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DIREITOS DIFUSOS

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CURSO LUIZ CARLOS
PGE/PR 2015
PRIMEIRA FASE (PROVA OBJETIVA)PRIMEIRA FASE (PROVA OBJETIVA)
TUTELA COLETIVA
PROF. M.e ANDRÉ TESSER
O Edital do Concurso
� Grupo II – Direito Administrativo, Ambiental e outros Direitos Difusos
e Coletivos
� 24. Direitos e Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.
� 26. Dano ao patrimônio ambiental e cultural e Juízos de Proteção. Ação� 26. Dano ao patrimônio ambiental e cultural e Juízos de Proteção. Ação
Popular. Ação Civil Pública. Ações Coletivas stricto sensu. Responsabilidade
por danos causados ao meio ambiente.
� Grupo IV – Direito Processual Civil
� 31. Ações Constitucionais Coletivas. Ação Popular. Ação Civil Pública.
Mandado de Segurança Coletivo. Ação de Improbidade Administrativa.
Tutela Coletiva
�1.- O Microssistema de Tutela Coletiva no Brasil:
�(i) Lei da Ação Popular (4.717/65)
�(ii) Lei da Ação Civil Pública (7.437/85)
�(iii) Código de Defesa do Consumidor (8.078/90)
�O não atendimento do Código de Processo Civil para a
proteção processual de certos direitos; Um Novo Processo Civil
Tutela Coletiva
� 2.- Classificação legal dos direitos metaindividuais (coletivos)
O artigo 81, do Código de Defesa do Consumidor:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste
Código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titularesCódigo, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares
pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste
Código, os transindividuais de natureza indivisível de que seja titular
grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte
contrária por uma relação jurídica-base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os
decorrentes de origem comum.
Tutela Coletiva
� 2.- Classificação legal dos direitos metaindividuais (coletivos)
�A crítica: existe, verdadeiramente, diferença entre direitos difusos
e coletivos em sentido estrito; existe alguma pretensão jurídica que
somente tem fundamento somente em circunstâncias de fato, semsomente tem fundamento somente em circunstâncias de fato, sem
qualquer substrato jurídico;
�O que se pode ajustar é: existem (i) pretensões coletivas e (ii)
pretensões individuais processualmente coletivizáveis (direitos
individuais homogêneos);
�Mas, a perspectiva legislativa determina a diferenciação.
Tutela Coletiva
� 3.- A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.1.- A ação popular:
� A legitimidade ativa nas mãos do cidadão: A prova da cidadania se dá
com o título eleitoral ou documento a que ele corresponda (Lei 4.717 decom o título eleitoral ou documento a que ele corresponda (Lei 4.717 de
1965, Art. 1º § 3º).
� 3.2.- As ações coletivas (ações civis públicas):
� Entidades: Art. 5º, da LACP “I - o Ministério Público; II - a Defensoria
Pública; III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV - a
autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista e;
V - a associação civil”.
Tutela Coletiva
� 3.- A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.1.- As associações (LACP, art. 5°)
� Requisitos previstos nas alíneas “a” e “b”, do inciso V, do citado
dispositivo de lei, que determinam que: “a) esteja constituída há pelodispositivo de lei, que determinam que: “a) esteja constituída há pelo
menos 1 (um) ano nos termos da lei civil e; b) inclua, entre suas
finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à
ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico”.
� O § 4º, do artigo 5°, da LACP: “O requisito da pré-constituição poderá
ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social
evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância
do bem jurídico a ser protegido”;
Tutela Coletiva
� 3.- A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.1.- As associações (LACP, art. 5°)
� O artigo 2º-A, e seu parágrafo único, na Lei n.º 9.494/97 (que trata das� O artigo 2º-A, e seu parágrafo único, na Lei n.º 9.494/97 (que trata das
liminares e cautelares contra a Fazenda Púbica), e que foi incluído por
Medida Provisória, depois convertida em lei, apontando que: “Parágrafo
único. Nas ações coletivas propostas contra a União, os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios e suas autarquias e fundações, a petição inicial
deverá obrigatoriamente estar instruída com a ata da assembléia da
entidade associativa que a autorizou, acompanhada da relação nominal
dos seus associados e indicação dos respectivos endereços”.
