Aula 1 - Sensacoes Somaticas

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Sensações Somáticas
13/04/22 Aula ministrada pelo: Prof Drª Mayra de Almeida Paio
Introdução
Sistema Sensorial, dividido em:
➢ Sensações Somáticas: detectadas por
mecanorreceptores, termorreceptores e
nociceptores. ⇒ todas chegam no córtex
somatosensorial. (se bloquear estas vias, a
sensação não é percebida)
❖ Mecanorreceptores detectam: tato (fino
e grosseiro); pressão (fino e grosseiro);
cócegas; virações; posição corporal.
❖ Termorreceptores detectam:
temperaturas, frio e calor (cada um tem
o seu próprio receptor)
❖ Nociceptores detectam: dor
➢ Sentidos especiais: detectados por visão
(chegam no córtex visual) , audição (córtex
auditivo) , olfativo (córtex olfatório) e paladar
(córtex gustatório).
Estas sensações são detectadas/percebidas em regiões
anatômicas (boca etc..) mas todas estas sensações devem
chegar em um local específico no córtex cerebral (visual,
olfativo, auditivo, gustativo). Já nas sensações
somáticas, todos receptores vão levar informação para o
córtex somatosensorial
Ênfase em Sensações Somáticas
Como esta sensação vai chegar no córtex
somatosensorial ?
Receptor sensorial faz parte do neurônio ou se comunica
com o neurônio (podendo se ativar e ativar o neurônio)
Sensação somática ⇒ neurônio deve chega no SNC
(neste caso, no córtex somatosensorial)
Se a sensação é somática o receptores deve ser:
❖ Mecanorreceptores
❖ Nociceptores
❖ Termorreceptores
Diferentes, mas detectadas pelo mesmo tipo de receptor
Diferenças entre elas:
- Sensibilidade tátil⇒ Pele ou tecido logo abaixo
- Sensação de pressão ⇒ Deformação de tecidos
mais profundos
- Sensação de vibração ⇒ Sinais repetitivos e
rápidos
Há duas vias neuronais que levam as sensações
somáticas:
1. Via da Coluna Dorsal Lemnisco Medial:
ascende pela parte dorsal da medula e depois
pega a via da lemnisco
2. Via Ântero-Lateral: neurônio sobem pela
medula pela parte lateral e anterior da medula.
Via da Coluna Dorsal Lemnisco Medial
Leva: tato fino; pressao fina; vibração e posição corporal
- muito presentes nas articulações (propriocepção)
Características: Mais rápida e +fiel (em localização e
intensidade do estímulo)
Muito comum fibras Beta
Periferia
Sobe pela coluna dorsal da medula
Porção dorsal do bulbo
Neurônios de segunda ordem que cruzam
para o lado oposto do tronco cerebral
Lemnisco-Medial
Tálamo (Complexo ventrobasal)
Córtex
somatossensorial
Orientação espacial das fibras⇒ muito precisa
Lado esquerdo do corpo: representado no lado direito do
tálamo e vice- versa
Detecção da vibração
● Todos os receptores táteis
● PORÉM, diferentes receptores detectam
diferentes frequências de vibração
⇒Transmissão APENAS pela via da Coluna Dorsal
Lemnisco-Medial
Sentidos de posição (Proprioceptivos)
1. Sentido de posição estática
2. Sentido de velocidade do movimento
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Receptores sensoriais de posição
⇒ Graus de angulação de todas as articulações
➔ Receptores táteis cutâneos
➔ Receptores profundos
Via Dorsal Lemnisco Medial
Via Ântero Lateral
Leva: cócegas, tato e sensações grosseiras, sensação
sexual, temperatura, coceira e dor
Característica: menos rápido e -fiel
Muito comum fibras C
*Não são as mesmas sensações/sinais levadas pelas
vidas
Sistema de transmissão mais grosseiro e menos
discriminativo
⇒ Transmissão dos sinais sensoriais menos críticos
⇒ Fibras anterolaterais cruzam na comissura anterior da
medula e ascendem por tratos espinotalâmicos anterior e
lateral
● Núcleos reticulares do tronco cerebral
● Tálamo
Resumo:
Via coluna
dorsal
lemnisco
medial
Via Ântero-
Lateral
Leva para o
SNC
Tato fino
Pressão fina
Vibração
Posição
corporal
(propriocepção)
Tato grosseira
Pressão
grosseira
Sensação sexual
Temperatura
Dor
Caracter +rapida -rápida
+fiel -fiel
Por onde passa
a via:
Precisa do
bulbo
Não é
importante o
Bulbo
Tálamo
Bulbo
Medula
R-sensorial
Cortex
somatosensorial
Tálamo
Medula
R-sensorial
Neurônio está se comunicando!
