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APG - Gravidez na adolescência

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Rebeca Noronha -Medicina 
APG – GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
Os órgãos do sistema genital feminino incluem os ovários (gônadas femininas); 
as tubas uterinas; o útero; a vagina; e órgãos externos, que são coletivamente 
chamados de pudendo feminino (vulva). As glândulas mamárias são 
consideradas parte do tegumento e do sistema genital feminino. 
Os ovários produzem gametas, os oócitos secundários que se desenvolvem em 
óvulos maduros após a fertilização, e hormônios, incluindo a progesterona e os 
estrogênios, a inibina e a relaxina. São homólogas aos testículos (têm a mesma 
origem embrionária.). 
As tubas uterinas transportam um oócito secundário para o útero e, 
normalmente, é onde ocorre a fertilização. 
O útero serve como parte da via para o espermatozoide depositado na vagina 
alcançar as tubas uterinas. É também o local da implantação de um óvulo 
fertilizado, desenvolvimento do feto durante a gestação e trabalho de parto. 
Durante os ciclos reprodutivos, quando a implantação não ocorre, o útero é a 
fonte do fluxo menstrual. 
A vagina é o receptáculo para o pênis durante a relação sexual, a saída para 
o fluxo menstrual e a via de passagem para o parto. 
As glândulas mamárias sintetizam, secretam e ejetam leite para a alimentação 
do recém-nascido. 
O termo pudendo feminino refere-se aos órgãos genitais externos da mulher. 
Rebeca Noronha -Medicina 
 
Pudendo feminino: 
 
 
Rebeca Noronha -Medicina 
ALTERAÇÕES DURANTE A GRAVIDEZ 
Perto do final do terceiro mês de gestação, o útero ocupa a maior parte da 
cavidade pélvica. À medida que o feto continua crescendo, o útero se estende 
mais e mais para dentro da cavidade abdominal. Perto do final de uma 
gestação a termo, o útero preenche quase toda a cavidade abdominal, 
chegando até acima da margem costal, quase até o processo xifoide do esterno. 
Ele desloca o intestino, o fígado e o estômago maternos superiormente, 
eleva o diafragma e amplia a cavidade torácica. A compressão do estômago 
pode forçar o seu conteúdo para o esôfago superiormente, resultando em 
pirose. Na cavidade pélvica, ocorre compressão dos ureteres e da bexiga 
urinária. Também ocorrem alterações fisiológicas induzidas pela gestação, 
incluindo o ganho de peso decorrente do feto, líquido amniótico, placenta, 
útero aumentado e elevação na água corporal total; aumento no 
armazenamento de proteínas, triglicerídios e minerais; acentuado aumento 
das mamas, em preparação para a lactação, e lombalgia decorrente da 
hiperlordose lombar. 
Ocorrem várias alterações no sistema circulatório materno. O volume sistólico 
aumenta aproximadamente 30% e o débito cardíaco se eleva em 20 a 30%, em 
decorrência do aumento do fluxo sanguíneo para a placenta materna e aumento 
do metabolismo. 
A frequência cardíaca aumenta 10 a 15% e o volume de sangue sofre um 
acréscimo de 30 a 50%, principalmente durante a segunda metade da gestação. 
Estes aumentos são necessários para atender à demanda adicional do feto por 
nutrientes e oxigênio. 
Quando uma gestante está em decúbito dorsal, o útero aumentado pode 
comprimir a aorta, resultando em diminuição do fluxo sanguíneo para o útero. 
A compressão da veia cava inferior também diminui o retorno venoso, o que 
leva a edema nos membros inferiores e veias varicosas. 
A compressão da artéria renal pode levar a hipertensão renal. 
A função respiratória também é alterada durante a gestação para atender à 
demanda adicional do feto por oxigênio. O volume corrente pode aumentar, o 
Rebeca Noronha -Medicina 
volume de reserva expiratória pode ser reduzido, a capacidade residual funcional 
pode diminuir, a ventilação minuto (o volume total de ar inspirado e expirado a 
cada minuto) pode aumentar, a resistência das vias respiratórias na árvore 
bronquial pode diminuir e o consumo total de oxigênio do corpo pode aumentar. 
Também ocorre dispneia (dificuldade para respirar). 
As gestantes apresentam aumento do apetite em decorrência das demandas 
nutricionais adicionais do feto. A diminuição geral da motilidade do sistema 
digestório pode causar constipação intestinal, retardo do esvaziamento 
gástrico e provocar náuseas, vômitos e pirose. 
A compressão da bexiga pelo útero ampliado pode produzir sintomas urinários, 
como polaciuria, urgência para urinar e incontinência urinária de esforço. 
Um aumento no fluxo plasmático renal e um aumento na taxa de filtração 
glomerular elevam a capacidade de filtração renal, o que possibilita a eliminação 
mais rápida dos resíduos adicionais produzidos pelo feto. 
As alterações na pele durante a gestação são mais evidentes em algumas 
mulheres do que em outras. Algumas mulheres apresentam aumento na 
pigmentação ao redor dos olhos e na região malar em um padrão semelhante a 
máscara (cloasma), nas aréolas das mamas e na linha alba do abdome inferior 
(linha nigra). Podem ocorrer estrias no abdome conforme o útero aumenta de 
tamanho, e a queda de cabelo aumenta. 
As alterações no sistema genital incluem edema e aumento da 
vascularização do pudendo feminino e aumento na flexibilidade e 
vascularização da vagina. A massa do útero aumenta, por causa da 
hiperplasia das fibras musculares do miométrio no início da gestação e da 
hipertrofia das fibras musculares durante o segundo e terceiro trimestres de 
gestação. 
 
