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GEOGRAFIA DE PERNAMBUCO Apostila Prática - 2019 Professor Sergio Luiz Bezerra prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com APRESENTAÇÃO Dentro dos conteúdos programáticos da disciplina de Geografia para o Terceiro Ano do Ensino Médio nas escolas da rede estadual de Pernambuco, é expressa a necessidade do ensino da Geografia de nosso Estado. Entretanto, não existe a disposição nas escolas para a aplicação pedagógica, o material para a trabalhar este conteúdo, que ao meu ver, é de fundamental importância para que o aluno desenvolva o senso de pertencimento no tocante de conhecer as nuances de seus Estado. Sendo assim, senti-me na obrigação de realizar uma organização dos mais variados assuntos de cunho geográfico e histórico para a formulação de uma apostila a fim de apresentar com praticidade, uma compilação de temas para fácil entendimento. Foram compilados e adaptados vários textos e assunto das mais diversas obras destacando-se o Atlas Escolar de Pernambuco da editora Grafset com a contribuição de vários estudiosos, Mestres e Doutores em Geografia e História de Pernambuco, dentre eles, Manuel Correia de Andrade, Lucivânio Jatobá, Flávio Antônio Cabral Sampaio, Maria Jaci Câmara de Albuquerque dentro outros colaboradores. Para complementação, foram acrescentados a apostila, informações retiradas de site da internet privilegiando os domínios digitais voltados exclusivamente a educação, sendo enriquecido com tabelas de dados, gráficos, mapas e fotos. Conhecer particularidades do Estado, configura uma valorização cultural de suas raízes, visto que Pernambuco é uma das unidades federativas onde sua diversidade sociocultural e econômica são sempre ressaltados no cenário nacional, sendo aqui, o berço da colonização brasileira, terra de inúmeras revoluções históricas e lar das mais expressivas festas populares do Brasil, o Carnaval e Festas Juninas, sendo em boa parte dessas características desconhecidas por boa parte dos pernambucanos. Pensando na necessidade de organizar esse conteúdo para aplicação das aulas, a apostila foi desenvolvida também para que os alunos possam ter material de estudos para futuros concursos nas instituições públicas locais a nível estadual e municipal, estando dentro de conteúdo de estudos obrigatórios os conhecimentos de geografia e história de Pernambuco. Por fim, a proposta da apostila e servir de ferramenta para a fixação do aprendizado e conhecimento de seu próprio Estado. Que tenha boa serventia. Atenciosamente, Sergio Luiz Bezerra Professor de Geografia Jaboatão dos Guararapes - PE ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com GEOGRAFIA DE PERNAMBUCO Brasão do Governo do Estado O Escudo de Pernambuco foi oficializado em 1895, pelo então governador Alexandre Barbosa Lima. No Escudo, aparece o leão, representando a força; a cana-de-açúcar e o algodão simbolizando a economia do Estado; as estrelas representam os municípios. Aparecem ainda no Escudo as datas 1710, referência à Guerra dos Mascates; 1817, revolta ocorrida naquele ano; 1824 marcando a Confederação do Equador e 1889 numa alusão à Proclamação da República. Bandeira do Estado de Pernambuco A bandeira de Pernambuco foi idealizada durante o movimento revolucionário conhecido como Revolução Pernambucana de 1817, mas só foi oficializada cem anos depois pelo então governador Manuel Antônio Pereira Borba. O azul do retângulo simboliza a grandeza do céu do Estado; o branco representa a paz; o arco-íris em três cores (vermelho, amarelo, verde) representa a união de todos os pernambucanos; a estrela representa o Estado no conjunto da Federação; o sol é a força e a energia de Pernambuco; e a cruz representa a fé na Justiça e no entendimento. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO GEOGRAFICA Com 98.311 km², Pernambuco é um dos 27 estados brasileiros. Localizado no centro leste da Região Nordeste, tem sua costa banhada pelo Oceano Atlântico. O estado faz limite com a Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí. Também faz parte do território pernambucano, o arquipélago de Fernando de Noronha, a 545 km da costa. São 185 municípios - com um total aproximadamente com aproximadamente 9 496 294 habitantes (Estimativa 2018). O Estado de Pernambuco detém 4,5 % da população brasileira, tendo o seu crescimento demográfico de 1,1% ao ano, a densidade demográfica é de aproximadamente 96,76 hab/km² (Estimativa 2018). De configuração geográfica longitudinal, estreito no sentido norte/sul e alongado na direção leste/oeste, encontra-se Pernambuco inteiramente situado dentro dos limites da zona Tropical, visto que seus pontos extremos Norte e Sul se encontram, respectivamente entre os paralelos 7º e 15’ e 9º e 27’ de latitude Sul. Na direção leste/oeste seus pontos se localizam entre os meridianos 34º e 48’ e 41º e 19’ de longitude Oeste de Greenwich. Região Nordeste do Brasil https://media1.britannica.com/eb-media/26/142826-073-477DC908.jpg ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com MESORREGIÕES E MICRORREGIÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO O Estado de Pernambuco é formado por Mesorregiões delimitadas por domínios morfoclimáticos e geopolíticos. Essas mesorregiões consequentemente são subdivididas em microrregiões que formam subpolos regionais comandados pela área de influência do município com maior infraestrutura e serviços. https://1.bp.blogspot.com https://2.bp.blogspot.com/ ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Mesorregiões de Pernambuco Mesorregião Metropolitana do Recife Microrregião de Itamaracá Microrregião do Recife Microrregião do Suape Microrregião de Fernando de Noronha Mesorregião do Sertão Microrregião de Araripina Microrregião de Salgueiro Microrregião do Pajéu Microrregião do Moxotó Messorregião do São Francisco Microrregião de Petrolina Microrregião de Itaparica Mesorregião do Agreste Microrregião do Vale do Ipanema Microrregião do Vale de Ipojuca Microrregião do Alto Capibaribe Microrregião do Médio Capibaribe Microrregião de Garanhus Microrregião do Brejo Pernambucano Mesorregião da Zona da Mata Microrregião da Mata Setentrional Microregião de Vitória de Santo Antão Microrregião da Mata Meridional ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com O Sertão pernambucano é a maior região natural do Estado, ocupando 70% do território pernambucano. Está dividida em seis microrregiões: Araripina, Salgueiro, Pajeú, Moxotó, Petrolina e Itaparica.No geral, tem sua economia baseada na pecuária e plantio de culturas de subsistência. É a região mais castigada pelas secas que atingem o semi-árido nordestino, com precipitação média anual entre 500 e 700 milímetros. Em Itaparica está localizada uma hidrelétrica do sistema Chesf e em Petrolina fica o maior pólo de produção de frutas do Estado, cultivadas com água irrigada do Rio São Francisco e destinadas à exportação. 1. MESOREGIÃO DO SERTÃO 1.1 MICRORREGIÃO DE ARARIPINA Localizada no semi-árido pernambucano, formada por 10 municípios, tem área de 11.792 km2. Predominam, em quase toda sua extensão, condições ecológicas desfavoráveis, com elevadas temperaturas, chuvas escassas e mal distribuídas, rios temporários e vegetação xerófila, tendo como atividades fundamentais as culturas de subsistência e a pecuária extensiva. Apenas na parte setentrional da microrregião, onde está a Chapada do Araripe, as temperaturas são mais amenas e os níveis pluviométricos mais elevados, o que porporciona uma produção agrícola mais diversificada. O grande destaque da Chapada do Araripe é a sua produção de gipsita cujas jazidas principais estão nos municípios de Araripina, Ipubi, Trindade, Bodocó e Ouricuri, de onde saem 95% de todo o gesso consumido no Brasil. A cidade mais importante da microrregião é Araripina, onde estão instaladas várias indústrias de beneficiamento de gipsita. 1.2 MICRORREGIÃO DE SALGUEIRO Situada no Sertão Central do Estado, essa microrregião tem área de 8.834 km2, é formada por 07 municípios e apresenta clima semi-árido, com temperaturas elevadas, chuvas escassas e mal distribuídas, rios temporários e vegetação xerófila. Sua atividade econômica é baseada na pecuária extensiva e lavouras de subsistência. A cidade mais importante é Salgueiro, por ser a mais populosa; dispor de um pequeno grupo de indústrias de beneficiamento de couro; e por estar situada no centro da região sertaneja, onde se cruzam dois importantes eixos rodoviários (a BR-116 sentido Nortr/Sul e a BR-232 sentido Leste/Oeste), sendo passagem e ponto de convergência de pessoas e mercadorias oriundas do Sudeste para Fortaleza e outras cidades nordestinas. O segundo município mais importante da microrregião é São José do Belmonte, onde situam-se reservas de minérios de ferro. 