Tutela Coletiva
� 3.- A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.2.- O problema da legitimidade do MP e Defensoria nas ações de direitos
individuais homogêneos disponíveis
� Fundamento constitucional: CR/88. Art. 129 - São funções institucionais do
Ministério Público: (...) IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde
que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e aque compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a
consultoria jurídica de entidades públicas.
� Fundamento legal: LC 75/93 Art. 6º Compete ao Ministério Público da
União: (...) VII - promover o inquérito civil e a ação civil pública para: a) a proteção dos
direitos constitucionais; b) a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente, dos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico; c) a proteção dos interesses individuais indisponíveis, difusos e coletivos,
relativos às comunidades indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao idoso, às
minorias étnicas e ao consumidor; d) outros interesses individuais indisponíveis,
homogêneos, sociais, difusos e coletivos; (...) XII - propor ação civil coletiva para
defesa de interesses individuais homogêneos.
Tutela Coletiva
� 3.- A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.2.- O problema da legitimidade do MP e Defensoria nas ações de direitos
individuais homogêneos disponíveis
� No STJ, a favor: Exemplos (i) REsp 1.225.010/PE Rel. Min. MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, Data do Julgamento 01/03/2011; (ii) REsp 1.005.587/PR,MARQUES, SEGUNDA TURMA, Data do Julgamento 01/03/2011; (ii) REsp 1.005.587/PR,
Rel. Min. LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DJe 14/12/2010; (iii) REsp 1.185.867/AM, Rel. Min.
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe 12/11/2010.
� No STF, a inserção do elemento “relevância social”: Exemplos: (i) ARE 653956 AgR/PE,
Rel. Min. LUIZ FUX, Julgamento: 20/03/2012, Primeira Turma; (ii) AI 839152 AgR/RJ, Rel.
Min. DIAS TOFFOLI, Julgamento: 07/02/2012, Primeira Turma; (iii) AI 737104 AgR/PE, Rel.
Min. LUIZ FUX, Julgamento: 25/10/2011, Primeira Turma; (iv) AI 781029 AgR/RJ, Rel. Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, Julgamento 23/08/2011, Segunda Turma.
Tutela Coletiva
� 3.- A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.2.- O problema da legitimidade do MP e Defensoria nas ações de direitos
individuais homogêneos disponíveis
� Uma primeira ideia: os hipossuficientes.
� AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FORNECIMENTO DE� AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTOS. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA. DEFESA DE
DIREITOS SOCIAIS E INDIVIDUAIS INDISPONÍVEIS. PRECEDENTES. 1. A Constituição
do Brasil, em seu artigo 127, confere expressamente ao Ministério Público
poderes para agir em defesa de interesses sociais e individuais indisponíveis,
como no caso de garantir o fornecimento de medicamentos a hipossuficiente. 2.
Não há que se falar em usurpação de competência da defensoria pública ou da
advocacia privada. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 554088
AgR/SC, Relator(a): Min. EROS GRAU, Julgamento:03/06/2008 Segunda Turma)
Tutela Coletiva
� 3.- A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.2.- O problema da legitimidade do MP e Defensoria nas ações de direitos
individuais homogêneos disponíveis
� Uma segunda ideia: o interesse individual indisponível
� PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM FAVOR DE PESSOA FÍSICA. LEGITIMIDADE� PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM FAVOR DE PESSOA FÍSICA. LEGITIMIDADE
DO MINISTÉRIO PÚBLICO. GARANTIA CONSTITUCIONAL À SAÚDE. DIREITO INDIVIDUAL
INDISPONÍVEL. (...) 2. O direito à saúde, insculpido na Constituição Federal, é indisponível,
em função do bem comum maior a proteger, derivado da própria força impositiva dos
preceitos de ordem pública que regulam a matéria. Não se trata de legitimidade do
Ministério Público em razão da hipossuficiência econômica - matéria própria da Defensoria
Pública -, mas da natureza jurídica do direito-base (saúde), não disponível. 3. Ainda que o
Parquet tutele o interesse de uma única pessoa, o direito à saúde não atinge apenas o
requerente, mas todos os que se encontram em situação equivalente. Cuida-se, portanto,
de interesse público primário, de que não se pode dispor. 4. Agravo Regimental não
provido. (AgRg no REsp 872733/SP, Relator(a), Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe 27/04/2011).
