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License-528106-39134-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Conceitos e fundamentação teórica da gestão estratégica Pense na seguinte situação: você é o diretor de uma empresa de comércio de eletrodomésticos. Qual será a situação de sua empresa no ano de 2023? A empresa se tornou líder de mercado ou encerrou suas operações? Você sabia que a gestão estratégica é a chave para a resposta? Sim! Ela permite que uma organização planeje seu futuro, usando ferramentas, metodologias, modelos e processos. Neste tópico, estudaremos suas características, o conceito sistêmico de gestão e as definições de planejamento e estratégia como partes integrantes desse sistema. Vamos lá? Contexto estratégico O século XXI apresentou um novo cenário para as organizações, com ambientes operacionais mais instáveis, impactados por mudanças econômicas, legais, estruturais, sociais, tecnológicas e culturais. Assim como pela dinâmica mercadológica, em que a concorrência, a cadeia de fornecimento, a força de trabalho e os clientes apresentam necessidades e expectativas crescentes em relação aos produtos, serviços e processos organizacionais. Você já analisou as mudanças ocorridas na última década no mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação? Em especial no segmento de telefonia móvel? Podemos identificar uma mudança considerável nas relações entre clientes e organizações nesse segmento, certo? Os clientes estão cada vez mais exigentes em relação à qualidade, diversidade, custo, tecnologia, pós-venda, entre diversas outras dimensões. Nesse contexto, devemos entender que uma organização é um sistema mutante e evolutivo, interdependente e inter-relacionado, pois impacta e é impactado pelos ambientes internos e externos. License-528106-39134-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Em um ambiente de atuação instável, o modelo de gestão das organizações é um dos fatores que pode garantir o desempenho e o sucesso de forma efetiva. Gestão e planejamento Para Ansoff e McDonnell (1993), a gestão é um componente crucial da capacidade organizacional de enfrentar mudanças ambientais. Você consegue imaginar o motivo? A gestão é capaz de determinar o modo pelo qual a alta administração percebe os desafios ambientais, diagnosticando impactos sobre a organização, além de decidir o que fazer e quando colocar em prática decisões importantes. Podemos definir a gestão como um processo conduzido pela alta administração, que elabora o planejamento organizacional a ser implementado pelas pessoas por meio da execução dos processos, gerando os resultados esperados pelas partes interessadas. Note que são as informações e o conhecimento da organização os responsáveis por subsidiar a análise dos resultados alcançados em relação aos planejados, permitindo a tomada de decisão, realimentando o planejamento e gerando ciclos sucessivos de gestão. Uma das principais etapas da gestão é o planejamento, em que se definem os objetivos ou resultados a serem alcançados por uma organização ou setor. Vale destacar que o macroplanejamento (conduzido pela alta administração, baseando-se na visão de futuro, de médio ou longo prazo, e considerando a organização em uma visão sistêmica) denomina-se planejamento estratégico. Na figura a seguir, podemos entender o objetivo do planejamento estratégico. License-528106-39134-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2017. O planejamento estratégico considera a organização como um todo, ou seja, um sistema, enquanto o planejamento tático ou gerencial é conduzido por departamentos, gerências ou supervisões, estabelecendo objetivos setoriais de médio ou curto prazo. O planejamento de nível operacional é conduzido pelas equipes de departamentos, gerências ou supervisões e tem como objetivo definir ações para orientar a execução das atividades de rotina. Os níveis de planejamento estratégico, tático e operacional são sinérgicos, inter-relacionados e integrados, visando à obtenção dos melhores resultados para a organização, de acordo com o que é representado na figura a seguir. License-528106-39134-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2017. O planejamento, para Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2003), permite à organização coordenar ações de forma integrada, considerando o futuro e preparando-se para o inevitável. A coordenação das ações por meio do planejamento oferece opções frente ao indesejável e possibilita controlar o controlável. Características básicas A gestão estratégica, segundo Costa (2004), é um processo conduzido pela alta administração com envolvimento de todos os níveis organizacionais, que buscam garantir o crescimento, a continuidade e a sobrevivência da organização. Isso se dá por meio de adequação contínua das estratégias até as mudanças no ambiente de atuação. License-528106-39134-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA As etapas da implantação da gestão estratégica em uma organização, segundo Ansoff e McDonnell (1993), são: o diagnóstico estratégico, o planejamento estratégico, o projeto organizacional e a gestão da mudança. Na etapa de diagnóstico estratégico, a organização fará a análise do ambiente interno e externo e terá uma visão clara da situação atual: quais são os pontos fortes e fracos, resultantes da análise do ambiente interno e ameaças, e as oportunidades mercadológicas no ambiente externo. Podemos exemplificar da seguinte forma: uma empresa da área financeira identificou como um ponto forte a especialização de seus gestores em negociação e como ponto fraco sua inclusão no Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (Cadin). Já no ambiente externo, identificou como uma ameaça o aumento das taxas de juros e como oportunidade o refinanciamento de sua dívida. Como possui gestores especializados em negociação e a oportunidade de renegociar sua dívida, poderá definir uma “Estratégia” para neutralizar seu ponto fraco. Imagine que o aumento da taxa de juros para uma financeira é uma oportunidade, porém, para a empresa que vai fazer um financiamento é uma ameaça. Dessa forma, com base na situação atual, as organizações podem definir uma situação futura, buscando o posicionamento consistente e duradouro no mercado, não é mesmo? Estratégia: caminhos e alternativas escolhidos para mover a organização até sua Visão de Futuro. Na segunda etapa da gestão estratégica, será formulado o planejamento estratégico, que é o conjunto de todas as estratégias definidas pela organização. Na sequência, as estratégias são detalhadas em planos ou projetos. Esses planos definem como elas serão implementadas, onde serão aplicadas, quando serão executadas, o investimento necessário e quem será o responsável pela sua gestão. Ainda nos License-528106-39134-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA planos, são definidas as metas a serem alcançadas, logo, temos o projeto organizacional. A figura a seguir enfatiza elementos da gestão estratégica empresarial. Fonte: rawpixel.com, Shutterstock, 2017. Na etapa de gestão da mudança, os planos e projetos serão monitorados por indicadores de desempenho, que permitirão à alta administração acompanhar se o resultado previsto foi atingido, tomando ações corretivas e preventivas continuamente, bem como a implementação de melhorias e possíveis inovações. Você pode conferir, na figura a seguir, o plano estratégico de uma distribuidora de energia elétrica. License-528106-39134-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Buscar permanentemente a excelência na gestão, com responsabilidade social e empresarial. Valorizar os recursos humanos em todos os níveis organizacionais. Agilizar os processos logísticos para garantir os insumos necessários às atividades em todos os níveis. Desenvolver comunicação adequada aos diversos níveis organizacionais e partes interessadas. Apoiar em todos os ramos do direito, afetos a companhia, o processo decisório nos níveis estratégico e gerencial. Disponibilizar sistemas de informação e apoio adecisão con�áveis, integrados e coerentes com as normas regulatórias. Reduzir os níveis de perdas em todo o sistema de distribuição. Garantir a imobilização máxima de ativos da companhia, integrada aos processos logísticos, patrimoniais, �nanceiros e de distribuição. Garantir níveis adequados ao per�l da companhia no terceiro ciclo de revisão tarifária. Garantir a sustentabilidade �nanceira da companhia. Implantar práticas de gestão ambiental para os processos �nalísticos, com base em metodologias de gestão, e integradas aos projetos de P&D e PEE. Desenvolver projetos sociais, com base em metodologias de gestão, e integração aos projetos de P&D e PEE. Garantir a satisfação dos clientes de todos os segmentos. MISSÃO: Prestar o serviço público de distribuição de energia elétrica a todos os consumidores, adotando tecnologias adequadas e empregando materiais, equipamentos e métodos operativos que, atendendo as normas técnicas brasileiras, garantam níveis de regularidade, continuidade, e�ciência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia no atendimento e modicidade das tarifas. VISÃO DE FUTURO: Atingir até o ano de 2025 as condições legais para a renovação do contrato de concessão de distribuição de energia elétrica para a área de concessão. Assegurar a e�ciência, continuidade, segurança e con�abilidade do sistema elétrico. A gestão estratégica é a integração da Missão, Visão de Futuro, Estratégias, Planos, Projetos e Indicadores, os quais serão executados por todas as pessoas, analisados e monitorados constantemente pela alta administração, permitindo a implantação de inovações e melhorias. License-509606-47820-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA A evolução da estratégia de Sun Tzu até Michael Porter É importante entendermos que o pensamento estratégico é inicialmente atribuído aos conceitos de estratégias militares empregadas pelos Generais