Transmissão
Via da Coluna Dorsal Lemnisco Medial
Explicação dada em sala de aula:
1. Neurônio sai do R sensorial
2. Entra na medula pelo corno dorsal a ⇒
3. entra na medula e
4. sobe (ascende) até o bulbo ⇒ Considerado
neurônio de 1º ordem ⇒
5. No bulso irá fazer sinapse com o neurônio de 2º
ordem e ele cruza de lado ⇒
6. Depois que cruza de lado vai até o tálamo pela
via menisco medial onde vai fazer uma sinapse
até o neurônio de 3ª ordem que faz chegar no
córtex somatosensorial.
#sinapse com o 3º neurônio ⇒ chega até o córtex
somatosensorial
1ª ordem Neurônio grande ⇒ vai até o bulbo
2ª do bulbo até o tálamo
3ª do tálamo até o córtex somatosensorial
*No bulbo ⇒ tem uma sinapse com o neurônio de
segunda ordem
Se lesionar qualquer um dos neurônios ⇒ não leva sinal.
Decussação ⇒ cruzamento ⇒ sensação
● lembrar que se tiver um AVC no córtex
● Chega o lado oposto, no córtex somatosensorial
Aula de fisio 20 min gravação 68
SINAIS MAIS FINOS
As fibras nervosas que adentram as colunas dorsais passam
para a região dorsal da medula sem interrupções, onde fazem
sinapse nos núcleos da coluna dorsal (núcleo cuneiforme e
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grácil). A partir dessas cores, neurônios de segunda ordem
decussam imediatamente ao lado oposto do tronco encefálico
e continuam acendendo pelos lemniscos medial até o tálamo.
Nesse trajeto pelo tronco encefálico, cada lemnisco medial
recebe fibras adicionais dos núcleos sensoriais do nervo
trigêmeo, que possuem, na cabeça, a mesma função que as
fibras da coluna dorsal possuem no corpo.
No tálamo, as fibras do lemnisco medial terminam na área
sensorial talâmica, que recebe o nome de complexo
ventrobasal. A partir do complexo ventrobasal, fibras
nervosas de terceira ordem projetam-se, como na Figura 48.4,
principalmente para o giro pós-central do córtex cerebral,
região denominada área somatossensorial I (conforme
demonstrado na Figura 48.6, essas fibras também se projetam
para uma área menor do córtex parietal lateral denominada
área somatossensorial II).
Figura 48.2 Seção transversal da medula espinhal, demonstrando a
anatomia da substância cinzenta medular e de tratos sensoriais
ascendentes das colunas brancas da medula.
Figura 48.3 Sistema coluna dorsal-lemnisco medial de
transmissão dos tipos críticos de sinais táteis.
Figura 48.4 Projeção do sistema coluna dorsal-lemnisco
medial pelo tálamo até o córtex somatossensorial.
