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Acadêmica Carla Geovana Surdi Bertelli Registro Acadêmico 0046063 Medicina – Turma 7 11/04/2022 Tics 11 – Cigarro 1 – Como o tabaco está relacionado às neoplasias pulmonares? E os cigarros eletrônicos - como orientar seu paciente? Em síntese, o câncer ou neoplasia é o crescimento desordenado de células que se desenvolvem de maneira incomum, ocorre uma ‘’mutação’’. Esse crescimento pode ser benigno ou maligno e envolve diversas outras células, atingindo tecidos de outros locais do corpo, onde vão se proliferar, causar uma inflamação/lesão e desencadear o câncer. Temos duas classes de cânceres de pulmão, os cânceres pulmonares de pequenas células e os cânceres pulmonares de células não pequenas. O primeiro, por sua vez, está diretamente relacionado com o tabagismo, raramente se desenvolve em indivíduos que nunca fumaram, sendo esse câncer altamente maligno com comuns metástases e síndromes neoplásicas. Já o câncer de células não pequenas envolve outros subtipos, que são os carcinomas escamosos (comum em homens e relacionado ao tabagismo), adenocarcinoma (frequente em mulheres não fumantes0 e carcinoma de células grandes. O câncer de pulmão, por sua vez, está entre um dos mais comuns em todos o mundo, principalmente quando associados ao tabaco, que aumenta o risco de morte conforme o risco de exposição do paciente à nicotina, seja de forma ativa ou passiva. O risco de os fumantes desenvolverem a doença em relação aos não fumantes é 23 vezes maior em homens e 13 vezes maior nas mulheres. O tabaco contém cerca de 60 substâncias cancerígenas, e a grande maioria pertence a 2 grupos: hidrocarbonetos, aminas aromáticas e nitrosaminas. A nicotina não causa diretamente o câncer, ela participa da carcinogênese a partir de ação intermediária a partir de carcinogêneos e nitrosaminas. Em relação às nitrosaminas, podemos salientar a NNK2 (maior potencial cancerígenos) e a NNN com o sendo os carcinogêneos mais potentes e abundantes no fumo do tabaco. Estes componentes vão interagir com macromoléculas celulares causando alterações proteicas, peroxidação lipídica e modificações no ADN, levando a alterações severas da função celular, nomeadamente, no que diz respeito ao controle do crescimento celular (DE BARROS, 2016). Por outro lado, a propriedade angiogênica da nicotina favorece o desenvolvimento de câncer por meio da proliferação e amplificação da rede dos vasos para nutrir as células cancerosas, o que propicia uma multiplicação mais rápida das células neoplásicas e a sua disseminação. Em relação ao cigarro eletrônico, por mais ‘’inofensivo’’ que ele pareça ser, causa uma forte dependência a nicotina. Além disso, ele pode ter uma grande quantidade de produtos que divergem em relação ao formato, concentrações e componentes, fazendo com que haja uma variedade de toxinas e consequências para a saúde pública, tanto em fumantes ativos quanto passivos. Sendo assim, conclui-se que o cigarro eletrônico nada mais é que uma nova versão do cigarro antigo com a tecnologia incorporada, mas com a intenção de vender a mesma droga, sendo até mais viciante e causando uma dependência mais rápida e mais intensa do que o cigarro normal, ainda mais por ser moda e ter várias opções e tipos. REFERÊNCIAS FIGUEIREDO, Sandra Cristina Alves. A Associação Entre Tabagismo E Neoplasia Pulmonar: Práticas Preventivas e Assistenciais Na Saúde Da Família. 2019 MOREIRA, Líriam Kelly; DE OLIVEIRA, Me Andréa Mara. Fatores de risco para o câncer de pulmão. Faculdade Alfredo Nasser , 2017. Associação Médica Brasileira (AMB) divulga material sobre os riscos do cigarro eletrônico – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Sbpt.org.br. Disponível em: . Acesso em: 11 abr. 2022.
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