nas campanhas de guerras e conflitos, porém, ao longo dos anos, foi disseminado, absorvido e adaptado para o ambiente corporativo e recebeu as contribuições de grandes pensadores como Michael Porter, Henry Mintzberg, Igor Ansoff, dentre outros. Você sabia que esses conceitos são amplamente aplicados pelos gestores modernos? Isso mesmo! Eles demonstram que o Planejamento e a Estratégia são vitais para a sobrevivência, a manutenção e o sucesso de uma organização em seu mercado. Ficou curioso (a)? Então siga em frente! Os primórdios da estratégia Sabemos que a estratégia tem origem na arte militar, com acepção ampla e vagamente definida, referente a uma campanha para aplicação de forças em grande escala contra um inimigo. Etimologicamente, o termo origina-se na palavra grega strategos, ou seja, “a arte de ser general”, correspondendo também à definição do padrão de ações que um general empreende em resposta ao inimigo. Percebemos dessa forma que a ideia de utilização de estratégia, inicialmente surgida e aplicada nos combates militares, foi transferida, por analogia, para o ambiente organizacional. Acompanhe, na figura a seguir, uma representação da estratégia no contexto militar. Veja que a figura retrata um ambiente de batalha. License-509606-47820-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Marzolino, Shutterstock, 2018. Nesse contexto, um dos primeiros estrategistas foi o General Chinês Sun Tzu, que por volta dos anos 500 A.C., período que antecedeu a unificação das dinastias chinesas, liderou o Exército do Rei Wu contra as tropas do Rei Tchu. Na doutrina de Sun Tzu, a arte da guerra contempla cinco fatores principais: a doutrina, o tempo, o espaço, o comando, a disciplina. Vejamos a aplicação desses conceitos em uma pequena empresa do ramo de autopeças. A doutrina se traduz na metodologia e no modelo usado para a elaboração do Planejamento e da Gestão Estratégica. O tempo é o horizonte de planejamento para atingimento da visão de futuro das empresas. O espaço é o ambiente interno, externo e o mercado de atuação empresarial, ao passo que o comando é a liderança da organização, inspirando e motivando os colaboradores na busca pelo alcance dos objetivos, assim como as demais partes interessadas. E, finalmente, a disciplina é a constância de propósitos, a perseverança e a resiliência na busca pelos objetivos e resultados estabelecidos. License-509606-47820-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA A evolução do pensamento estratégico Você já ouviu a informação de que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp, segundo a FNQ, é uma das referências em gestão do Brasil? Isso mesmo! E você sabe qual a metodologia de gestão estratégica usada por esta organização? A Sabesp utiliza diversas metodologias, sendo uma delas o Modelo de Excelência em Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). O exemplo da Sabesp mostra que as metodologias de gestão estratégica estão em constante evolução, assim, é importante que você entenda que não é possível definir o pensamento estratégico sem considerar vários teóricos que ao longo do tempo apresentaram relevantes contribuições para o entendimento da estratégia. Vejamos então alguns marcos da evolução do pensamento estratégico, iniciando na década de 1960 pelos conceitos de Igor Ansoff. Segundo Ansoff e McDonnell, a estratégia basicamente é um conjunto de regras que apoiam o processo de tomada de decisão, sendo um conceito fugaz e um tanto abstrato. Para Hamel e Prahalad, a estratégia é o meio pelo qual uma empresa reconhece suas necessidades básicas, desaprende parte do passado para poder descobrir o futuro, desenvolve capacidade de previsão do mercado de amanhã, cria metas que superam os limites e desafia a conseguir, criativamente, a alavancagem dos recursos e desenvolve liderança com competências essenciais. O processo de formulação não traz ações produtivas imediatas para a organização. É preciso detalhar as estratégias em projetos e executá-los para que os resultados sejam obtidos. License-509606-47820-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Veja, agora, a figura a seguir, que mostra a estratégia da formulação à execução. Fonte: pedrosek, Shutterstock, 2018. Outra contribuição de Ansoff foi a matriz de produtos e mercados, que permite a análise da expansão de produtos e mercados, com vistas à identificação de oportunidades de crescimento para as empresas. Avançando para a década de 1980, podemos citar outro pesquisador que marcou essa época pelas suas contribuições: Michael Porter. Ele defende um modelo de estratégia baseado em cinco forças estruturais, conhecidas como as “Cinco Forças de Porter”. Segundo Porter, essas forças estabelecerão o potencial de lucratividade no mercado de atuação. São elas: A rivalidade entre os concorrentes, a ameaça de entrada de novos concorrentes no mercado, a ameaça de produtos substitutos àqueles existentes no mercado, o poder de negociação dos integrantes da cadeia de fornecimento e o poder de negociação dos clientes. License-509606-47820-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Não paramos por aí! O pensamento estratégico da década de 1990 recebeu as contribuições de Henry Mintzberg, sendo uma das mais relavantes a definição das características das dez escolas de planejamento. Segundo Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, a estratégia e as escolas de planejamento não possuem uma definição única, mas necessitam de pelo menos cinco definições. São os Cinco “Ps” da Estratégia: Plano, Pretexto, Padrão, Posição e Perspectiva. A metodologia do Balanced Scorecard, de Robert Kaplan e David Norton, agregou ao pensamento estratégico da década de 90 os conceitos de sistema de medição. Segundo Kaplan e Norton, o Balanced Scorecard (BSC) é uma ferramenta de gestão que traduz a missão e a estratégia da organização em um conjunto de medidas de desempenho, integradas por indicadores financeiros e não financeiros. Para tanto, o BSC define uma visão estratégica de futuro, estabelecendo metas, com respectivos indicadores em quatro perspectivas diferentes que serão monitoradas ao longo do tempo,numa relação de causa e efeito entre elas. Acompanhe o mapa estratégico a seguir, que representa como a organização cria valor. Estratégia de Produtividade Valor de Longo Prazo ao Acionista Estratégia de Crescimento Melhorar Estrutura de Custos Melhorar Utilização de Ativos Novas fontes de Receita Aumentar Valor para o Cliente Perspectiva Financeira Perspectiva de Clientes Perspectiva de Processos Internos Perspectiva de Aprendizado e Crescimento RelacionamentoAtributos do Produto/Serviço Marca Imagem ParceriaServiçoFuncionalidadeSeleçãoQualidadePreço Disponibilidade Processos de Gestão Operacional Suprimento Produção Distribuição Serviço Gerenciamento de Risco Seleção Aquisição Retenção Crescimento Processos de Gestão do Cliente Processos de Inovação Identif. de Oportunidades Pesquisa & Desenvolvimento Design/ Desenvolvimento Parcerias/ Joint Ventures Ramp-Up Processos Regulatórios e Sociais Ambiente Saúde e Segurança Empregador Comunidade Capital Humano Capital Informacional Proposta de Valor do Cliente Cultura Liderança Alinhamento Trabalho em Equipe Capital Organizacional Fonte: Adaptado de KAPLAN; NORTON, 2004. License-509606-47820-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Os elementos comuns do pensamento estratégico A diversidade de ideias, conceitos, métodos e ferramentas possui alguns elementos comuns, como a utilização nos processos de desenvolvimento da estratégia da análise dos ambientes interno e externo, a definição de objetivos estratégicos que representem o atingimento de uma visão de futuro, a utilização de sistemas de medição de desempenho, o desdobramento das estratégias em planos e projetos, um amplo processo de comunicação da estratégia a todas as partes interessadas e finalmente a análise crítica do desempenho pela alta administração. Clique na figura para assistir ao vídeo Cada organização deve identificar as metodologias e ferramentas mais adequadas às suas peculiaridades. Veja, na figura a seguir, um grupo reunido, analisando a adoção da metodologia de gestão estratégica. License-509606-47820-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2018. Lembre-se de que a estratégia deve ser o motor propulsor da organização para trilhar o caminho rumo à melhoria do desempenho e do posicionamento futuro em seu mercado de atuação. License-528106-47616-0-7 GESTÃO ESTRATÉGICA Modelos, estruturas e ferramentas das Escolas Precisamos refletir sobre o fato de que, com a velocidade das mudanças culturais e tecnológicas, as incertezas mercadológicas, o aumento da concorrência, do nível de exigência dos clientes e a adoção de práticas de responsabilidade socioambiental, entre vários outros impactos ambientais, há necessidade crescente de as organizações planejarem seu futuro. Pensando nesse contexto, as escolas de planejamento representam um conjunto de metodologias, ferramentas, modelos e estruturas que orientam a execução da Gestão Estratégica, considerando o modelo de negócio. Vamos aprofundar os estudos para melhor entender estes conteúdos tão importantes à gestão das empresas? Escolas do Pensamento Estratégico Você sabia que o canadense Henry Mintzberg é um dos principais pensadores e estudiosos das escolas de planejamento? Na obra Safári de Estratégias, de 2007, desenvolvida juntamente com Bruce Ahlstrand e Joseph Lampel, ele ressalta que a estratégia empresarial deve ser analisada sob várias perspectivas. Portanto, não há somente uma forma de abordar o tema. Assim, é interessante sabermos que o planejamento foi dividido em dez escolas, conhecidas como as escolas da estratégia. São elas: A Escola do Design, de Planejamento, de Posicionamento, Empreendedora, Cognitiva, de Aprendizado, de Poder, Cultural, Ambiental e da Configuração. Precisamos entender que as escolas de planejamento reúnem a visão, a concepção, os conceitos, os