1.3 MICRORREGIÃO DO VALE DO PAJEÚ Formada por 17 municípios, tem extensão territorial de 8.663 km2 (correspondente a 8,78% do território estadual), situada no Sertão pernambucano. Predomina, em quase toda região, o clima semi-árido, sendo exceção a pequena área de microclima de altitude, onde está situado, por exemplo, o município de Triunfo. Comparada às demais microrregiões sertanejas, tem atividade agrícola mais desenvolvida (por conta de condições ecológicas favoráveis), sendo o espaço da ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com microrregião ocupado, predominantemente, pela pecuária (caprinocultura e bovinocultura) e pelas culturas de subsistência. Nas áreas de brejo, a atividade agrícola é mais diversificada, incluindo a produção de frutas. A atividade industrial é pouco representativa, predominando unidades de pequeno porte. O comércio, embora seja pouco representativo em relação à receita do Estado, é importante para a microrregião, apresentando receita superior aos demais setores da economia local. A principal cidade da microrregião é Serra Talhada, por ser a mais populosa e pelos serviços existentes. Outras duas cidades importantes são Triunfo (por conta do clima) e São José do Egito, esta última considerada o berço da poesia popular nordestina. 1.4 MICRORREGIÃO DO VALE DO MOXOTÓ É formada por 07 municípios e o clima predominante é o semi-árido, com temperaturas elevadas, chuvas escassas e mal distribuídas, rios temporários e vegetação xerófila. A economia da maioria dos municípios da microrregião é pouco representativa, baseada em atividades agropecuárias e cultivo de lavouras de subsistência. A cidade mais importante é Arcoverde (foto ao lado), que concentra quase metade da população urbana de toda a microrregião, e é um representativo centro comercial do interior do Estado. Em Arcoverde também estão sediadas várias entidades federais e estaduais; existe um razoável número de indústrias e a cidade funciona, ainda, como expressivo centro médico e educacional do Sertão. O crescimento de Arcoverde deve-se a sua posição geográfica: situada a meio caminho entre o Recife e o estremo Oeste do Estado, a cidade tornou-se ponto de passagem e convergência de pessoas e mercadorias para várias áreas do território pernambucano. 2. MESORREGIÃO DO SÃO FRANCISCO 2.1 MICRORREGIÃO DE PETROLINA Situada na região do São Francisco pernambucano, é formada por 08 municípios e, como as demais microrregiões sertanejas, ocupa o semi-árido, tem clima quente e seco, chuvas escassas e mal distribuídas. A grande diferença é que o seu território é banhado pelo Rio São Francisco, o que dá à microrregião uma condição privilegiada. Tem extensão territorial de 15.009 km2. A base da economia da microrregião é a agricultura, irrigada e de sequeiro. As áreas de sequeiro são oculpadas pelas culturas de subsistência, além da pecuária extensiva. A agricultura irrigada (desenvolvida nas áreas ribeirinhas, de solos úmidos e férteis) utiliza moderna tecnologia para produzir cebola, feijão, tomate, melão, melancia, uva, alho, manga e outras culturas. Tem um importante setor industrial (de transformação de produtos não metálicos e de produção de alimentos), sendo que o município de Petrolina concentra quase que a totalidade das indústrias instaladas na microrregião. É também em Petrolina onde estão concentrados mais de 60% de toda população urbana; comércio e serviços da microrregião. Dotada de aeroporto para grandes aeronaves, com vôos comerciais regulares utilizados inclusive para a exportação de produtos agrícolas, Petrolina se beneficia ainda de sua posição geográfica: ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com equidistante de três capitais nordestinas (Recife, Fortaleza, Salvador), mantém intenso intercâmbio comercial. 2.2 MICRORREGIÃO DE ITAPARICA Formada por 07 municípios, tem área de 9.714 km2, está localizada no semi-árido, tem clima quente e seco, com temperaturas elevadas, chuvas escassas e mal distribuídas. Sua vantagem é que, assim como o sertão de Petrolina, quase toda a microrregião é banhada pelo Rio São Francisco (com exceção apenas do município de Carnaubeira da Penha), o que possibilita o cultiva de culturas irrigadas em grandes faixas de terra. Nas áreas de sequeiro, a principal atividade econômica é a pecuária extensiva, de pouca rentabilidade. Os mais representativos centros urbanos são Belém de São Francisco, Floresta e Petrolândia. A microrregião tem base econômica notadamente rural, destacando-se a produção de cebola em Belém do São Francisco. O setor industrial é pouco diversificado, com pequenas indústrias que utilizam tecnologia de baixo nível. Na microrregião existe uma hidrelétrica do Sistema Chesf, a Hidrelétrica de Itaparica, e o setor de serviços apresenta diversificação de atividades, sobretudo nos gêneros de alimentação, hospedagem e atividades ligadas aos serviços públicos. O comércio tem pouca representatividade, está estreitamente ligado às atividades agrícolas da região. 3. MESORREGIÃO DO AGRESTE PERNAMBUCANO É a região intermediária entre a Mata e o Sertão. Caracteriza-se por uma economia diversificada, com o cultivo de lavouras como milho,feijão, mandioca, entre outras, e pecuária leiteira e de corte. Principal bacia leiteira do Estado, o Agreste tem índices pluviométricos maiores que os do Sertão, com média anual entre 800 e 1000 milímetros, mas também é uma região sujeita a secas periódicas. Está dividida em seis microrregiões, que veremos a seguir: Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca, Alto Capibaribe, Médio Capibaribe, Garanhuns e Brejo Pernambucano. Tem, em geral, solos rasos, já erodidos e depauperados e presta-se para o cultivo de cereais. 3.1 VALE DO IPANEMA Situada no Agreste pernambucano, ocupa uma área de 5.274 km2, é formada por 06 municípios, apresenta clima semi-árido, com temperaturas elevadas, chuvas escassas e mal distribuídas e rios temporários. A economia da microrregião tem como base a pecuária extensiva (nos vastos pediplanos) e menos extensiva em algumas áreas, além de lavouras de subsistência. Os municípios mais populosos são Águas Belas e Buíque. 3.2 VALE DO IPOJUCA Composta por 16 municípios, é a microrregião do Agreste pernambucano que possui estrutura urbana mais consolidada, com razoável dinamismo no setor industrial e comercial, sobressaindo-se a cidade de Caruaru, que é a maior cidade do interior do Estado e um centro comercial de importância interregional. As maiores indústrias, com ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com destaque para os setores de alimentos e confecções, estão nos municípios de Caruaru, Pesqueira e Belo Jardim. A microrregião tem atividades agrícolas diversificadas, destacando-se as culturas de tomate, beterraba, cenoura, repolho, alface, pimentão e outras, sobretudo nas áreas de brejo, onde se sobressaem os municípios de Brejo da Madre de Deus e Gravatá. 3.3 ALTO CAPIBARIBE Formada por 09 municípios e tem uma área de 1.608 km2, equivalente a 1,63% do território estadual. A economia da maioria dos municípios depende de atividades rurais, com exceção de Santa Cruz do Capibaribe e Surubim que, juntos, detém quase 70% da taxa de urbanização da microrregião. A cidade de Santa Cruz do Capibaribe desenvolveu, a partir dos anos 1970, uma atividade que nada tem a ver com a base econômica regional: é a confecção de vestuário, produzida através de inúmeras microempresas que geram renda e emprego para a maioria da população da cidade. 3.4 MÉDIO CAPIBARIBE Localizada no Agreste do Estado, a microrregião tem área de 1.781 km2, onde estão situados 10 municípios, sendo Limoeiro o mais populoso. A atividade econômica de maior peso na microrregião é a pecuária mista, predominando em alguns municípios a pecuária de corte. Na agricultura, prevalecem as lavouras de subsistência, como feijão, milho e mandioca. O município de Passira tem uma atividade produtiva diferenciada: são os bordados artesanais confeccionados pelas mulheres da cidade e que têm grande valor comercial no mercado pernambucano. 3.5 GARANHUS Formada por 19 municípios, tem área de 5.028 km2, equivalente a 5,11% do território estadual. Sua principal atividade econômica é a criação de gado de leite e de corte, pois é nessa microrregião que está a chamada bacia leiteira do Estado. A agricultura é baseada nas lavouras de subsistência e, nas áreas de brejo, aparecem também a cafeicultura, a fruticultura e hortaliças. O comércio da microrregião é significativo, sobretudo nos municípios de Garanhuns e Lajedo. Além de sua importância comercial, Garanhuns desenvolve atividades ligadas ao turismo e ao lazer, em função do seu clima de baixas temperaturas. 3.6 BREJOS PERNAMBUCANO Compõe 11 municípios, tem área de 2.462 km2, equivalente a 2,6% do território estadual. Ao lado de áreas onde predominam o clima semi-árido e vegetação de caatinga, a microrregião apresenta espaços que, devido à altitude e exposição aos ventos alísios do Sudeste, têm temperaturas mais amenas, maior pluviosidade e vegetação mais densa: essas áreas são os chamados Brejos. As bases da economia estão na criação de gado, culturas de subsistência, além de fruticultura, hortaliças e cafeicultura desenvolvidas nas áreas de brejo. Os municípios mais populosos: Bonito, Panelas e Altinho (foto acima). ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com 4. MESORREGIÃO DA MATA PERNAMBUCANA A Zona da Mata Pernambucana estende-se por uma área de 8.738 km², limitando-se ao norte com a Paraíba, ao sul com Alagoas, ao leste com a Região Metropolitana do Recife e ao oeste com o Agreste. Com uma população estimada em 1.193.661 habitantes. A Zona da Mata foi a porta de entrada dos europeus em Pernambuco, pois antes de existir a Região Metropolitana do Recife, todas as cidades do Leste pernambucano eram integrantes dessa mesorregião antes de vigorar a Lei Complementar número 14, que criou outra mesorregião. A região é servida pelas rodovias federais BR-232, BR-101 e BR-408. O nome "Zona da Mata" refere-se ao que os portugueses viram desde o litoral, uma faixa de Mata Atlântica. O revelo é ondulado e argiloso, com alturas variando entre o litoral ao interior, aumentando a altura para o interior. A mesorregião é cortada pelos rios mais importantes do estado, como o Rio Capibaribe, o Rio Ipojuca e o Rio Ipanema. Além de rios de menor extensão como o Rio Siriji. A vegetação é composta por Mata Atlântica, que incluem árvores de médio e grande porte e gramíneas, com uma rica fauna. 4.1 MICRORREGIÃO DA MATA SETENTRIONAL Abrange uma áres de 3.200 km2 (equivalente a 3,25% do território estadual) e é formada por 17 municípios, destacando-se Goiana (o mais populoso), Timbaúba (fábricas de sapatos e tecelagem de redes) e Carpina (atividades agrícolas e industriais). O desenvolvimento da lavoura canavieira é menor que o da Mata Meridional (atribuído às condições edofoclimáticas), aparecendo ao lado da cana-de- açúcar algumas culturas de subsistência e fruticultura. 4.2 MICRORREGIÃO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO Integra a região da Mata pernambucana, é formada por 05 municípios, tem área de 964 km2. Seu município mais importante é Vitória de Santa Antão, um dos maiores centros comerciais do interior do Estado e que possui estreitas ligações com municípios da região Agreste. A base econômica depende sobretudo do cultivo e benefiamento da cana-de-açúcar. Em 1998, a densidade demográfica da microrregião era de 187,09 hab/km2. 4.3 MICRORREGIÃO DA MATA MERIDIONAL Localizada ao Sul do Estado, é formada por 21 municípios. Sua principal atividade econômica é o cultivo da cana, para produção de álcool e açúcar. É dessa microrregião que sai a maior parte da produção de álcool e açúcar de Pernambuco. Tem solos férteis e chuvas abundantes, o que favorece os grandes canaviais. Nessa microrregião estão localizadas algumas das mais belas praias do Estado, como Tamandaré, Barra de Sirinhaém, São José da Coroa Grande. 5. MESORREGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE A origem institucional da Região Metropolitana do Recife data dos nos anos 70 (1973), embora a identificação do fenômeno metropolitano remonte a meados do século XX, quando o urbanista pernambucano Antônio Baltar (1951) caracteriza o Recife – município sede e núcleo da região - como cidade transmunicipal / cidade conurbada / cidade metropolitana. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Desde então, a vida urbana do Recife se integra a dos municípios vizinhos, que, emrelação a ele, conformam o aglomerado metropolitano de mais alto nível de integração - Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. Inicialmente composta por 9 municípios, a RMR ampliou esse número, ao longo de três décadas, seja por expansão de seu perímetro, seja por desagregação de municípios no seu interior, integrando, atualmente, 14 municípios – Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Paulista, Olinda, Recife e São Lourenço da Mata. A cidade do Recife está situada sobre uma planície aluvional (fluvio/marinha), constituída por ilhas, penínsulas, alagados e manguezais envolvidos por 5 rios: Beberibe, Capibaribe, Tejipió e braços do Jaboatão e do Pirapama, conferindo-lhe características peculiares. Essa planície é circundada por colinas em arco que se estendem do norte ao sul, de Olinda até Prazeres (Jaboatão). Em 10 de janeiro de 2018 é sancionada pelo governador do Estado a Lei complementar 382, que incluiu a cidade de Goiana a Mesorregião Metropolitana do Grande Recife, com isso a região agora conta com 15 municípios. Essa inclusão se deu em razão do desenvolvimento ocorrido na cidade em função da instalação da montadora da Jeep que mudou a dinâmica econômica local, passando de um viés voltado a produção canavieira para a atividade industrial no segmento automotivo destinado principalmente à exportação. Novos limites da Mesorregião Metropolitana do Recife com a cidade de Goiana http://fnembrasil.org/wp-content/uploads/2018/03/RM_Recife-n.jpg 5.1 MICRORREGIÃO DE ITAMARACÁ ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Microrregião formada atualmente por 4 municípios: Itamaracá, Itapissuma, Igarassu e Goiana, que integram a Região Metropolitana do Recife. Tem pluviosidade média anual acima dos 2.000 milímetros. 5.2 MICRORREGIÃO DO RECIFE É uma microrregião composta por 09 municípios, com base econômica na indústria, comércio e serviços. Seus principais pólos industriais estão na capital do Estado e nos municípios de Jaboatão, Paulista e Abreu e Lima. A microrregião tem pluviosidade média anual acima dos 2.000 milímetros. A cidade mais importante é o Recife, que em 1998, detinha o segundo maior pólo médico do Brasil; um dos mais importantes centros de informática do País e a oitava melhor universidade federal brasileira. Outra cidade importante é Olinda, cujo sítio histórico é tombado pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. 5.3 MICRORREGIÃO DE SUAPE Apenas dois municípios (Cabo e Ipojuca) integram essa microrregião, cuja importância econômica está no Complexo Industrial Portuário de Suape. O Porto de Suape (foto ao lado) é o maior do Nordeste e o segundo do País. É através desse porto que Pernambuco exporta sua produção de álcool e açúcar e por onde chegam produtos industrializados para vários pontos do Nordeste. A microrregião tem chuvas regulares, com pluviosidade média anual acima dos 2.000 milímetros. Observar que na Microrregião Metropolita do Recife, a ilha de Fernando de Noronha a 537 Km da capital, está inserida nesses limites. Em razão a sua reanexação ao território pernambucano a partir da constituição de 1988, ela se integrou a essa microrregião por ser extremamente dependente economicamente e da oferta de serviços públicos, transporte, fluxo de mercadorias e pessoas provenientes da cidade do Recife. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO PERNAMBUCANO CRONOLOGIA 1500 – Chegado dos portugueses ao Brasil. 1504 – Criação Capitânias Hereditárias pelo Rei Dom Manoel I, seguindo o modelo bem-sucedido nas Ilhas da Madeira e Cabo Verde, sendo conferido inicialmente como doação por Carta Régia para Fernando de Noronha a Ilha de São João (atual Fernando de Noronha). 1534 – Implantação de fato da Capitânias Hereditárias e início da colonização brasileira. 1534, Setembro – A capitania de Pernambuco, incialmente chamada de Nova Lusitânia, foi criada pelo Rei D. João II, por carta de doação que a conferiu a Duarte Coelho Pereira. A capitania compreendia a foz do rio Santa Cruz, ao Sul da ilha de Itamaraçá até a foz do rio São Francisco, sendo que a capitania se estendia por todo o limite do grande rio. 1535 – Com a fundação das vilas de Olinda e Recife em torno da foz do rio Capibaribe, serviram como ponto de partida para o povoamento do litoral partindo para o sul até a fundação da vila de Penedo, atual estado de Alagoas na foz do São Francisco. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com 1574 – A capitania de Itamaracá, território de Pero Lopes não prospera, e é extinta de fato em razão dos constantes ataques indígenas as feitorias e engenhos, sendo o mais violento ocorrido como a Tragédia de Tracunhaém, onde índios Potiguaras exterminaram os colonos locais causando a morte de 614 pessoas. Parte da capitania e anexada a de Pernambuco e posteriormente criada a capitania da Paraíba no mesmo ano. http://www.editoradobrasil.com.br/jimboe/img/banco-mapas/historia/ano4/unidade4/JBH4080.jpg 1585 – As expedições armadas saídas da vila de Olinda e Recife comandadas pelo Governo Geral partem em sentido norte para conquistar áreas dominadas pelos índios, consolidando a conquista com a fundação da vila de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, atua João Pessoa, capital da Paraíba. 1598 – O avanço para o norte continua até a ocupação da foz do rio Potengi, implantando o forte dos Reis Magos, fundando a cidade de Natal no estado Rio Grande do Norte. 1603 – Os avanços partindo de Pernambuco continuam pelo Litoral Norte e é tentada a implantação da capitania do Ceará. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com 1614 – Forças partidas de Olinda foram enviadas ao Maranhão para destruir a França Equinocial, fundada pelos franceses, e conquistar a cidade de São Luís em 1615. As forças vitoriosas no Maranhão seguem até a foz do rio Tocantins, no delta do Amazonas. 1616 – Fundação do Forte do Presépio na Baía do Guajará e o povoado de Santa Maria de Belém do Pará, atual Belém do estado do Pará, área que era disputada até então, por portugueses, franceses, holandeses e espanhóis. Cidade que seria a principal via de partida para exploração e escoamento das “drogas do sertão”. Século XVII – Consolidação da supremacia pernambucana sobre as outras capitanias do Nordeste, onde várias expedições de conquistas para a porção Setentrional do País partiram de Olinda, transformando a vila em um centro de onde se fazia a administração e se estimulava a expansão de conquistas territoriais. PERNAMBUCO HOLANDÊS 1629 – partia de São Vicente, Cabo Verde, uma esquadra com 66 embarcações e 7.280 homens em direção a Pernambuco. Os holandeses, desembarcando na praia de Pau Amarelo, conquistam a capitania de Pernambuco em fevereiro de 1630 e estabelecem a colônia Nova Holanda. A frágil resistência portuguesa na passagem do Rio Doce, invadiu sem grandes contratempos Olinda e derrotou a pequena, porém aguerrida, guarnição do forte (que depois passaria a ser chamado de Brum), porta de entrada para o Recife através do istmo que ligava as duas cidades. Extensão do domínio holandês no Nordeste do Brasil https://tokdehistoria.com.br/2015/02/02/holandeses-no-nordeste-do-brasil-sangue-e-destruicao/ 1630 – a capitania invadida pela Companhia das Índias Ocidentais. Por ocasião da União Ibérca (1580 a 1640) a então chamada República Holandesa, antes dominados pela Espanha tendo depois conseguido sua independência através da força, veem em https://tokdehistoria.com.br/2015/02/02/holandeses-no-nordeste-do-brasil-sangue-e-destruicao/ ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Pernambuco a oportunidade para impor um duro golpe na Espanha, ao mesmo tempo em que tirariam o prejuízo do fracasso na Bahia, uma vez que Pernambuco era o principal centro produtivo da colônia. Conde João Maurício de Nassau https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/57/QT_-_Johann_Moritz_1937.PNG/200px-QT_- _Johann_Moritz_1937.PNG 1637 – 1644 – é enviado ao nordeste brasileiro o conde holandês João Maurício de Nassau, em 1637, pela Companhia das Índias Ocidentais. Sua função era governar as terras dominadas pelos holandeses na região de Pernambuco, denominada província da Nova Holanda. Seu governo durou sete anos e foi responsável por várias transformações, principalmente urbanísticas, em Recife como; o Investimentos na infraestrutura de Recife como, por exemplo, construção de pontes, diques, drenagem de pântanos, canais e obras sanitárias. o Estabelecimento de aliança política com os senhores de engenho de Pernambuco. o Incentivo ao estudo e retratação da natureza brasileira, principalmente com a vinda de artistas e cientistas holandeses. o Adoção de melhorias nos engenhos, visando o aumento da produção de açúcar. o Criação do Jardim Botânico no Recife, assim como o Museu Natural e o Zoológico. o Melhoria da qualidade dos serviços públicos em Recife, investindo na coleta de lixo e nos bombeiros. o Redução dos tributos cobrados dos senhores de engenho de Pernambuco. o Estabelecimento da liberdade religiosa aos cristãos ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Maistssdad – Cidade Maurícia, construída a partir de 1638 por Maurício de Nassau Recorte do mapa de Johannes Vingboons https://www.researchgate.net/figure/Recorte-do-Mapa-de-Johannes-Vingboons-Fonte-MOWIC-2017-Nas- extremidades-da-Ponte_fig3_321951396 1640 – Companhia das Índias Ocidentais passou a tomar uma série de medidas visando o aumento dos lucros com a economia açucareira no Brasil. Entre estas medidas estavam o aumento de impostos, cobrança de dívidas atrasadas dos senhores de engenho e pressão para aumentar a produção de açúcar. Estas medidas causaram grande insatisfação nos senhores de engenhos e não foram aceitas por Maurício de Nassau. Palácio de Friburgo – Residência Oficial de Maurício de Nassau construída entre 1640 e 1642 http://www.longoalcance.com.br/brecife/banco/ec_friburgo.jpg 1644 – Mauricio de Nassau resolver deixar o cargo do governador, saída de Nassau do governo rompeu o clima harmonioso entre holandeses e senhores de engenho. Muitos destes últimos passaram a se organizar, formando exércitos e buscando apoio de colonos, com o objetivo de expulsar os holandeses do nordeste brasileiro. 1645 – Reunidos no Engenho de São João (Bairro da Várzea), 18 líderes insurretos pernambucanos assinaram compromisso para lutar contra o domínio holandês na ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com capitania. Com o acordo assinado, começa o contra-ataque à invasão holandesa. A primeira vitória importante dos insurretos se deu no Monte das Tabocas, (hoje localizada no município de Vitória de Santo Antão) onde 1200 insurretos mazombos (filhos pais europeus) armados de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa emboscada 1900 holandeses bem armados e bem treinados. 1646 – Batalha do Tejucupapo – Os holandeses já tinham perdido boa parte dos seus domínios em território pernambucano. Cercados e precisando de alimentos, tentaram ocupar Tejucupapo, área tradicional de plantio de mandioca. A fome assolava a cidade Maurícia. Num domingo, aproveitando a ausência dos homens da área que partiam para o comercializar produtos de pesca no Recife. Enquanto alguns poucos homens que ficaram em Tejucupapo foram receber os invasores a bala, as mulheres puseram água para ferver, acrescentando pimenta em tachos e panelas de barro.Escondidas em trincheiras, atacavam com a mistura, jamais esperada pelos soldados. Os olhos dos inimigos eram os principais alvos, e a surpresa o melhor ataque. Como saldo, mais de 300 cadáveres ficaram espalhados pelo vilarejo, sobretudo flamengos. Depois de horas na batalha, no dia 24 de abril de 1646, as mulheres guerreiras do Tejucopapo saíram vitoriosas. 1648 – 1ª Batalha dos Guararapes – 19 de abril, sob o comando de Sigismund von Schkoppe e Johan van den Brinken, as tropas holandesas (7.400 homens e 6 peças de artilharia) faziam a travessia da Estrada da Batalha, onde se localiza o morro dos Guararapes, um local propício a emboscadas. Surpreendentemente, 60 batedores das tropas luso-brasileiras atacaram a vanguarda holandesa, atraindo os neerlandeses para uma armadilha mortal numa passagem estreita entre os morros e o mangue, chamada Boqueirão (boca grande), onde foram pegos pelos flancos e destroçados pela infantaria e artilharia patrióticas (2.200 homens e 6 peças de artilharia). Como resultado, foram 1.200 baixas e 700 feridos entre os holandeses e 84 mortos mais 400 feridos entre as forças luso-brasileiras. Batalha dos Guararapes https://i.redd.it/epa62wwbtiq01.jpg 1649 – 2ª Batalha dos Guararapes – 18 de fevereiro, o exército holandês parte do Recife para uma revanche, com mais de cinco mil soldados experientes, incluindo centenas de índios, negros e marinheiros voluntários. Mais uma vez, os luso-brasileiros ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com destroem as forças neerlandesas no Boqueirão, onde elas estavam posicionadas com 6 esquadrões e duas peças de artilharia. Acreditando que as forças do comandante João Fernandes Vieira (800 soldados) eram tudo o que havia restado da resistência, os holandeses atacam com força total e ficam vulneráveis pelos flancos, onde foram pegos de surpresa por 2.600 homens de infantaria e 50 cavaleiros, resultando em um número impressionante de baixas para os batavos (2.000 mortos, incluindo seu melhor comandante Van den Brinck e 90 feridos), enquanto as forças da coalizão luso- brasileira permaneciam quase intactas (47 mortos e 200 feridos).Sem esperança de vitória, as tropas da República das Sete Províncias Unidas fogem para o Recife, onde ficam sitiadas por anos, até que se renderem. 