Buscar

RESUMO OAB- DIREITO CONSUMIDOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Consumidor
Aula #1
Introdução:
Proteção: constitucional do consumidor. 
Art. 5º - direitos e garantias fundamentais;
Art. 170 CF – princípios da ordem econômica;
Art. 48 ADCT – determina a criação do CDC (imposição constitucional);
Características do CDC:
a. normas de ordem pública e de interesse social (art. 1º CDC);
- ordem pública: norma cogente, de aplicação obrigatória; 
- OBS importante: muito embora não seja a regra, o CDC nos apresenta algumas normas dispositivas. Como exemplo podemos citar a segunda parte do inciso I, art. 51 do CDC – cláusulas abusivas (principal: fornecedor quer se ausentar das responsabilidades);
b. tutelas múltiplas de proteção: norma geral sobre relação de consumo;
- tutela civil/material: regras civis sobre o direito do consumidor; art. 1º a 54 do CDC; (OAB)
- tutela administrativa: 
- tutela penal:
- tutela processual:
* as três últimas são tutelas complementares, reforçam as regras civis; 
c. técnica normativa: utiliza o fenômeno das cláusulas gerais: são preceitos com conteúdo indeterminado que delegam ao magistrado a definição do conteúdo no caso concreto. (art. 51, IV CDC);
- tem um capo vago de aplicação: a maioria das normas do CDC são cláusulas gerais;
d. extensão da tutela: (OAB) quem o CDC protege? 	
- Proteção individual:
- Proteção coletiva e difusa do consumidor é tratada no CDC a partir do art. 81, o qual define nos seus incisos a abrangência de cada uma das proteções;
Caracterização da relação de consumo/aplicação do CDC: 
- relação de consumo é gênero e faz parte do setor econômico, ex.: compra e venda civil (particular/particular);
- relação de consumo do CDC é espécie;
- o CDC e o direito do consumidor como um todo possuem uma aplicação específica. A relação de consumo depende, portanto da conjugação de diversos requisitos ou elementos, a saber:
a. sujeitos da relação de consumo: fornecedor e consumidor;
- fornecedor: é definido no art. 3º do CDC; pode ser pessoa física, ou jurídica, ou até mesmo um ente despersonalizado, sendo necessária a realização da atividade econômica de circulação de produtos e serviços no mercado de consumo;
* sociedade comum, massa falida são entes despersonalizados que podem ser fornecedores;
* atividade econômica é diferente de ato econômico:
- atividade: conjunto de atos realizado de forma sistemática. A doutrina costuma afirmar que a atividade pressupõe habitualidade/regularidade;
* é importante sublinhar que o conceito de fornecedor não se confunde com o de empresário (conceito mais restrito – porque é necessária uma organização econômica) previsto no art. 966 CC.
- consumidor: art. 2º do CDC; pode ser pessoa física, ou jurídica; que adquiri produtos ou serviços como destinatário final;
*destinatário final é o sujeito que retira de circulação o produto ou serviço, ou seja, não comercializa e não transforma os produtos e serviços e produtos que adquire (consumo intermediário).
* o direito do consumidor não tutela as relações de consumo intermediárias as quais continuam sujeitas ao CC.
* a expressão “destinação final” gera uma grande polêmica da caracterização do consumidor. Por esta razão surgem três correntes interpretativas sobre o conceito de consumidor propostas pela doutrina e pela jurisprudência. A saber: 
i) corrente maximalista: basta a condição econômica de destinatário final para a caracterização do consumidor (é destinatário final? Sim então pronto);
ii) corrente finalista: o consumidor é o destinatário final não econômico (empresarial/profissional). O STF na 2ª seção (direito privado) adota a posição finalista.
iii) corrente do finalismo aprofundado: é uma tendência do STF, o consumidor é o destinatário final vulnerável (é o sujeito que apresenta uma fragilidade no mercado de consumo ao adquirir produtos e serviços) – ex.: profissionais liberais. Interpretação sistematizada do CDC. 