métodos e as ferramentas estabelecidas e defendidas por diversos e renomados autores, as quais foram classificadas por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel em três agrupamentos. Que tal conhecê-los? As escolas prescritivas objetivam indicar formas “corretas” de estabelecer a estratégia, ou seja, você precisa compreender como as estratégias devem ser formuladas, em lugar de como são efetivamente formuladas. Sendo assim, nesse grupo, estão as escolas do Design, Planejamento e Posicionamento. License-528106-47616-0-7 GESTÃO ESTRATÉGICA Já as escolas Empreendedora, Cognitiva, de Aprendizado, do Poder, Cultural e Ambiental formam o agrupamento das escolas descritivas. Perceba que elas levam esse nome porque seu foco não é a prescrição de como as estratégias devem ser formuladas, mas, sim, a descrição de como efetivamente são estabelecidas, tudo bem? Por fim, a escola configurativa representa o terceiro agrupamento, formado apenas pela Escola da Configuração, que considera aspectos tanto prescritivos quanto descritivos das demais escolas, com ênfase na transformação e mudança organizacional promovida pela estratégia. Um dos fatores de sucesso da formulação das estratégias é a adoção dos preceitos mais aderentes de planejamento às peculiaridades organizacionais. As escolas Prescritivas Você sabia que as empresas do mercado de produtos alimentícios, em virtude da forte concorrência, utilizam-se de metodologias como a análise ambiental, identificando em seu ambiente externo as ameaças e oportunidades, assim como quais são suas forças e fraquezas? Isso mesmo! Essas metodologias são marcas indeléveis da Escola do Design, que considera que a definição da estratégica deve ser um processo deliberado de pensamento, simples e informal, conduzido pelo mais alto executivo. A seguir, veja uma figura que simboliza a Escola do Design e a análise ambiental, por meio da ferramenta denominada Análise de SWOT, muito utilizada para o planejamento estratégico das empresas. License-528106-47616-0-7 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Chad McDermott, Shutterstock, 2018. A Escola do Planejamento, por sua vez, agregou conceitos da Escola do Design, porém, a grande diferença é a formalização do processo de definição das estratégias. Nessa escola, a estratégia é definida por uma sequência rígida de etapas, conforme o pensamento do teórico Igor Ansoff. Saiba que as estratégias dessa escola normalmente são genéricas, sendo necessário seu posterior detalhamento. No segmento de produção de bebidas, esse modelo é difundido em algumas empresas, em virtude da necessidade de rígidos e formalizados processos de garantia da qualidade do produto. Na vertente prescritiva, a última escola é a do Posicionamento, que considera a formulação estratégica como um processo analítico que estabelece estratégias genéricas. Os conceitos dessa escola são fortemente influenciados por Michael Porter especialmente na utilização das cinco forças para a análise de lucratividade e na definição de estratégias genéricas. License-528106-47616-0-7 GESTÃO ESTRATÉGICA As estratégias genéricas de Porter são a liderança em custos, a diferenciação dos produtos e serviços e o foco em pequenos segmentos de mercado. No Brasil, os preceitos da escola do posicionamento são muito utilizados nas empresas do segmento de produção de cosméticos, em virtude das peculiaridades industriais e da aplicabilidade das cinco forças de Porter, em especial a análise da concorrência. Tudo bem? Vamos adiante! Clique na figura para assistir ao vídeo As escolas Descritiva e Configurativa Você sabia que a Companhia Ultragaz, da cidade de Campinas/ SP, foi uma das empresas reconhecidas no ano de 2016 pelo Instituto Paulista de Excelência em Gestão, IPEG, por aderir, em suas práticas, ao Modelo de Excelência em Gestão? Sobre esse modelo, podemos dizer que um dos seus fundamentos é o contínuo aprendizado organizacional, por meio da inovação em produtos, processos e serviços. Veja, na figura a seguir, o Modelo de Excelência em Gestão. License-528106-47616-0-7 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte:Fundação Nacional da Qualidade (2013). O aprendizado designa uma das escolas de planejamento, que, em virtude da instabilidade e imprevisibilidade dos ambientes de negócio, considera que a definição das estratégias necessita ganhar características de um processo de aprendizado, com abrangência na formulação e implementação dessas estratégias. Observe, na próxima figura, que o aprendizado é indutor da estratégia. License-528106-47616-0-7 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Shutterstock, 2018. A formação da estratégia como um processo coletivo, segundo Mintzberg, Ahlstrand Lampel, define a Escola Cultural, que tem como premissas a formulação estratégica baseada nas crenças, ideologias e valores. Dessa forma, a estratégia torna-se uma perspectiva enraizada em intenções coletivas e refletidas nos padrões de utilização dos recursos ou capacidades organizacionais na obtenção de vantagem competitiva. Vejamos o exemplo de duas empresas concorrentes do ramo de Fast-food. Você já imaginou a diferença das estratégias de uma empresa que cultua como principal valor a qualidade do produto e a outra que cultua o baixo custo de produção? Em uma matéria publicada na Revista Exame, a empresa Google ultrapassou a empresa Apple em valor de mercado. Os números do estudo da consultoria de marca Brand Finance mostra que a marca Google cresceu 24% em valor. A Escola Cognitiva considera a formação da estratégia como um processo mental. No caso da Google, essa escola estuda as estratégias que se desenvolveram na mente dos executivos, buscando escalonar esses processos mentais em estruturas, modelos, mapas, conceitos e esquemas, focalizando a cognição na criação da estratégia. License-528106-47616-0-7 GESTÃO ESTRATÉGICA A figura a seguir simboliza a relação entre a estratégia e a estrutura dos processos mentais. Fonte: Lightspring, Shutterstock, 2018. A Escola Ambiental, por sua vez, segundo Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, vislumbra a estratégia como um processo reativo, no qual a organização é considerada um ator passivo que dedica maior parte de seu tempo a reagir aos impactos dos ambientes, mercados e segmentos de atuação. Já a Escola Empreendedora define a formulação da estratégia como um processo visionário, assim, a visão, a perspectiva de Futuro e o senso de direção estão na mente do líder máximo, que controla pessoalmente a implementação das ações e a correção de rumos. Quanto à negociação, ela é base do processo que forma a estratégia. Essa vertente de pensamento define a Escola do Poder, a qual entenderemos detalhadamente. Segundo Mintzberg, o micropoder visualiza a formulação da estratégia como fenômeno majoritariamente político, envolvendo barganha, persuasão e confrontação, enquanto o macropoder vislumbra o uso do poder organizacional sobre as demais partes interessadas. Um exemplo dessa filosofia pode ser visualizado quando uma empresa fabricante de calçados, em virtude de seu volume de compras, “negocia” a redução do custo do couro com seu fornecedor. License-528106-47616-0-7 GESTÃO ESTRATÉGICA A figura a seguir retrata uma negociação no contexto da Escola do Poder. Fonte: Adam Gregor, Shutterstock, 2018. Você foi a alguma loja de departamentos neste mês? Em um passado recente, algumas delas comercializavam apenas roupas, calçados, acessórios, relógios, entre outros artigos do ramo, porém, muitas alteraram sua configuração e além dos artigos tradicionais, agregaram ao seu portfólio de produtos: planos de saúde, planos odontológicos, seguros de vida, empréstimos, saques em dinheiro e muitos outros produtos e serviços. Essa filosofia define a Escola da Configuração, que entende a estratégia como um processo de transformação, baseado na mudança de uma configuração para outra, ocasionando a mudança estratégia. Essa escola integra o grupo da Escola Configurativa. Todo o processo de estratégia precisa combinar vários aspectos das diferentes escolas, respeitando as especificidades de cada sistema organizacional. License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA SWOT, Matriz BCG, Cenários e Cinco Forças de Porter Aqui, vamos estudar as ferramentas Matriz SWOT, Matriz BCG, Cenários e as Cinco Forças Competitivas de Porter para o desenvolvimento do conhecimento sobre a formulação da estratégia. Essas ferramentas ajudam os estrategistas da empresa no desenvolvimento da estratégia organizacional para o alcance dos objetivos das organizações. Ferramentas para análise do ambiente A disciplina de Gestão Estratégica exige uma clara distinção sobre o que faz e não faz parte da organização. Para a formulação de estratégias, parte-se da avaliação da capacidade da própria organização de enfrentar ameaças e aproveitar oportunidades do seu ambiente externo. Sob essa perspectiva, a identificação do ambiente organizacional é feita a partir de uma análise dos elementos controláveis pelo sistema social e daqueles não controláveis. Os elementos potencialmente controláveis constituem o ambiente interno do sistema social, ao passo que os não controláveis compõem o ambiente externo, conforme demonstra a imagem a seguir. Var iáve is s ocia is Competidores/ colaboradores Clientes Variáveis tecnológicas Fornecedores Governos Var iáve is p olíti co- lega is Grupo de interesses especiaisMídia Variáveis econômicas Sindicatos de trabalhadores Dirigentes Funcionários A Organização Instituições financeiras A fronteira flexível de um sistema aberto ..... Ambiente de ação direta Exigentes/stakeholders internos Exigentes/stakeholders externos Ambiente de ação indireta Fonte: Adaptada de STONER; FREEMAN, 1999. License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA Conforme a imagem anterior, os administradores estratégicos propõem três níveis de ambiente: I. ambiente organizacional interno direto, controlável; II. ambiente