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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
RELÁTORIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
PROJETO PRÁTICO
PERÍODO PANDEMIA COVID - 19
	
GUARULHOS
2021
2
	
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
JUCILEIA GONDIM DE FREITAS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
(PROJETO PRÁTICO A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO)
Guajará - AM
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
JUCILEIA GONDIM DE FREITAS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
(PROJETO PRÁTICO A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO)
 (
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de 
Pedagogia
, como pré-requisito para aprovação
.
)
Guajará – AM
2021
PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO (A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO).
RESUMO 
 O presente projeto tem como objetivo coletar dados que demonstrassem a importância das atividades lúdicas na alfabetização, visto que jogos e brincadeiras são, essencial na construção de uma aprendizagem significativa e isso em qualquer fase escolar. Pretende-se comprovar que a utilização de jogos e brincadeiras em sala de aula contribui para formação de atitudes sociais como respeito mútuo, cooperação, relação social e interação, auxiliando na construção do conhecimento. Sabe-se que a criança caracteriza-se principalmente pela sua criatividade, pelo fascínio das descobertas, das atividades e situações diferentes, enfim, possui extremo interesse pelo novo, pelo palpável e por tudo o que é no concreto. Assim o processo de aprendizagem na alfabetização e letramento torna-se prazeroso, fácil e dinâmico.
Palavras chaves: Alfabetização. Letramento. Lúdico. Aprendizagem. Prazerosa.
			
	
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	6
2.	DESENVOLVIMENTO	7
Ilustrações	7
1.1	Sigla	8
1.2	Tabelas	8
1.3	Paginação	9
1.4	Citações	9
3.	RELATO DE ESTUDO	11
4.	CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	12
			
	
1. INTRODUÇÃO
 O objetivo dessa pesquisa é verificar a importância do lúdico dentro do processo de alfabetização e letramento. Os jogos, que por muito tempo fizeram parte da didática de grandes educadores do passado, hoje, surgem como necessidade absoluta e indispensável no processo educativo. Não será abordado o brincar por brincar e sim o brincar sob uma perspectiva pedagógica. Almeida (1978) afirma que os jogos não devem ser fins, mas meios para atingir objetivos. Estes devem ser aplicados para o benefício educativo.
 Também, será analisado de que forma o professor deve planejar uma prática pedagógica que otimize e facilite a inclusão do jogo e a brincadeira na escola, levando em consideração o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e à construção do conhecimento, os quais estão fortemente interligados.
 Tais processos oportunizam, através da mediação, as mais variadas situações para que a aprendizagem do educando seja significativa, entendendo sua realidade, bem como a possibilidade de alcançar sucessos no processo de alfabetização e letramento.
2. DESENVOLVIMENTO
 Em virtudes dos fatos mencionados alfabetização e Letramento são conceitos que têm feito parte de inúmeros estudos e discursos sobre Educação na atualidade. Cada vez mais se percebe a necessidade de inseri-los nas práticas pedagógicas dos docentes de um modo geral, com foco na Educação de qualidade para todos.
 Diante disso á vida da criança é uma sucessão de experiências de aprendizagem adquirida por ela mesma, quando tem a oportunidade de interação. Ao chegar à escola, ela traz consigo infinitas experiências e conhecimentos acumulados, conquistados por meio de exploração visual, auditiva, jogos, brincadeiras, conversas, passeios, contatos, brinquedos, que influenciarão no processo de aprendizagem.
 Com isso no processo de aprendizagem da leitura e da escrita, a criança defronta-se com um mundo cheio de atrações (letras, palavras, frases, textos) e se engajará neste mundo muito mais facilmente se puder participar integralmente dele e se o processo for transformado num grande ato lúdico (participativo, inteligente, prazeroso), em oposição ao ato técnico (estático, repetitivo, mecânico) muito próprio das escolas. Portanto, percebe-se a necessidade de se relacionar o processo de alfabetização com o lúdico, na forma de jogos e brincadeiras, que despertam o interesse e arrebatam a atenção das crianças, tornando este processo cheio de significado.
 Como visto á alfabetização não se encontra mais sozinha. Hoje a proposta é alfabetizar letrando. Sobre isso, o caderno pedagógico do pró-letramento diz:
“ao mesmo tempo em que a criança se familiariza com o Sistema de Escrita alfabética, para que ela venha a compreendê-lo e a usá-lo com desenvoltura, ela já participa na escola, de práticas de leitura e escrita, sou seja, ainda começando a ser alfabetizada, ela já pode e deve ler e escrever, mesmo que não domine as particularidades de funcionamento da escrita.”