Tutela Coletiva
� 3.- A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.2.- O problema da legitimidade do MP e Defensoria nas ações de direitos
individuais homogêneos disponíveis
� Uma terceira ideia: os hipervulneráveis
� PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROTEÇÃO DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA, MENTAL OU SENSORIAL. SUJEITOS
HIPERVULNERÁVEIS. Fornecimento de prótese auditiva. Ministério PÚBLICO.
LEGITIMIDADE ATIVA ad causam. LEI 7.347/85 E LEI 7.853/89 (STJ, REsp.
931.513/RS, Primeira Seção, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe 27/09/2010).
� Em:https://ww2.stj.jus.br/processo/revistaeletronica/inteiroteor?num_registr
o=200700451627&data=27/9/2010
Tutela Coletiva
� 3. A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.3.- A questão sobre a constitucionalidade da legitimidade da Defensoria
Pública para ações coletivas
� A ADI n° 3943, ajuizada pelo CONAMP. Sem liminar deferida e ainda não
julgada.
� A Lei Complementar n° 132/2009 que “altera dispositivos da Lei� A Lei Complementar n° 132/2009 que “altera dispositivos da Lei
Complementar nº 80, de 12 de janeiro de 1994, que organiza a Defensoria Pública
da União, do Distrito Federal e dos Territórios e prescreve normas gerais para sua
organização nos Estados, e da Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, e dá outras
providências” reafirmou a legitimidade ativa da Defensoria Pública com a
seguinte redação, verbis: “Art. 4° São funções institucionais da Defensoria Pública,
dentre outras; VII – promover ação civil pública e todas as espécies de ações
capazes de propiciar a adequada tutela dos direitos difusos, coletivos ou
individuais homogêneos quando o resultado da demanda puder beneficiar grupo
de pessoas hipossuficientes;”.
Tutela Coletiva
� 3.A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.3.- A questão sobre a constitucionalidade da legitimidade da Defensoria
Pública para ações coletivas
� ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA DA DEFENSORIA
PÚBLICA. 1. A jurisprudência desta Corte Superior é consolidada no sentido dePÚBLICA. 1. A jurisprudência desta Corte Superior é consolidada no sentido de
que a Defensoria Pública tem legitimidade para propor ações coletivas na defesa
de direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos. Precedentes: REsp
1.275.620/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 22/10/2012; AgRg no
AREsp 53.146/SP, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, DJe 05/03/2012; REsp
1.264.116/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turmas, DJe 13/04/2012;
Resp 1.106.515/MG, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, Dje
2/2/2011; AgRg no REsp 1.000.421/SC, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quarta
Turma, DJe 01/06/2011. 3. Agravo regimental não provido. (STJ, 01ª T., AgRg no
AREsp 67205/RS, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, julg. em 11/04/2014).