*consumidores por equiparação: são os sujeitos que se encontram em situações especificas em que é possível a aplicação do CDC, muito embora não se enquadrem propriamente como destinatários finais. Há três situações:
i) § único do art. 2º: coletividade ainda que indeterminada – garante a proteção da sociedade de forma coletiva e de forma difusa; 
ii) art. 17: vítima do evento: é a pessoa que sofre um acidente de consumo muito embora não tenha adquirido o produto ou serviço que lhe deu causa (ex. acidente da TAM que atingiu um taxista na rua – taxista consumidor);
iii) art. 29: são as pessoas expostas às práticas comerciais (ex.: divida no banco e a moça não para de te ligar e você nunca teve esta dívida – você foi exposto a cobrança);
b. objetos: produtos ou serviços;
* produtos: art. 3º § 1º CDC, qualquer bem móvel ou imóvel/ material ou imaterial; a forma de aquisição do produto (onerosa ou não), bem como o seu estado são irrelevantes para a sua caracterização; as amostras grátis também se aplica o CDC;
* serviços: são definidos no art. 3º § 2º do CDC: atividade remunerada. A remuneração dos serviços pode ser feita de forma direta ou indireta pelo consumidor em razão do fenômeno da coligação negocial ou precificação (preço) desviada;
* serviços públicos: são tratados no art. 22 CDC, é gênero; se aplica o CDC em apenas uma parte desse tipo de serviços: estado de forma direta ou de forma indireta (concessionarias e permissionárias) – é necessária a realização de atividade econômica. Ex.: CEF – estado como banco. A remuneração tem que ser feita por preço público ou por tarifa (imposto de forma indireta não aplica).
* OBS importante: os serviços essenciais devem ser prestados se forma continua, porém o STJ entende que a interrupção destes serviços é lícita desde que o consumidor esteja inadimplente. 
c. elemento finalístico: “destinação final”, esta associado ao conceito de consumidor.
Aula #2
Política Nacional das Relações de Consumo
- art. 4º/5º do CDC;
- conjunto de diretrizes, objetivos, princípios, e instrumentos;
A. objetivos: art. 4º, caput, preservação e defesa dos interesses dos consumidores, bem como, a harmonização do mercado de consumo; os objetivos da política nacional são representados por um conjunto de normas programáticas as quais estabelecem uma linha geral de atuação;
B. princípios:
Vulnerabilidade: trata-se do reconhecimento da fragilidade do consumidor no mercado de consumo. ATENÇÃO: a vulnerabilidade é uma presunção absoluta;
- é um conceito distinto da hipossuficiência (instituto que somente possui efeitos processuais garantindo principalmente a inversão do ônus da prova em favor do consumidor):
	Vulnerabilidade
	Hipossuficiência 
	princípio → presunção.
