fazê-lo. Art. 10. O cumprimento da citação e da intimação por meio eletrônico será documentado por: I – comprovante do envio e do recebimento da comunicação processual, com os respectivos dia e hora de ocorrência; ou II – certidão detalhada de como o destinatário foi identificado e tomou conhecimento do teor da comunicação. § 1o O cumprimento das citações e das intimações por meio eletrônico poderá ser realizado pela secretaria do juízo ou pelos oficiais de justiça. § 2o Salvo ocultação, é vedado o cumprimento eletrônico de atos processuais por meio de mensagens públicas. Aula 7: Nulidades Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave Nulidades - Atos jurídicos: existência, validade e eficácia - Ato processual inexistente? AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO INTERPOSTO SEM ASSINATURA DO ADVOGADO SUBSCRITOR. ABERTURA DE PRAZO NESTA INSTÂNCIA PARA SANAR O VÍCIO. ART. 13 DO CPC. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA. 1. É inexistente o recurso dirigido a este Superior Tribunal de Justiça, maculado com o vício da falta de assinatura do advogado que o subscreve. 2. A jurisprudência desta Corte é assente no sentido de que, a fixação de prazo para sanar a irregularidade na representação das partes, disposto no artigo 13 do Código de Processo Civil, não se aplica nesta instância especial. Precedentes. 3. Agravo regimental não provido, com aplicação de multa. (AgRg no AREsp 219.496/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 11/04/2013, DJe 17/04/2013) Classificação - Meras irregularidades: defeitos irrelevantes nos atos - Nulidades relativas: ofensa a uma norma dispositiva (requisito formal em benefício das partes) – interesses privados, precisa ser arguida a irregularidade – passível de convalidação (ex.: incompetência relativa) - Nulidades absolutas: ofensa a normas cogentes - podem ser conhecidas de ofício e a qualquer tempo (ex.: nulidade da citação) - Atos inexistentes: não possuem a configuração mínima (ex.: sentença proferida por quem não é juiz; condenação sem pedido) Exemplo (Daniel Neves) Sentença - Sentença com estrangeirismos - Sentença com relatório incompleto (nulidade relativa - interesse das partes) - Sentença sem fundamentação (nulidade absoluta - legitimação do exercício da jurisdição) - Sentença sem dispositivo - Formalidade x arbitrariedade - Vício = nulidade? - Nulidade absoluta x Momento da alegação (“nulidade de algibeira”) (segurança jurídica e punição da parte) - Instrumentalidade das formas: finalidade + ausência de prejuízo Pas de nullité sans grief - As nulidades no processo civil devem sempre ser decretadas: não há nulidades de pleno direito - Coisa julgada: saneamento geral de todas as nulidades - Ação Rescisória x Querela Nullitatis Saneamento das invalidades: - Convalidação: não há suscitação do vício - Irrelevância: o vício do ato não causa prejuízo - Suprimento: repetiçãoou prática de novo ato - Quem deu causa à nulidade não pode suscitá-la: boa-fé processual (venire contra factum proprio) Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. - Instrumentalidade das formas Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. - A nulidade deve ser suscitada na primeira oportunidade: CONVALIDAÇÃO Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento. - Nulidade pela não participação do Ministério Público Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. § 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado. § 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo. - Citações e intimações: forma legal Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais. - Efeito expansivo da nulidade: anulação do ato torna sem efeito os subsequentes dele dependentes - Partes autônomas do ato: independência da nulidade – salva o ato retirando apenas a parte viciada Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes. . - Instrumentalidade das formas: vício + prejuízo (vale para inexistência, nulidade relativa e nulidade absoluta) Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. § 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte. § 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte. Aula 8: Negócio Jurídico Processual e Calendarização Profa. Dra. Ana Beatriz Presgrave • Negócio Jurídico Processual • Negócio Jurídico: art. 104, CC • Processual: art. 190, CPC • Regra: art. 5º., II, CF Código Civil Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. Código de Processo Civil Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. E o juiz/juíza? Homologa? Art. 190. (...) Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando- lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial. Não homologa, mas está vinculado? NJP sobre provas? -Devido processo legal - Contraditório Ônus das partes: art. 373, CPC (fatos constitutivos, impeditivos, modificativos e extintivos) Poder do juiz/juíza: art. 370, CPC (?) Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. § 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. § 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. § 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo. Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Ônus das partes Poder do juiz/juíza Publicismo X Privatismo X Cooperação (art. 3º., §2º. e art. 6º., CPC) • Custo das Provas - Financeiro (ex.: art. 95, CPC) - Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes. - Pessoal/social/temporal - Direito que admite autocomposição Desistência da ação Princípio dispositivo Negociação da verdade? (Taruffo) Interpretação sistêmica (190 e 370) e fundamento constitucional (liberdade e devido processo) Argumentos: 1. Validade (Estado deve respeitar negócios jurídicos válidos) 2. Disposição (quem pode o mais, pode o menos) 3. Imparcialidade (regras de ônus) 4. Custo (vedação à despesa-surpresa) Calendarização Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. § 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. § 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário. Questões: - A calendarização vincula o juiz ou o juízo? - Gera direito subjetivo à realização em processos iguais? (tratamento isonômico dos jurisdicionados) - Esse tratamento isonômico limita-se ao juiz? À vara? Às varas com igual competência? Ao foro? Ao Tribunal? Obrigada!!! @anabeatrizpresgrave
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