externo direto, influenciável; III. ambiente externo indireto, contextual, não influenciável pela organização. A matriz SWOT, conforme Rojo, é um sigla que designa, traduzindo do inglês para o português, strenghts (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças). Essa técnica é baseada na avaliação do ambiente interno da empresa, mediante a análise de suas forças e fraquezas, e do ambiente externo, mediante suas oportunidades e ameaças. Veja a figura a seguir. Fonte: Dusit, Shutterstock, 2018. Saiba que a Matriz SWOT é uma das ferramentas utilizadas para realizar o diagnóstico estratégico do ambiente organizacional da empresa. O diagnóstico é a etapa inicial do processo de planejamento estratégico que visa identificar a situação real da organização quanto ao seu ambiente interno e externo. Acompanhe: License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA Na análise do ambiente interno, a equipe de planejadores deve extrair os principais pontos fortes e fracos da organização, isto é, potencialidades que devem ser fortalecidas, e debilidades que devem ser compensadas, a fim de enfrentar ameaças e aproveitar as oportunidades identificadas. Os exigentes internos, particularmente os técnicos (staff), têm um importante papel a desempenhar durante essa etapa, porque possuem o conhecimento aprofundado do que vem ocorrendo na organização. A análise do ambiente externo examina as forças e as tendências que estão fora do controle da organização, mas que poderão impactá-la. Essas forças e tendências têm, normalmente, caráter político, econômico, social, tecnológico, ou estão relacionadas ao meio ambiente. O produto final da análise deve ser a identificação das principais ameaças que a organização enfrenta, ou enfrentará, e das oportunidades que ela pode, ou poderá aproveitar, para alcançar sua missão. Agora acompanhe a imagem a seguir, que simboliza as diversas forças e tendências que impactam a organização. Fonte: Peshkova, Shutterstock, 2018. A Matriz SWOT permite a compreensão dos ambientes interno e externo à empresa, permitindo a criação e o desenvolvimentode estratégias conforme os ambientes em que ela está inserida, buscando maior vantagem competitiva em relação aos concorrentes, e visando atender aos grupos de interesse da organização. License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA Perceba que stakeholders (grupos de interesse) são definidos como as pessoas e/ou grupos que podem afetar e são afetados pelos resultados estratégicos obtidos pela empresa, podendo ser internos ou externos. Entenda que todo planejamento corporativo deve partir do princípio da satisfação dos stakeholders. Stakeholders podem ser responsáveis pelo fracasso de uma estratégia, criando campanhas contra a venda de produtos nocivos ao meio ambiente. Agora estudaremos as cinco forças competitivas da indústria! Embora o meio ambiente das empresas seja muito amplo, abrangendo tanto forças sociais como econômicas, o aspecto principal do meio ambiente da empresa é sua competição. As forças competitivas da indústria estão explicadas abaixo e demonstradas na próxima figura. Ameaça de novos entrantes: empresas novas que entram no mercado e trazem nova capacidade e dividem o mercado com as empresas já existentes. Intensidade da rivalidade entre os concorrentes existentes no mercado: é a disputa por posição com o uso de táticas como a concorrência de preços, batalhas de publicidade e inovações tecnológicas. Pressão dos produtos substitutos: reduzem o retorno potencial de uma indústria estipulando os limites de negociação de preço e quantidade com os compradores. Poder de negociação dos compradores ou clientes: esses competem com as indústrias forçando os preços para baixo, por meio da negociação de melhor qualidade ou maior gama de produtos ou serviços, acirrando a rivalidade entre os concorrentes. Poder de negociação dos fornecedores: os fornecedores exercem poder sobre os participantes da indústria, ameaçando elevar os preços ou reduzir a qualidade dos bens e serviços fornecidos. Veja, na imagem a seguir, as cinco forças competitivas. License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA Desenvolvimento Potencial de Produtos Poder de negociação dos fornecedores A rivalidade entre organizações competidoras Poder de negociação dos consumidores Entrada potencial de novos competidores Fonte: Adaptada de AZEVEDO; COSTA (2001). Perceba que as cinco forças determinam a rentabilidade da empresa, porque influenciam os preços, os custos e os investimentos necessários em uma indústria — os elementos de retorno sobre o investimento. O poder do comprador influencia os preços que uma marca pode cobrar, da mesma forma que a ameaça de substituição. O poder dos compradores também pode influenciar o custo e o investimento, porque compradores poderosos exigem serviços dispendiosos. Já o poder de negociação dos fornecedores determina o custo das matérias-primas e de outros insumos. A intensidade da rivalidade influencia os preços, assim como os custos da concorrência, em áreas como: fabricação; desenvolvimento de produto; publicidade; e força de vendas. A ameaça de entrada coloca um limite nos preços e modula o investimento exigido para deter entrantes. Conforme Rojo, a intensão da análise das cinco forças é encontrar o melhor posicionamento dentro do nicho em que se está competindo, compreendendo de forma aprofundada a origem de cada uma dessas forças competitivas no intuito de se defender ou influenciar o ambiente competitivo a seu favor. Após compreender o ambiente interno e externo, além da concorrência, você vai aprender, agora, sobre o posicionamento estratégico da empresa em meio ao ambiente competitivo. License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA Matriz BCG: em busca do posicionamento estratégico A Matriz BCG foi desenvolvida por Bruce Handerson, fundador do Boston Consult Group. Segundo Rojo, a matriz BCG tem como principal objetivo relacionar os vários tipos de negócios da empresa, de acordo com sua participação e crescimento do mercado. Os pontos da Matriz estão listados a seguir. Observe com atenção! a) Pontos de interrogação: são produtos com alto crescimento, ou seja, há compradores novos chegando, contudo, com baixa participação relativa de mercado, portanto, precisam de contínuo investimento para ampliarem a participação em relação aos concorrentes. b) Estrelas: os produtos estrelas demandam mais investimentos, devido ao seu potencial futuro, uma vez que são líderes no mercado, e podem se tornar vacas leiteiras se houver a manutenção da participação no mercado c) Vaca leiteira: os produtos vaca leiteira são aqueles com maior taxa relativa de participação no mercado, porém com crescimento de mercado estabilizado. São marcas já conhecidas pelo público e que são preferidas em relação ao concorrente. d) Abacaxi: os produtos abacaxis estão em situação crítica com baixa participação relativa de mercado e baixo crescimento. A empresa deve avaliar se vai continuar investindo nesse produto. A Matriz BCG é ilustrada como um gráfico de quadrantes onde se ajusta o crescimento de mercado na vertical e a penetração de mercado de determinado produto na horizontal. Sobral e Peci nos ensinam que a participação no mercado representa a posição competitiva de cada negócio e sua capacidade para liberar meios financeiros. Segundo os mesmos autores, a taxa de crescimento está relacionada à atratividade da indústria como um todo e com a necessidade de investimento nas unidades de negócio para acompanhar o crescimento do mercado. Veja a ilustração a seguir! License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA Estrelas Ponto de interrogação AbacaxiVaca Leiteira (+) Participação relativa de mercado (-) (+ ) T ax a de C re sc im en to d o M er ca do (- ) ? Fonte: Adaptado de KOTLER, 2000. Por fim, essa matriz ajuda a compreender a posição de cada um dos negócios na organização e estabelecer as prioridades de distribuição de recursos, racionalmente. Além disso, permite pensar uma postura estratégica para as unidades ou produtos e serviços essenciais para o desenvolvimento da empresa. Clique na figura para assistir ao vídeo License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA A administração efetiva do portfólio das unidades de negócio permitirá a empresa definir estratégias mais equalizadas para cada produto/serviço. Análise de cenários Conforme já falamos em seções anteriores, as variáveis ambientais sofrem mudanças constantes e dinâmicas, exigindo do administrador ações prévias no seu planejamento estratégico, conforme ilustra a imagem a seguir. A análise por cenários permite aos decisores estratégicos a racionalização do processo decisório, por meio de uma base de sustentação determinada pelo desenvolvimento de mecanismos para o alcance da missão organizacional. Perceba que são vários os métodos para análise de cenários auxiliares à gestão estratégica. Vários atores falaram sobre o assunto e descreveram a metodologia, conforme os estudos de Carvalho et al; Boaventura e Fischmann; Fischer. Esses autores analisaram métodos de construção de cenários futuros na área de Administração. Veja, na figura a seguir, que o planejamento deve estar focado para a direção futura, ou seja, deve-se olhar para frente. Fonte: mindscanner, Shutterstock, 2018. License-528106-41910-0-8 GESTÃO ESTRATÉGICA Precisamos mencionar a técnica de scanning, que é utilizada para o escaneamento ambiental. A técnica tem o objetivo de filtrar as principais informações ambientais para detectar tendências emergentes e, assim, antecipar e interpretar o ambiente organizacional. Veja a figura a seguir, que ilustra o método scanning. Informações, tendênciasScanning Ambiente Externo Fonte: Adaptada de HITT; IRELAND; HOSKINSON (2011). Conforme Hitt, Ireland e Hoskinson, o scanning requer um estudo de todos os segmentos do ambiente da empresa. Por meio dessa técnica, a empresa poderá detectar sinais