Tutela Coletiva
� 3. A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.3.- A questão sobre a constitucionalidade da legitimidade da Defensoria
Pública para ações coletivas
� No STF: a questão está sendo discutida, com Repercussão Geral reconhecida:
� EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. LEGITIMIDADE DA� EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. LEGITIMIDADE DA
DEFENSORIA PÚBLICA PARA AJUIZAR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DE
INTERESSES DIFUSOS. DISCUSSÃO ACERCA DA CONSTITUCIONALIDADE DA
NORMA LEGAL QUE LHE CONFERE TAL LEGITIMIDADE. MATÉRIA PASSÍVEL DE
REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE
DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL (STF, ARE 690838
RG / MG - MINAS GERAIS, REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Julgamento: 25/10/2012
Tutela Coletiva
� 3. A legitimidade ativa para as ações coletivas
� 3.2.3.- A questão sobre a constitucionalidade da legitimidade da Defensoria
Pública para ações coletivas
� O argumento definitivo: a amplitude maior possível da legitimidade
� 5. In casu, para afirmar a legitimidade da Defensoria Pública bastaria o
comando constitucional estatuído no art. 5º, XXXV, da CF. 6. É imperioso reiterar,comando constitucional estatuído no art. 5º, XXXV, da CF. 6. É imperioso reiterar,
conforme precedentes do Superior Tribunal de Justiça, que a legitimatio ad
causam da Defensoria Pública para intentar ação civil pública na defesa de
interesses transindividuais de hipossuficientes é reconhecida antes mesmo do
advento da Lei 11.448/07, dada a relevância social (e jurídica) do direito que se
pretende tutelar e do próprio fim do ordenamento jurídico brasileiro: assegurar a
dignidade da pessoa humana, entendida como núcleo central dos direitos
fundamentais. 7. Recurso especial não provido. (REsp 1106515/MG, Relator
Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, DJe 02/02/2011).
Tutela Coletiva
� 4.- A possibilidade jurídica do pedido na Tutela Coletiva:
� O cabimento de toda e qualquer ação para a proteção de direitos
metaindividuais; o artigo 83, do CDC: “Para a defesa dos direitos e
interesses protegidos por este Código são admissíveis todas as espécies de
ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela”;ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela”;
� A vedação do parágrafo único, ao artigo 1º, da Lei da Ação Civil Pública,
que determina que: “Não será cabível ação civil pública para veicular
pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza
institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados”.
Tutela Coletiva
� 4.- A possibilidade jurídica do pedido na Tutela Coletiva:
� TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. MATÉRIA TRIBUTÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO NÃO
PROVIDO. 1. A ação civil pública não é meio hábil para impugnação de
tributos, na defesa de direitos dos contribuintes, ainda que suatributos, na defesa de direitos dos contribuintes, ainda que sua
propositura tenha ocorrido antes da vigência da MP 2.180-35.
Precedentes. 2. Agravo regimental não provido (STJ, 01ª T., AgRg no REsp
1029089/MG, Rel.: Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, julg. Em 19/08/2010).
Tutela Coletiva
� 4.- A possibilidade jurídica do pedido na Tutela Coletiva:
� O Judiciário e as Políticas Públicas:
� Decisões do STF:
� Pleno, SL 47/PE. Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje 29/04/2010;� Pleno, SL 47/PE. Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje 29/04/2010;
� 1ª Turma. RE 628.159-AgR/MA. Rel. Min. Rosa Weber,Dje
14/08/2013;
� 01ªTurma. AI 810.410-AgR/GO. Rel. Min. Dias Toffoli, Dje
07/08/2013;
� 02ªTurma. RE 700.227-ED/AC. Rel. Min. Carmen Lúcia. Dje
29/05/2013;
� 02ª Turma. RE 563.144-AgR/DF. Rel. Min. Gilmar Mendes. Dje
15/04/2013.
Tutela Coletiva
� 4.- A possibilidade jurídica do pedido na Tutela Coletiva:
� O Judiciário e as Políticas Públicas:
� “É possível ao Poder Judiciário determinar a implementação pelo
Estado, quando inadimplente, de políticas públicas constitucionalmente
previstas, sem que haja ingerência em questão que envolve o poder
discricionário do Poder Executivo. Precedentes. 3. Agravo regimentaldiscricionário do Poder Executivo. Precedentes. 3. Agravo regimental
improvido” (RE 559.646-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje
24.6.2011).
� “O Poder Judiciário, em situações excepcionais, pode determinar que a
Administração Pública adote medidas assecuratórias de direitos
constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso
configure violação do princípio da separação de poderes. 3. Agravo
regimental não provido" (AI 809.018-AgR/SC, Min. Dias Toffoli, 1ª Turma,
DJe 10.10.2012).
Tutela Coletiva
� 5.- A Competência para as ações coletivas:
� O artigo 2º, da Lei da Ação Civil Pública aponta que: “As ações previstas
nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo
terá competência funcional para processar e julgar a causa”.
