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Infecções de Vias aéreas Superiores Síndrome do resfriado comum Processo inflamatório que acomete nariz, seios paranasais e faringe Pode ser vários tipos de vírus →Mais comuns: Vírus Sincicial Respiratório Rinovírus Coronavírus →Menos comuns: Parainfluenza Adenovírus Enterovírus Transmissão A transmissão normalmente ocorre por via direta • Gotículas de secreção nasal ou oral (tosse ou espirros) • Contaminação através das mãos ou fômites (menos frequente) Fisiopatologia Causa lesão epitelial, que causa edema, o edema reduz o clearence mucociliar, lesão celular causa destruição da camada basal, isso aumenta as bradicininas e citocinas (mediadores inflamatórios), com isso leva ao aparecimento dos sintomas. Quadro Clínico • Febre • Coriza nasal fluida e hialina • Obstrução nasal • Lacrimejamento ocular • Mal estar geral • Inapetência • Mialgia • Dor de garganta • Tosse e espirro Fácies “Gripal”: • Olhos congestos e lacrimejantes • Nariz avermelhado e edemaciado • Respiração bucal • Aspecto de prostração • Obstrução nasal: voz anasalada, prejuízo da alimentação e do sono. Exame físico • Mucosa nasal e faríngea hiperemiadas • Aspecto congesto das membranas timpânicas Evolução • É uma doença benigna e autolimitada • Sintomas duram de 3 a 5 dias Complicações Infecções bacterianas secundárias: • Faringotonsilite • Rinossinusite • Otite média aguda • Celulite periorbitária • Laringite aguda Extensão do processo viral às vias aéreas inferiores causando: • Traqueobronquite • Bronquiolite • Pneumonia Tratamento Sintomáticos: • Analgésico e antitérmico • Fluidificar secreções nasais: solução fisiológica nasal • Aumentar ingestão de líquidos manter aleitamento materno • Retornar em caso de piora Retornar em caso de • Persistência da febre (mais de 3 dias) • Recusa alimentar • Sonolência • Convulsão • Estridor inspiratório • Taquipnéia ou dificuldade respiratória • Sibilância Influenza •Gripe • Causada pelo vírus da influenza (A, B ou C) • Grande variação antigênica • Capacidade de mutação em novos subtipos • Infecções periódicas – sazonalidade Transmissão • Gotículas de secreção eliminadas pela tosse • Permanecem em suspensão no ar por várias horas • Podem atingir vias aéreas inferiores Quadro Clínico • Período prodrômico: 2 a 3 dias • Sinais e sintomas mais graves em relação ao resfriado comum • Comprometimento do estado geral, das vias aéreas superiores e inferiores Quadro Clínico (Lactentes): • febre • coriza • tosse • obstrução nasal • anorexia • dor de garganta • adenites cervicais • vômito e diarréia Quadro Clínico (Crianças maiores): • febre alta • calafrios • fácies congestionada • cefaleia • dor de garganta • mialgia • mal estar geral • tosse • coriza • obstrução nasal Tratamento • Analgésico/ antitérmico • Hidratação • Desobstrução nasal • Repouso • Antiviral • Prevenção • Vacinas seguras e efetivas TRATAMENTO ANTIVIRAL Tamiflu Caso suspeito ou confirmado de influenza pandêmica Infecção Aguda da Faringe Epidemiologia • Faringotonsilites - inflamação do tecido linfóide VADS • duração média – 5 a 10 dias • baixa incidência em crianças < 1 ano e aumento após os dois anos • estações frias do ano • 75% das FT são causadas por vírus • Das FT bacterianas, o GABHS é o mais frequente • As FT manifestam-se com quadro clínico semelhante • Sintomas: mal-estar geral, febre, adenite cervical, disfagia, dor faríngea severa • autolimitada. Faringotonsilites Virais • Cerca de 75% das FT são causadas por vírus • adenovírus; influenza A e B; Parainfluenza 1, 2 e 3; Epstein-Barr Vírus (EBV); enterovírus, Hespes Simples Vírus (HSV); rhinovírus; coxsacikievírus; Vírus Sincincial Respiratório (VSR) e o Reovírus • sintomas leves - dor de garganta e disfagia • febre e eritema na mucosa faríngea • tonsilas palatinas aumento de volume, sem exsudato EBV: • Febre alta, fraqueza, disfagia, odinofagia e dor intensa • Tonsilas com exsudato acinzentado • Petéquias na junção do palato duro com o palato mole • Hepatoesplenomegalia não é incomum Complicações • obstrução aérea aguda, trombocitopenia, • rash cutâneo após uso de ampicilina • ruptura de baço Herpangina mais verão cefália, vômitos, adenopatia cervical pequenas vesículas com base avermelhada, tendência a ulceração disseminam para palato, pilares e parede faríngea porém sem gengivite Coxsackie A, e provavelmente pelo Coxsackie B e Echovírus Faringotonsilites Bacterianas GABHS • Suspeita quando faringite exsudativa, linfadenite cervical anterior, dados epidemiológicos como idade e época do ano (frio) • Manifestação clássica: início súbito, cefaléia, odinofagia, eritema faringotonsilar, exsudato amarelado e adenopatia cervical dolorosa; • No entanto, somente cerca de 30% dos pacientes apresenta a doença clássica Escala de Escores • idade entre 5 e 15 anos; • estação do ano; • T> 38,2OC; • adenopatia cervical • exsudato; • ausência de sinais IVAS LARINGITES AGUDAS “ Processos inflamatórios agudos da mucosa laríngea de natureza infecciosa viral ou bacteriana, alérgica ou traumática.” Diagnóstico Diferencial • EPIGLOTITE AGUDA • LARINGOTRAQUEOBRONQUITE AGUDA • LARINGITE DIFTÉRICA • LARINGITE ESTRIDULOSA • EDEMA DE GLOTE EPIGLOTITE AGUDA • H influenzae tipo B • 3 – 6ª • estridor inspiratório • dispnéia piora decúbito, epiglote grande • sialorreia, a base da língua encosta na epiglote • evolução horas Tratamento •sempre manter ambiente hospitalar • Cefalosporina 3ª geração • Corticoterapia • IOT sn LARINGOTRAQUEOBRONQUITE AGUDA • crupe • evolução benigna • viral -> bacteriano • 6m – 3ª • estridor ins e expiratório (bifásico) • sem variação com decúbito • rouquidão e tosse LARINGITE DIFTÉRICA • C diphtheriae • secundário faringotonsilite • 1 – 8 anos • falsas membranas branco-azintentadas • odor fétido • febre baixa • toxemia, hipotensão, queda Estado Geral Forma falsas membranas que a pessoa pode morrer asfixiada Tratamento • ambiente hospitalar • Soro antidiftérico • PNC G potássica (eritromicina) • IOT ou traqueostomia SN LARINGITE ESTRIDULOSA • subglótico •Laringo espasmos •Quanto mais respira pelaboca mais a laringe fecha • RGE ? • Descarga pós-nasal • não febril • 1 – 4 anos • sufocação noturna • melhora espontânea EDEMA DE GLOTE • evolução rápida • edema difuso, mais em supra-glote • estridor e dispnéia • adolescentes e adultos • rápida • estridor bifásico • antecedentes alérgicos Tratamento • observação • adrenalina sc • corticóide ev • monitorização • IOT sn
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