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Medicina Nuclear

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Medicina Nuclear
Definição e História da Medicina Nuclear
Definição de Medicina Nuclear
A Organização Mundial da Saúde assim define a Medicina Nuclear: “A Medicina Nuclear é a especialidade que se ocupa do diagnóstico, tratamento e investigação médica mediante o uso de radioisótopos como fontes radioativas abertas.”
A Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular a define como “a especialidade médica que emprega fontes abertas de radionuclídeos com finalidade de diagnóstico e de terapia”.
"A Medicina Nuclear está para a Fisiologia como a Radiologia para a Anatomia".
Trata-se de uma especialidade médica (que é ramo da Radiologia) que se fundamenta na utilização da energia nuclear para fins médicos de diagnóstico e de terapia mediante o uso de substâncias conhecidas na física como isótopos radioativos porque emitem radiações.
Como recurso diagnóstico, a Medicina Nuclear é um meio seguro e eficiente, em geral indolor e não invasivo, para se obter informações que, de outra maneira, seriam impossíveis de conseguir. 
É um conjunto de procedimentos de alta sensibilidade para encontrar anormalidades na estrutura e na função dos órgãos estudados, com a virtude de identificar, precocemente, numerosas alterações orgânicas e funcionais em relação a outros métodos diagnósticos.
Além de seu uso no diagnóstico, o método permite avaliar recidivas, acompanhar a evolução, a remissão ou a progressão de certas enfermidades. 
Os procedimentos utilizados em Medicina Nuclear têm a virtude de substituir outros testes que submetem o paciente a maior risco iatrogênico, à maior exposição às radiações, que lhes causam maior desconforto. 
Também substituem outras formas de exames mais onerosos usados em diagnóstico.
A Medicina Nuclear é indispensável para diagnóstico e acompanhamento de enfermidades cardíacas, oncológicas, endócrinas, traumatológicas, renais, pulmonares, etc.
Como recurso usado na terapia, a Medicina Nuclear também é um meio seguro, eficiente e de baixo custo para tratar certas afecções benignas e malignas curáveis com irradiação. 
O tratamento com radioisótopos realizados pela Medicina Nuclear é um procedimento indolor e não invasivo que pode ser aplicado quando as condições do paciente não permitem cirurgias ou outra forma de tratamento.
As pequenas doses utilizadas e o fato de que a irradiação ocorre quase que exclusivamente nas células e tecidos alvos têm a vantagem de irradiar pouco os pacientes e quase não apresentar efeitos colaterais. 
A irradiação com isótopos tem também utilidade como paliativo contra a dor provocada por metástases, quando outros métodos forem ineficientes para aliviar o sofrimento dos pacientes.
Breve Históricos de Medicina Nuclear
As substâncias radioativas utilizadas em Medicina Nuclear é chamado de traçadores porque sua passagem pelo corpo humano pode ser acompanhada externamente por meio de equipamentos especiais. 
Os isótopos radioativos que existem na natureza, são chamados de isótopos naturais. O urânio foi o primeiro isótopo natural descoberto (Becquerel 1896).
Foto de Becquerel – Prêmio Nobel de Física de 1.903
Foto de Marie Curie – Prêmio Nobel de Física 1.903 e Prêmio Nobel de Química 1.911
Marie Curie – Prêmio Nobel de Física 1903 e Prêmio Nobel de Química 1911, mas a radioatividade natural só foi conhecida dois anos depois (Marie Curie 1898). 
Hoje, com a evolução da física e das técnicas nucleares, são fabricados isótopos radioativos artificiais em equipamentos especiais, os reatores atômicos e os cíclotrons.
Foto do Físico George Charles de Hevesy (nascido Hevesy György, também conhecido como Georg Karl von Hevesy).
A Medicina Nuclear começou a se esboçar quando Hevesy, em 1923, utilizou pela primeira vez, um traçador natural em uma exploração biológica. O passo seguinte aconteceu em 1934 com a aplicação dos isótopos no campo do diagnóstico, quando começaram os primeiros estudos da fisiologia da glândula tireoide, mediante a utilização de isótopos artificiais do iodo. Inicialmente foi utilizado o iodo 128 (I128) e logo a seguir foi usado o iodo 131 (I131). Cinco anos depois a Medicina Nuclear passou a atuar no campo da terapia; isso aconteceu em 1939 quando então ocorreram as primeiras aplicações terapêuticas do iodo 131 (I131.) no tratamento das doenças tireoidianas.
A Medicina Atômica apareceu como especialidade a partir de 1940 com o uso do iodo 131 (I131) no diagnóstico e tratamento das doenças da tireoide. Pouco tempo depois o mesmo isótopo do iodo foi usado como método de investigação em hematologia, servindo para medir o volume sanguíneo total, volume plasmático e volume corpuscular e para determinar a sobrevida dos glóbulos vermelhos. 
Aos poucos, a nova especialidade médica, incorporou outros estudos até chegar ao conjunto complexo de procedimentos que são realizados hoje.
Em 1952, o termo “Medicina Nuclear” substituiu a denominação de “Medicina Atômica”, que fora o primeiro nome da especialidade.