� O Código de Defesa do Consumidor estatuiu nova regra para a
competência das ações coletivas, determinando, em seu artigo 93 que:
“Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa
a Justiça local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano,
quando de âmbito local; II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito
Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as
regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente”.
Tutela Coletiva
� 6.- Procedimento diferenciado:
� Não existe uma única ação coletiva: o artigo 83, do CDC: “Para a defesa
dos direitos e interesses protegidos por este Código são admissíveis todas
as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela”.
� A participação obrigatória do Ministério Público em todas as
demandas, na forma dos §§ 1º e 3º, do artigo 5º, da LACP: “§ 1º O
Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará
obrigatoriamente como fiscal da lei. (...) § 3° Em caso de desistência
infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério
Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa”;
Tutela Coletiva
� 6.- Procedimento diferenciado:
� A possibilidade do litisconsórcio; o § 2º, do artigo 5º, da LACP: “§ 2º
Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos
termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das
partes”;partes”;
� Desnecessidade de adiantamento de custas processuais, pagamento de
emolumentos, honorários periciais e até mesmo condenação em ônus
sucumbenciais (excetuando-se as hipóteses de litigância de má-fé), por
força do que determinam os artigos 87, do CDC e 18, da Lei da Ação Civil
Pública;
� Medidas de urgência: Artigo 4º e 12, da LACP; e artigo 84, § 3º, do CDC;
Tutela Coletiva
� 6.- Procedimento diferenciado:
� Atipicidade dos meios executivos (artigo 84, §§ 4º e 5º, CDC);
� Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer
ou não fazer, o Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará
providências que assegurem o resultado prático equivalente ao doprovidências que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento. (...)
� § 4º - O Juiz poderá, na hipótese do § 3º ou na sentença, impor multa diária ao
réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com
a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.
� § 5º - Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático
equivalente, poderá o Juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e
apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de
atividade nociva, além de requisição de força policial.
Tutela Coletiva
� 6.- Procedimento diferenciado:
� A técnica da condenação genérica (Artigo 95, CDC): "Em caso de
procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a
responsabilidade do réu pelos danos causados”. Permite-se ao juiz proferir
sentença com condenação genérica, apenas fixando a responsabilidade dosentença com condenação genérica, apenas fixando a responsabilidade do
réu pelos prejuízos causados; uma única ação de conhecimento com várias
execuções individualizadas”;
� O artigo 13, da LACP: “Havendo condenação em dinheiro, a indenização
pelo dano causado reverterá a um fundo gerido por um Conselho Federal
ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o
Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus recursos
destinados à reconstituição dos bens lesados”;
Tutela Coletiva
� 7.- Coisa julgada:
� 7.1.- O exame legal:
� Artigo 103, CDC: “Nas ações coletivas de que trata este Código, a sentença fará
coisa julgada:
� I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência
de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, comde provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com
idêntico fundamento, valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do
parágrafo único do artigo 81 (direitos difusos);
� II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo
improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando
se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do artigo 81 (direitos
coletivos em sentido estrito);
� III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar
todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do
artigo 81 (direitos individuais homogêneos)”.
Tutela Coletiva
� 7.- Coisa julgada:
� 7.2.- Uma apreciação teórico-crítica:
� 1.- O legislador confunde coisa julgada com extensão subjetiva dos efeitos da
decisão;
� 2.- Por isso, a doutrina fala em extensão dos efeitos da decisão em ação
coletiva, especificamente nos casos de sentença de procedência nas ações
coletivas relativas a direitos individuais homogêneos: o que se chama de eficácia
in utilibus da decisão (ou, até mesmo em coisa julgada in utilibus);
� 3.- A doutrina ainda fala em coisa julgada secundum eventum probationem, ou
seja, segundo a produção probatória. Mais uma vez: não é a coisa julgada que é
secundum eventum probationem, mas a extensão subjetiva de seus efeitos. É o
caso da não formação de coisa nos casos de sentença de improcedência “por falta
de provas” nas ações relativas a pretensões coletivas (direitos difusos e coletivos
em sentido estrito).