de possíveis mudanças no ambiente e de mudanças que já estão em curso. Entenda que para essatarefa muitas empresas utilizam softwares específicos! As tecnologias da informação, hoje, permitem a utilização dessa ferramenta para escanear o ambiente organizacional da empresa e coletar informações de clientes para atendimento personalizado, por exemplo. Após pensar nos cenários estratégicos e nas perspectivas futuras para a implementação do planejamento estratégico, além da análise do posicionamento necessário em cada empresa a partir de seu conhecimento do ambiente interno e externo, você está pronto para aprimorar os conhecimentos adquiridos. Os cenários nos ajudam a identificar tendências do ambiente e permitem adaptação rápida às mudanças de forma metodológica e racional. License-525965-39962-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Tipos de liderança: custo, diferenciação ou enfoque Nesta seção, você conhecerá as estratégicas genéricas e as suas principais características, e verá como elas são utilizadas pelas empresas para enfrentar a competição na indústria. Liderança em Custo Total Existem três abordagens estratégicas genéricas utilizadas pelas empresas para superar a concorrência no seu mercado (veja a ilustração a seguir). Porter nos apresenta o modelo por ele formulado das estratégias genéricas competitivas: liderança em custo; diferenciação; e enfoque. VANTAGEM ESTRATÉGICA Unicidade observada pelo cliente Posição de baixo custo A LV O E S T R AT É G IC O No âmbito de toda a indústria DIFERENCIAÇAO LIDERANÇA NO CUSTO TOTAL Apenas um segmento particular DIFERENCIAÇÃO Fonte: Adaptada de PORTER, 2004. As empresas empregam diversas estratégias para se defender da concorrência, conforme Zaccarelli e Fischmann. Contudo, Porter busca sintetizar o conjunto das estratégias no modelo genérico apresentado acima, no intuito de compreender as possíveis ações que uma empresa pode tomar para se defender da concorrência e aumentar sua lucratividade. A Liderança em Custo total requer uma série de medidas para a redução máxima dos custos em todas as áreas da empresa. Porter nos diz que essa postura requer da empresa uma busca constante por um controle rígido dos custos gerais das organizações. O custo baixo em relação ao concorrente torna-se o objetivo central, embora não se possa ignorar a qualidade e a assistência a outras áreas. License-525965-39962-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Os altos retornos permitem reinvestimento em instalações modernas, necessárias para a manutenção da liderança em custo e defesa contra as forças competitivas. Um exemplo é a empresa GOL, que utiliza a liderança em custos para oferecer passagens mais baratas e atender as demandas de classes mais baixas, que abrem mão de regalias e serviços luxuosos na aeronave. A figura a seguir demonstra que a liderança em custo proporciona maior lucratividade para as empresas que seguem essa estratégia. Fonte: PixDeluxe, Shutterstock, 2018. Conforme Sobral e Peci, a vantagem atribuída à estratégia de liderança em custo varia conforme a indústria, podendo incluir economias de escala, tecnologia patenteada, acesso preferencial à matéria-prima, etc. Uma posição de liderança em custo pode produzir altas receitas, ou ganhos aceitáveis, dependendo da indústria em que a empresa estiver inserida. License-525965-39962-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Diferenciação A estratégia genérica Diferenciação consiste na criação de um produto ou serviço que seja considerado único no âmbito da indústria. É possível criar diferenciação por meio da imagem da marca, de tecnologias, de serviços sob encomenda, de rede de fornecedores e outras. A diferenciação dá à empresa uma posição de defesa contra as forças competitivas, devido à fidelidade dos consumidores, que são menos sensíveis ao preço e reconhecem o produto como único (conforme ilustra a figura 2). Um exemplo é a Apple e seus Iphones, produtos mais caros do mercado e que prometem mais qualidade, design e inovação tecnológica para os clientes como fatores diferenciadores. Os consumidores, por sua vez, consideram o produto único. Fonte: Robert Kneschke, Shutterstock 2018. License-525965-39962-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA A estratégia de diferenciação permite que as empresas cobrem um preço-prêmio pelos produtos exclusivos e assegure a fidelização dos clientes. Essa estratégia requer que a empresa invista em Marketing e promoção de vendas para ressaltar os diferenciais do produto que oferece. Além disso, necessita de certas competências internas, como uma área forte de pesquisa e desenvolvimento para a criação de produtos inovadores. Clique na figura para assistir ao vídeo Na diferenciação não se ignoram os custos, contudo, eles não são alvos estratégicos primários. O mais importante é atingir a vantagem competitiva. Enfoque Essa estratégia genérica busca enfocar determinar grupo comprador, um segmento da linha de produtos, ou um mercado geográfico específico, com o objetivo de atendê-lo muito bem. Diferente das estratégias de baixo custo e diferenciação, que focam em todo o mercado para atingir seus objetivos, a estratégia de enfoque visa atender de forma mais aproximada o alvo estratégico definido, desenvolvendo toda sua política funcional para esse propósito. License-525965-39962-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Esse conceito está expresso na figura abaixo. Fonte: A1Stock, Shutterstock, 2018. Mesmo que no mercado como um todo o enfoque não atinja baixo custo ou diferenciação, ele atinge uma ou ambas as posições em relação ao seu estreito alvo estratégico. Nesse sentido, o alvo estratégico será em um segmento particular, mas a vantagem estratégica poderá ser tanto por diferenciação quanto por baixo custo. Pense naquelas empresas que fornecem produtos exclusivos para atletas ou supermercados que só vendem produtos para diabéticos. Para colocar as estratégias em prática, as empresas precisam de recursos e habilidades. Conforme Porter, essas estratégicas exigem que a empresa se reestruture internamente para que tenha êxito. Além disso, há a necessidade de manutenção de uma liderança forte para direcionar e incentivar as ações estratégicas planejadas e criação de sistema de controle para possíveis correções dos objetivos estratégicos definidos. A figura a seguir mostra um exemplo de liderança forte junto a um grupo de pessoas. License-525965-39962-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2018. Segundo Oliveira et al, as estratégias genéricas têm potencial de serem bem-sucedidas quando utilizadas pelas empresas para enfrentar as cinco forças competitivas. Portanto, as estratégias genéricas são ferramentas que precisam ser estudadas e praticadas no contexto de cada empresa. Podemos observar, portanto, que cada uma das estratégias apresenta uma forma diferente para superar a concorrência. Essa diferença reflete-se nos arranjos organizacionais, nos procedimentos de controle e nos sistemas utilizados para colocá- las em prática. A escolha da estratégia pode influenciar também o estilo de liderança a ser utilizada, a cultura organizacional e a gestão de recursos humanos. Convém esclarecer que as estratégias genéricas são escolhas que a empresa deve fazer de acordo com a análise da competição, expressa no comportamento das cinco forças competitivas. Entendendo e aplicando a estratégia mais adequada à sua realidade, as empresas poderão se defender da competitividade e obter retornos acima da média! License-525965-39366-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Estratégias deliberadas ou emergentes A estratégia pode ser definida como parte de um plano para o futuro. É também um padrão, isto é, consistência de comportamento ao longo do tempo. Como mostra a próxima ilustração, há duas formas de ações estratégicas que podem ser definidas como deliberadas ou emergentes. Estratégias Deliberadas Entenda que as estratégias deliberadas são aquelas que foram intencionadas e plenamente realizadas dentro do processo de planejamento estratégico. ConformeMintzberg, são aquelas estratégias que foram formalmente planejadas e realizadas ao longo do período previsto para a execução. Observe a imagem a seguir. Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2018. License-525965-39366-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Borges Jr. e Luce informam que as empresas perceberam a dificuldade de cumprir a cartilha do planejamento estratégico deliberado quando ela englobava ações rotineiras da organização. Devido às constantes modificações no ambiente, essas ações dificilmente eram previstas nos cenários planejados, precisando ser rapidamente reorientadas para a sobrevivência da empresa no novo quadro. Considerando que o mundo real é dinâmico e exige pensar à frente, mas também fazer adaptações ao longo do percurso, principalmente em relação às atividades de rotina da organização, nem sempre o que é planejado é o que efetivamente é realizado, certo? Desse modo, aquilo que é efetivamente realizado no percurso, mas que não estava intencionado, é chamado de estratégia emergente. As estratégias deliberadas estão na essência do Planejamento Estratégico, contudo, não podem desconsiderar as contingências ambientais. Estratégias Emergentes É a ação estratégica que ocorre no percurso normal das atividades da empresa, diferente do que fora programado inicialmente. Dessa forma, a estratégia emergente é definida pela identificação de um padrão realizado que não foi expressamente pretendido ou planejado previamente. Observe a imagem a seguir. License-525965-39366-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2018. Borges Jr. e Luci nos ajudam a entender que as contingências do ambiente exigem a tomada de novos rumos não previstos no planejamento formal da organização, levando a empresa a ações que emergem do contexto ambiental. O objetivo é atender a necessidade de mudança, permitindo