Rebeca Noronha -Medicina 
Hormônios da gestação: 
Durante os primeiros 3 a 4 meses de gestação, o corpo lúteo no ovário 
continua secretando progesterona e estrogênios, que mantêm o 
revestimento do útero durante a gestação e prepara as glândulas mamárias para 
secretar leite. As quantidades secretadas pelo corpo lúteo, no entanto, são 
apenas um pouco maiores do que as produzidas após a ovulação em um ciclo 
menstrual normal. A partir do terceiro mês até o restante da gestação, a própria 
placenta fornece os níveis elevados necessários de estrogênios e 
progesterona. 
Como observado anteriormente, o cório da placenta secreta gonadotropina 
coriônica humana (hCG) no sangue. Por sua vez, a hCG estimula o corpo lúteo 
a continuar a produção de progesterona e estrogênios – uma atividade 
necessária para evitar a menstruação e continuar a inserção do embrião e do 
feto ao revestimento do útero. No oitavo dia após a fertilização, o hCG pode ser 
detectado no sangue e na urina de uma mulher grávida. O pico de secreção de 
hCG ocorre por volta da nona semana de gestação. Durante o quarto e o quinto 
mês de gestação, os níveis de hCG diminuem acentuadamente e, em seguida, 
zeram até o parto. 
O cório começa a secretar estrogênios após as primeiras 3 ou 4 semanas de 
gestação e progesterona por volta da sexta semana. Esses hormônios são 
secretados em quantidades crescentes até o momento do nascimento. 
Por volta do quarto mês de gestação, quando a placenta está totalmente 
estabelecida, a secreção de hCG é muito reduzida, e as secreções do corpo 
lúteo já não são essenciais. Um nível elevado de progesterona garante que o 
miométrio uterino esteja relaxado e que o colo do útero esteja firmemente 
fechado. 
Após o parto, os estrogênios e a progesterona no sangue diminuem até os níveis 
normais. A relaxina, um hormônio produzido inicialmente pelo corpo lúteo do 
ovário e depois pela placenta, aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e dos 
ligamentos das articulações sacroilíaca e sacrococcígea e ajuda a dilatar o colo 
do útero durante o trabalho de parto. Ambas as ações facilitam o nascimento do 
recém-nascido. O terceiro hormônio produzido pelo cório da placenta é o 
Rebeca Noronha -Medicina 
lactogênio placentário (LP). A taxa de secreção de LP aumenta em proporção 
à massa placentária, alcançando níveis máximos após 32 semanas e 
permanecendo relativamente constante depois disso. Acredita-se que ajude a 
preparar as glândulas mamárias para a lactação, aumente o desenvolvimento 
materno pela elevação na síntese de proteínas, e regule determinadosaspectos 
do metabolismo, tanto da mãe quanto do feto. 
O hormônio mais recentemente encontrado como sendo produzido pela placenta 
é o hormônio liberador da corticotropina (HLC), que em não grávidas é 
secretado apenas pelas células neurossecretoras do hipotálamo. Atualmente se 
acredita que o HLC faça parte do “relógio” que determina o momento do 
nascimento. As mulheres que têm altos níveis de HLC no início da gestação têm 
maior probabilidade de dar à luz prematuramente; aquelas que têm níveis baixos 
são mais propensas a dar à luz após a sua data estimada de parto. O HLC 
produzido pela placenta tem um segundo efeito importante: aumenta a secreção 
de cortisol, que é necessário para a maturação dos pulmões do feto e para a 
produção de surfactante. 
 