 É impossível não perceber a importância que se vem concedendo, em escala cada vez mais crescente, ao mundo dos símbolos. Em todos os lugares, a todo instante, estamos rodeados por informações expressas por meio de letras, números, sinais, desenhos, mapas. Assim sendo, para desempenhar desde as mais simples atividades cotidianas às mais complexas, é necessário ler, interpretar, compreender, escrever com autonomia.
 Portanto, não nos resta dúvida de que na escola, importante agência de letramento, primeiramente “[...] é necessário reconhecer que alfabetização – entendida como a aquisição do sistema convencional de escrita – distingue-se de letramento – entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais […]” (SOARES, 2004, p.20). Além disso, é relevante compreender que é importante ir muito além do domínio do código escrito. Nosso desafio se constitui em “alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela integração e articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita [...].” (SOARES, 2004, p.22).
 Contudo a alfabetização e o lúdico são inseparáveis. O ambiente lúdico é o mais propício para a aprendizagem e produz verdadeira internalização da alfabetização e do letramento. O brincar pedagogicamente deve estar incluído no dia-a-dia das crianças. Dessa forma será proporcionado o desenvolvimento das capacidades cognitivas, motora, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e de inserção social e a aprendizagem específica da alfabetização. Ao brincar, a criança tem a possibilidade de conhecer seu próprio corpo, o espaço físico e social. Brincando, a criança tem oportunidade de aprender conceitos, regras, normas, valores e também conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentos nas mais diversas formas de conhecimento.
 Por tanto o lúdico favorece a auto-estimar da criança e a interação de seus pares, propiciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas capacidades cognitivas. É um caminho que leva as crianças para novas descobertas, revelando segredos escondidos explorando, assim, um mundo desconhecido. A criança brincando o tempo todo e em todo o tempo. Por isso que a comida, o lápis, os sapatos, tudo se torna brinquedo. Quando está sem nenhum objeto seu corpo torna-se um brinquedo. O brincar é uma atividade própria da criança, dessa forma, ela se movimenta e se posiciona diante do mundo em que vive. Na alfabetização e no letramento ela não brinca por brincar, ela brinca com propósitos e com um olhar pedagógico.
 Com os desafios lúdicos, as professoras estimulam o pensamento, desenvolvem a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interessepode provocar. A alfabetização e o letramento acontecem de forma contínua na vida criança e, quando o lúdico está presente nas práticas educativas, nas atividades de aprendizagem, nos momentos de atividades mais livres, desperta a criança para o prazer de estar na escola e de aprender. Assim, elas criam um espaço de experimentação e descoberta de novos caminhos de forma alegre, dinâmica e criativa.
 Essa forma de aprender ajuda na preparação para a vida adulta, pois desenvolve as funções intelectuais e desenvolve suas potencialidades. Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade” (p. 117). Enquanto a criança brinca, amplia sua capacidade corporal, explora as percepções e, sobretudo, desenvolve e estimulam o raciocínio e a concentração, fatores fundamentais para o aprendizado. Rir, aceitar limites, organizar uma tarefa, concentrar, disputar, estar atento, sentir frio na barriga, raciocinar, pensar, gargalhar, competir com os outros e consigo próprio, ser curioso, ter prazer, cooperar, descobrir-se na relação com os outros, ser ágil, surpreender-se com a atitude do outro, emocionar-se. É difícil esgotar a riqueza de contribuições que os jogos e brincadeiras podem trazer para o desenvolvimento humano de seres pequenos, jovens ou adultos.
 O lúdico enriquece o vocabulário, aumenta o raciocínio lógico e leva a criança a avançar em suas hipóteses. Dessa forma, ela desenvolve o processo de ensino aprendizagem, se alfabetiza e de forma divertida e dinâmica. As atividades lúdicas são fundamentais para uma aprendizagem divertida e de sucesso. O caderno pedagógico do pró-letramento diz que “os jogos promovem habilidades no exercício fonológico, na exploração e domínio das relações som-grafia, levando a terem avanços na leitura e escrita”. Nas situações de jogar, brincar, os alunos partilham suas descobertas com os colegas e assim vão aprendendo a ler e a escrever.