Transmissão
Via Ântero Lateral
Via anterior lateral
Vai perceber os sinais ⇒
Menos rápida e menos fiel comparada à anterior
1. Novamente vai ter o neurônio de primeira ordem
acoplado ao receptor sensorial
2. Entra na medula pelo corno posterior
3. Neurônio mais curto termina na medula
4. Na medula já tem a sinapse com o neurônio
de segunda ordem ele cruza (decussação) e já
vai até o tálamo
5. Sobem pelas regiões lateral e anterior da medula
6. Sinapse com o neurônio de 3ª ordem no tálamo e
que vai para o córtex somatosensorial.
As fibras antero laterais da medula espinhal se originam
principalmente no corno dorsal, nas lâminas I, IV, V e VI (ver
Figura 48.2). Nessas lâminas, terminam muitas das fibras
nervosas sensitivas da raiz dorsal após sua entrada na
medula.
Conforme demonstrado na Figura 48.13, as fibras
anterolaterais cruzam imediatamente na comissura anterior
da medula para o lado oposto nas colunas brancas anterior e
lateral, onde se direcionam para o encéfalo pelos tratos
espinotalâmico anterior e espinotalâmico lateral.
A terminação superior dos dois traços espinotalâmicos tem
principalmente dois destinos: (1) núcleos reticulares do tronco
encefálico e (2) dois diferentes complexos nucleares do
tálamo, complexo ventrobasal e núcleos intralaminares. Em
geral, sinais táteis são transmitidos principalmente ao
complexo ventrobasal, terminando em parte dos mesmos
núcleos talâmicos, onde terminam sinais táteis do sistema
dorsal. A partir daí, os sinais são transmitidos ao córtex
somatossensorial juntamente com sinais das colunas dorsais.
Em contrapartida, somente uma pequena fração dos sinais de
dor se projetam diretamente parao complexo ventrobasal do
tálamo. Na realidade, a maioria dos sinais de dor termina nos
núcleos reticulares do tronco encefálico e é conduzida desses
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núcleos até os núcleos intralaminares do tálamo, onde sinais
de dor são processados,
Figura 48.13 Divisões anterior e lateral da via sensitiva
anterolateral
Todas as sensações somáticas são sentidas do lado
oposto
REVISÃO: 28min da gravação 68
Cortex somatosensorial
Características do córtex somatossensorial
❖ Está no lobo parietal,
❖ Atrás do córtex motor (que faz movimento
❖ Se comunica com o resto do cérebro (para levar
uma memória, gerar uma resposta…)
Dividido em:
Primário ⇒ recebe primeiro a informação, tem
mapa do corpo todo
Ex: se morde a língua vai na região do mapa que
corresponde a lingua
São regiões de maior sensibilidade
⇒ Cada lado do córtex recebe informações sensoriais
vindas do lado oposto do corpo
⇒ Dimensões de cada área são proporcionais ao número
de receptores sensoriais presentes
Secundário ⇒ córtex de associação, de
interpretação, combina informações de muitas regiões
Faz associações com lembrança, memória, corpos
celulares se comunicam entre si
Figura 48.5 Áreas estruturalmente distintas denominadas
áreas de Brodmann, do córtex cerebral humano. Note
especificamente as áreas 1, 2 e 3, que compreendem a área
somatossensorial primária I, e as áreas 5 e 7, que
compreendem a área somatossensorial de associação
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Figura 48.6 As duas áreas somatossensoriais do córtex, áreas
somatossensoriais I e II.
Áreas somatossensoriais I e II. A Figura 48.6 demonstra duas áreas
sensoriais distintas do lobo parietal, denominadas área
somatossensorial I e área somatossensorial II. O motivo dessa
divisão em duas áreas é: a distinção e a orientação espacial
separada de diferentes partes do corpo em cada uma delas. Todavia,
a área somatossensorial I é tão mais extensa e mais importante que a
área somatossensorial II que, em termos gerais, a expressão “córtex
somatossensorial” quase sempre se refere à área I.
