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AULAS CIRURGIA PEDIÁTRICA FIMOSE Definição: - A fimose é o estreitamento do orifício prepucial que impede a exposição total ou parcial da glande. Complicações: - Balanopostite - ITU: pensar em E. coli ou proteus. - Parafimose: É a complicação aguda mais grave da fimose, pois pode causar isquemia da glande. Ocorre quando se tenta exteriorização da glande na presença do anel de constrição fibrótica. Causa garroteamento do pênis, que pode provocar grande edema, por bloqueio linfático e venoso. Tratamento: - A postectomia é o método mais tradicional para correção da fimose e é indicada para ser realizada depois dos 2 anos. - Pode ser utilizado um creme com corticóide durante as massagens. HIPERTROFIA DO PREPÚCIO Excesso de pele que pode ou não estar associada a fimose. Pode levar a dificuldade na higiene, infecções repetidas, manutenção de processos inflamatórios. A indicação cirúrgica está indicada quando há de fato dificuldades no processo de higienização. ACOLAMENTO BALANO PREPUCIAL A pele do prepúcio está aderida a glande. Entre a pele e a glande, no sulco balanoprepucial há glândulas sebáceas. Nessas situações de acolamento, esse sebo produzido pode se acumular levando a quadros de balanopostites, por exemplo. O tratamento é o descolamento que pode ser forçado ou realizado pela mãe da criança em casa, por meio de massagens. HIPOSPÁDIA Definição: - Abertura ventral do meato uretral - Encurvamento ventral do pênis - Hipertrofia do prepúcio dorsal e ausência do prepúcio ventral Classificação: Quanto mais proximal for a abertura do meato, maior o encurvamento do pênis. Incidência: - 1 caso em 300 RN do sexo masculino. - Pode existir no sexo feminino, apesar de ser raro. OBS: É importante observar se há ausência dos testículos, pode se tratar de casos de genitália ambígua. Além disso, é importante investigar se há malformações do trato urinário alto (USG). Desordem de desenvolvimento sexual deve ser suspeitada diante de criptorquidia bilateral. Deve-se solicitar cariótipo para definição do sexo, já que pode se tratar de uma menina com hiperplasia adrenal com virilização total. Pode ocorrer estenose do meato da uretra, e isso pode levar a um aumento da pressão podendo causar hidronefrose. Tratamento: - Ortofaloplastia (retificação do pênis) neouretroplastia (nova uretra). EPISPÁDIA A abertura do meato uretral está nestes casos, na região ventral. Costuma ser mais grave porque pode estar associada a malformações na inervação da bexiga (bexiga neurogênica) Incidência: - 1 para 50.000 RN. DISTOPIAS TESTICULARES Incidência - RN termo: 3,2% ○ 1° ano: 0,5% - Prematuros: 26,5% ○ 1° ano: 5,4% - Bilateralidade: 10% Tratamento: - A cirurgia para correção das distopias deve ocorrer após 1 ano e 1,5 ano. Classificações: - Criptorquidia: não palpáveis - Retidos: no trajeto de descida - Ectópicos: fora do trajeto - Retráteis 1. Criptorquidismo: classificação após/ durante a cirurgia. - Anorquidia: não tem testículo - Intra-abdominal - Hipotrofia 1. Retidos: preso no trajeto de descida, podendo estar: - Anel inguinal profundo - Canal inguinal - Anel inguinal superficial - Raiz do escroto 2. Ectópicos: saíram do canal inguinal - inguinal superficial - Crural - Perineal - Cruzado Temperatura escrotal: 1,5° a 2,5°C abaixo da cavidade abdominal. A esterilidade nos casos de distopias testiculares é maior quando a correção ocorre após 2° ano de vida. Tratamento: A cirurgia que promove a descida e fixação do testículo na região do escroto é denominada orquidopexia. Há maior chance de degeneração maligna - 10% dos tumores testiculares - portadores de distopias - 3,8 a 10% - chance de malignização (3ª e 4ª década de vida) - 1,45 chance de malignização contralateral Exemplo: 2 indivíduos - 1 possui os 2 testículos mas 1 encontra-se na região abdominal e o outro no escroto. O segundo indivíduo nasceu com apenas 1 testículo. Qual dos 