 O papel do professor diante do desafio da ludicidade na alfabetização e no letramento.
 O professor em sala de aula, a cada dia que passa é preciso buscar novas formas de tornar o ensino estimulante e eficaz. No caderno do Pró-letramento, (p. 6) fala que “o ensino estimulante junta o prazer e o divertimento à aprendizagem”. Diante disso, é necessário criar situações de ensino-aprendizagem possibilitando um trabalho com dimensões lúdicas dentro e fora da sala de aula.
 Quando a criança é motivada pelo prazer, ela se envolve mais facilmente nas atividades e, conseqüentemente, fica à disposição para aprender. O caderno de pró-letramento (p. 6) aponta que “que os jogos e as brincadeiras promovem tanto a apropriação do sistema de escrita alfabética quanto das práticas de leitura, escrita e oralidades significativas”. É preciso aplicar estratégicas de forma lúdica, seja através das brincadeiras, do ritmo de uma música, das poesias, das rimas ou do envolvimento da turma nas elaborações de atividades.
 Os jogos precisam estar no planejamento do professor e ele deve motivar seus alunos na criação de novos jogos. As atividades lúdicas auxiliam na alfabetização e no letramento, mas precisam chegar aos alunos com planejamento e estratégias. Não é simplesmente dar o jogo e deixa os alunos jogarem do “jeito” deles. O caderno pedagógico do pró-letramento, (p. 35) afirma: “Os objetivos pedagógicos devem nortear o uso de atividades lúdicas no processo de alfabetização: brincar por brincar pode ser divertido, mas não necessariamente contribui para o processo de ensino-aprendizagem.”
 O professor precisa estar atento às perguntas e soluções que os alunos propõem e o momento da atividade lúdica é um espaço de grande aproveitamento para isso. Dessa forma, o professor visualiza melhor as estratégias e os progressos que cada aluno está fazendo. É necessário interagir com os alunos, direcionando-os para a aprendizagem. Negociando com eles as regras e a familiarização do jogo.
Cada criança possui um grande potencial para aprender, o que as levam a internalizar o a aprendizagem aproveitando assim as oportunidades que lhes são oferecidas. Dessa forma elas constroem sua aprendizagem, criando e recriando. Faz-se necessário que os professores, além de ter o conhecimento, comprometimento, experiência e identificação com a tarefa de alfabetizar, alarguem, continuamente, seus conhecimentos sobre lingüística, psicolingüística, sociolingüística, psicologia e para, além disso: que se proponham a repensar freqüentemente sua prática, de modo a perseguir o objetivo de atingir a todos os alunos, nem que para isso tenham que lançar mão de métodos e estratégias variados, porém, com segurança e intencionalidades bem definidas.
 Leitor, escritor, mediador, observador, afetivo, pesquisador, flexível, estudioso, são sem sombra de dúvida, algumas das características de um bom alfabetizador. Para que um professor introduza jogos no dia-a-dia de sua classe ou planeje atividades lúdicas, é preciso que ele acredite que brincar é essencial na aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na construção da identidade.
.
RELATO DE ESTUDO
 A ludicidade, atualmente, é vista como uma poderosa ferramenta para o processo ensino-aprendizagem e para o desenvolvimento infantil, graças, principalmente, às teorias como a de Piaget e Vygotsky, que provaram que o lúdico contribui para o desenvolvimento integral da criança. Analisando os dados da pesquisa, verificamos que as professoras já possuem certo conhecimento sobre o lúdico, e a maioria compreende a importância para a construção do conhecimento. Neste sentido, a maioria dos dados da pesquisa vem ao encontro da teoria de Yygotsky (1991), que ajudam a compreender as contribuições do lúdico na vida da criança.
 Deixando de ser apenas consideradas como atividades que dão prazer, que servem apenas divertir e passam a ter um papel fundamental no desenvolvimento e na aprendizagem infantil, ou seja, elas auxiliam na aprendizagem. De acordo com essa afirmação, Kishimoto (2000) diz que o lúdico não pode ser visto apenas como divertimento ou uma forma para desgastar energia, mas que ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, social e moral. Desta forma, podemos perceber os benefícios que o lúdico pode trazer no processo de ensino aprendizagem, como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses. Sobre atividades lúdicas, um professor comentou: “é uma atividade lúdica que pode ser desenvolvida em todas as disciplinas do currículo, tornando, com certeza, as aulas mais atraentes, facilitando a aprendizagem e o desenvolvimento do educando”. Nota-se pela fala do educador, que o brincar além da recreação, pode ser utilizado para facilitar e ajudar na apropriação do conhecimento, bem como, contribuir para o desenvolvimento da criança. 