Na história resumida da Medicina Nuclear três cronologias de eventos devem ser examinadas, uma referente ao desenvolvimento dos equipamentos, outra, à geração de isótopos utilizáveis em diagnóstico e terapia e, a terceira, que diz respeito às investigações laboratoriais com traçadores.
A partir de 1946 começou o desenvolvimento e também a fabricação de equipamentos especiais para transformar as informações fornecidas pelos traçadores em imagens, com fins diagnósticos, cujo avanço principal data de 1951 quando foi inventado por Reed e Lobby o “scanner” com cristal de iodeto de sódio ou cristal de cintilação (daí o nome cintilografia para as imagens utilizadas em Medicina Nuclear). 
O ano de 1963 registra novo avanço tecnológico com o aparecimento da câmara de cintilação inventada por Anger, equipamento que, além de dar qualidade às imagens cintilográficas, foi o ponto de partida para os aparelhos atuais de tomografia cintilográfica conhecidos como SPECT (acrônimo composto das letras inicias das palavras inglesas Single-Photon Emisson Computed Tomography) e o PET (Positron Emisson Tomography).
Simultaneamente com a evolução dos equipamentos, desenvolveu-se a rádio farmácia, especialidade farmacêutica que elabora substâncias utilizadas em Medicina Nuclear, cujo principal marco histórico ocorreu em 1962, quando apareceram os geradores de Tecnécio 99 metaestável (Tc99m), hoje o isótopo de maior uso na Medicina Nuclear.
A fase laboratorial da Medicina Nuclear tomou impulso a partir do ano de 1956 quando começou a evolução dos processos de análises de fluídos orgânicos mediante a utilização de traçadores, técnica conhecida como radioimuno-análise.
A Medicina Nuclear em Santa Maria
Em 1.971, o Dr. João Eduardo Oliveira Irion, então Professor da Universidade Federal de Santa Maria, concluiu o Curso Internacional de Especialização em Medicina Nuclear no Centro de Medicina Nuclear da Universidade de São Paulo. 
Nesse ano ele adquiriu o primeiro equipamento e fundou o “SERVIÇO DE MEDICINA NUCLEAR DE SANTA MARIA LTDA.” 
Até então, existiam serviços dessa natureza, unicamente na capital do Estado, portanto, o Serviço de Medicina Nuclear de Santa Maria foi o pioneiro da especialidade no interior do Estado do Rio Grande do Sul.
Foto do primeiro equipamento do Serviço, um detector de radiação, marca Siemens e modelo Nucleopan 2K, ainda em uso.
Em 1.974, o Serviço foi transferido para o Hospital de Caridade “Dr. Astrogildo de Azevedo” onde permanece na qualidade de clínica terceirizada. Nessa ocasião foi instalado o segundo equipamento, um cintilógrafo linear Picker de última geração, (na época).
Foto do primeiro equipamento do Serviço, um detector de radiação, marca Siemens e modelo Nucleopan 2K, ainda em uso.
Na ocasião e o Serviço passou a ter a participação do Professor da Universidade Federal de Santa Maria, o Dr. Clóvis Rogério Bornemann, Médico Nuclear que concluíra o curso de Pós Graduação na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e também do Professor
Dr. Marcos Troian, especialista em endocrinologia. 
O terceiro equipamento adquirido foi uma câmara de cintilação Nuclear Ohio instalada em 1.994.
Foto da primeira câmara de cintilação do Serviço marca Ohio Nuclear Sigma 400.
Nessa ocasião, para atender a crescente demanda do Serviço, o Hospital ampliou o espaço físico destinado ao Serviço. Para melhor adequá-lo às regras de segurança e radioproteção, o Hospital construiu um apartamento para terapia com radioisótopos, cujas características estruturais satisfizeram dois objetivos - a proteção radiológica e o conforto dos pacientes durante os períodos que permanecem isolados após a aplicação de iodo radioativo (I131) para ablação de restos tireoidianos e tratamento de câncer de tireoide e suas metástases. Esse é, ainda, o único apartamento dessa natureza na região.
Em 1.998, o Serviço de Medicina Nuclear de Santa Maria ampliou seu equipamento com a aquisição de uma câmara de cintilação de última geração, apta a realizar cintilografias planas, estudos de corpo inteiro e cintilografias tomográficas (câmara SPECT).
Foto da primeira Câmara SPECT do Serviço, marca ELSCINT, modelo APEX-SPX-6.
No ano 2.001 foi adquirida uma sonda de cintilação portátil, (aparelho chamado de Gama Probe), capaz de localizar durante o ato cirúrgico, lesões previamente marcadas com isótopo e, para serem extirpadas durante as cirurgias. Por ser portátil o Gama Probe pode ser utilizado em todos os hospitais de Santa Maria e até mesmo em cidades vizinhas.
Foto da sonda portátil de cintilação (Equipamento gama probe).
O mais novo equipamento do serviço foi recentemente adquirido e montado no fim do ano de 2.008. 
Trata-se de câmara de cintilação SPECT de ultima geração marca GE, modelo MPR-Millennium a qual, juntamente com os equipamentos já existentes se destina a atender melhor e com mais qualidade a demanda do Serviço.
Foto da mais nova Câmara SPECT do serviço, modelo MPR-Millennium marca GE.

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