que a empresa não perca seu alvo estratégico. As estratégias deliberadas e emergentes devem estar integradas possibilitando previsões, mas também reações aos eventos inesperados do cotidiano. Formas de Estratégia Com o objetivo de criar vantagem competitiva, o planejamento estratégico é a ferramenta utilizada pelas empresas para compreensão de seu ambiente competitivo, seja em relação aos consumidores, seja em relação ao funcionamento das indústria. Nesse esforço, criam-se planos formais com o objetivo de antecipar ações, devido à dinâmica do ambiente em que as empresas estão inseridas. Um exemplo de estratégia deliberada é a previsão de crescimento da participação no mercado em 5% License-525965-39366-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA a partir da criação de novo produto, após um ano. Ao final do período, a empresa verifica que a parcela de participação no mercado aumentou 5,2% em relação aos seus concorrentes, o que significa que o planejamento proposto obteve êxito. Contudo, sabemos que nem tudo que é planejado previamente é realizado, criando estratégias não realizadas. Imagine uma situação em que a empresa pretende expandir a capacidade de produção prevendo uma melhora na economia, quando, na verdade, ocorre uma retração e a empresa não consegue cumprir o planejado. Em outras circunstâncias, o que efetivamente é realizado não é o que estava planejado, devido a uma mudança no cenário ambiental. Isso faz com que a empresa mude o curso da estratégia e execute ações em resposta ao ambiente por meio de uma estratégia emergente. Por exemplo, uma empresa planejou alcançar determinado lucro com a venda de produtos da linha branca em determinado exercício financeiro. Contudo, no meio do exercício, o governo federal isentou de impostos os fabricantes desses produtos, determinando que as empresas repensassem as suas estratégias de produção e lucratividade em resposta ao fator ambiental novo. Desse modo, compreendemos que as estratégias deliberadas são resultados de planos prévios, que buscam garantir ações controladas pelos administradores. Já as estratégias emergentes são resultantes das mudanças constantes do ambiente, e permitem a participação dos gerentes médios e operacionais da organização. O administrador, portanto, não pode desconsiderar a necessidade de aplicá-las no planejamento estratégico da organização. A partir dessa noção, podemos perceber que as estratégias deliberadas (planejadas) e as emergentes (resposta ao ambiente) são criadas em contextos opostos e considerando circunstâncias distintas. Enquanto uma é utilizada de forma preventiva, a segunda é remediadora de desvios ocorridos no momento da ação em resposta ao contexto do ambiente organizacional. A ilustração a seguir esquematiza o momento de ação de cada uma das estratégias deliberadas e emergentes. License-525965-39366-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Estratégia Emergente Estratégia não realizada Estratégia Pretendida Estratégia Deliberada Estratégia Realizada Fonte: Adaptada de MINTZBERG, 2004. Os planejadores estratégicos perceberam ao longo do tempo a dificuldade de cumprir o planejamento estratégico previamente formalizado, principalmente nas atividades diárias da organização. Isso porque as contingências do ambiente inserem dinâmicas não previstas no plano formalmente orientado. Assim, as estratégias precisam ser reajustas para atender ao contexto de atualização ambiental e não se perder os objetivos estratégicos, previamente definidos. Tenha em mente que a compreensão e a utilização de ambas as estratégias são necessárias no contexto do planejamento das empresas. Apesar de as estratégias deliberadas e emergentes nascerem em momentos distintos, são complementares na essência. Elas permitem o alcance dos objetivos estratégicos das organizações, seja por meio da previsão e realização das ações planejadas ou intencionadas, seja pela ação não intencionada, mas realizada em resposta a alterações do ambiente organizacional. O planejamento estratégico permite o plano deliberado, que é executado tal como intencionado, mas também permite a ação emergente conforme o ambiente. License-528106-39964-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Compreensão das fases do planejamento estratégico Nas organizações, existem três níveis hierárquicos macro: alta administração; gerência; e operação. Em cada um desses níveis, há uma etapa específica de planejamento. O planejamento é desenvolvido com a finalidade de atingir um determinado objetivo. Para isso, é necessário que haja uma otimização dos recursos da organização, tornando-os mais eficientes e menos onerosos. Na Gestão Empresarial, acontece o mesmo. Não importa se estamos falando de uma empresa grande, média ou pequena, ou se a ferramenta utilizada para controlar essa gestão vai ser o papel, planilhas ou software modernos. Qualquer gestor sabe que toda empresa precisa planejar seu futuro a longo, médio e curto prazo. Comece imaginando uma papelaria. Ela pode ter como objetivo lançar uma filial, mas não pode descuidar dos custos e muito menos do atendimento aos clientes. Por isso, é necessário traçar as diretrizes do planejamento nos três campos: estratégico; tático; e operacional. Planejamento estratégico O planejamento estratégico é o início de tudo. Ele trabalha o futuro da organização, estruturando-se nas variáveis ambientais externas e internas, e estabelecendo a missão, visões e valores de forma sistêmica, como afirma Ansoff. A alta administração é responsável pelas decisões tomadas no planejamento estratégico. Mas quem compõe a alta administração? O empresário e sua diretoria, ou o presidente e seu grupo de vice-presidentes, ou seja, os que estão no mais alto nível hierárquico, conforme ilustra a imagem a seguir. License-528106-39964-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Bloomicon, Shutterstock, 2018. As ações do planejamento são elaboradas refletindo o longo prazo, buscando uma visão extensa da organização sem entrar nos detalhes. É por isso que o planejamento necessita de revisão com frequência, para que a tomada de decisão seja baseadaem dados e informações precisas e verdadeiras. Isso é fundamental para a execução do que foi planejado. Observe os três níveis de planejamento na ilustração a seguir. Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Fonte: Adaptada de OLIVEIRA,1999. License-528106-39964-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Clique na figura para assistir ao vídeo A estratégia trabalha o objetivo como um todo e, a partir disso, os níveis tático e operacional vão fragmentando-o até chegar nas ações cotidianas. Planejamento Tático Enquanto o planejamento estratégico envolve toda a organização, o planejamento tático é mais restrito, focado no departamento. É nessa etapa que as metas e diretrizes são criadas para que as ações estabelecidas no planejamento estratégico sejam atingidas. Por ser um planejamento mais direcionado para cada área departamental, ele é elaborado por pessoas que estão nos cargos entre a alta direção e o operacional, como os supervisores, coordenadores e gerentes. Como diz Oliveira o planejamento tático tem “como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa”. License-528106-39964-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Outro atributo que caracteriza o planejamento tático é que o andamento das ações é aplicado em médio prazo, ou seja, em um período mais curto do que o estabelecido no planejamento estratégico. Nesse momento, o trabalho precisa ser melhor detalhado, pois como o planejamento tático é a fragmentação do planejamento estratégico, precisa apresentar-se de forma concreta. Nele, os gestores desenvolverão o plano de marketing, de produção, dos recursos humanos, da área financeira e demais setores organizacionais. Clique na figura para assistir ao vídeo O planejamento tático deve trabalhar com o desdobramento dos objetivos estratégicos em partes menores que os departamentos desenvolverão. Planejamento Operacional É no planejamento operacional que tudo o que foi traçado pelo nível tático para alcançar os objetivos estratégicos é executado. Os colaboradores da área operacional executam ações de curto prazo dentro desse planejamento, e atuam seguindo os processos definidos na busca constante por alcançar o resultado. License-528106-39964-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Dmitry Kalinovsky, Shutterstock, 2018. É fundamental compreender que um planejamento estratégico não vai evoluir se o que foi desenvolvido pelas equipes tática e operacional não estiver bem construído, com riqueza de análise, pois trata-se de um projeto associado e interdependente. Entender a importância dos níveis hierárquicos é essencial: o estratégico para orientar a visão; o tático para desenvolver ações de menor porte; e o operacional para levar à execução. Observe o quadro a seguir. License-528106-39964-0-5 GESTÃO ESTRATÉGICA Tipo Nível Planejamento estratégico Estratégico Planejamento mercadológico Planejamento financeiro Planejamento da produção Planejamento de recursos humanos Planejamento organizacional Tático Plano de preços e produtos Plano de despesas Plano de capacidade de produção Plano de recrutamento e seleção Plano de diretor de sistemas Operacional Plano de promoção Plano de investimento Plano de controle de qualidade Plano de treinamento Plano de estrutura organizacional Plano de vendas Plano de compras Plano de estoque Plano de cargos e salários Plano de rotinas administrativas Plano de distribuição Plano de fluxo de caixa Plano de utilização da mão-de-obra Plano de promoções Plano de informações gerenciais Plano de pesquisa de mercado Plano orçamentário Plano de expedição de produtos Plano de capacitação interna Plano de comunicações Fonte: OLIVEIRA,1999, p. 16. Saiba que, na fase operacional, é preciso muita atenção aos mecanismos de controle para acompanhar a execução do plano de ação. Nele, além da ação, é