Tutela Coletiva
7.- Coisa julgada: Resumo do alcance subjetivo
Natureza do Direito
Sentença
Procedente Improcedente Improcedente 
Por falta de provas
Difusos Sim (erga omnes) Sim (erga omnes) Não
Coletivos em sentido 
estrito
Sim (ultra partes) Sim (ultra partes) Não
Individuais 
Homogêneos
Sim Não Não
Tutela Coletiva
� 7.- Coisa julgada:
� 7.2.- A vinculação das pretensões individuais à decisão coletiva:
� 7.2.1.- Os critérios de vinculação: opt in e opt out
� (i) O critério de opt in: a pretensão individual está, de regra, excluída da ação� (i) O critério de opt in: a pretensão individual está, de regra, excluída da ação
coletiva; o indivíduo deve manifestar sua vontade de ter sua pretensão abrangida
pela decisão coletiva (daí o termo opt in: optar pelo ingresso). É um critério que
exige a ampla divulgação da existência da ação coletiva entreos indivíduos. É
adotado na Inglaterra e na China, por exemplo;
� (ii) O critério do opt out: a pretensão individual está, de regra, incluída da ação
coletiva; o indivíduo deve manifestar sua vontade de ter sua pretensão excluída
pela decisão coletiva (daí o termo opt out: optar pela exclusão). É um critério que
exige a manutenção ampla da possibilidade do ajuizamento da ação individual. É
adotado nos EUA (em algumas class actions), na Austrália e no Canadá, por
exemplo.
Tutela Coletiva
� 7.- Coisa julgada:
� 7.2.- A vinculação das pretensões individuais à decisão coletiva:
� 7.2.2.- O regime no Brasil
� (i) Inclusão (opt in – art. 103, § 2º, do CDC): “Na hipótese prevista no inciso III,� (i) Inclusão (opt in – art. 103, § 2º, do CDC): “Na hipótese prevista no inciso III,
em caso de improcedência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo
no processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização a título
individual”.
� O “litisconsórcio otário” – a vinculação à decisão coletiva, seja ela qual for.
(ii) Exclusão (opt out – art. 104, do CDC): “As ações coletivas, previstas nos incisos
I e II do parágrafo único do artigo 81, não induzem litispendência para as ações
individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que
aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações
individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de 30 (trinta) dias, a
contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva”.
Tutela Coletiva
� 7.- Coisa julgada:
� 7.2.- A vinculação das pretensões individuais à decisão coletiva:
� 7.2.2.- O regime no Brasil
� A peculiaridade do Mandado de Segurança Coletivo (Lei nº 12.016/2009)� A peculiaridade do Mandado de Segurança Coletivo (Lei nº 12.016/2009)
�
� Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada
limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante.
� § 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações
individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título
individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo
de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança
coletiva.
Tutela Coletiva
7.- Coisa julgada:
7.3.- O alcance da regra do artigo 16, da Lei nº 7.347/85:
Inserido pela Lei n.º 9.494/97 (foi editada no estrito interesse do
Poder Público):Poder Público):
“A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da
competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for
julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que
qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se de nova prova”.
Tutela Coletiva
7.- Coisa julgada:
7.3.- O alcance da regra do artigo 16, da Lei nº 7.347/85:
O novo entendimento do STJ sobre o alcance da regra do artigo 16,
da Lei nº 7.347/85 (STJ, REsp. 1.243.887/PR, Quarta Turma, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, DJe 12/12/2011 – Recurso Repetitivo) –
Principais argumentos:Principais argumentos:
1.- O art. 16 da LACP baralha conceitos heterogêneos - como coisa
julgada e competência territorial - e induz a interpretação, para os
mais apressados, no sentido de que os "efeitos" ou a "eficácia" da
sentença podem ser limitados territorialmente, quando se sabe, a
mais não poder, que coisa julgada – a despeito da atecnia do art.