	direito básico → decisão judicial
- formas de vulnerabilidade:
(i) jurídica: o consumidor não conhece os seus direitos e por esta razão, tem dificuldade para exercê-los;
(ii) técnica: o consumidor não detém conhecimento sobre os produtos e serviços que adquire = o consumidor é mero usuário desses produtos e serviços;
(iii) fática/socioeconômica: trata-se da exposição do consumidor às práticas de mercado – diretamente relacionada com a marca;
(iv) política/legislativa: o consumidor não possui poder político para criar normas de proteção, ou seja, ele não possui um lob para a edição de leis que o defendam. Assim sendo, todas as normas criadas após a vigência da CF 88 não podem reduzir as garantias já conquistadas pelos consumidores;
- Atualmente a doutrina desenvolve o conceito de hipervulnerabilidade ou vulnerabilidade acentuada. Esta condição resulta da conjugação de duas normas de proteção especifica sendo uma delas necessariamente o CDC;
Segurança: os produtos e serviços inseridos no mercado de consumo não podem acarretar riscos a vida, à saúde e a integridade física do consumidor;
- a segurança dos produtos e dos serviços no Brasil obedece aos padrões normatizados pelo estado, o qual intervem nas relações de consumo para definir se determinado produto ou serviço pode circular;
- deve ser avaliada de forma:
(i) preventiva: controle;
(ii) repressiva: sanções civis, penais e administrativas;- ATENÇÃO: produtos e serviços inseguros são proibidos ≠ produtos e serviços perigosos e nocivos que são permitidos (art. 8º a 10º do CDC);
- O CDC impõe aos fornecedores que informem ostensivamente a periculosidade e a nocividade dos produtos e dos serviços. A falta de informação torna estes bens de consumo inseguros. Ex.: bula;
Da informação: deriva do principio da boa-fé objetiva; a informação deve ser regida por um valor básico, pois é ela quem define o poder decisório do consumidor do mercado;
- o art. 31 do CDC ao tratar da oferta estabelece uma série de exigências no que diz respeito ao seu conteúdo informacional;
- está intimamente associado ao principio da educação para o consumo. Este principio exige que todos os participantes do mercado criem uma cultura de sustentabilidade para o consumo garantindo um consumo melhor e mais consciente;
Da harmonização dos interesses no mercado de consumo: busca um equilíbrio de interesses priorizando sempre os consumidores diante de sua vulnerabilidade;
C. instrumentos: rol exemplificativo do art. 5º- meios pelos quais eu posso defender o consumidor;
Direitos Básicos do Consumidor
Art. 6º do CDC – rol exemplificativo;
Conceito: são os núcleos fundamentais de proteção do consumidor;
Art. 7º do CDC – pode sofrer uma ampliação em razão dos tratados e convenções;
Aula #3
Regimes Específicos de Responsabilidade
CDC – conjunto de regras;
Responsabilidade Pelo Fato Do Produto/Serviço
- art. 12, 13 e 14 do CDC;
- tem como origem a violação do dever de segurança;
			+
- é necessário haver uma consequência: acidente de consumo: §§1º art. 12/14 do CDC;
Responsáveis pelo fato do produto/serviço:
Do produto:
Responsáveis diretos: art. 12 CDC: responde o fabricante, o produtor, o construtor e o importador – respondem de forma objetiva e solidária;
Responsável indireto/mediato: comerciante: art. 13 do CDC: responsabilidade subsidiária; O comerciante que for responsabilizado poderá regressivamente exigir o pagamento da quantia contra o verdadeiro causador do dano!!;
* O comerciante terá responsabilidade direta na hipótese de acidente que tenha como causa a má conservação de produtos perecíveis!!;
Do produto: art. 14 CDC: o fornecedor do serviço será responsável;
No caso de um acidente que tenha como causa um defeito na prestação de serviço, todos os fornecedores envolvidos serão responsabilizados de forma solidária;
§4º, art. 14: profissionais liberais tem responsabilidade subjetiva;
A regra de responsabilidade subjetiva dos profissionais liberais vale apenas para as pessoas físicas e não para as pessoas jurídicas constituídas por estas pessoas; 