Rebeca Noronha -Medicina 
 
MÉTODOS DE CONTROLE DE NATALIDADE: 
Esterilização cirúrgica: A esterilização é um procedimento que torna um 
indivíduo incapaz de se reproduzir. O principal método para a esterilização dos 
homens é a vasectomia, em que uma parte de cada ducto deferente é removida. 
A esterilização em mulheres na maior parte das vezes é conseguida por meio de 
esterilização tubária, em que ambas as tubas uterinas são suturadas e então 
seccionadas. 
Esterilização histeroscópica: A esterilização histeroscópica é uma alternativa 
para a esterilização tubária. Tal como acontece na esterilização tubária, o oócito 
secundário não consegue passar pelas tubas uterinas, e o espermatozoide não 
alcança o oócito. 
MÉTODOS HORMONAIS: 
Os contraceptivos orais contêm hormônios destinados a evitar uma gravidez. 
Alguns, chamados de contraceptivos orais combinados (COC), contêm 
progestina (hormônio com ações semelhantes às da progesterona) e 
estrogênios. A ação primária dos COC é inibir a ovulação pela supressão das 
gonadotropinas FSH e LH. Os baixos níveis de FSH e LH normalmente evitam 
o desenvolvimento de um folículo dominante no ovário. Como resultado, os 
níveis de estrogênios não sobem, o pico de LH de meio de ciclo não ocorre, e 
não há ovulação. Mesmo que a ovulação ocorra, como acontece em alguns 
Rebeca Noronha -Medicina 
casos, os COC também podem bloquear a implantação no útero e inibir o 
transporte de óvulos e espermatozoides nas tubas uterinas. 
As progestinas engrossam o muco cervical e dificultam a entrada do 
espermatozoide no útero. Os comprimidos contendo apenas progestina 
tornam o muco cervical mais espesso e podem bloquear a implantação no 
útero, mas não inibem consistentemente a ovulação. 
A seguir estão diversas variações de métodos hormonais orais de 
contracepção: 
Anovulatório combinado: Contém progestina e estrogênios e, tipicamente, é 
administrado 1 vez/dia durante 3 semanas para evitar a gestação e regular o 
ciclo menstrual. Os comprimidos tomados durante a 4 a semana são inativos 
(não contêm hormônios) e possibilitam que ocorra a menstruação. 
Anticoncepcional de ciclo prolongado: Contendo tanto progestina quanto 
estrogênios, o anticoncepcional de ciclo prolongado é ingerido 1 vez/dia em 
ciclos de 3 meses, com 12 semanas de comprimidos contendo hormônios 
seguidas por 1 semana de comprimidos inativos. A menstruação ocorre durante 
a 13 a semana. 
Minipílula: Contém apenas progestina em baixas doses e é ingerida todos os 
dias do mês. 
Métodos hormonais não orais de contracepção: 
Adesivo anticoncepcional: contém progestina e estrogênios entregues em um 
adesivo de pele colocado na parte superior externa do braço, costas, abdome ou 
nádegas 1 vez/semana durante 3 semanas. Depois de 1 semana, o adesivo é 
removido de um local e, em seguida, um novo é colocado em outro lugar. 
Durante a 4 a semana, não é colocado nenhum adesivo. 
 
Rebeca Noronha -Medicina 
Anel vaginal contraceptivo: Um anel flexível em forma de rosca de 
aproximadamente 5 cm de diâmetro, o anel vaginal contraceptivo contém 
estrogênios e progesterona e é inserido pela própria mulher na vagina. É deixado 
na vagina durante 3 semanas para evitar a concepção e, em seguida, removido 
por 1 semana para possibilitar a menstruação. 
 
Contracepção de emergência (CE): A CE, também conhecida como pílula do 
dia seguinte, consiste em progesterona e estrogênio ou progesterona sozinha 
para prevenir a gestação após uma relação sexual desprotegida. Os níveis 
relativamente altos de progesterona e estrogênios nesses comprimidos 
levam à inibição da secreção de LH e FSH. A perda dos efeitos estimulantes 
destes hormônios gonadotróficos faz com que os ovários parem de secretar seus 
próprios estrogênios e progesterona. Por sua vez, os níveis decrescentes de 
estrogênios e progesterona levam à descamação do revestimento uterino, 
bloqueando assim a implantação. Um comprimido é tomado o mais rapidamente 
possível, nas primeiras 72 h após a relação sexual desprotegida. O segundo 
comprimido deve ser ingerido 12 h após o primeiro. Os comprimidos funcionam 
do mesmo modo que os anticoncepcionais comuns. 
Injeções de hormônio: Consistem em progestinas administradas por via 
intramuscular por um profissional da saúde, uma vez a cada 3 meses. 
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS: 
O DIU impede que a fertilização ocorra, bloqueando a entrada dos 
espermatozoides nas tubas uterinas. 
Rebeca Noronha -Medicina 
 