467 do CPC - não é "efeito" ou "eficácia" da sentença, mas
qualidade que a ela se agrega de modo a torná-la "imutável e
indiscutível".
Tutela Coletiva
7.- Coisa julgada:
7.3.- O alcance da regra do artigo 16, da Lei nº 7.347/85:
O novo entendimento do STJ sobre o alcance da regra do artigo 16, da Lei nº
7.347/85 (STJ, REsp. 1.243.887/PR, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, DJe 12/12/2011 – Recurso Repetitivo) – Principais argumentos:
2.- A antiga jurisprudência do STJ, segundo a qual "a eficácia erga omnes
circunscreve-se aos limites da jurisdição do tribunal competente para julgar ocircunscreve-se aos limites da jurisdição do tribunal competente para julgar o
recurso ordinário" (REsp 293.407/SP, Quarta Turma, confirmado nos EREsp. n.
293.407/SP, Corte Especial), em hora mais que ansiada pela sociedade e pela
comunidade jurídica, deve ser revista para atender ao real e legítimo
propósito das ações coletivas, que é viabilizar um comando judicial célere e
uniforme - em atenção à extensão do interesse metaindividual objetivado na
lide.
https://ww2.stj.jus.br/processo/revistaeletronica/inteiroteor?num_registro=2
01100534155&data=12/12/2011
Tutela Coletiva
7.- Coisa julgada:
7.3.- O alcance da regra do artigo 16, da Lei nº 7.347/85:
A limitação dada pelo próprio STJ sobre o alcance da regra do artigo 16, da Lei
nº 7.347/85 (STJ, REsp. 1.114.035/PR, Terceira Turma, Rel. Min. João Otávio de
Noronha, julgado em 07/10/2014:
4. Estando em pleno vigor art. 16da LACP, que restringe o alcance subjetivo da
sentença civil, e atuando o julgador nos limites do direto posto, cabe-lhe,sentença civil, e atuando o julgador nos limites do direto posto, cabe-lhe,
mediante interpretação sistêmica, encontrar hipótese para sua incidência.
5. O caráter indivisível dos diretos difusos e coletivos stricto sensu conduz ao
impedimento prático, e mesmo lógico, de qualquer interpretação voltada a cindir
os efeitos da sentença civil em relação àqueles que estejam ligados por
circunstâncias de fato ou que estejam ligados entre si ou com a parte contrária
por uma relação jurídica base preexistente à lesão ou à ameaça de lesão.
6. O art. 16 da LACP encontra aplicação naquelas ações civis públicas que
envolvam direitos individuais homogêneos, únicos a admitir, pelo seu caráter
divisível, a possibilidade de decisões eventualmente distintas, ainda que não
desejáveis, para os titulares dos diretos autônomos, embora homogêneos.
Tutela Coletiva
8.- Litispendência, conexão e continência:
8.1.- A importação dos conceitos da Teoria do Processo:
(i) Litispendência: existência simultânea de duas ações
idênticas. CPC, Art. 301. § 2º. Uma ação é idêntica à outra quandoidênticas. CPC, Art. 301. § 2º. Uma ação é idêntica à outra quando
tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido;
(ii) Conexão: CPC, Art. 103. Reputam-se conexas duas ou
mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir;
(iii) Continência: CPC, Art. 104. Dá-se a continência entre
duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à
causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o
das outras.
Tutela Coletiva
8.- Litispendência, conexão e continência:
8.2.- O regime próprio:
(i) Inexistência de litispendência entre ações coletivas e
individuais com mesmo objeto (CDC, Art. 104);
(ii) A litispendência entre ações coletivas: independe da(ii) A litispendência entre ações coletivas: independe da
presença das mesmas partes, em razão do regime de legitimação
abrangente para ações coletivas;
(iii) Conexão e continência: são possíveis. É de se admitir,
inclusive, a reunião de ações que, a partir de uma mesma origem,
busque a tutela de direitos difusos, coletivos em sentido estrito e
individuais homogêneos.
