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SURSIS: Suspensão Condicional da Pena

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SURSIS
CONCEITO
A Suspensão Condicional Da Pena também conhecida com SURSIS, como já explicita na sua terminologia, é um instituto condicionado a certas condições preceituadas no art. 77 do nosso código penal pelo qual é suspensa a execução da pena privativa de liberdade, durante determinado período de tempo.
Através desse instituto tão eficiente e essencial, o juiz ao invés de determinar a execução de sanção imposta na sentença, substitui pela suspensão condicional da pena, ficando assim o réu em liberdade condicional por um período que é chamado período de prova, em um prazo que pode variar de dois a quatro anos. Salvo em casos muito especiais que se justifique um limite mais elevado. 
REQUISITOS
Os requisitos para a concessão da suspensão condicional da pena se dividem em objetivos e subjetivos. Os requisitos objetivos são: 1) de a pena privativa de liberdade dever ser igual ou inferior a dois anos, com exceção para a hipótese do condenado ter idade superior a 70 anos ou se for portador de enfermidade que justifique a suspensão, que a poderá ser concedido o sursis se a pena for inferior a quatro anos; 2) e não ser possível a substituição da pena por outra restritiva de direitos. Os requisitos subjetivos estão previstos no art. 77, incisos I e II do CP, que são: 1) o condenado não seja reincidente em crime doloso; e 2) que a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; isto é, verifica-se a ausência de periculosidade do condenado.
ESPÉCIES
Existem Três espécies de SURSIS:
Comum ou simples: Em que o condenado submete-se a prestações de serviços a comunidade ou à limitação de fim de semana acrescida por um ano ou não de condições estabelecidas pelo juiz (art. 78 § 1°). Ele é mais severo que a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito, já que a suspensão contém uma delas, a ser cumprida por um ano, além das eventuais condições impostas pelo juiz. Quando o juiz concede o sursis simples ele criará um vinculo com o réu, devendo zelar pelas condições legais dessa modalidade, deverá também estabelecer se o delinqüente estará sujeito a prestação de serviços a comunidade e privação dos finais de semana. O juiz não poderá estabelecer a condição obrigatória se já estiver se expirado prazo de um ano. Se o réu desacatar alguma das condições previstas em lei, esse benefício poderá ser revogado.
Especial: O SURSIS Especial é menos rigoroso, tem caráter excepcional, só será aplicado esse se o indivíduo tiver mínima culpabilidade, boa índole, bons antecedentes e que os motivos sejam favoráveis e relevantes. Ele é concedido pelo juiz, havendo possibilidade de se transformar o sursis simples durante a sua execução. As condições estabelecidas estão previstas no art. 78 § 2°, e constitui uma verdadeira pena restritiva de direitos , quando o juiz estabelece a proibição de freqüentar determinados ambiente representa uma medida concreta e preventiva , visando impedir o delinqüente de vir cometer ações delituosas em ambientes nocivos e poderia impelir ao cometimento de atos anti – sociais, como por exemplo, freqüentar casa de jogos, prostíbulos, dentre outros.
 O sursis etário: ou por motivo de saúde, que é reservado aos condenados que completaram mais de 70 anos de idade ou que estejam com razões de saúde que justifiquem a suspensão.
CONDIÇÕES
Algumas condições do SURSIS como a proibição do réu de ausentar na comarca onde reside sem autorização do juiz e o comparecimento obrigatório a juízo mensalmente para informar e justificar suas atividades é uma forma de o juiz acompanhar o prazo do sursis, tornando efetiva as condições legais e judiciais impostas e fiscalizar e orientar o sentenciado.
A aceitação do SURSIS não é obrigatória, sendo por isso indispensável a intimação do réu pessoalmente ou por edital, o juiz pode conceder o beneficio ou não,a aceitação ou recusa do SURSIS não subtrai o direito de apelação do réu. O juiz quem determina, mas o réu com base no contraditório na ampla defesa poderá se valer dos seus direitos e vir pedir em seu favor.
CAUSAS DE REVOGAÇÃO
A suspensão da pena é condicional, podendo assim ser revogada se não forem obedecidas as exigências estabelecidas em lei, devendo o réu cumprir integralmente a pena a ele imposta.
Existem duas causas de revogação: obrigatória e a facultativa. A primeira causa de revogação obrigatória ocorre quando o réu é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso Desde que haja nos autos comprovação do trânsito em julgado da sentença condenatória por crime doloso, antes de terminado o prazo da suspensão, a revogação é de rigor, tenha sido o delito praticado antes ou depois daquele que originou o sursis, ou ainda, durante o prazo da suspensão condicional da pena.
A segunda causa acontece quando o réu “frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano”.
Quando o beneficiário descumpre as condições impostas no sursis simples, ou seja, prestação de serviços à comunidade ou limitação de fim de semana, também dá causa à revogação.
Existem ainda outras duas causas para cassação do benefício. A primeira é o não comparecimento do réu, sem justificativa, à audiência em que deve tomar ciência das condições impostas pela sentença. Outra é quando, em virtude de recurso, for aumentada a pena de modo que exclua a concessão do benefício.
Revogação Facultativa:
O art. 81 §1º CP prevê as causas de revogação facultativa da suspensão condicional da pena. A primeira possibilidade ocorre quando o réu não cumpre qualquer das condições impostas. Outra possibilidade de tal revogação é quando o réu é irrecorrivelmente condenado por crime culposo ou por contravenção à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
EXPIRAÇÃO DO PRAZO
Ocorre a prorrogação do prazo da suspensão, prescrito no § 2.º do art. 81, quando o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção. Esta prorrogação será até o julgamento definitivo do processo em andamento. A palavra “processo” nos faz entender que não basta a prática de uma infração penal ou a instauração do inquérito policial, tem que ter havido a abertura do processo judicial (nova ação penal), para que se prorrogue o prazo do sursis. A prorrogação é automática, não dependendo de decisão do juiz.
Não há impedimento da aplicação do sursis ao condenado por crime hediondo ou equiparado, desde que preencha as condições legais. “ A lei n.º 8.072/90 não veda a concessão do sursis” (TJMG, Súmula n.º 7).
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
DELMANTO, Celso e outros. Código Penal Comentado. 5. ed. Rio de Janeiro : Renovar, 2000.
JESUS, Damásio E. de. Direito penal, parte geral 21ª ed. São Paulo: Saraiva, 1998.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 17.ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

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