2 indivíduos é mais fértil? R: O indivíduo com apenas um testículo é mais fértil. Porque o testículo do outro que encontra-se na região abdominal sofre ação do calor e do sistema imunológico que atrapalha desenvolvimento e fertilidade do que está no local correto. HÉRNIAS INGUINAIS Definição da Sociedade Brasileira de hérnia e parede abdominal: - Hérnia da parede abdominal ocorre quando parte de um órgão (normalmente alças do ID) se desloca, através de um orifício, chamado de anel herniário, e invade um espaço indevido (saco herniário). Epidemiologia: - Incidência: 4% da população - Prematuros: 30% - Sexo: masculino 3:1 feminino Distribuição etária: - ⅓ das crianças com hérnia tem menos que 6m de vida. - Quando surgem no 1° ano de vida, apresentam maior chance de complicações (encarceramento, estrangulamento) - É a patologia congênita mais prevalente. - Lateralidade: - 60% do lado direito - 30% do lado esquerdo - 10% bilateral Etiologia: Quando o saco herniário estiver localizado lateral aos vasos epigástricos, tem-se uma hérnia inguinal indireta, se for localizado medial aos vasos epigástricos, tem-se uma hérnia direta. Sinal da “Seda”: No menino: canal espermático espessado. Na menina é o ligamento redondo. Complicações: - Encarceramento: o conteúdo do saco não pode ser reduzido para a cavidade abdominal. - Estrangulamento: há sofrimento vascular do conteúdo herniado, podendo haver necrose. Classificação: OBS: não se usa essa classificação. Mas o tipo mais encontrado em criança é a do tipo I. Tratamento: - Nas cirurgias de hérnias em crianças não se utilizam telas, pois a parede abdominal ainda não se formou corretamente, após a correção a parede se forma corretamente. - Hérnia inguinal diagnosticada = hérnia operada. HIDROCELE Classificação: - Comunicante: processo peritônio-vaginal patente - Não comunicante: processo peritônio-vaginal parcialmente obliterado. - Hidrocele vaginal - Hidrocele do cordão (cisto de cordão) 1. Hidrocele da vaginal (não-comunicante): - Maior incidência em bebês e no início da infância - Frequentemente bilateral - Evita-se o tratamento precoce pois na hidrocele da vaginal frequentemente ocorre reabsorção durante o 1° ano de vida, sem necessidade de tratamento. - Cirurgia está indicada quando é muito grande e estiver pressionando as estruturas adjacentes. 2. Hidrocele comunicante: - Há passagem de líquido da cavidade abdominal para a bolsa testicular - Não se resolve espontaneamente - O tamanho da hidrocele varia: aumenta durante o dia e diminui à noite. - Diagnóstico é clínico - transiluminação. HÉRNIAS UMBILICAIS Incidência: - 1 em 5 crianças (21%) - Maior na raça negra - 84% das com peso entre 1000 e 1500g - Saco herniário: peritônio aderido à pele. Não deve-se colocar esparadrapo, moeda. É uma conduta proscrita. As hérnias umbilicais possuem uma chance grande de desaparecimento espontâneo com o crescimento. Chance baixa de encarceramento. Porcentagem de crianças que irá necessitar de operação conforme o diâmetro do anel umbilical: - < 0,5cm — 42%; - 0,5-1,5cm — 60%; - > 1,5cm — 84%. Quando operar? - Defeito que não está fechando - Raça negra - Tente a operar mais meninas devido a gestação no futuro. - aspecto do anel ao exame. - Idade satisfatória para operar → 3 anos. HÉRNIAS SUPRA-UMBILICAIS Defeito junto da cicatriz umbilical (superior). Orifício em fenda. Nunca se fecha espontaneamente Corrigido cirurgicamente como a hérnia umbilical Indicação operatória: ao diagnóstico. No entanto, a chance de se complicar é baixa, então pode estar até próximo dos 3 anos para operar. HÉRNIA EPIGÁSTRICA Defeito da linha alba. Pode ser única ou múltipla. Pequena: orifício <0,5cm Nunca se fecha espontaneamente. O epíplon abdominal pode entrar nessa hérnia provocando dores, geralmente após a alimentação. Indicação operatória: ao diagnóstico. ESCROTO AGUDO 1. TORÇÃO TESTICULAR Maior chance de ocorrer quando começa a puberdade. É necessário ter uma malformação para que a torção ocorra. Classificação: - Extravaginal: acomete na vida uterina. Pico no Rn - Intravaginal:acomete indivíduos que estão entrando na puberdade. É o mais comum. Quadro clínico: - Dor forte, vômito, náusea, palidez, sudorese. Exame físico: - O testículo torcido fica mais alto do que o outro normal. → sinal de Angel Exames de imagem: - Doppler. 