necessário indicar quando, onde e quem executará as ações, bem como quanto ela custará, assim como os indicadores da ação. É na etapa operacional do planejamento estratégico que as ações são de fato executadas de forma nominal, com prazo, orçamento e outras variáveis. License-528106-39154-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Concepção da gestão estratégica: processo dinâmico e sistêmico Considerando a complexidade das organizações, para a condução da gestão estratégica, é fundamental o nivelamento dos propósitos com os diretamente interessados, o que implica em desenvolver o pensar estratégico por meio das pessoas. Oliveira afirma que “a atividade de planejamento é complexa em decorrência de sua própria natureza, qual seja, a de um processo contínuo de pensamento sobre o futuro”. Dinamismo necessário O dinamismo organizacional está atrelado à seriedade que as organizações dão à harmonia da gestão. A dinâmica implica não apenas no ritmo de ação e atitude, mas em como os processos fluem interna e externamente à organização. Existem departamentos mais lentos que outros? Processos ficam parados criando gargalos? Questões assim precisam ser diagnosticadas para que a gestão estratégica possa evoluir com harmonia. Já sabemos que a organização é um sistema integrado no qual todos os colaboradores, de todos os departamentos — e todos os níveis hierárquicos — necessitam tomar decisões frequentemente e contribuir para o planejamento e controle organizacional. Assim, é fundamental que todos saibam tomar decisões e conheçam os fatores básicos, formando um grupo elementar interligado e coeso, para atingir o resultado positivo que se espera da organização. License-528106-39154-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Lightspring, Shutterstock, 2018. Para Oliveira “esse processo de tomada de decisões na empresa deve conter, ao mesmo tempo, os componentes individuais e organizacionais, bem como a ação nesses dois níveis deve ser orientada de tal maneira que garanta certa confluência de interesses dos diversos fatores alocados no ambiente da empresa”. Ansoff complementa, dizendo que por conta da complexidade deve-se orientar os gestores a diretrizes específicas para a atividade de gestão estratégica, dividindo a tomada de decisão em três níveis trabalhados no processo. Observe! 1 Estratégicas: referente ao posicionamento a ser tomado pela empresa. Por exemplo, quais produtos, mercados, segmentos são escolhidos por ela, bem como seus objetivos (expansão, diversificação, novo segmento e nova linha de produtos). 2 Administrativas: estão atreladas à parte estrutural da empresa e à alocação de recursos para as decisões estratégicas, intervindo na organização do trabalho, comunicação e informação em geral. 3 Operacionais: decisões cotidianas com objetivo de colocar em funcionamento a busca constante de solução de problemas, exploração do lucro, e execução das rotinas. As decisões operacionais são supervisionadas pelas áreas de gestão, que, por sua vez, são orientados pela alta direção. License-528106-39154-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA A gestão estratégica é muito complexa e dinâmica, o que exige a participação de todos os colaboradores com decisões que levem ao resultado projetado. A questão sistêmica Perceba que a gestão estratégica só encontra êxito quando é compreendida como uma engrenagem perfeita de toda empresa. Não há como alcançar os objetivos estabelecidos se houver conflito de interesses internos, certo? Uma vez que a empresa trabalha de forma sistêmica, ou seja, os departamentos são interdependentes. O resultado organizacional é a conclusão do trabalho e empenho de cada colaborador, de todos os departamentos. Para que a empresa cresça e atinja os objetivos desejados, é preciso interação e envolvimento de todos. Em outras palavras, não adianta uma única equipe se esforçar, enquantoas outras ficam no marasmo, sem contribuir, sem tomar atitudes ou até torcendo contra. Por isso, quando a empresa estabelece uma meta de vendas, por exemplo, isso deve ser encarado por todos como uma meta organizacional, e não apenas da área comercial. Afinal, do que adianta o vendedor atrair o cliente até uma empresa bagunçada e desorganizada? Ou mesmo após a venda, o boleto chegar errado ao cliente? Tenha em mente que, embora vender seja atribuição do departamento comercial, a venda está interligada a outros fatores, os quais podem contribuir negativamente ou positivamente para ela ser concluída. License-528106-39154-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2018. É fundamental que todos os colaboradores participem, realizando suas atividades com afinco e contribuam significativamente para o que tem que ser feito. Portanto, o gestor precisa de muita habilidade para dirigir a equipe e controlar as ocorrências. Com todos participando, o processo de tomadas de decisões torna-se mais eficiente, visto que quando há engajamento, fica mais fácil para a organização aumentar sua produtividade, o que resulta em sucesso e entusiasmo coletivo. Sendo um organismo sistêmico, as empresas necessitam que todos os colaboradores trabalhem com o mesmo empenho para facilitar o trabalho da gestão. License-528106-39154-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Fatores críticos de sucesso Compreender os fatores críticos de sucesso é de suma importância na construção de um planejamento estratégico efetivo. No entanto, tem-se percebido que a maioria das empresas além de não ter um planejamento estratégico, não possui sequer objetivos ou ações operacionais bem estabelecidas. Os fatores críticos de sucesso são a chave mestra que determina se haverá sucesso ou insucesso de um objetivo estratégico. Ao realizar a identificação desses fatores, siga a avaliação a seguir: Posicionamento estratégico Empreendedorismo e inovação Eficiência e produtividade Condição de recursos Lucratividade e rentabilidade Desenvolvimento e desempenho de gerência e dos colaboradores Capacidade de aprendizagem da organização Responsabilidade social A partir de agora, você verá o quanto essa análise implica na construção de modelos estratégicos, em especial no Balanced Scorecard. Identificar e solucionar os fatores críticos de sucesso da organização aumenta as probabilidades de alcance dos resultados do planejamento estratégico. License-528106-39158-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA As principais conexões da gestão estratégica com o plano estratégico. Há muita confusão na hora de diferenciar o que é gestão estratégica, planejamento estratégico e planos de ação. O intuito deste segmento é justamente apresentar para você as diferenças e convergências desses conceitos, e mostrar como eles trabalham de forma interdependente. A diferença entre planejamento estratégico e gestão estratégica Como já vimos nesta unidade, o PE é o processo que visa avaliar a empresa em seu momento atual. Para isso, traça no momento presente objetivos estratégicos. Já a gestão estratégica é mais ampla e tem um caráter contínuo, foco na gestão dos recursos frente aos objetivos organizacionais e controle para que a implantação do PE não tome um rumo diferente do idealizado. HOJE HOJE Elaboração do PE O que se almeja no futuro? Novo amanhã com outras perspectivas e resultados melhores Elaboração de novo PE Planos de ação estratégicos, táticos e operacionais Planos de ação estratégicos, táticos e operacionais Objetivo estratégico GESTÃO ESTRATÉGICA License-528106-39158-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Como é possível ver na ilustração acima, a gestão estratégica é ampla, contínua e atua antes e depois do PE, ao passo que este atua em um momento de ruptura do momento atual com o momento futuro. Existem diferenças de abrangência entre a gestão e o planejamento estratégico; este é concentrado em um período e a gestão é perene. A evolução do planejamento estratégico em um plano de ação O PE traz objetivos grandes e com poucos detalhes. É por meio do trabalho dos departamentos que se constrói o plano de ação que vem com riqueza de informações. Vamos projetar aqui um exemplo. A empresa de software ABC iniciou seu PE querendo ampliar seus negócios e começar a vender no Mercosul (objetivo estratégico). A ABC tem muitos pontos fortes que pode explorar e que vão levá-la a avançar em seu propósito. Um deles é a qualidade do seu produto, sendo o único no segmento aqui no Brasil que tem a funcionalidade desejada pelos clientes foco. E esses clientes — que são muitos — estão demandando o produto. Chamamos isso de oportunidade, certo? Mas existem dois problemas: o primeiro é que a equipe da empresa ABC é muito fraca na apresentação do produto e existe um concorrente nos EUA interessado em entrar nesse mercado. Com base nisso, o que a empresa ABC deve fazer? Na próxima unidade veremos como se constrói uma estratégia, mas no caso da empresa ABC, de forma resumida, mapeamos uma lista de possíveis ações. Leia e reflita! 1 Não entrar no mercado do Mercosul, pois o concorrente pode estar mais bem preparado. 2 Entrar no mercado do Mercosul, mas com um preço bem barato dos seus produtos para compensar a equipe fraca. License-528106-39158-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA 3 Preparar a equipe, treinando-os e deixando-os qualificados para aproveitar a oportunidade com o preço do produto adequado e se defender da concorrência. 