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CADERNO DE AULAS GO Podemos entender a gestão orçamentária simplesmente como o ato de fazer a gestão de um orçamento. Assim, para gerir de forma satisfatória um orçamento, podemos utilizar diversos instrumentos orçamentários e de planejamento que facilitam essa tarefa. Aqui, analisaremos alguns dos principais instrumentos utilizados para a gestão do orçamento público, sendo importante destacar desde já o papel de protagonismo que o orçamento e sua gestão tem dentro da gestão pública, uma vez que são ferramentas indispensáveis para a formulação e execução de políticas públicas. Sendo assim, vamos analisar primeiramente o Plano Plurianual. Ele é garantido pelo artigo 165 da Constituição Federal de 1988, sendo responsável por estabelecer e definir, de forma regionalizada, as diretrizes, as metas e os objetivos da administração pública no Brasil. Assim, respeitando as diferentes individualidades e necessidades de cada região, o PPA é o principal instrumento de planejamento da gestão pública, sendo o pilar central da organização orçamentária. Cada ente federativo possui seu próprio PPA de acordo com suas próprias necessidades, que é implementado no segundo ano de mandato do chefe do executivo e se encerra ao final do primeiro ano do mandato seguinte, sendo entendido assim como um plano de médio a longo prazo. A implementação funciona dessa forma para respeitar e validar os planos de cada chefe executivo para além de seu mandato, porém o PPA é dinâmico e pode ser alterado de acordo com o governo vigente. O segundo instrumento da nossa análise é a Lei Orçamentária Anual. Podemos entender a LOA como a junção dos principais orçamentos governamentais, sendo eles o orçamento fiscal da União e de seus poderes; o orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. Assim, a LOA apresenta o orçamento em sua forma mais simples, estando de acordo com o que foi definido pelo PPA e pela LDO, além de evidenciar as receitas e despesas governamentais e quadros demonstrativos regionalizados da situação orçamentária do país. Por fim, trataremos agora da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Antes de tudo, a LDO funciona como um elo entre o PPA e a LOA, orientando a elaboração da Lei Orçamentária Anual a partir do que foi previsto no Plano Plurianual. Assim, a LDO é responsável principalmente por reunir as metas e prioridades da administração pública, além de cuidar do equilíbrio de receitas e despesas e também de eventuais alterações na legislação tributária, sendo elaborada em um ano para ser aplicada no ano seguinte. É importante frisar também que a LDO conta também com o anexo de metas fiscais e o anexo de riscos fiscais. Enquanto o primeiro estabelece metas anuais não apenas para o ano ao qual a LDO se refere, mas também para os dois exercícios seguintes, o segundo é responsável pela análise de riscos que poderiam atrapalhar o equilíbrio no orçamento. Assim, fizemos o estudo dos 3 principais instrumentos orçamentários garantidos na Constituição utilizados no planejamento e na gestão pública. Inclusive, para uma boa e efetiva implementação do PPA, da LDO e da LOA, é importante que cada ente tenha os três instrumentos alinhados. Para isso, podemos citar também a Lei de Responsabilidade Fiscal, que reforça os vínculos entre eles. Sem esses instrumentos, não haveria maneiras de custear os planos governamentais e nem a máquina pública como um todo. Dessa forma, vemos o orçamento como responsável pela alocação de recursos e pela distribuição de renda, de maneira a garantir a estabilização e o equilíbrio econômico. Ato de gerir o orçamento Instrumentos Orçamentários/de Planejamento Constituição Federal: PPA, LDO, LOA (os entes devem ter as 3 alinhadas) Lei de Responsabilidade Fiscal: reforça os vínculos entre PPA LDO e Loa orçamento: caráter autorizativo para a execução das políticas públicas que visam ao atendimento das necessidades coletivas e ao bem estar da sociedade. sem ele, não há margem para manter o custeio da máquina pública Plano Plurianual união, estados e municípios (cada ente federativo tem seu PPA de acordo com suas necessidades) estabelece de forma regionalizada as diretrizes metas e objetivos para a adm pública respeita as individualidades e necessidades de cada região artigo 165 plano de médio/longo prazo vale por 4 anos se inicia no segundo ano do mandato de um presidente e se encerra no final do ano do mandato seguinte. basilar central do processo orçamentário na gestão pública principal instrumento de planejamento do gestor público é o primeiro a ser implementado abrange todas as metas para o ano exercício financeiro: período de vigência do orçamento (coincide com o ano civil) Lei de Diretrizes Orçamentárias metas e prioridades da adm pública federal estabelece diretrizes de política fiscal e respectivas metas trajetória sustentável da dívida pública orienta a elaboração da LOA (elo de ligação entre ela e o PPA) despesas de capital para o exercício financeiro subsequente dispor sobre alterações na legislação tributária equilíbrio de receitas e despesas anexo de metas fiscais e anexo de riscos fiscais passivos contingentes A LDO é elaborada neste ano para o exercício do ano que vem e o AMF deve conter dados para o exercício dos 3 próximos anos. Lei Orçamentária Anual o orçamento propriamente dito prevê as receitas e fixa as despesas orçamento fiscal dos poderes da união: orçamento de investimentos de empresas estatais orçamento da seguridade social possui 3 orçamentos diferentes mas é uma peça unica deve ter demonstrativo regionalizado Funções do Orçamento assegurar ajustes na alocação de recursos, na distribuição de renda e riquezas e garantir a estabilização econômica
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