A área somatossensorial I possui alto grau de localização das
diferentes partes do corpo, conforme demonstrado pelos nomes de
praticamente todas as partes do corpo na Figura 48.6. Por outro
lado, a localização é pouco precisa na área somatossensorial II
embora, grosso modo, a face seja representada anteriormente e os
braços centralmente e as pernas, posteriormente.
Sabe-se muito pouco sobre a função da área somatossensorial II. O
que se sabe é que os sinais chegam a essa área desde o tronco
encefálico, transmitidos para cima a partir dos dois lados do corpo.
Ademais, muitos sinais advêm secundariamente da área
somatossensorial I e de outras áreas sensoriais do encéfalo, até
mesmo das áreas visual e auditiva. Projeções da área
somatossensorial I são necessárias para o funcionamento da área II.
Contudo, a remoção de partes da área II aparentemente não causa
nenhum efeito na resposta neuronal da área I. Portanto, muito do
que se sabe sobre a sensação somática parece ser explicado pelas
funções da área somatossensorial I.
Quanto os espaços sao maiores ⇒ têm mais percepção
de sensação.
Camadas do córtex somatossensorial e sua função
O córtex cerebral contém seis camadas de neurônios,
começando pela camada I próxima da superfície cerebral
e se estendendo progressivamente à camada mais
profunda VI, conforme demonstrado na Figura 48.8.
Como seria esperado, os neurônios de cada camada
realizam funções diferentes dos neurônios de outras
camadas. Algumas dessas funções incluem o seguinte.
Figura 48.7 Representação das diferentes áreas do corpo na
área somatossensorial I do córtex. (De Penfield W, Rasmussen
T: Cerebral cortex of man: a clinical study of localization of
function. New York: Hafner, 1968.)
Tálamo
Retransmissor, pois recebe o secundário…
MAS tbm ⇒ Ajuda na percepção de sensações
*se o córtex somatosensorial foi destruído ⇒
teoricamente não sente dor, tanto…
★ Porém a pessoa ainda percebe tato e pressão
grosseiros, um pouco da temperatura e a
percepção de dor praticamente não se altera.
⇒ Sensibilidade tátil grosseira; Pequeno efeito na
percepção da sensação dolorosa e moderado efeito na
percepção da T
Inibição Lateral
Em quase todas as vias sensoriais, neurônios + ativos
recebem os laterais
⇒ os neurônios principais que recebem os sinais eles
inibem os laterais para que o sinal fique mais limpo, não
se divirja
Bloqueia a disseminação lateral do sinal
Ocorre em todos os níveis sinápticos
Picos de excitação se destacam e estimulação
difusa é bloqueada
*Os neurônios principais vão inibir os laterais para que
não haja difusão.
● Um ramo do próprio neurônio principal ( que
tem sinal mais forte) que inibe os laterais
Praticamente todas as vias sensoriais também geram
sinais inibitórios laterais
Aumenta o grau de contraste espacial percebido
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Sinais Corticofugais
Sinais inibitórios do córtex em direção às vias aferentes
⇒inibição para controle de sensibilidade de sinal
O SNC tende a ser superexcitado ⇒ estes sinais
corticofugais ⇒ tenta controlar a sensibilidade. Sinal
que a chegada seja controlada pois se chegar muita
informação de uma vez o SNC não vai
entender/interpretar certo.
● Diminui sinal da via ⇒ para que seja um
sensibilidade ideal para ser recebida pelo SNC
*Controle cortical da sensibilidade sensorial
Sinais transmitidos na direção oposta: do córtex cerebral
para as estações retransmissoras sensoriais inferiores
Quase inteiramente inibitórios
1. Diminui dispersão lateral dos sinais para
neurônios adjacentes (aumenta grau de precisão)
2. Mantém sistema sensorial funcionando na faixa
ideal de sensibilidade
Controle da intensidade da sensibilidade da aferência
sensorial
Referências Bibliográficas
Guyton - capítulo 48
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