ESPERMICIDAS: 
Várias espumas, cremes, géis, supositórios e duchas que contêm agentes que 
matam os espermatozoides, ou espermicidas, tornam a vagina e o colo do útero 
desfavoráveis para a sobrevivência do espermatozoide e estão disponíveis para 
venda sem receita médica. Eles são colocados na vagina antes da relação 
sexual. Um espermicida é mais efetivo quando combinado com um método de 
barreira, como o preservativo masculino, o preservativo feminino, o diafragma ou 
o capuz cervical. 
MÉTODOS DE BARREIRA: 
Os métodos de barreira usam uma barreira física e são projetados para impedir 
o espermatozoide de acessar a cavidade uterina e as tubas uterinas. Além de 
evitar a gravidez, alguns métodos de barreira (preservativos masculino e 
feminino) também podem fornecer alguma proteção contra as IST, como a 
AIDS. Em contrapartida, os contraceptivos orais e o DIU não conferem essa 
proteção. 
O preservativo masculino é um revestimento de látex não poroso colocado 
sobre o pênis que impede a deposição de espermatozoides no sistema genital 
feminino. 
 
Rebeca Noronha -Medicina 
O preservativo feminino é projetado para evitar que os espermatozoides 
entrem no útero. É feito com dois anéis flexíveis ligados por uma bainha de 
poliuretano. Um anel encontra-se no interior da bainha e é inserido de modo a 
ajustar-se no colo do útero; o outro anel permanece fora da vagina e recobre os 
órgãos genitais externos femininos. 
 
O diafragma é uma estrutura de borracha em forma de cúpula que se encaixa 
sobre o colo do útero e é usado em conjunto com um espermicida. Ele pode ser 
inserido pela mulher até 6 h antes da relação sexual. O diafragma impede que a 
maior parte dos espermatozoides passe para o colo do útero e o espermicida 
mata os espermatozoides que sobrevivem. Embora o uso do diafragma diminua 
o risco de algumas IST, ele não protege totalmente contra a infecção pelo HIV, 
porque a vagina ainda está exposta. 
 
O capuz cervical se assemelha a um diafragma, mas é menor e mais rígido. Ele 
se encaixa confortavelmente sobre o colo do útero e deve ser colocado por um 
profissional de saúde. Espermicidas devem ser usados com o capuz cervical. 
 
Rebeca Noronha -Medicina 
ABSTINÊNCIA PERIÓDICA 
Um casal pode usar seu conhecimento das alterações fisiológicas que ocorrem 
durante o ciclo reprodutivo feminino para decidir se abster de relações naqueles 
dias em que a gravidez é provável, ou planejar a relação sexual nesses dias se 
quiserem conceber uma criança. Em mulheres com ciclos menstruais normais e 
regulares, estes eventos fisiológicos ajudam a prever odia em que é provável 
que a ovulação ocorra. 
Método rítmico: Trata-se de se abster de atividade sexual nos dias em que é 
provável que a ovulação ocorra em cada ciclo reprodutivo. Durante este período 
(3 dias antes da ovulação, o dia da ovulação e 3 dias após a ovulação) o casal 
abstém-se de relações sexuais. A efetividade do método rítmico é insatisfatória 
em muitas mulheres, em decorrência da irregularidade do ciclo reprodutivo 
feminino. 
 
Método sintotérmico: são usados marcadores fisiológicos normalmente 
flutuantes para determinar a ovulação, como o aumento da temperatura basal do 
corpo e a produção de muco cervical elástico claro abundante, semelhante a 
clara de ovo crua. Esses indicadores fornecem um sistema de dupla verificação 
pelo qual uma mulher sabe se está ou não no período fértil. A relação sexual é 
evitada durante o período fértil para evitar uma gravidez. 
 