4 Trocar a equipe e ter um time qualificado, aproveitando a oportunidade com o preço do produto adequado e se defender da concorrência. Perceba que existe mais de uma solução e isso significa que, se a empresa ABC não pensar de forma estratégica, poderá tomar uma decisão que venha perder. Na primeira opção, a empresa perderia mercado, dinheiro e continuaria com a equipe ruim. É certamente a pior das decisões. A segunda opção não garante que ela conseguiria vender, ou seja, que ganharia mercado. E muito provavelmente perderia dinheiro, tempo e continuaria com a equipe de baixo desempenho. Já na quarta opção, trocar toda equipe significaria desembolsar um volume de recursos para pagar as rescisões contratuais, estabelecer tempo para a contratação da nova equipe e com o treinamento, sem a certeza de que ganharia a venda (mercado) e que obteria enfim uma boa equipe. Então só nos resta a terceira opção certo? A equipe, embora ruim, já tem algum conhecimento prévio. Isso faz com que o tempo investido no treinamento seja menor que se todos fossem novos. A empresa resolve o problema da equipe ruim, ficando apenas com um desafio que é a concorrência. Nesse momento, com uma equipe qualificada, um produto que atende o que o público-alvo deseja, a aproximação geográfica e a facilidade de negociações entre países do Mercosul, os custos logísticos mais viáveis, a concorrência nem é mais um problema tão grande assim não é mesmo? Ao optar pela terceira opção, a empresa ABC elaborou seu plano de ação, com o propósito de qualificar a equipe. O modelo mais conhecido é o 5Ws e 2Hs. Já ouviu falar nele? As letras “w” e “h” referem-se às perguntas em inglês (uma vez que esse plano de ação foi originalmente desenvolvido nas empresas americanas), que devem ser direcionadas à ação proposta. Vejamos o caso do treinamento da equipe ABC: License-528106-39158-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA 1 O que deve ser feito [Ação] – (What?) – Treinamento da equipe comercial da empresa ABC. 2 Por que essa ação deve ser feita (Why?) – Para qualificar a equipe e aproveitar a oportunidade de venda nos países do Mercosul. 3 Como essa ação deve ser feita (How?) – Contratação de professores e coaching de venda. 4 Quando essa ação deve ser feita (When?) – Até dia 10 de julho. 5 Onde essa ação deve ser feita (Where?) – Na sala de treinamento do departamento comercial. 6 Quanto Custa fazer essa ação (How much?) – $X por vendedor. 7 Quem é o responsável pela ação (Who?)– A gerente de Recursos Humanos Fonte: nasirkhan, Shutterstock, 2018. Agora é apenas seguir o plano, monitorar cada ação descrita e, caso algo saia do planejado, a empresa ABC rapidamente poderá corrigir e voltar ao rumo programado. O planejamento estratégico atua em objetivos macros que se desdobram em ações menores, passando a ser um plano de ação com foco operacional. License-528106-39158-0-4 GESTÃO ESTRATÉGICA Acompanhando as ações Após o plano de ações pronto, chegou a hora de executar! Nesse momento, convém reunir a equipe e explicar cada passo, o que representa cada ação para o resultado da organização, a importância dos prazos, o cumprimento do orçamento etc. Depois, é hora de começar a executar as ações, momento que exige um acompanhamento bem próximo do gestor para garantir que todos estejam realizando suas atividades corretamente. Por fim, é essencial controlar para que tudo ocorra como foi planejado, colaborando para o êxito do PE da organização. Não adianta realizar todas as fases com esmero e pecar justamente na execução! É essencial o gestor acompanhar de perto a fase de execução operacional para garantir as metas da área e contribuir com os objetivos organizacionais. License-334750-51386-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Apresentação do Balanced Scorecard e seus mapas estratégicos A estratégia tem se tornado cada vez mais fundamental para que as empresas alcancem os resultados almejados. Quando se elege uma estratégia, elege-se um determinado caminho, que é pavimentado por oportunidades e ameaças — variáveis no ambiente externo da empresa — e pela quantidade, origem e qualidade dos seus recursos e competências essenciais. Tempos atrás, havia uma ideia de que as formas de medir o desempenho das organizações eram insuficientes. Com isso, dois professores da Universidade de Harvard procuraram criar uma metodologia mais adequada para medir o desempenho organizacional. Assim, Kaplan e Nortan desenvolveram um competente apoio à gestão estratégica, afirmando: “Não se pode gerir o que não se mede, então não se pode medir o que não se descreve”. Conceituando o BSC O Balanced Scorecard (BSC) é um método de gestão fundamentado em indicadores previamente estabelecidos que estimam o desempenho empresarial. Ele possibilita a visão organizacional no momento presente e futuro, de maneira ampla, devendo, para isso, contemplar quatro aspectos: financeiros; clientes; processos internos; e aprendizagem e crescimento. Assim, a organização tem sua capacidade de medir e monitorar expandida, possibilitando que todos os temas importantes do processo produtivo passem a obedecer métricas. Além disso, a própria compreensão estratégica da organização é ampliada, o que resulta na melhoria das definições da alta administração e no envolvimento de cada colaborador no processo por meio dos mapas estratégicos. License-334750-51386-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2018. Entre os principais propósitos da utilização do BSC está avaliar o desempenho da organização por meio dos indicadores, e aferir se o que foi planejado está alinhado aos resultados esperados. Isso possibilita que ajustes sejam feitos. A construção do BSC passa por quatro fases, as quais listamos a seguir! 1 Trazer a visão aos níveis operacionais, com um conjunto de objetivos e indicadores correlatos. 2 Comunicação e empenho de todos com os objetivos. 3 Desenvolvimento de planos de ação, como consequência do direcionamento estratégico. 4 Aprendizagem, crescimento, feedback e aprendizado, que favorecem a correção de erros e a ajuste das ações estratégicas. O BSC se transformou um processo de gestão estratégica e vem sendo utilizado com sucesso em organizações privadas e públicas. Saiba que “Balanced Scorecard”, em português, significa “quadro de comando integral”, pois, com os indicadores de desempenho, os gestores têm condições de unir dados importantes na intenção de auxiliar e monitorar a evolução da estratégia. License-334750-51386-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA O Balanced Scorecard veio preencher uma lacuna que as empresas tinham na sistematização de suas estratégias com o apoio nas quatro perspectivas. Definição de Mapa Estratégico O mapa estratégico é um instrumento que possibilita considerar os diferentes componentes do BSC, num processo causa-efeito que estabelece os resultados almejados com os correspondentes impulsionadores. Eles são diagramas que descrevem como uma organização institui seu valor, por meio da união dos objetivos estratégicos com cada uma das perspectivas (financeira, clientes, processos, aprendizagem e crescimento). Os mapas estratégicos oferecem, portanto, um modo equilibrado e sólido de descrever a estratégia, facilitando sua comunicação ao público-alvo. Como vimos, existem quatro perspectivas: financeira; clientes; processos internos; aprendizagem e crescimento. A perspectiva financeira busca criar valor para os acionistas. Trabalha com indicadores como lucro, receita e custo. A perspectiva do cliente apresenta métricas como satisfação e contagens de clientes e market share (participação no mercado). A perspectiva do processo interno normalmente traz medidas como quantidade de erro, tempo e controle de qualidade. A perspectiva da aprendizagem e crescimento em geral apresenta métricas como turnover, absenteísmo, conhecimento dos líderes. A informação é apresentada em uma única página, facilitando a comunicação. Por último, as relações de causa e efeito são apresentadas com uma ligação simples, por meio de setas. A imagem a seguir sinaliza as quatro perspectivas do BSC. License-334750-51386-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Processos Internos Indicadores equilibrados Clientes Aprendizado e crescimento Finanças Fonte: Luna2631, Shutterstock, 2018. O ME traduz os objetivos estratégicos em nível operacional sob as perspectivas financeiras, clientes, processos internos e aprendizagem e crescimento. Utilização do Mapa Estratégico Segundo Kaplan e Norton, o mapa estratégico é utilizado nas organizações para cumprir alguns propósitos. Confira quais são eles! License-334750-51386-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA 1 Elucidar a estratégia a nível gerencial – após estabelecer o rumo futuro da empresa, a alta direção o apresenta ao nível gerencial, que deve trabalhar o desenvolvimento de cada objetivo estratégico. Com o mapa estratégico, esse trabalho torna-se bem mais efetivo. 2 Comunicar a estratégia aos demais colaboradores – por estar tudo descrito na mesma página, (objetivo, metas, indicadores e iniciativas) sua comunicação a todos os colaboradores torna-se mais simples, inclusive do nível operacional. 3 Alinhar os órgãos, unidades, setores, departamentos e funções – todos os participantes da cadeia produtiva devem falar a mesma língua da empresa, compreendendo suas posições e o que se espera de cada membro. 4 Focar os processos de gestão – com tudo isso estabelecido, basta focar na execução das atividades, no fluxo constante de feedback, tendo a oportunidade de identificar as falhas e corrigir a rota com facilidade e rapidez. Clique na figura para assistir ao vídeo License-334750-51386-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Fonte: Kheng Guan Toh, Shutterstock, 2018. A utilização do mapa estratégico traz segurança a todos os envolvidos na gestão, bem como uma possibilidade de controle que antes não existia. Muitas empresas de sistemas desenvolveram softwares baseados no BSC, apresentando o mapa em formatos de velocímetros com os seguintes indicadores: excelente; bom; regular e ruim, a exemplo do indicado na figura a seguir. Fonte donskarpo, Shutterstock, 2018. License-334750-51386-0-6 GESTÃO ESTRATÉGICA Essa demonstração facilita a compreensão da performance, pois é simples e cada colaborador responsável pelo desempenho de um indicador sabe se está dentro do planejado ou precisa reajustar. A utilização de mapa estratégico facilita a gestão, o controle
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