 De acordo com Piaget (1978), quando a criança brinca, imagina e assimila o mundo da sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois, sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui. Por meio dos jogos e brincadeiras, os professores podem trabalhar qualquer conteúdo, possibilitando, assim, que a criança desenvolva suas capacidades 25 psicológicas e se aproprie do conhecimento escolar, de forma dinâmica e significativa. Porém, a maioria dos professores citou sentir dificuldades em usar o lúdico como uma ferramenta pedagógica. Acredito que isso possa vir a ocorrer, por falta de qualificação continuada e também pelo comodismo, pois uma professora citou na entrevista que fazer uso do lúdico necessita dedicação e tempo do professor. Para Vygotsky (1991), o brincar é uma atividadehumana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos. Sabe-se da importância da ludicidade para a aprendizagem e desenvolvimento das crianças em idade escolar. 
 No entanto, através das entrevistas percebe-se que na maioria das escolas, o lúdico ainda é pouco utilizado como uma ferramenta pedagógica, embora a maioria das professoras entrevistadas reconheça o grande beneficio que o lúdico pode proporcionar para a aprendizagem. 
 A utilização do lúdico, em sala de aula, depende e envolve um planejamento e uma seqüência didática, os jogos e brincadeiras sejam considerados como parte de um processo, e não um fim em si mesmo, pois mais que brincar, é preciso que a criança aprenda e se envolva. Nota-se essa preocupação quanto à contribuição que o uso do lúdico traz para o processo de ensino-aprendizagem, na fala dos professores, que dizem: “[...] quando o aprender se torna prazeroso, ele é mais duradouro e a participação da criança é mais efetiva, melhorando o seu grau de conhecimento e relacionamento humano”. Nesse sentido, pode-se dizer que há uma preocupação e um esforço dos professores pesquisados em colocar instrumentos lúdicos no cotidiano escolar, mas segundo eles existem algumas barreiras que atrapalham, como a falta de tempo, medo da atividade não dar certo, insegurança do professor, dificuldade em inserir as atividades lúdicas no planejamento das aulas relacionado aos conteúdos. Segundo Volpato (2002), as intervenções pedagógicas podem e deve dar-se a todo o momento, inclusive nos momentos que a criança está brincando ou jogando, porque apoiados no conhecimento do professor, o aluno constrói seu conhecimento de maneira reflexiva e significativa. 
 Kishimoto considera: Os jogos educativos ou didáticos estão orientados para estimular o desenvolvimento cognitivo e são importantes para o desenvolvimento do conhecimento escolar mais elaborado – calcular, ler e escrever. (2000, p. 100) Nesse sentido, o autor em questão (1997, p. 37) também afirma que, além da função lúdica, o brinquedo tem uma função educativa. Segundo ele, “o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão de mundo”. O lúdico só contribuirá para o aproveitamento escolar dos alunos, se os professores compreenderem-no como uma atividade humana significativa, por meio da qual os sujeitos se compreendem como sujeitos culturais e humanos. 
 De acordo com isso, um dos professores expressa que: “O lúdico contribui para o rendimento escolar, porque estimula a atenção, a capacidade intelectual, a espontaneidade, a imaginação, a observação, a percepção e o relacionamento social”. Wallon (1981) enfatiza que a interação com o meio e com o objeto é fundamental para o desenvolvimento da criança, pois é nas relações que a gente se faz, ninguém se faz sozinho. Assim podemos perceber a necessidade das atividades lúdicas onde os alunos poderão criar situações e a maneira como elas podem ser resolvidas. Tornar a escola um lugar atraente e prazeroso requer a reflexão sobre os métodos utilizados pelos professores ao ensinar e os resultados obtidos pelos mesmos neste processo. Nesse sentido, é necessário, portanto, ressignificar a prática educativa. Conforme Almeida (1981) é fundamental que os professores se aperfeiçoem, que busquem conhecimentos capazes de lhe darem coragem para enfrentar o novo com segurança. Nesse contexto, Assmann enfatiza que: [...] é preciso substituir a pedagogia das certezas e dos saberes pré-fixados por uma pedagogia da pergunta [...] por uma pedagogia da complexidade, que saiba trabalhar com conceitos transversais, abertos para a surpresa e o imprevisto. (2001, p. 33) Então, pode-se dizer que se deve utilizar a ludicidade na aprendizagem, no cotidiano escolar, mas mediante jogos e situações lúdicas que proporcionem não apenas a reflexão sobre conceitos matemáticos, lingüísticos ou científicos, mas também a formação integral do indivíduo. Para isso, é preciso colocar o lúdico no real espaço que ocupa no mundo infantil. Ao se incorporarem atividades lúdicas na prática educativa estarão proporcionando novas e interessantes relações e interações entre as crianças e destas com os conhecimentos.