A vítima na responsabilidade pelo fato;
Consumidor padrão: art. 2º;
Vítima do evento: art. 17;
Excludentes de responsabilidade: são situações que inibem o dever de indenizar dos fornecedores; hipóteses descritas nos §§2º e 3º do art. 12 e 14 do CDC; OBS.: a doutrina e a jurisprudência majoritárias afirmam que o caso fortuito e a força maior são excludentes aplicáveis às relações de consumo;
Prazo prescricional destas ações que versam sobre acidente: art. 27 CDC: prazo de 5 anos;
Responsabilidade Pelo Vício Do Produto/Serviço
- art. 18, 19 e 20 do CDC
- origem: violação do dever de adequação – falha de qualidade/quantidade dos produtos e serviços envolvidos;
- consequência: frustração de consumo;
- a configuração do vício deve ser avaliada de forma objetiva, assim a expectativa pessoal do consumidor não deve ser levada em consideração para a configuração deste regime de responsabilidade;
* RESPONSABILIDADE CIVIL: dois mecanismos obrigacionais:
Obrigação de indenizar;
Obrigação específica/equivalente: ao tratar da obrigação específica na hipótese dos vícios o CDC cria o chamado direito de reclamação, este direito permite ao consumidor exigir o cumprimento da obrigação específica, ou de uma obrigação equivalente desde que observe um procedimento especificado em lei;
* PROCEDIMENTO DO DIREITO DE RECLAMAÇÃO:
Prazos para o exercício: garantia legal de adequação – art. 26: 
30 dias para os produtos e serviços não duráveis;
90 dias para os produtos e serviços duráveis;
* são prazos decadenciais – passou o prazo perdeu o direito;
OBS.: a garantia contratual muito embora facultativa interfere no exercício do direito de reclamação. A existência da garantia contratual impede a fluência do prazo da garantia legal (a garantia não corre);
* Contagem dos Prazos: (+OAB):
Vícios aparentes ou vícios de fácil constatação: a partir da entrega do produto ou do término do serviço;
Vícios ocultos: a partir da constatação pelo consumidor; do momento em que vício se evidencia; o STJ para a contagem do prazo dos vícios ocultos a chamada teoria da vida útil, por vida útil entende-se um determinado lapso temporal em que o produto deve funcionar sem qualquer falha (exemplo: prazo de validade);
* a vida útil será determinada a partir das informações prestadas pelo próprio fornecedor, ou na sua falta, através de dados oficiais de órgãos reguladores e até mesmo pela expectativa média do mercado;
Aula #4
Resumo da aula anterior: o direito de reclamação vem para o saneamento dos vícios dos produtos e serviços -> prazo: consumidor diferencial: 90 dias para duráveis e 30 dias para não duráveis;
Direito de Saneamento: trata-se de um prazo previsto no CDC para que o fornecedor possa sanar o vício. O prazo de saneamento previsto no CDC apresenta diversas exceções:
Não é aplicável na hipótese de vício de quantidade bem como nas hipóteses de vício de serviço – art. 19 e 20 do CDC;
Não existe prazo de saneamento se o vício comprometer a segurança ou reduzir sensivelmente o valor econômico do bem;
Não é possível o saneamento na hipótese de produtos essenciais;
OBSERVAÇAO: o prazo de saneamento pode ser reduzido para sete dias, ou ampliado para 180 dias, nestes casos é necessária a previsão de clausula contratual expressa em termo apartado.
A. vicio sanado: problema acabou;
B. vicio continua: se o vício não for sanado ou se o fornecedor se recusar a saná-lo o consumidor terá como regra três opções:
Substituição do produto – mesma espécie;
Abatimento proporcional do preço;
Restituição da quantia paga + perdas e danos;
OBS: escolha discricionária podendo o consumidor optar livremente;
Práticas Comerciais nas Relações de Consumo
O CDC disciplina 5:
Oferta
- Art. 30/35;
- conjunto de informações suficientemente precisas sobre produtos e serviços inseridos no mercado de consumo;
- deve ser entendida como sinônimo de marketing;
- é composta de todas as informações que circulam no mercado sobre produtos e serviços, o meio de comunicação é irrelevante para a caracterização deste instituto!