Tutela Coletiva
8.- Litispendência, conexão e continência:
8.2.- O regime próprio:
A prevenção do juízo para fins litispendência, conexão e
continência na Lei da Ação Popular e na Lei da Ação Civil Pública:
Lei 4.717/65 (LAP). Art. 5º, § 3º. A propositura da açãoLei 4.717/65 (LAP). Art. 5º, § 3º. A propositura da ação
prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações, que forem
posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os
mesmos fundamentos.
Lei 7.3475/85 (LACP). Art. 2º. Parágrafo único A propositura
da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações
posteriormenteintentadas que possuam a mesma causa de pedir
ou o mesmo objeto.
Tutela Coletiva
9.- A execução da tutela coletiva:
Diferem na forma conforme a natureza do direito discutido e a
natureza da obrigação estabelecida na sentença.
(I) Direitos difusos e coletivos em sentido estrito:(I) Direitos difusos e coletivos em sentido estrito:
(I.1) Obrigação de fazer ou não-fazer: a atipicidade dos meios
executivos. As regras dos §§ 4º e 5º, do artigo 84, do CDC;
(I.2) Obrigação de pagamento de soma em dinheiro: o artigo
13, da LACP “Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo
dano causado reverterá a um fundo gerido por um Conselho Federal
ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o
Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus
recursos destinados à reconstituição dos bens lesados”.
Tutela Coletiva
9.- A execução da tutela coletiva:
(II) Direitos individuais homogêneos:
(I.1) Obrigação de fazer ou não-fazer: a atipicidade dos meios
executivos. As regras dos §§ 4º e 5º, do artigo 84, do CDC;
(I.2) Obrigação de pagamento de soma em dinheiro:
Técnica da condenação genérica (CDC, art. 95): uma ação deTécnica da condenação genérica (CDC, art. 95): uma ação de
conhecimento e diversas execuções individuais (Ex.: ações da
poupança; ações do empréstimo compulsório);
O fluid recovery: CDC, Art. 100. Decorrido o prazo de 1 (um)
ano sem habilitação de interessados em número compatível com a
gravidade do dano, poderão os legitimados do Art. 82 promover a
liquidação e execução da indenização devida. Parágrafo único - O
produto da indenização devida reverterá para o Fundo criado pela
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985
Tutela Coletiva
A Tutela Coletiva Extrajudicial:
1.- Procedimento preparatório: Exclusivo do MP, instaurado quando
existem notícias de irregularidades, mas os fatos ou a sua autoria não
estão claros, ou não é claro se a investigação dos fatos é de atribuição do
MP. Pode, depois de reunidas mais informações, se transformar em
inquérito civil, ou diretamente na propositura de uma ação.
2.- Inquérito Civil Público: Também exclusivo do MP, é instaurado quando2.- Inquérito Civil Público: Também exclusivo do MP, é instaurado quando
se tem indícios fortes de que um direito coletivo ou um direito social ou
individual indisponível foi lesado ou sofre risco de lesão, podendo o fato
narrado ensejar futura propositura de ação civil pública.
3.- Termos de Ajustamento de Conduta: Art. 5º, § 6°, da LACP “Os órgãos
públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de
ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações,
que terá eficácia de título executivo extrajudicial”.
Possível atuação do Estado. Ex.: os termos de ajuste de conduta para não
comercialização de bebidas alcoólicas em estádios de futebol no PR.
Tutela Coletiva
Questão do último concurso (2011):
45. A ação civil pública por danos causados ao meio ambiente é disciplinada pela
Lei nº 7.347, de 1985, e suas posteriores alterações. Em relação à matéria, é
incorreto afirmar (Lei 7.347/85, art. 5º, § 3º):
a) a ação civil pública poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer;cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer;
b) em caso de desistência infundada ou abandono por associação legitimada, o
Ministério Público assumirá obrigatoriamente a titularidade ativa da ação;
c) nas ações civis públicas com fundamento em interesses difusos, a sentença faz
coisa julgada;
d) as autarquias, empresas públicas, fundações e sociedades de economia mista
possuem legitimidade ativa para o ajuizamento de ação civil pública;
e) os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso
de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que
terá eficácia de título executivo extrajudicial.

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