CONCLUSÃO
 Em virtudes dos fatos mencionados no nosso projeto podemos perceber que a ludicidade se apresenta como requisito fundamental tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança, quanto à socialização e a aprendizagem. A alfabetização torna-se divertida quando a criança brinca e, dessa maneira, vai construindo seu aprendizado. Porém, é de suma importância que haja, da parte do professor, um planejamento diversificado almejando, principalmente, o amplo desenvolvimento da criança levando-a ao aperfeiçoamento e avanço na sua aprendizagem. Cabe ao professor, em seu papel de mediador, proporcionar atividades que desafiem seus alunos e os desenvolvam em sua totalidade.
 Portanto o lúdico, junto com o imaginário, oferece caminhos amplos para o desenvolvimento das crianças tornando-as mais críticas, autônomas, criativas, felizes e, com isso, realiza um aprendizado com significação. Dessa forma, possibilita-se uma observação mais ampla do mundo, promovendo o desenvolvimento em todas as dimensões humanas e levando ao sucesso na alfabetização e o letramento. Toda educação, verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania, precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais. O lúdico vem ligar de forma divertida a criança a aprendizagem significativa.
 Já está comprovado por inúmeros autores que o lúdico contribui não só para o desenvolvimento cognitivo, como também para o desenvolvimento afetivo e social da criança. E, pelo fato de ela passar boa parte de seu tempo dentro da escola, deve-se ressaltar ainda mais a importância das atividades lúdicas dentro do cotidiano escolar. 
 Para que estas sejam vivenciadas pelos educadores, procurando mostrar-lhes que, ao se utilizarem do lúdico para ensinar, tornarão suas aulas mais atrativas, alegres. E, acima de tudo, permitirão aos seus educandos ter um bom rendimento escolar, além, é claro, de respeitar o direito da criança de brincar e contribuirão, de maneira significativa, para seu total desenvolvimento. 
 Desta forma, então, acredita-se que o lúdico é um ingrediente indispensável no cotidiano escolar, pois ele favorece o relacionamento entre as pessoas, a afetividade, o prazer, o autoconhecimento, a cooperação, a autonomia, a imaginação, a criatividade. Permite que a criança construa, por meio da alegria e do prazer, seus conhecimentos, abrindo caminhos para que elas possam reconhecer-se como sujeitos e autores sociais plenos, fazedores da própria história e da história do mundo que as cercam. Nesse sentido, espera-se que este trabalho sirva aos educadores e a todas as demais pessoas que dele se utilizarem, para que busquem uma educação mais emancipadora e humanizadora, tornando a aprendizagem um processo prazeroso, visando à compreensão e a construção do educando como um agente transformador de seu meio. A partir deste estudo, acredita-se que a verdadeira educação libertadora é aquela que permite às pessoas deixarem de serem “objetos” para se tornarem “sujeitos” de sua própria história e da história da sociedade.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes. Dinâmica lúdica jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola. 1978.
_______________________- Ana me indicou.
FARIA, Valéria. Currículo na Educação Infantil. SP: Scipione, 2007.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. SP: Edit. Perspectiva, 1999.
KISHIMOTO, Tizuka. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. SP: Cortez, 2006.
Pró-letramento: Programade Formação Continuada de Professores dos anos/séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. – Ed.rev. e ampl. Incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de referência/ Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. Pátio: revista pedagógica, Porto Alegra: RS, n. 29, p. 18-22, fev./abr. 2004.

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