- principal efeito: força vinculante ou força obrigatória;
OBS.: a vinculação somente existe quando as informações prestadas forem suficientemente precisas; informações precisas são aquelas que revelam características objetivas do produto e do serviço além de aspectos que compõe a estrutura do contrato;
OBS2: se o fornecedor se recusar ao cumprimento da oferta o consumidor poderá valer-se de uma das opções previstas no artigo 35 do CDC;
Publicidade
- Art. 37;
- deve ser entendida como componente da oferta – definição: trata-se de uma técnica informacional de caráter econômico capaz de divulgar informações e dados objetivos e subjetivos sobre produtos e serviços - princípios aplicáveis:
Veracidade: todas as informações prestadas devem ser reais;
Vinculação: divulgada a publicidade o fornecedor deve cumprir o que prometeu;
Identificação: o consumidor tem que ter condições de saber que é uma publicidade;
- tendo em vista que a publicidade é um componente da oferta suas informações e danos vinculam o fornecedor que dela se utilizar. É importante observar que o ônus da prova da veracidade do material publicitário é invertido cabendo sempre ao fornecedor que patrocina a comunicação a comunicação a prova (art. 38).
- a publicidade em si é uma pratica comercial lícita, porém o CDC proibi expressamente quatro formas publicitárias,as saber:
Publicidade clandestina: o consumidor não percebe que é propaganda;
Publicidade enganosa: falsa – que leva o consumidor a erro – art. 37 §1º;
Publicidade abusiva: é aquela que viola os valores de proteção do CDC – o código traz apenas exemplos de configuração da abusividade; - publicidade que explora a fragilidade de julgamento da criança – art. 37 §2º;
Publicidade por telefone quando a chamada for onerosa ao consumidor: §único do art. 33 do CDC;
Praticas Comerciais Abusivas
- Art. 39 – rol exemplificativo;
- são práticas desleais, antiéticas inseridas no mercado;
- prejudicam: tanto o consumidor como a concorrência;
- OBS: o inciso IV do art. 39 do CDC estabelece uma cláusula geral sobre as práticas abusivas, clausula esta aplicável em diversas situações; 
venda casada ou venda condicionada – ligar a venda a de um serviço ou produto com a aquisição de outro produto ou serviço;
limitação quantitativa pode ocorrer desde que exista uma justa causa a qual será avaliada de acordo com as circunstâncias concretas;
envio de produtos e serviços não solicitados ao consumidor: o produto ou o serviço enviado não poderá ser cobrado do consumidor nos termos do §único do art. 39 do CDC;
- descumprimento de norma técnica: ABNT, IMETRO;
- elevação injustificada dos preços: vedação a precificação abusiva;
Aula #5
Cobrança de Dívida
- Art. 42/42-A do CDC;
Trata-se de uma prática comercial lícita que permite ao fornecedor exigir o seu crédito do consumidor inadimplente. Essa cobrança pode ser feita na via judicial, como na via extrajudicial. Quando é judicial passa para o campo do Processo Civil.
A cobrança extrajudicial é quando o fornecedor busca seu crédito não pela via judicial;
O CDC não proíbe a cobrança em si, porém veda algumas formas em que o exercício do direito de crédito passa a ter um contorno abusivo, passando a violar outros direitos e garantias do consumidor devedor.
As principais condutas abusivas na cobrança de dívida:
Cobrança ameaçadora;
Cobrança ridicularizante: ocorre quando o consumidor é alvo de zombarias ou deboches capazes de afetar a sua imagem e a sua honra;
Cobrança Constrangedora: tanto pode ser físico ou moral resultante de um ato de violência;
Cobrança com Interferência na Atividade Profissional ou também no Lazer e no descanso: ou seja, a pessoa passa a cobrar o individuo enquanto o individuo pratica suas atividades profissionais;
Consequências jurídicas da cobrança abusiva:
Caracterização do dano moral: mesmo que o sujeito seja devedor, o excesso gera o dano (art. 187 CC);
Caracterização de um tipo penal previsto no CDC: art. 71 CDC – cobrança abusiva é enquadrada como crime cuja pena prevista é de detenção de três meses a um ano além de multa;
Possibilidade de repetição do indébito: o consumidor que efetuou um pagamento maior poderá pleitear a restituição da quantia. Há repetição simples e em dobro:
Simples: quando a cobrança não for abusiva;
Em dobro: apenas quando a cobrança resultar de uma cobrança abusiva;
OBS: a repetição limita-se ao valor pago a maior, e nunca sobre a totalidade da dívida. 