1654 – Saída dos holandeses do nordeste após pressionar Portugal pelo pagamento das dívidas contraídas pelos senhores de engenho, exigindo indenização em ouro. Portugal teve de pagar 10 mil cruzados (moeda da época) aos holandeses. Também fez parte do acordo a transferência do controle de duas possessões territoriais portuguesas na Índia ─ Cranganor e Cochim ─ e o monopólio do comércio do Sal de Setúbal (matéria-prima importante para a indústria holandesa para a salgado arenque). DESMEMBRAMENTO DE PERNAMBUCO Após a saída dos holandeses, Pernambuco deixa de ser uma Capitânia Hereditária para se tornam uma Capitânia diretamente administrada pela Coroa Portuguesa. Nesse período, Pernambuco, sendo um território muito maior do que o atual, era uma Capitania Geral, enquanto as do Piauí, Ceará, Rio Grande, Paraíba e Itamaracá eram subalternas. Capitanias Gerais e Subalternas http://www.e24h.com.br/acontece/?id=52234 ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Com a expulsão dos holandeses, Pernambuco demonstrava um espirito rebeldes, autônomo, e suas lideranças não deviam obediência total ao Rei. Esses sentimentos se consolidou e foi repassado aos filhos da terra, dando margem a uma série de rebeliões que redefiniram os limites territoriais da capitania: 1710 e 1711 - Guerra dos Mascates – Conflito ocorrido entre as cidades de Recife e Olinda. Após expulsão dos holandeses, Recife se destaca no cenário econômico com o desenvolvimento do comércio e atividades financeiras, ao contrário de Olinda que apesar do controle do poder político, sua a aristocracia rural sofria grave crise em razão do declínio da economia açucareira, sendo em grande parte devedora de altos empréstimos aos Mascates de Recife. Os comerciantes do Recife tinham forte apoio da Coroa Portuguesa o que levou ao ressentimento das elites olindenses que temiam que o Recife se tornasse o centro político de Pernambuco, visto que, través de Carta Régia de 1709, Recife passou a ser vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. Em 1710, havia um clima de hostilidades e tensão entre as duas cidades pernambucanas. Neste ano, os olindenses invadiram Recife dando início a Guerra dos Mascates. Num primeiro momento da guerra, os olindenses levaram vantagem, porém, em 1711 os recifenses (mascates) se organizaram e invadiram Olinda, destruindo vilas e engenhos na cidade. A guerra terminou em 1711 após a coroa portuguesa nomear, para governador de Pernambuco, Félix José Machado, que ordenou a prisão dos principais líderes do movimento, legitimando a autonomia do Recife após o conflito que em 1712 se tornou a sede administrativa de Pernambuco. 1801 - Conspiração dos Suassunas – Movimento nativista inspirado pelas ideais iluministas que resultaram na Revolução Francesa e a Independência das Treze Colônias Americanas. As ideias iluministas eram discutidas no Areópago Itambé, a primeira Loja Maçônica do Brasil. Todas as discussões filosóficas e políticas debatidas dentro dessas associações acabaram culminando na ideia de pôr um fim ao domínio português na colônia, mas num âmbito somente regional, ou seja, as ideias discutidas iam para a emancipação da capitania de Pernambuco. Porém, essa revolta nem chegou a acontecer de fato, pois algum membro (não se sabe quem), acabou delatando o movimento e os líderes acabaram sendo presos, tendo essa delação sido ocorrida no dia 21 de maio de 1801. Um processo foi instaurado, mas ao final, nada havia sido provado e todas as pessoas que haviam sido presas foram soltas. Mas o areópago fundado alguns anos antes foi fechado no ano 1802 e sendo reaberto anos depois com o nome de Academia dos Suassunas, cuja sede era no próprio engenho que havia servido para as reuniões do antigo movimento que se tornou o ponto de partida para as Revoluções Pernambucanas de 1817 e 1824. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Área de influência da Capitânia Geral de Pernambuco https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitania_de_Pernambuco 1817 – Revolução Republicana - O movimento foi motivado pela insatisfação popular com as péssimas condições de vida que existiam nessa época e, principalmente, pela insatisfação das elites locais, cujos interesses conflitavam com os da Coroa portuguesa. Essa tensão foi ampliada com a divulgação dos ideais iluministas nessa região. Essa política da Corte manifestou-se nos impostos criados sobre a produção de algodão local. Além disso, cobrava-se da população do Recife uma taxa sobre a iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro. Esse aumento na carga de impostos gerou grande descontentamento, principalmente porque a economia local estava em crise decorrente da redução na produção do açúcar e do algodão – principais produtos da economia local. O movimento contou com as elites locais, compostas por grandes comerciantes e alguns grandes proprietários, e teve adesão também de militares, juízes, pequenos comerciantes, artesãos e muitos padres. A grande adesão de padres ao movimento, inclusive, fez com que essa rebelião também ficasse conhecida como Revolução dos Padres. Além disso, D. João VI nomeou vários portugueses, que haviam mudado para o Brasil junto com ele em 1808, para cargos administrativos importantes de Pernambuco e também para funções no exército. Isso também desagradou às elites locais, que se viram prejudicadas com essas ações em favor dos portugueses. http://www.bloguito.com.br/data-magna-de-pernambuco https://historiadomundo.uol.com.br/idade-moderna/a-importancia-do-iluminismo-frances-.htm ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com 6 de março de 1817 – brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa de Castro foi assassinado ao realizar ordem do governador local de prender supostos envolvidos em uma conspiração. Esse assassinato foi cometido pelo capitão José de Barros Lima, que reagiu à voz de prisão realizada pelo brigadeiro. Em seguida, essa rebelião espalhou-se por toda a cidade de Recife, o que forçou o governador local a abrigar-se no Forte do Brum. Logo depois, esse mesmo governador, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, fugiu para a capital Rio de Janeiro. Os rebeldes, vitoriosos, implantaram um Governo Provisório que decretava diversas mudanças em Pernambuco. A Revolução Pernambucana contou com os seguintes nomes como lideranças: Domingos José Martins, José de Barros Lima, Cruz Cabugá, Padre João Ribeiro, entre outros. Assim que o Governo Provisório foi formulado, algumas medidas foram tomadas, como: o Proclamação da República na Capitania de Pernambuco; o Estabelecida a liberdade de imprensa e a liberdade de credo; o Os impostos criados por D. João VI foram abolidos; o Instituição do princípio dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário); o Aumento no soldo dos soldados; o Manutenção do trabalho escravo. Apesar de ser um movimento de caráter liberal, as medidas tomadas pelo Governo Provisório visavam beneficiar muito mais as elites locais do que necessariamente promover a criação de uma sociedade justa e igualitária. A manutenção do trabalho escravo foi uma evidência disso, já que havia nesse movimento a participação de grandes proprietários que eram contrários à abolição. A Revolução Pernambucana espalhou-se pelas capitanias vizinhas e alcançou a Paraíba, o Rio Grande do Norte e o Ceará. As lideranças do movimento enviaram emissários para diferentes capitanias à procura de obter apoio, como também para países vizinhos. Cruz Cabugá, por exemplo, foi enviado para os Estados Unidos com 800 mil dólares para comprar armas, contratar soldados e obter o apoio do governo americano ao movimento pernambucano. 20 de maio de 1817 – A Revolução Pernambucana foi intensamente reprimida pela Coroa portuguesa. Assim que as notícias da rebelião chegaram ao Rio de Janeiro, o rei D. João VI mobilizou uma frota que foi levada do Rio de Janeiro para bloquear o porto de Recife. Além disso, mais de quatro mil soldados foram enviados da Bahia e marcharam para Pernambuco.O movimento enfraqueceu-se por causas de divergências internas entre as lideranças, o que permitiu que as tropas reais retomassem o controle sobre a Paraíba, Rio Grande do Norte e do Ceará. Em Pernambuco, a revolta resistiu até o dia 20 de maio de 1817, quando os líderes renderam-se ao general Luís do Rego Barreto após a cidade de Recife ser invadida. Por ordem de D. João VI, os líderes do movimento tiveram punições exemplares. Ao todo, nove pessoas foram enforcadas e outras quatro foram arcabuzadas – o correspondente da época para fuzilamento. Um dos envolvidos, Padre João Ribeiro, enforcou-se pouco antes de ser capturado, e Cruz Cabugá, recebendo as notícias do fracasso do movimento, não retornou ao Brasil e permaneceu nos Estados Unidos. O grande líder da revolta pernambucana, Domingo José Martins, foi arcabuzado, e outras lideranças sofreram martírio severo. O capitão José de Barros Lima, por exemplo, foi enforcado e teve as mãos e cabeça decepadas e colocadas em exposição, e seu corpo foi arrastado pelas ruas de Recife. O mesmo aconteceu com os corpos do Padre João Ribeiro e de Vigário Tenório. Outros envolvidos permaneceram presos durante anos. A não adesão à revolução pela Comarca de Alagoas resultou em seu desmembramento do território de Pernambuco. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Bandeira da Confederação do Equador - 1824 http://confederacaodoequadornd.blogspot.com/2015/10/a-bandeira.html 1824 – Confederação do Equador - A população do nordeste brasileiro, mais especificamente em Pernambuco, Paraíba e Ceará, estava revoltada com o caráter repressor do imperador D. Pedro I. O não cumprimento da Constituição de 1824 causou repulsa aos moradores pernambucanos, porque dava indícios de que o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, estaria se tornando uma “nova Lisboa”, deixando o Brasil sob custódia dos mandatários de Portugal. A imprensa independente pernambucana demonstrou interesse pelo liberalismo dos Estados Unidos, ideal político defendido por Cipriano Barata, que viajara ao continente norte-americano para se formar em Medicina e voltou a Brasil para disseminar seus aprendizados progressistas. Barata nasceu na Bahia e participou de vários movimentos revolucionários, mas era conhecido mesmo por trazer em seu jornal “Sentinela da Liberdade” artigos que afrontavam o governo opressor de D. Pedro I. Em reforço aos argumentos, Frei Caneca, discípulo declarado de Barata, reforçava o coro com o jornal “Tífis Pernambuco”, publicando os mesmos ideais do liberalismo. Manuel Paes de Andrade, então presidente da província pernambucana, foi substituído por Francisco Pais Barreto a mando do império português. Indignado com a quebra da constituição, Pais Barreto deu início em 2 de junho de 1824 que tinha como objetivos; o Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Constituição de caráter liberal; o Diminuir a influência do governo federal nos assuntos políticos regionais; o Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil; o Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo central imperial; o Formação de um governo independente na região. Reforçava o caráter revolucionário da Confederação do Equador o fato de que a grande parte da população, vítima dos interesses das elites locais, estaria livre para exercer seus direitos, como defendia o Manifesto da Proclamação da Confederação do Equador. Foi justamente esse choque de interesses feudais que enfraqueceu o apoio político das elites. D. Pedro I, também, já estava preparado para silenciar os revoltados. Enviou várias tropas ao Nordeste para conter as manifestações, sob comando do brigadeiro Francisco de Lima e Silva junto com o exército naval do Lorde Cochrane. Eles puniram severamente cada transgressor, prendendo e matando sem dó, apesar dos pedidos para que as sentenças fossem minimizadas. Frei Caneca, um dos mentores do movimento oposicionista, foi condenado à forca, mas os carrascos não quiseram cumprir as ordens, pois temia a revolta divina por matarem um padre. Sem piedade, o império ordenou que Frei Caneca fosse fuzilado pelas tropas no dia 13 de janeiro de 1825, culminando no fim da Confederação do Equador. Como castigo, Pernambuco perderia mais uma parte de seu território com o desmembramento da Comarca do São Francisco. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Territórios perdidos pela Capitania de Pernambuco: 1818 – Comarca de Alagoas 1824 – Comarca do São Francisco http://historiasylvio.blogspot.com.br OCUPAÇÃO DO ESPAÇO TERRITORIAL PERNAMBUCANO O território pernambucano foi formado a partir de determinação régia com o interesse de exploração de produtos tropicais, sendo anteriormente habitado pelos povos indígenas Tupis no litoral, Cariris e Gês no interior. Com a chegada dos europeus o comércio se deu através do escambo onde para a efetivação desse comércio foram fundadas feitorias e alianças com os povos nativos para combater tribos inimigas como a aliança com os índios Tabajaras contra os Caetés. O povoamento se deu por início com a fundação e vilas e engenhos de açúcar. A situação geográfica impedia a expansão da cultura canavieira para o interior o território, onde gradativamente foi substituída pelas atividades pecuaristas, onde o gado servia como força de tração, fonte de alimento e fornecimento de couro. A penetração para o interior do território se deu a partir da margem esquerda do rio São Francisco contornando o planalto da Borborema e subindo os afluentes do rio. Fato interessante foi que a penetração do interior do território se deu primeiramente pelo Sertão e em seguida para o Agreste. GEOLOGIA E RECURSOS MINERIAS DE PERNAMBUCO A Geologia é a ciência que estuda o planeta terra no que diz respeito a sua estrutura, evolução, composição, processos internos e externos. Ao estudar a estrutura interna do planeta, a Geologia analisa as diversas características das geoesferas: litosfera, manto, núcleo. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Dessas camadas, recebe atenção especial, por parte da Geologia, a litosfera, pois é na parte superficial desta que estão instaladas as sociedades humanas e é nela onde aparecem os principais recursos minerais utilizados pelo homem. A base geológica brasileira se caracteriza por rochas do período Pré-Cambriano (3 bilhões a 540 milhões de anos), onde já sofreram intenso desgaste erosivo ao logo das eras, desta forma, não se encontram presente grande elevações naturais, predominando planaltos de média e baixa altitude, sendo esse um das mais comuns formas de relevo presentes em nosso país juntamente com as planícies litorâneas e interiores e depressões formadas pelas bacias sedimentares geologicamente depositadas resultantes dos processos intempericos. A maior parte do Estado de Pernambuco é ocupado por rochas cristalinas e metamórficas doembasamento Pré-Cambriano, destacando-se as gnaisses, mignatitos, granitos, quartizitos, sienitos, calcários cristalinos e filitos, sendo essas muito antigas com mais de 1 bilhão de anos. Os terrenos sedimentares verificados em Pernambuco dispõem-se nas bacias sedimentares interiores e nas bacias costeiras. As bacias interiores englobam as seguintes bacias: do Jatobá, do Araripe e de Mirandiba. As bacias costeiras estão representadas pelas bacias de Pernambuco- Paraíba e Sergipe-Alagoas. Os terrenos sedimentares de Pernambuco têm idade que vão do Paleozoico ao Cenozoico, sendo as rochas sedimentares mais antigas encontradas na bacia do Jatobá. Elas têm a idade siluro-denoviana (Era Paleozóica), o que significa dizer que se formaram a mais de 400 milhões de anos. Nas bacias costeiras de Pernambuco, duas faixas de terrenos merecem destaque: os terrenos vulcânicos e os terrenos sedimentares do Grupo Barreiras. Ao sul do recife, nos Municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, é possível encontrar inúmeras evidências de atividades vulcânicas ocorridas, durante o Cretáceo. São vistos diques e marcas de derrames de rochas vulcânicas de tipo riolito, basalto etc. no município de Ipojuca se observam retos de uma antiga chaminé vulcânica, com quase 30 metros de altura. A própria ilha de santo Aleixo, em Sirinhaém, é de natureza vulcânica. http://blogdevandeilson88.blogspot.com/2010/09/geologia-e-recursos-minerais-de.html ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Ao norte do Recife, verificam-se sedimentos argilosos e arenosos que foram depositados no final do Terciário (Plioceno) e do inicio do Quaternário (Pleistoceno). Esses sedimentos compõem o que se chama de Grupo Barreiras. Tais sedimentos possuem características que sugerem a predominância de climas secos, quando houve a deposição. O relevo que se desenvolveu sobre os terrenos sedimentares do Grupo Barreiras é representado pelos tabuleiros costeiros. Os terrenos sedimentares mais recentes, encontrados em Pernambuco, correspondem aos sedimentos incoerentes dispostos na área costeira, que são as areias de praia. Além destes, são identificadas as aluviões ao longo dos vales de alguns rios. Todos esses sedimentos são da idade quaternária. As mais significativas áreas de aluviões quaternárias são observadas nos vales dos rios São Francisco, Pajeú, Riacho do Navio e Moxotó. file:///C:/Users/TEMP.PROF03.066/Downloads/23711-85977-1-PB.pdf RECURSOS MINERAIS EM PERNAMBUCO Os principais recursos minerais explorados em Pernambuco são: argila, caulim, calcário, ferro, gipsita, areias quartzosas e ouro. O Estado de Pernambuco possui uma grande variedade de bens minerais dispostos tanto nos terrenos pré-cambrianos quanto nos depósitos sedimentares, sendo que as atividades extrativas minerais mais intensos se verificam na bacia do Araripe e nas bacias costeiras do estado. Essas atividades, contudo, pouco expressivas quando comparada com as que ocorrem em outros estados do país. Existem dois tipos de calcários extraídos em Pernambuco: sedimentares e metamórficos. Os depósitos calcários sedimentares localizam-se na faixa costeira, particularmente nos municípios de Goiana e Paulista. Os calcários metamórficos estão inseridos nos terrenos pré-cambrianos. As principais ocorrências dessa modalidade de calcário estão nos municípios de Iguaracy, Sertânia, Mirandiba, Floresta, Flores, Gravatá e Itambé. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Os calcários sedimentares são empregados como matéria-prima na indústria de cimento. Já os calcários metamórficos são usados com finalidades ornamentais, para a produção de cal e como corretivo de solos, diminuindo a acidez destes. O ferro também está presente no território pernambucano. A principal jazida desse minério localiza-se em São Jose de Belmonte. Existem, ainda, outras ocorrências de erro nos municípios de Mirandiba, Altinho, Sertânia e Custódia, mas sem importância econômica. A gipsita localiza-se na bacia do Araripe. As maiores reservas desse mineral no país localizam-se exatamente nessa bacia. Em Ouricuri, Araripina, Ipubi, Bodocó e Exu estão os mais significativos depósitos de gipsita em Pernambuco. A gipsita é utilizada comercialmente para a produção de gesso. ANDRADE, Manuel Correia de Oliveira. Atlas Geográfico de Pernambuco: Espaço Geo-Histórico e Cultural. 2ª Ed. João Pessoa: Grafset, 2003. As areias quartzosas empregadas na fabricação de vidro são extraídas dos depósitos sedimentares do Grupo Barreiras, nos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Goiana. O ouro é encontrado nos municípios de São José do Egito e Itapetim, em lentes e filões encaixados em xistos e gnaisses pré-cambrianos. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Exploração de gipsita na bacia sedimentar do Araripe https://radiograndeserra.com.br RELEVO DE PERNAMBUCO O relevo do Estado de Pernambuco é moderado: 76% do território estão abaixo dos 600 m. É formado basicamente por três unidades geoambientais: Baixada litorânea, Planalto da Borborema e Depressão Sertaneja. O litoral é uma grande planície sedimentar, quase que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do nível do mar. Nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes. A altitude aumenta à medida que se afasta do litoral. O Planalto da Borborema, principal formação geológica na faixa de transição daZona da Mata para o Agreste, é conhecido popularmente como Serra das Russas, e tem altitude média de 400 m, ultrapassando os 1.000 m nos pontos mais elevados. Em Brejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano, está localizado o Pico da Boa Vista (1.195 m), ponto culminante do estado. (Pico do Papagaio é o ponto mais alto do estado) No Sertão os níveis de altitude decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema, uma área de depressão relativa. O município sertanejo de Triunfo é a cidade mais alta de Pernambuco (1.004 m), e onde localiza-se o segundo ponto mais alto do estado, o Pico do Papagaio (1.185 m). https://pt.wikipedia.org/wiki/Baixadas_Litor%C3%A2neas_do_Nordeste https://pt.wikipedia.org/wiki/Planalto_da_Borborema https://pt.wikipedia.org/wiki/Planalto_da_Borborema https://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_Sertaneja https://pt.wikipedia.org/wiki/Litoral https://pt.wikipedia.org/wiki/Baixadas_Litor%C3%A2neas_do_Nordeste https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADvel_do_mar https://pt.wikipedia.org/wiki/Plan%C3%ADcie https://pt.wikipedia.org/wiki/Recife https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaboat%C3%A3o_dos_Guararapes https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaboat%C3%A3o_dos_Guararapes https://pt.wikipedia.org/wiki/Planalto_da_Borborema https://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_da_Mata https://pt.wikipedia.org/wiki/Agreste https://pt.wikipedia.org/wiki/Planalto_da_Borborema https://pt.wikipedia.org/wiki/Brejo_da_Madre_de_Deus https://pt.wikipedia.org/wiki/Pico_da_Boa_Vista https://pt.wikipedia.org/wiki/Sert%C3%A3o_brasileiro https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_S%C3%A3o_Francisco https://pt.wikipedia.org/wiki/Triunfo_(Pernambuco) https://pt.wikipedia.org/wiki/Pico_do_Papagaio_(Pernambuco) ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com https://pt.slideshare.net/timedianeira/geo-h-e7ocap10nordeste As principais unidades do relevo de Pernambuco são identificadas como: Planícies Costeiras; Tabuleiros Costeiros; Colinas da Zona da Mata; Planalto da Borborema; Depressão Sertaneja; Planalto da Bacia do Jatobá; Maciços Residuais; Chapada do Araripe. Estado de Pernambuco – Mapa Hipsométrico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mapa_Hipsom%C3%A9trico_do_estado_de_Pernambuco,_Brasil.svg Planície Costeira – é uma área plana e baixa que acompanha a orla marítima, contudo, para o interior do Estado através de alguns vales fluviais, como os dos rios Goiana, Capibaribe, Beberibe e Una. Essa planície foi originada durante o Quaternário por processos de sedimentação marinha e em alguns trechos por deposição fluvial. Estão presentes nesse compartimento de relevo: restingas, lagoas, lagunas, terraços marinhos e terraços fluviais. Tabuleiros Costeiros – são feições de relevo de topo plano que se desenvolvem em terrenos sedimentares. Os tabuleiros costeiros acham-se entalhados pelos rios que compõem as bacias fluviais costeiras. Formados por sedimentos arenosos e argilo-arenosos do Grupo Barreira. Colinas da Zona da Mata – presentes em terrenos cristalinos da porção Oriental do Estado. Construídos por processos de erosão fluvial causados por condições ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com climáticas úmidas. Os topos dessas colinas podem ser planos ou ligeiramente ondulados. Encontram-se mais desenvolvidos no Sul da Zona da Mata. Planalto da Borborema – é um conjunto de maciços de blocos falhados e dobrados que se estende desde o Estado de Alagoas ao Estado do Rio Grande do Norte. Em Pernambuco, apresenta altitudes complexas entre 500 a 800 metros. Em algumas áreas, como em Garanhus, são encontrados restos de um antigo relevo sobre a superfície aplainada da Borborema, com altitudes que superam 1.000 metros, denominadas de superfícies de cimeiras. Depressão Sertaneja – denominado também de Depressão Semi-árida. Caracteriza-se por apresentar uma topografia plana, elaborado no passado por processos erosivos desencadeados durante épocas mais secas. Apresenta altitudes que varia entre 400 e 500 metros. Possui relevos residuais que recebem as denominações de Inselbergues. Essa área apresenta uma série de problemas ambientais como; chuvas concentradas num curto período do ano, maior estação seca, elevadas taxas de evaporação, secas periódicas e salinização das águas do solo. Planalto da Bacia do Jatobá – planalto sedimentar com topo plano e encostas íngremes e recortadas. Estende-se no sentido sudoeste-nordeste, desde o rio São Francisco até as proximidades de Arcoverde. Suas altitudes variam de 500 a 800 metros. Maciços Residuais – são compartimentos de relevo mais elevados desenvolvido e rochas mais resistentes à erosão, sendo encontrados dispersos sobre a Depressão Sertaneja. Toma-se por exemplo o maciço de Triunfo, na divisa com a Paraíba com altitude máxima a cima de 1.000 metros. Chapada do Araripe – relevo tabular encontrado na bacia sedimentar do Araripe que apresenta extensão de leste-oeste de 180 km. Possui altitude entre 600 a 900 metros, aproximadamente com topo plano e encostas escarpadas. CLIMA O estudo do clima pressupõe a análise de fatores geográficos estáticos como: relevo (altitude), altitude, distância do mar e correntes marinhas, e de fatores dinâmicos relacionados à circulação atmosférica, ou seja, massas de ar e frentes. Esses fatores modificam consideravelmente os elementos climáticos (temperatura do ar, pressão atmosférica, precipitações, etc.). Em Pernambuco, existem climas de três zonas: A, B e C. A – Climas tropicais chuvosos (Florestas). B – Climas quentes e secos (Caatingas). C – Engloba os climas mesotérmicos úmidos. Conforme classificação de Köpper, que adicionou vários subtipos climáticos, adicionando letras minúsculas e símbolos a cada letra maiúscula que indica a zona climática considerada. Dessa forma existem em Pernambuco os seguintes tipos de clima: As’ onde A = clima quente e úmido; s’ = com chuvas de outono-inverno. BSh onde B = clima seco: S = de estepe, h = de baixas altitudes. Associados ao BSh estão os subtipos: ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com BShs’, BShw e BShw’ onde s’ significa chuvas de outono e inverno; w e w’ indicam, chuvas de verão e chuvas de verão retardadas para outono. Cs’a onde C = clima mesotermico; s’ = chuvas de outono-inverno e a = verões quentes; Cw’a onde C = clima mesotérmico; w’ = chuvas de verão retardadas para outono e a = verões quentes. ANDRADE, Manuel Correia de Oliveira. Atlas Geográfico de Pernambuco: Espaço Geo-Histórico e Cultural. 2ª Ed. João Pessoa: Grafset, 2003. Os climas dominantes em Pernambuco segundo a classificação de Köpper são: As’, BShs”, Cs’a e Cw’a e Aw’. As’ – clima quente e úmido com chuvas de outono-inverno, ocorre na Zona da Mata. BSh – clima seco de estepe de baixas latitudes, também chamados de semi-árido, apresenta altas temperaturas durante o ano e uma taxa anual de evaporação que excede a das precipitações. Essa classificação se subdivide em: BShs’ – com chuvas de outono-inverno, compreendendo parte do Agreste. BShw’ – com chuvas de verão-outono, compreendendo parte central do Sertão que vai do Vale do Itaparica ao Sertão do Pajeú. BSh – com chuvas de verão, compreendendo o extremo Sertão e parte do Vale do São Francisco. Cs’a – clima mesotérmico com verões quentes e chuvas de outono-inverno. Cw’a – clima mesotérmico com verões quentes e chuvas de verão-outono. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com A localização geográfica de Pernambuco por estar situado entre 7° e 9° do Equador, faixa de baixa latitude tendo as temperaturas elevadas durante praticamente todo o ano e com altas taxas de insolação, em número médio de horas entre 2.200 e 2.800 horas. O Estado não apresentas grandes altitudes superiores a 1.000 m, cujo as elevações topográficas são capazes de reduzirem os efeitos térmicos. Em razão dessa situação, Pernambuco se define como características climáticas quentes com média térmicas anuais que varia entre 20º e 26ºD. Na Zona da Mata, a temperatura anual gira em torno de 24ºC, sendo esse mesmo índice encontrado na Chapada do Araripe, Sertão do Moxotó, porém, com menor índice de umidade. As médias térmicas mais elevadas estão ao longo dos Vales do Pajeú e do São Francisco. Nas áreas de maior altitude como os Brejos, onde se apresentam as superfícies Cimeiras, ou seja, Garanhuns, Taquaritinga do Norte, poção e Triunfo, as médias térmicas anuais são mais baixas. Os sistemas atmosféricos de origem extratropical são determinantes no regime de chuvas de Pernambuco, sendo presente dentro do Estado basicamente três regimes classificados por Köpper como: w – regime de chuvas de verão, formado pela ação de massa de ar quente e úmida proveniente da Região Amazônica, ou seja, Massa Equatorial Tropical (mEC), expande-se sobre grande parte do Brasil tropical, durante o verãoresultando em chuvas convectivas em áreas que se estendem desde o sertão pernambucano até as proximidades da cidade de Arcoverde. w’ – regime de chuvas de verão-outono, ocorrido em consequência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Sistema de ar quente e úmido que se forma nas zonas de baixa pressões equatoriais, formando chuvas convectivas no final do verão e início de outono na região do semiárido pernambucano, nas microrregiões de Pajéu, do Salgueiro e do Sertão d Moxotó. s’ – regime de chuvas de outono-inverno, provocado pela ação da Frente Polar Antlântica (FPA) e pelas Ondas de Leste. A FPA atua com maior intensidade na frente Oriental de Pernambuco durante o inverno, podendo ser observadas também durante o outono. As Ondas de Leste, representadas por grandes massas de nuvens que se formam sobre o oceano Atlântico e avançam de leste para oeste, no outono e no inverno, meses de março a julho, sobre a Zona da Mata pernambucana, provacando fortes chuvas. Em situações especiais, as Onda de Leste podem chegar até o Agreste do Estado. Os maiores valores médios anuais de chuvas de Pernambuco são verificados na Zona da Mata em destaque a Sul com índices superiores a 1.800 mm, podendo em alguns municípios chegar até a 2.000 mm/ano, como no caso de Barreiros. No semiárido pernambucano as precipitações anuais são iguais ou inferiores a 800 mm, sendo as áreas mais secas com a média de 400 mm/ano, como as dos Vales do São Francisco e do Sertão do Pajéu. Entretanto, são encontrados no semiárido, as “ilhas de umidade”, ou Brejos, com faixa de chuvas entre 900 mm a 1.000 mm/ano. POLIGONO DAS SECAS EM PERNAMBUCO O Polígono das Secas é um território reconhecido pela legislação como sujeito a períodos críticos de prolongadas estiagens. Recentemente as Áreas Susceptíveis à Desertificação –SAD, passaram a ser denominadas por força de convenções internacionais (Convenção de Nairóbi), de Semiárido Brasileiro. Compreende os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e extremo norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. O Polígono das Secas compreende uma divisão regional efetuada em termos político-administrativos dentro da zona semiárida, apresentando diferentes zonas geográficas com distintos índices de aridez, indo desde áreas com características estritamente ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com de seca, com paisagem típica de semideserto a áreas com balanço hídrico positivo, como a região de Gilbués, no Piauí. Poligono das secas https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/seca-no-nordeste-desmatamento-e-politcas-ineficazes-sao- agravantes.htm O Semiárido corresponde a uma das seis grandes zonas climáticas do Brasil. Abrange as terras interiores à isoieta anual de 800 mm. Compreende os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o extremo norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, ou seja, até o que foi legalmente definido como pertencente ao Polígono das Secas. Caracteriza-se basicamente pelo regime de chuvas, definido pela escassez, irregularidade e concentração das precipitações pluviométricas num curto período de cerca de três meses, durante o qual ocorrem sob a forma de fortes aguaceiros, de pequena duração; tem a Caatinga como vegetação predominante e apresenta temperaturas elevadas. Em Pernambuco, a seca presente no clima semiárido, acarreta a falência de safras agrícolas e sérios prejuízos à pecuária. É, portanto, um fato natural com sérias repercussões socioeconômicas. Os percentuais de incidência de secas em Pernambuco se dividem em; - 0 a 20%, na Zona da Mata; - 21 a 80%, no Agreste; - 81 a 100%, no Sertão. https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/seca-no-nordeste-desmatamento-e-politcas-ineficazes-sao-agravantes.htm https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/seca-no-nordeste-desmatamento-e-politcas-ineficazes-sao-agravantes.htm ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Mapeamento de incidência de Secas http://g1.globo.com/ceara/noticia/2017/02/seca-alivia-no-noroeste-do-ceara-mas-avanca-no-baixo-jaguaribe.html HIDROGRAFIA DE PERNAMBUCO Pernambuco dispõe de 13 grandes bacias hidrográficas, além de seis bacias de pequenos rios litorâneos e oito bacias dos chamados rios interiores. As 13 grandes bacias são formadas pelos rios: Capibaribe, Goiana, Ipojuca, Sirinhaém, Una, Ipanema, Mundaú, Moxotó, Pajeú, Terra Nova, Brígida, da Garça e do Pontal. O mais importante de todos esses é o Capibaribe, que banha, inclusive, a capital Recife. Bacias Hidrográficas de Pernambuco https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Unidades-de-planejamento-hidrico-do-estado-de-Pernambuco-Fonte- Adaptado-da_fig1_317412258 ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com Além dessas bacias hidrográficas, alguns municípios pernambucanos são cortados pelo Rio São Francisco, o mais importante do Nordeste. Geograficamente, nossos cursos d'água são divididos em rios litorâneos (que nascem no Planalto da Borborema e deságuam no Oceano Atlântico) e rios sertanejos que, em geral, deságuam no Rio São Francisco. Os regimes dos rios em Pernambuco são bastante irregulares. Assim os da Zona da Mata são perenes, apresentando uma grande diferença nos volumes de água entre a estação chuvosa. O rio Capibaribe que corta a cidade do Recife, em determinados períodos ameaça a Capital quando chovia com grande intensidade em suas cabeceiras, aumentando seu volume causando transbordamento e inundando a cidade. Problema esse solucionando com a construção de barragens de Tapacurá, Carpina e Goitá. No Agreste, os rios são temporários, sendo constatados pela forma de leito onde os habitantes cavam cacimbas a fim de obterem a agua do lençol freático. A principal rio que atende o Estado é o São Francisco, sendo ele um dos mais importantes do Brasil com extensão de 3.100 km, compreendendo uma bacia hidrográfica de 670.000 km², distribuída entre os estados das Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Em seu percurso se encontra as usinas hidrelétricas Três Marias em Minas Gerais, de Sobradinho na Bahia, Paulo Afonso entre Bahia e Alagoas e Xingo entre Sergipe e Alagoas, formando importante sistema gerador de energia que atende boa parte do Nordeste, gerenciado pela CHESF – Companhia Hidrelétrica do São Francisco. Bacia Hidrográfica do São Francisco http://www.observatoriodasaguas.org/publicacoes/id- 743711/governanca_das_aguas_no_brasil__a_aplicacao_da_politica_nacional_de_recursos_hidricos_e_seus_impacto s_no_territorio_da_bacia_do_rio_sao_francisco ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL – ADVOGADO JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES BR 101 Sul, Km 78 s/n - Esquina com a Rua Boanerges Pereira, Jardim Jordão - Jaboatão dos Guararapes – PE – (81) 3181.2971 PROFESSOR: SERGIO LUIZ BEZERRA – prof.sergio.geo.ffpnm@gmail.com VEGETAÇÃO As formações vegetais de Pernambuco são classificadas por; Floresta Subperenifólia – formação vegetal densa, composta de árvore de grande porte (20 a 30 metros), latifoliada (folhas largas e compridas), característica da Zona da Mata; Floresta Subcaducifólia – característica de Mata Seca, com árvore de grande porte, latifoliada, muitas mesmo durante o período seco; Floresta Caducifólia – com
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