2. APÊNDICE TESTICULAR Quadro clínico: - Semelhante ao da torção de testículo mas a dor tem uma intensidade menor. Exame: - Ponto escuro na transiluminação. Conduta: - Expectante porque não vai atrapalhar o outro testículo. Tende a calcificar. 3. ORQUITE E ORQUIEPIDIDIMITE Quadro clínico: - Mais brando, insidioso. Sinal de Prehn (quando eleva o testículo a dor tende a melhorar por causa do drenagem) Causas: - Viral, bacteriana, ISTs, traumática. Tratamento: - Repouso absoluto Solicitar: - HMG, Urina I (principal para ver causa bacteriana) e PCR ATRESIA DE ESÔFAGO Definição: - Falta de um pedaço do esôfago, ausência de permeabilidade de uma víscera oca. - Malformação congênita caracterizada pela interrupção da luz na porção torácica, com ausência de segmento em maior ou menor extensão. Incidência: - 1:4000 nascidos vivos - Discreto predominio no sexo masculino (6:4) - Prematuridade 35% OBS: o líquido amniótico é a urina do feto. A forma mais frequente (90%) é a interrupção da luz esofágica com fístula traqueoesofágica distal (foto C) → nesse caso a tendência é não ter polidrâmnio, mas depende do tamanho da fístula (se for pequena, não passa e tem polidrâmnio). A segunda forma mais frequente (9%) é a atresia de esôfago sem fístula (foto E) → nesse caso, tem polidrâmnio. O restante: atresia de esôfago com dupla fístula e atresia de esôfago com fístula traqueoesofágica proximal somam 1%. Quadro clínico: - Importante verificar a existência de malformações → VACTERL (vertebrais, anorretais, cardíacas, traqueais, esofágicas, renais e limbs– agenesia do rádio) - A mais comum é a cardíaca - Indicativo de atresia de esôfago é o polidrâmnio, no entanto ele pode ou não estar presente → acúmulo de líquido na cavidade uterina por falta de deglutição, ou seja, incapacidade do bebê em absorver e engolir o líquido; além do estômago pequeno. - Impossibilidade de progredir a sonda (12cm do nariz ou 10cm da boca) e sialorréia. Classificação: - A: ausência de complicações pulmonares. Peso acuma de 2500g ausencia de malformações associadas → expectativa de vida 95-100% - B: Peso entre 1900g e 2500g, complicações pulmonar discreta e (?) OBS: sempre que há um acúmulo de líquido amniótico no período gestacional/ final de gestação, devemos suspeitar de obstrução no tubo digestivo. Quanto mais alta for a obstrução, maior a chance do polidrâmnio. Diagnóstico: - USG - Radiografia Tratamento: - Importante estabelecer o tipo de atresia para determinar qual será o tratamento. - Pré-operatório: na suspeita de atresia de esôfago, os procedimentos (?) - Com fístula: faz a rafia da fístula (porque senão o suco gástrico fica voltando e a criança sofre com pneumonia em decorrência do refluxo) → urgência - Sem fístula: faz um novo esofago através da grande curvatura do estômago (esofagogastroplastia) ou de uma parte do cólon (esofagocolonplastia) A: Ausência de fístula. Não tem ar dentro do tubo digestivo. B: Presença de fístula traqueoesofágica distal Identifica-se ar dentro do tubo digestivo → padrão de distribuição de ar em favo de mel. ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO Estreitamento na região pilórica. Definição: - Obstáculo ao esvaziamento gástrico por hipertrofia da camada circular da musculatura pilórica. É uma doença adquirida porque aparece durante a vida, a criança não nasce com ela. É uma doença evolutiva. Incidência: - 3:1000 - Predominio no sexo masculino 4:1 - Familiar, primogênito - Predomínio na população branca Etiopatogenia: - Desconhecida - Causa multifatorial: neuronal, viral, alimentação nos primeiros dias de vida. Quadro clínico: - Início na terceira semana de vida - Vômitos em jato sem bile - Perda de peso e redução das evacuações - Peristaltismo visível (Kussmaul) - Tumor pilórico palpável (oliva) - Desidratação - Distúrbio metabólico → alcalose metabólica, hipocalemia, hipocloremia, hiponatremia, hipocalcemia. - Desnutrição - Distúrbio de coagulação por falta de absorção de vitamina K (depende da permeabilidade do duodeno para ser absorvida) Exames complementares: - USG (parede pilórica com espessura maior ou igual 0,4cm; extensão pilórica maior ou igual a 1,6cm), - Exames contrastados → bário - RX simples (dificuldade de passagem do ar; Sinal do cogumelo/sinal do guarda chuva/ Sinal do bico do seio/ Sinal do cardel) - Predomínio de ar no estômago e pouco ar no duodeno. Tratamento: - Cirurgia de Fredet- Ramstedt INVAGINAÇÃO INTESTINAL/ INTUSSUSCEPÇÃO Definição: - Maior causa de obstrução intestinal na infância. - Quadro obstrutivo causado pela penetração de um segmento proximal de uma alça intestinal (?) - Parte do trato digestivo se introduz no segmento adjacente. - É a causa de emergência mais comum de obstrução entre 3 meses e 6 anos (pico 6-9m), o local mais acometido é o íleo terminal, com plastrão palpável no lado direito Incidência: - Varia entre 1 a 4 por 1000 nascidos vivos - Predominio no sexo masculino 60-70% - Causa desconhecida na infância - hipertrofia de placas linfóides - Comum ser precedida de um quadro viral (respiratório ou gastrointestinal) - Rara antes dos 3 meses - Rara após os 3 anos - pico de incidência no 3° trimestre de vida Fisiopatologia: - Teoria da cabeça da invaginação - Localização mais frequente - ileocecocólica (82%) Quadro Clínico: - Dor em cólica, que vai e volta (intermitência), de forte intensidade - Bebê irritado, com postura encolhida - Vômitos e recusa alimentar - Distensão abdominal → dor à palpação - Sangue nas fezes (fezes em geleia de framboesa) Diagnóstico: - Raio X - Enema com bário ou água → não é feito quando está fora da faixa etária padrão (após os 3 anos), feito quando o quadro clínico é curto. - USG → sinal do pseudo-rim e sinal do alvo. Tratamento: - Cirúrgico HÉRNIAS DIAFRAGMÁTICAS/ HERNIA DE BOCHDALEK: Definição: - Solução de continuidade póstero-lateral do músculo diafragmático Epidemiologia: - 15% das vezes tem saco herniário - Ocorre mais à esquerda (90%) - Prevalência de 1:3000 nascimentos - Prevalência no sexo masculino 1,5:1 - 50% dos casos morrem - Prognóstico ruim Embriogênese: Diagnóstico: - É possível diagnosticar dentro da vida uterina → exames de pré-natal (USG) - Raio X Tratamento: - Cirúrgico Prognóstico: - As causas da morte normalmente ocorrem devido a hipoplasia pulmonar e hipertensão pulmonar Hérnia de Morgani - Não se manifesta no período neonatal - Retroesternal - Se manifesta quando o paciente cresce e a pressão abdominal aumenta, e as vísceras começam a subir - Não costuma dar hipoplasia pulmonar Hérnia de hiato - Deslizamento ou rolamento - Maioria das vezes assintomático AGANGLIONOSE INTESTINAL CONGÊNITA - MOLÉSTIA DE HIRSCHSPRUNG Definição: Ausência de gânglio nervoso. OBS: se realizar biópsia de um intestino com esta doença, encontra-se os plexos, os nervos, o que não tem são os gânglios nervosos que dá o estímulo para o músculo. Os plexos estão alterados, pois se deformam. A quantidade de acetilcolina produzida está aumentada, porém não tem como dosar, então dosa-se a acetilcolinesterase, que estará aumentada. Alteração na migração das células da crista neural em direção ao intestino distal. 