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12/4/2012 1 Bioestratigrafia: principais conceitos e aplicações Disciplina de Paleontologia Prof.a Dimila Mothé Aula 4 dimothe@hotmail.com Estratigrafia Lat. Stratum = camada, estrato Gr. Graphos = descrição Seus objetivos são: descrever e estabelecer a sucessão das rochas, construir colunas estratigráficas, relacionar as unidades estratigráficas a eventos físicos e biológicos, organizar a história geológica, construir escalas de tempo geológico. Ramo da Geologia que estuda a origem, composição (litológica, estrutural e fossilífera) e relações temporais das rochas estratificadas; descreve e correlaciona as rochas sedimentares através do entendimento dos processos atuantes na sua formação e dos ambientes de sedimentação. 12/4/2012 2 Divisões: 1) Litoestratigrafia: Cada camada é um tipo diferente de rocha. 2) Cronoestratigrafia: Cada camada é uma idade diferente. 3) Bioestratigrafia: Cada camada contem uma assembléia fossilífera diferente. Princípios: Atualismo (o presente é a chave do passado). Continuidade lateral dos estratos. Horizontalidade original dos estratos. Superposição dos estratos. Estratigrafia Bioestratigrafia Bioestratigrafia é o ramo da Estratigrafia que busca estudar o conjunto dos estratos e seus fósseis, correlacionando eventos sedimentares com eventos bióticos. Paleontologia Estratigrafia Bioestratigrafia Sedimentação: conjunto de processos geológicos onde ocorre o acúmulo de partículas transportadas de outros lugares ou precipitadas química ou biologicamente. Bacia sedimentar: depressão no relevo onde ocorre sedimentação. 12/4/2012 3 Correlação Bioestratigráfica Desconformidade Correlação temporal com camadas de A e C, com base no princípio de sucessão biótica. Fóssil retrabalhado 12/4/2012 4 Correlação Bioestratigráfica Correlação Bioestratigráfica 12/4/2012 5 Fósseis guia ou índice • Potencial de preservação • Abundância e tamanho do organismo • Grau de dispersão • Distribuição temporal conhecida Ideal: distribuição vertical restrita e distribuição horizontal ampla. Trilobita Fauna do Folhelho Burgess Chondrichthyes Cephalopoda Fósseis guia ou índice 12/4/2012 6 Datação relativa Determinação da idade relativa do estrato a partir da amplitude do registro fossilífero de determinados fósseis guia. Cretáceo - Oligoceno Triássico - Cretáceo Permiano Siluriano - Triássico Cambriano - Siluriano Pré-Cambriano - Cambriano Triássico Permiano Cretáceo Correlação estratigráfica global O papel das associações fossilíferas mundiais na correlação de camadas rochosas. 12/4/2012 7 Importância da amostragem Quanto mais detalhada a amostragem em um perfil (menor distância de coleta), melhor pode ser a representatividade dos fósseis registrados. Amostragem Testemunho de sondagem Sondagem com amostras de calha 12/4/2012 8 Biozonas São unidades bioestratigráficas, corpos sedimentares definidos ou caracterizados por seu conteúdo fossilífero. Uma biozona pode ser definida com base em um único taxon ou combinações deles ou na abundância relativa de táxons. A evolução é base para a subdivisão Bioestratigráfica. Podem ser divididas em subzonas ou superzonas. Biozonas 12/4/2012 9 Biozonas Biozonas 12/4/2012 10 Biozonas Biozonas 12/4/2012 11 Microfósseis Classificados de acordo com a composição quimica do “esqueleto”. Foraminíferos, nanolitos, ostracodes, pterópodes, calpionelídeos, algas calcárías, briozoários. Radiolários, diatomáceas e silicoflagelados. Conodontes Esporos/grãos de pólen, dinoflagelado acritarco, microforaminífero conchostráceo, escolecodonte, quitinozoário, tasmanite, fungo, resíduo orgânico. Calcário Silicoso Fosfático Orgânico 12/4/2012 12 Distribuição temporal dos Microfósseis Distribuição ambiental dos Microfósseis 12/4/2012 13 Palinologia Esporos/grãos de pólen, dinoflagelado acritarco, microforaminífero conchostráceo, escolecodonte, quitinozoário, tasmanite, fungo, resíduo orgânico. Orgânico PALINOMORFOS - Estruturas microscópica que são recuperadas de sedimentos e rochas sedimentares e são resistentes a rotina de extração. Incluem estruturas de animais, plantas, protistas e fungos que possuem tamanho microscópico (5 a 200 µm), e são composto de parede orgânica altamente resistente. Encontrados em todos os ambientes sedimentares: continental, aquáticos, marinhos, manguezais, pântanos,etc. São equivalentes a uma partícula sedimentar de granulometria fina e a sua parede orgânica contem uma substância bastante resistente: ESPOROPOLENINA E QUITINA. Facilidade para estudo por possuírem inúmeras variações de forma, tamanho e ornamentações. São bons indicadores ambientais, pois ocorrem em todos os ambientes. Possível a partir do avanço da microscopia. Vantagens Membrana externa – resistente a decomposição e a reagentes químicos, permitindo o isolamento fácil do grão. Produzidos em grande quantidade – representação bastante ampla e dispersa dentro do sedimento. Dimensão reduzida – possibilita um tratamento estatístico mais seguro (20 – 150 µm). Forma/ ornamentação/ tipos de aberturas bastante variados – auxilia o reconhecimento das espécies. Desvantagens Nem todos os tipos de rochas sedimentares são viáveis à conservação dos palinomorfos – sedimentos oxidados/sofreu metamorfismo/clasticos grosseiros. Processo de preparação perigoso. Risco de contaminação com formas recentes. Palinologia
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