Rebeca Noronha -Medicina 
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) 
estabelecem a adolescência como o período entre 10 e 19 anos, fase em que 
ocorrem várias transformações e modificações psicológicas e no crescimento. 
Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069, considera 
criança, a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescentes aquelas 
entre 12 e 18 anos de idade. 
A gravidez precoce e não planejada pode resultar em sobrecarga psíquica, 
emocional e social para o desenvolvimento da adolescente, contribuindo 
para alterações no seu projeto de vida futura, assim como na perpetuação 
do ciclo de pobreza, educação precária, falta de perspectiva de vida, lazer 
e emprego e, consequentemente, na busca de melhores condições de vida. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta faixa etária 
é uma condição que eleva a prevalência de complicações maternas, fetais 
e neonatais, além de agravar problemas socioeconômicos existentes. 
Como em outras condições de saúde, o prognóstico da gravidez na adolescência 
depende da interação de fatores biológicos, sociais, psicológicos, culturais e 
econômicos. 
Em 2015, 18% dos brasileiros nascidos vivos eram filhos de mães adolescentes. 
Quanto à distribuição demográfica, a região com maior número de mães 
adolescentes é a região Nordeste. 
Diversos fatores concorrem para a gestação na adolescência. No entanto, a 
desinformação sobre sexualidade, sobre direitos sexuais e reprodutivos é 
o principal motivo. Questões emocionais, psicossociais e contextuais também 
contribuem, inclusive para a falta de acesso à proteção social e ao sistema de 
saúde, incluindo o uso inadequado de contraceptivos, como métodos de barreira 
e preservativos. Existem outras causas inerentes ao desenvolvimento psíquico 
ou fatores culturais, tais como pensamentos mágicos e inconscientes de ser 
amado/a ou de ser conquistado/a como reflexo dos papéis estereotipados e 
veiculados pelas mídias e sociedade em geral, muitas vezes envolvendo 
romance e violência. A falta de um projeto de vida e expectativas de futuro, 
educação, pobreza, famílias disfuncionais e vulneráveis, abuso de álcool e 
Rebeca Noronha -Medicina 
outras drogas, além de situações de abandono, abuso/violência e a falta de 
proteção efetiva às crianças e aos adolescentes, também fazem parte desse 
quadro. Ocorre também a adoção do RN pelos avós ou familiares, como 
substitutos da maternagem do RN e retirando esse direito dessas adolescentes. 
Ou ainda o RN é deixado em abrigo para adoção. Muitas vezes, a gravidez é 
desejada pela jovem, inclusive como uma resposta ao meio que a circunda 
ou como forma de exercer a sexualidade, de ser incluída e aceita 
socialmente. Ou ainda por gerar benefícios financeiros futuros para a 
família. Todos esses fatores também contribuem para a reincidência da gravidez 
ainda na adolescência. Maternidade e paternidade são momentos do ciclo de 
vida familiar que exigem responsabilidades legais e socioeconômicas perante o 
filho gerado, além da obrigação de responder pela ação própria. Muitas vezes, 
isso não acontece ou é dificultado na adolescência, seja por sua imaturidade ou 
pela falta de independência, causando mais riscos que resultam no abandono 
do RN não desejado e não programado ou pelo número elevado de 
abortamentos realizados e assim pela perpetuação da exclusão social. 
As complicações e gravidade da gestação correlacionam-se à idade da 
adolescente (maiores riscos para meninas com menos de 16 anos, 
especialmente menores de 14 anos, ou com menos de dois anos da 
menarca/primeira menstruação), paridade, início e aderência ao pré-natal, 
ganho de peso e aspectos nutricionais. Não se pode esquecer a influência de 
fatores psicossociais como a presença ou ausência do apoio familiar, apoio 
ou não de companheiro/ pai do RN, e fatores ambientais como acesso aos 
cuidados básicos em saúde, forças que exercem variações nos resultados 
da gestação, como no peso, na prematuridade e outros achados neonatais, 
além das complicações maternas obstétricas do parto e pós-parto. 
Rebeca Noronha -Medicina 
 
 
– A Lei 7398/2019, que acrescenta o artigo 8°A ao ECA (Estatuto da Criança e 
do Adolescente), para instituir a Semana de Prevenção de Gravidez na 
Adolescência é mais uma das ações preventivas de gravidez inesperada, 
visando a proteção da vida da jovem adolescente. Essas iniciativas ocorrerão 
Rebeca Noronha -Medicina 
nos primeiros dias de fevereiro e serão de responsabilidade do poder público em 
conjunto com a sociedade civil. 
 
 
 
 
Rebeca Noronha -Medicina 
Referências: 
Sociedade Brasileira de Pediatria. Prevenção de Gravidez na Adolescência. Guia prático de 
atualização. Janeiro de 2019. 
RIBEIRO, Wanderson Alves et al. A gravidez na adolescência e os métodos contraceptivos: a 
gestação e o impacto do conhecimento. Nursing (São Paulo), v. 22, n. 253, p. 2990-2994, 2019. 
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo Humano-: Fundamentos de Anatomia e 
Fisiologia. Artmed Editora, 2016.

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