OBS: o art. 42-A exige a identificação do fornecedor que efetua a cobrança mediante apresentação do nome completo endereço, número do CPF ou CNPJ;
Cadastros/Bancos de Dados
- Art. 43/44 CDC;
- Lei 12.414/11 – cadastro positivo;
O cadastro e o banco de dados fazem parte de um gênero: arquivos de consumo. Este tem como objetivo a coleta de informações sobre atos de comportamento dos consumidores.
A natureza dos artigos de consumo varia conforme as informações coletadas pelos arquivistas. Atualmente, ganha destaque o chamados serviços de proteção ao crédito que tem como objetivo a coleta de informações a respeito da inadimplência do consumido. Os serviços de proteção ao crédito representam uma prática lícita mas com limites previstos no artigo 43 do CDC;
Cadastro negativo:
Principais Características:
Abertura de cadastro, ficha ou registro, não solicitada pelo consumidor, deve a ele ser comunicada por escrito de forma prévia. Art. 43 §2º.
OBS: as comunicações verbais assim como as comunicações digitais não podem suprir a carta física. Porém o STJ, com a edição da súmula 404 dispensou o AR para o envio da carta.
O dever de comunicação é do arquivista por força normativa;
O consumidor tem direito de pleitear a revisão e a retificação das informações inseridas em seu nome, tanto de forma extrajudicial como também de forma judicial, podendo inclusive valer-se do Habeas Data para ter acesso a estes dados;
O período restritivo das informações negativas é de 5 anos contados da data do fato ou da formação da relação de consumo.
O registro indevido tem como efeito principal a configuração do dano moral, porém não cabe indenização quando preexistente uma legitima inscrição.
Cadastro Positivo: regula a formação e consulta a banco de dados com informações sobre o adimplemento de pessoas naturais e pessoas jurídicas para a formação de um histórico de crédito.
Principais características:
Abertura do cadastro positivo depende obrigatoriamente de autorização prévia do potencial cadastrado mediante consentimento informado;
O prazo de permanência das informações é de no máximo 15 anos;
As informações do cadastro positivo devem ser limitadas aquelas necessárias para a avaliação da situação econômica do cadastrado (são proibidas informações excessivas e sensíveis);
Proteção Contratual
Disposições Gerais:
Art. 46/50 CDC;
Clausulas Contratuais:
Em especial as cláusulas abusivas previstas no artigo 51;
Contrato de Adesão;
Interpretação dos contratos de consumo:
Art. 47 – interpretação favorável ao consumidor;
OBS: a regra de interpretação favorável prevista no CDC é mais ampla do que aquela estabelecida no artigo 423 CC. Porém é importante destacar que a interpretação favorável continua coexistindo com clausulas restritivas, desde que não tenham algum contorno abusivo.
Direito de Arrependimento
Art. 49 CDC
Permite ao consumidor desistir do contrato firmado desde que o mesmo tenha sido realizado fora do estabelecimento comercial.
Prazo decadencial de 7 dias contados da entrega da entrega do produto ou do término do serviço;
Clausulas Abusivas
Art. 51 CDC
Tem a consequência da nulidade;
O STJ editou especificamente sobre as clausulas abusivas bancárias com a vedação ao seu conhecimento de oficio. Esta vedação não se aplica as demais clausulas abusivas de contratos com natureza diversa.
Concessão de Crédito
Art. 52 CDC
- Multa máxima de 2 % (mora);
- Possibilidade de pagamento antecipado;
- Direito de ser informado sobre os encargos contratuais;
ARTIGOS PARA LEITURA:
Art. 82;
Art. 87;
Art. 103.

Outros materiais