80% parada da migração na porção reto-sigmoideana (proximal para distal - para o que está para frente de onde estiver aganglionica) Células precursoras dos neuroblastos = 12ª semana - reto. Migração para células ganglionares - plexos (?) Aganglionose: Hipertrofia das fibras nervosas pré-sinápticas Teorias: - Ausência de neurônios produtores - Falta de relaxamento muscular na área espástica. - Falta de produção de óxido nítrico. Áreas acometidas: - Forma reto sigmoideana - 80% - Forma colônica total - 10% - Forma longa - 7% - Forma curta e ultracurta - 3% → diagnósticode exclusão Forma clássica: - Incidência MH1:5000 nascimentos - sexo masculino 4:1 feminino Aganglionose total do cólon: - Incidência na forma total igual entre meninos e meninas - Maior ocorrência familiar Quadro clínico 1. Forma clássica: - Atraso na eliminação do mecônio - Distensão abdominal - AAO - Peristaltismo de luta - Vômitos - Eliminação de mecônio explosiva - decorrente do toque retal 2. Forma longa - Semelhante a forma clássica, o que diferencia é que não tem eliminação explosiva do mecônio após o toque retal. 3. Total - Megaíleo - Obstipação - Mega distensão abdominal - Diarreia paradoxal: o que está no íleo ainda é líquido, quando ele está pressionado, elimina esse líquido. 4. Forma curta - Crianças nascem normais, porém com o tempo ficam obstipadas e ficam refratárias a todo dia de tratamento. - Nesse caso, a manometria pode ajudar. - Soiling decorrente do fecaloma. Diagnóstico - Clínico - Enema: cone de transição - Biópsia da região epástica - não é o preferencial. Tratamento: - Cirúrgico (ver as técnicas - colostomia e rebaixamento - Duhamel) - Quando já está com megacólon → colostomia ONFALOCELE Defeito congênito da parede abdominal, falha no fechamento embrionário que se origina na base do cordão, por falha no mesorderma. Órgãos cobertos por membrana amniótica e peritônio Relacionado com cromossomopatia. GASTROSQUISE Defeito da parede abdominal, à direita do cordão umbilical. O conteúdo abdominal é exteriorizado (vísceras ocas) e não tem membrana recobrindo. Relacionada ao dobramento anormal da parede do corpo ventral. TTO: fechando do defeito primário quando possível. ENTEROCOLITE NECROTIZANTE DO RN Conhecida como doença do recém nascido sobrevivente à hipóxia. Ao sofrer hipóxia, o sangue é preservado nas vísceras como coração, cérebro, rins e desta forma, as vísceras abdominais sofrem vasoconstrição para compensar essa hipóxia. Quando é fornecido oxigênio para esse RN, essas áreas isquêmicas, ao sofrer reperfusão, faz com que o oxigênio entre em contato com metabólitos provocando oxidação. No momento da reperfusão pode ocorrer: cura, enterocolite necrotizante e necrose. O que determina o que irá acontecer é o tamanho da área acometida. A flora bacteriana entra nas áreas acometidas da mucosa/submucosa, causando uma infecção, promovendo uma bolsa de ar no local (pneumatose intestinal). Esse ar pode cair no sistema porta e causar ar no fígado. Incidência: - Mais comum em RN pré termos. - <1500g - 5% - 2,1% de todos os RN admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais. Quadro clínico: - Distensão abdominal Diagnóstico: - Raio X Tratamento: - Jejum por cerca de 15 dias - ATB - Droga vasoativa - Colocação de dreno - Cirúrgico quando há necrose. - A enterocolite pode evoluir para a cura, causando fibrose no local levando a estenose. OBSTRUÇÃO INTESTINAL CONGÊNITA Causas: - Intrínsecas: causas isquêmicas, vascularização incompleta - Extrínseca: qualquer coisa que venha de fora e pressione. Brida congênita, rotação incompleta, pâncreas anular que pressione o intestino. Quadro clínico: - Atraso ou não eliminação do mecônio. - Trabalho de parto prematuro - Polidrâmnio - quanto mais alta a obstrução, maior o polidrâmnio. - Na sala de parto ao passar a sonda gástrica, há drenagem de um líquido verde. Diagnóstico: - Raio x simples: distribuição de ar nas alças - Sinal da dupla bolha Tratamento: - Cirúrgico ANOMALIA ANORRETAL Incidência - 1:4000 - 1:5000 - Sexo masculino - Fístula retouretral → mais comum - Fístula retoperineal - Fístulas altas retovesicais - Sexo feminino: - Fístula retovestibular - Fístula retoperineal - Persistência de cloaca Tratamento: - Cirúrgico
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